Você está na página 1de 97

Anatomia

Humana
Unidade II
Anatomia do Sistema Locomotor
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
MARIANA GISELY AMARANTE TEIXEIRA DA CUNHA
AUTORIA
Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha
Olá. Meu nome é Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha. Sou
formada em Fisioterapia, mestre e doutora em Ciências no programa
de pós graduação em Biologia Celular e Molecular da Fiocruz, fiz pós
doutorado no Instituto D’or de Pesquisa e Ensino. Possuo experiência
técnico-profissional na área de Fisioterapia e Biologia Celular e Molecular
de mais de 10 anos anos. Passei por empresas com a Universidade Estácio
de Sá e trabalhei por mais de 10 anos com pesquisa básica e clínica em
Sepse na Fiocruz. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões.
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:

OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução ao Sistema Articular e Muscular....................................12
Articulação temporomandibular .......................................................................................... 12

Articulações da coluna vertebral.......................................................................................... 14

Articulações da parede torácica.......................................................................................... 20

Articulações do Esqueleto Axial .......................................................... 22


Membro superior.............................................................................................................................. 22

Ombro.................................................................................................................................... 22

Cotovelo...............................................................................................................................27

Antebraço...........................................................................................................................28

Punho e Mão ...................................................................................................................29

Principais articulações dos membros inferiores.......................................................32

Quadril ..................................................................................................................................32

Joelho....................................................................................................................................34

Perna..................................................................................................................................... 36

Tornozelo e Pé .............................................................................................................. 36

Articulações do Esqueleto Apendicular............................................ 42


Conceito e funções do sistema muscular.....................................................................42

Classificação dos músculos..................................................................................42

Músculo esquelético..................................................................................................43

Músculo estriado...........................................................................................................44

Músculo liso......................................................................................................................45

Tipos de contração muscular dos músculos esqueléticos...........45


Principais músculos da cabeça ........................................................................................... 46

Músculos da face..........................................................................................................47

Músculos da cavidade oral.................................................................................... 51

Músculos do assoalho da boca.......................................................................... 51

Músculos intrínsecos da língua..........................................................................52

Músculos extrínsecos da língua.........................................................................52

Músculos do palato mole.......................................................................................54

Músculos do pescoço, tórax e do dorso........................................................................54

Músculos do abdome.................................................................................................................. 65

Sistema Muscular ....................................................................................... 68


Principais músculos dos membros superiores......................................................... 68

Ombro................................................................................................................................... 68

Braço..................................................................................................................................... 70

Antebraço e Mão ..........................................................................................................72

Assoalho pélvico.............................................................................................................................. 80

Principais Músculos dos membros inferiores............................................................. 81

Quadril................................................................................................................................... 81

Coxa....................................................................................................................................... 83

Perna e pé......................................................................................................................... 88
Anatomia Humana 9

02
UNIDADE
10 Anatomia Humana

INTRODUÇÃO
Você sabia que a área Fisioterapia é uma das maiores demandas
do mercado de trabalho, e será responsável pela geração de muitos
empregos nos próximos anos? Isso mesmo. O conhecimento da Anatomia
Humana é fundamental para que o fisioterapeuta consiga atuar de forma
eficaz. A anatomia é a base da formação do Fisioterapeuta. O profissional
de excelência precisa conhecer muito bem a anatomia. Neste módulo
estudaremos a morfofisiologia dos sistemas articular e muscular. Sua
principal responsabilidade é aprender as principais articulações do
corpo humano bem como seus ligamentos. Além disso você deverá
compreender os principais músculos do corpo humano, sendo capaz de
correlacionar as principais estruturas anatômicas dos sistemas articular e
muscular com a prática clínica. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva
você vai mergulhar neste universo!
Anatomia Humana 11

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é auxiliar você no
desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término
desta etapa de estudos:

1. Identificar a anatomia das articulações do esqueleto axial;

2. Entender a anatomia das articulações do esqueleto apendicular


humano: membros superiores e inferiores;

3. Compreender a origem, a inserção e a função dos músculos do


corpo humano;

4. Identificar os músculos dos membros superiores e inferiores do


corpo humano.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?


Ao trabalho!
12 Anatomia Humana

Introdução ao Sistema Articular e Muscular

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender os


ligamentos presentes nas articulações do esqueleto axial.
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As
pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem
a devida instrução tiveram problemas na atuação como
Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de
anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

No esqueleto axial ocorre entre a mandíbula e o crânio, a articulação


entre as vértebras, entre o atlas e o crânio, entre os ossos do crânio, das
costelas entre si, das costelas com o esterno, entre as costelas e as
vértebras torácicas.

Articulação temporomandibular
A articulação temporomandibular, como o próprio nome diz, ocorre
entre o osso temporal (tubérculo articular do temporal, a fossa da mandíbula)
e a mandíbula (Côndilo da mandíbula). A articulação temporomandibular
(é do tipo gínglimo modificada) permite os movimentos de abertura
e fechamento da boca, da mastigação e movimentos de lateralidade
da mandíbula. Os movimentos da articulação temporomandibular são:
Depressão, elevação, protrusão e retração (DANGELO; FATINNI, 2007;
MOORE; DALLEY, 2001).

Os ossos da articulação temporomandibular são revestidos por


cartilagem hialina. A articulação contém um disco articular, que a divide
em duas partes: a parte superior (que permite o movimento de protrusão
e retração) e uma parte inferior (que permite os movimentos de depressão
em dobradiça e a elevação da mandíbula). Como podemos observar na
figura 1, a articulação temporomandibular contém uma capsula articular
(contem a membrana sinovial e a membrana fibrosa) que se fixa, ao longo
da margem anterior do tubérbulo articular (superiormente), na sutura
Anatomia Humana 13

timpanoescamosa (posteriormente) e em torno da parte superior do colo


da mandíbula (inferiormente). O disco articular se fixa na superfície interna
da membrana fibrosa (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).

Na articulação temporomandibular temos três ligamentos,


localizados fora da capsula articular (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE;
DALLEY, 2001):

• O ligamento temporomandibular, conhecido também como


ligamento lateral

• O ligamento esfenomandibular

• O ligamento estilomandibular
Figura 1: Imagem da articulação temporomandibular.

Fonte: Wikicommons

Nessa imagem podemos visualizar os ligamentos estilomandibular,


a cápsula articular e o ligamento esfenomandibular (da esquerda para a
direita).
14 Anatomia Humana

Articulações da coluna vertebral


As articulações da coluna vertebrais são muito importantes. Elas
permitem a mobilidade, a estabilidade e proteção da coluna vertebral.
As principais articulações da coluna são: as articulações entre os corpos
vertebrais, articulações dos arcos vertebrais, articulações atlantoaxiais,
articulações atlantoccipitais, articulações costovertebrais e articulações
sacroilíacas (DANGELO.; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).
Figura 2: Imagem da articulação intervertebral.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos ver os ligamentos da articulação


intervertebral e a cápsula articular, localizada entre os corpos vertebrais.

a. Articulação entre os corpos vertebrais

• Tipo de articulação: Articulações cartilagíneas secundárias.


Anatomia Humana 15

• Componentes: As faces articulares das vértebras adjacentes que


são conectadas pelos discos intervertebrais e por ligamentos. As
articulações uncovertebrais ocorrem entre os uncos dos corpos
vertebrais de C3 a C6.

• Disco intervertebral: Cada disco intervertebral é composto


por um anel fibroso (composto por lamelas concêntricas
de fibrocartilagem) e pelo núcleo pulposo (que possui mais
cartilagem em sua estrutura e está localizado na região central do
disco intervertebral). O anel fibroso permite a ligação forte entre
as vértebras e o núcleo pulposo é responsável pela absorção
do impacto e suporte de peso durante a movimentação da
coluna vertebral. Entre as vértebras atlas e axis não existe disco
intervertebral.

• Principais ligamentos: ligamento longitudinal anterior (que cobre


e conecta as faces ântero-laterais dos corpos vertebrais e os
discos intervertebrais), ligamento longitudinal posterior (que corre
dentro do canal vertebral ao longo da face posterior dos corpos
vertebrais)

b. Articulação dos arcos vertebrais

• Tipo de articulação: Sinovial plana

• Componentes: Articulações entre os processos articulares,


também conhecidas como zigapofizárias. Cada articulação é
envolvida por uma capsula articular.

• Principais ligamentos: Ligamentos acessórios, que unem as


lâminas, os processos transversos e espinhosos e promovem a
estabilização das articulações. Os ligamentos acessórios são: os
ligamentos amarelos (que estendem-se verticalmente a partir
da lâmina de cima até a lâmina abaixo, mantendo a lâmina das
vértebras adjacentes juntas e formam parte da parede posterior
do canal vertebral), ligamentos interespinhais (que conectam os
processos espinhosos adjacentes), o ligamento supra-espinhal
(que conectam os ápices dos processos espinhosos de C7 até o
sacro), o ligamento nucal (se estende da protuberância occipital
16 Anatomia Humana

externa e margem do forame magno até os processos espinhosos


das vértebras cervicais) e os ligamentos intertransversários
(que conectam os processos transversos adjacentes. Eles estão
presentes nas colunas cervical, torácica e lombar).

• Movimentos: Deslizamento entre as vértebras.

c. Articulação atlantoaxial

• Existem 3 articulações atlantoaxiais: duas articulações atlantoaxiais


laterais e uma articulação atlanoaxial mediana.

• Tipo de articulação: Articulação trocóide (entre o dente do áxis


e atlas) e articulação do tipo deslizante (articulação atlantoaxial
lateral).

• Componentes: Ocorrem entre as faces articulares inferiores das


massas laterais de atlas e dos processos articulares superiores do
áxis e entre o dente do áxis e o arco anterior do atlas.

• Movimentos: Permite a inclinação lateral da cabeça e a rotação da


cabeça. A rotação excessiva da cabeça é impedida pelo ligamento
alar.

d. Articulação atlantoccipital

• Tipo de articulação: sinovial do tipo condilóide

• Componentes: ocorre entre as massas laterais do atlas e os


côndilos occipitais. O osso do crânio e a vértebra atlas estão
conectados pelas membranas atlantoocipitais anteriores (Que vai
da margem anterior do forame magno e do arco anterior de C1) e
posteriores (Que vai da margem posterior do forame magno e do
arco posterior de C1).

• Principais ligamentos: Ligamento transverso do atlas (se estende


entre os tubérculos das faces mediais das massas laterais das
vértebras de C1 e mantém o dente da áxis, contra o arco anterior
de C1), ligamento cruciforme do atlas (formado pelo ligamento
transverso do atlas e pelas faixas longitudinais), ligamentos alares
(que se estendem a partir dos lados do dente até as margens
Anatomia Humana 17

laterais do forame magno) e a membrana tectória (que é a


continuação do ligamento longitudinal posterior e vai do corpo de
C1 até a face interna do osso occipital).

• Movimentos: flexão, com pequena inclinação e rotação laterais.


Figura 3: Articulação cervical

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos ver a articulação entre o atlas e o crânio,


entre atlas e áxis, e entre o áxis e a terceira vertebra cervical.

e. Articulação costovertebral

• Tipo de articulação: Sinovial plana

• Componentes: A articulação costovertebral da cabeça ocorre


entre a cabeça da costela com a fóvea costal da vértebra
correspondente ou entre a cabeça da costela e a fóvea costal
superior. A articulação costovertebral costotransversária ocorre
18 Anatomia Humana

entre o tubérculo da costela e o processo transverso da vértebra


correspondente.

• Principais ligamentos: Na articulação costovertebral da cabeça


da costela os principais ligamentos são o radiado da cabeça
da costela e os infra-articulares. Na articulação costovertebral
costotransversárias temos os ligamentos costotransversários
lateral e superior.
Figura 4: Articulação entre a vértebra torácica e a costela.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos


presentes da articulação costovertebral.
f. Articulações sacroilíacas
• Tipo de articulação: Articulação sinovial
• Componentes: a articulação ocorre entre as faces auriculares do
osso sacro e do osso ílio.
• Principais ligamentos: Ligamentos interósseos, ligamentos sacroilíacos,
ligamentos sacrotubeal e sacroespinhal.
Anatomia Humana 19

• Movimentos: Possui movimentação limitada.


g. Articulação sacrococcígea
• Tipo de articulação: Articulação cartilagínea secundária. Essa
articulação possui disco intervertebral.
• Componentes: a articulação ocorre entre o osso sacro e o cóccix.
• Principais ligamentos: ligamento sacrococcígeo anterior e
ligamento sacrococcígeo posterior.
Figura 5: Imagem dos ossos sacro e cóccix

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os ossos sacro e cóccix se


articulando.
20 Anatomia Humana

Articulações da parede torácica


a. Articulações costocondrais: que é do tipo articulação cartilagínea
secundária e ocorre entre a extremidade lateral da cartilagem
costal e a extremidade esternal da costela. São unidas por
periósteo.

b. Articulações intercondrais: é uma articulação sinovial plana, que


ocorre entre as cartilagens costais das 6º e 7º costelas, das 7º e
8º costelas e da 8º e 9º costelas. São unidas pelos ligamentos
intercondrais.

c. Articulação costoesternal: na primeira costela é a articulação


cartilagínea primária e da segunda a sétima costela são sinoviais
planas. Articulação das primeiras cartilagens costais com o
manúbrio do esterno e articulação dos 2º ao 7º pares de cartilagens
costais com o esterno. Os ligamentos que estabilizam essas
articulações são os esternocostais radiados anterior e posterior.

d. Articulação esternoclavicular: é uma articulação sinovial selar,


que ocorre entre a extremidade esternal da clavícula com a primeira
cartilagem costal. Os ligamentos que fixam essa articulação são os
ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior, e o ligamento
costoclavicular.

e. Articulação manubrioesternal: é uma articulação do tipo car-


tilagínea secundária, que ocorre entre o manúbrio e o corpo do
esterno.

f. Articulação xifoesternal: é uma articulação cartilagínea primária,


que ocorre entre o processo xifoide e o corpo do esterno.
Anatomia Humana 21

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que a articulação temporomandibular, como o próprio
nome diz, ocorre entre o osso temporal (tubérculo articular
do temporal, a fossa da mandíbula) e a mandíbula (Côndilo
da mandíbula). Na coluna vertebral ocorre a articulação
entre o atlas e o côndilo occiptal, entre o dente do áxis e
a vértebra atlas, entre os corpos vertebrais, entre os arcos
vertebrais. Aprendeu que existem diversas articulações
na caixa torácica, entre as costelas e o esterno, entre as
costelas e as vértebras torácicas e entre a clavícula e o
esterno.
22 Anatomia Humana

Articulações do Esqueleto Axial

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender os


principais ligamentos dos membros superiores e inferiores.
Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. As
pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem
a devida instrução tiveram problemas na atuação como
Fisioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento
de anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então?
Motivado para desenvolver esta competência? Então
vamos lá. Avante!

Membro superior
Ombro
a. Articulação esterno-clavicular:

• Tipo: Sinovial do tipo selar

• Componentes: a articulação ocorre entre a extremidade esternal


da clavícula, o manúbrio do esterno e a 1º cartilagem costal. Essa
articulação possui cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior,


ligamento interclavicular e ligamento costoclavicular.
Anatomia Humana 23

• Movimentos: A articulação esternoclavicular permite a movimen-


tação do cíngulo do membro superior e do membro superior; ela
se move em várias direções (anterior, posterior e inferiormente).
Figura 6: Articulações entre as costelas e o esterno.

Fonte: Wikicommons

b. Articulação acrômio-clavicular:

• Tipo: é uma articulação sinovial plana.

• Movimentos: O acrômio giro sobre a extremidade acromial da


clavícula. Esses movimentos ocorrem quando os músculos
toracoapendiculares fixam e movem a escápula.
24 Anatomia Humana

• Componentes: a articulação ocorre entre a extremidade acromial


da clavícula e o acrômio (escápula). As faces articulares são
cobertas por fibrocartilagem e separadas por um disco articular.
Possui cápsula articular. A cápsula é frouxa, é fibrosa e a membrana
fibrosa recobre a cápsula fibrosa.

• Ligamentos: Ligamento acromioclavicular, ligamento coracoclavi-


cular, ligamento conóide, ligamento trapezoide.

c. Articulação escápulo-torácica: é uma articulação funcional,


que permite os movimentos da escápula sobre as costelas, além
de permitir elevação, depressão, adução, abdução e rotação da
escápula durante os movimentos do ombro.

d. Articulação gleno-umeral

• Tipo: é uma articulação sinovial do tipo esferóide.

• Movimentos: permite os movimentos de flexão, extensão, abdução,


adução, rotação interna, rotação externa e circundução do ombro.

• Componentes: Ocorre entre a cabeça do úmero e a cavidade


glenóide (Figura 7). A cavidade glenóide é rasa. Ela é aprofundada
pelo lábio glenoidal. O tônus dos músculos do manguito rotador,
mantém a estabilidade da articulação do ombro. Essa articulação
é envolta pala cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamentos glenoumerais, ligamento coracoumeral,


ligamento coracoacromial e o ligamento transverso do úmero
(Figura 8).
Anatomia Humana 25

Figura 7: Articulação do ombro.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar a articulação entre a fossa


glenóide e a cabeça do úmero, a cápsula articular, a cartilagem articular
e a membrana sinovial.
26 Anatomia Humana

Figura 8: Articulação glenoumeral e articulação entre a costela e o esterno

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da


articulação do ombro.

IMPORTANTE:

Para manter a articulação do ombro estável o fisioterapeuta


deve se preocupar com o fortalecimento dos músculos
do manguito rotador. Em pacientes com lesão do plexo
(comprometimento dos nervos que inervam os músculos
do manguito rotador), que afete a força dos músculos do
manguito rotador, pode haver a subluxação da articulação
do ombro.
Anatomia Humana 27

e. Bursas da articulação do ombro: As bursas são pequenas bolsas


contendo líquido sinovial, que previnem o artito entre estruturas
articulares. Por exemplo, bursas entre os tendões e os ossos, que
evitam o desgaste do tendão (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE;
DALLEY, 2001).

• Bursas: Bursa subacromial-subdeltóida (localizada entre a cápsula


articular e o músculo deltoide); Bursa subacromial (entre a cápsula
e o acrômio); Bursa subcoracóide (entre a cápsula e o processo
coracóide); Bursa coracobraquial (entre os músculos subscapular
e coracobraquial); Bursa subscapular (entre o tendão do músculo
subscapular e a capsula articular); bursa supra-acromial (DANGELO;
FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).

Cotovelo
a. Tipo: Sinovial do tipo gínglimo (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE;
DALLEY, 2001).

b. Componentes: A articulação ocorre entre a tróclea e o capítulo


do úmero com a incisura troclear da ulna e com a face superior
da cabeça do rádio (Figura 9). Possui cápsula articular (DANGELO;
FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).

c. Ligamentos: Ligamento colateral radial e ligamento colateral ulnar


(DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001).

d. Movimentos: Flexão e extensão (DANGELO; FATINNI, 2007;


MOORE;DALLEY, 2001).
28 Anatomia Humana

Figura 9: Articulação do cotovelo.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da


articulação do cotovelo.

Antebraço
a. Articulação radioulnar proximal

• Tipo: Sinovial do tipo trocoide.


Anatomia Humana 29

• Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça do rádio e a


incisura radial da ulna. É envolta pela cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamento anular (que mantém a cabeça do rádio na


incisura radial da ulna).

• Movimentos: Pronação (onde a palma da mão é girada


posteriormente) e supinação (onde a palma da mão é girada
anteriormente).

• Articulação radioulnar distal

• Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça da ulna


e a incisura ulnar do rádio. As extremidades da ulna e do rádio
são unidas por um disco articular, conhecido como ligamento
triangular. Essa articulação é envolta por uma cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamentos anterior e posterior.

• Movimentos: A extremidade distal do rádio move-se anteriormente


e medialmente, durante a pronação e a supinação.

Punho e Mão
a. Articulação radiocarpal

• Tipo: Sinovial condilóide.

• Componentes: A articulação ocorre entre a extremidade distal do


rádio e o disco articular da articulação radioulnar distal com a fileira
proximal dos ossos do carpo (com excessão do osso pisiforme). A
cápsula articular envolve a articulação (Figura 10).

• Ligamentos: Ligamentos radiocarpais palmares, ligamentos


radiocarpais dorsais, ligamento colateral radial e ligamento
colateral radial.

• Movimentos: Flexão, extensão, desvio ulnar e desvio radial e


circundução.

• Articulações intercarpais

• Tipo: Articulações sinoviais planas


30 Anatomia Humana

• Componentes: As articulações intercarpais (Figura 10) ocorrem


entre os ossos do carpo da fileira proximal, entre os ossos do
carpo da fileira distal, a articulação mediocarpal (que ocorre entre
as fileiras proximal e distal dos ossos do carpo), a articulação
pisopiramidal (que ocorre entre o osso pisiforme e a face palmar
do osso piramidal). Essas articulações são envoltas por cápsula
articular.

• Ligamentos: Ligamentos intercapais palmares, ligamentos dorsais


e ligamentos interósseos.

• Movimento: Deslizamento.
Figura 10: Articulação do punho e mão.

Fonte: Wikicommons

Nessa imagem podemos ver os principais ligamentos da articulação


do punho e da mão.

b. Articulações carpometacarpais e intermetacarpais

• Tipo: Sinovial do tipo plana. Apenas a articulação carpometacarpal


do polegar é do tipo sinovial selar
Anatomia Humana 31

• Componentes: as bases dos metacarpos se articulam com os


carpos. A base do primeiro metacarpo (polegar) articula-se com
o osso trapézio. As articulações são envoltas por cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamentos carpometacarpais ventrais e metacarpais,


e ligamentos posterior e interósseo

• Movimentos: A articulação do primeiro dedo (polegar) permite os


movimentos de flexão, extensão, abdução, adução e circundução.
As articulações carpometacarpais do 2º, 3º e 4º dedos são pouco
móveis. A articulação carpometacarpal do 5º dedo possui o
movimento de flexão e gira lateralmente

c. Articulações metacarpofalangianas e interfalângicas:

• Tipo: sinoviais do tipo elipsoide

• Componentes: As cabeças dos metacarpos articulam-se com as


bases das falanges nas articulações metacarpofalangianas e nas
articulação interfalângicas ocorrem entre as cabeças das falanges
e as bases das falanges. Essas articulações são envolvidas por
cápsula articular

• Ligamentos: Ligamentos colaterais, que podem ser visualizados


na Figura 11.

• Movimentos: As articulações metacarpofalângicas do 2º ao 5º


dedo realizam a flexão, extensão, abdução, adução e circundução.
O 1º dedo (polegar) realiza flexão e extensão. As articulações
interfalângicas realizam flexão e extensão.
32 Anatomia Humana

Figura 11: Articulações interfalangianas.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os ligamentos colaterais.

Principais articulações dos membros


inferiores
Quadril
a. Tipo: Articulação sinovial esferoide.

b. Componentes: Ocorre entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do


osso do quadril. Possui cápsula articular como podemos observar
na figura 12.

c. Ligamentos: Ligamento iliofemoral (como podemos visualizar na


figura 13. Esse ligamento possui forma de Y, que está fixado na
Anatomia Humana 33

espinha ilíaca ântero-inferior, na margem do acetábulo e na linha


intertrocantérica do fêmur. Esse ligamento impede a hiperextensão
do quadril), ligamento pubofemoral (que se fixa na crista obturatória
do púbis e se funde a cápsula articular do quadril e com a parte
medial do ligamento iliofemoral), ligamento isquiofemoral (está
fixado na parte isquiática da margem do acetábulo. Ele se espirala
supero-lateramente até o colo do fêmur. Este ligamento mantem
a cabeça do fêmur fixa dentro do acetábulo).

d. Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa


e interna.
Figura 12: Articulação do quadril.

Fonte: Wikicommons

Nessa imagem podemos visualizar o ligamento íliofemoral e o


ligamento pubocapsular.
34 Anatomia Humana

Figura 13: Articulação do quadril.

Fonte: Wikicommons

Nessa imagem podemos visualizar o ligamento capsular e o


ligamento da cabeça do fêmur.

Joelho
a. Tipo: sinovial do tipo gínglimo.
b. Componentes: Articulação medial e lateral entre os côndilos do
fêmur e os platôs medial e lateral da tíbia (Figura 14). Articulação
intermediária, que ocorre entre a patela e o fêmur (Figura 14). É
envolta por uma cápsula fibrosa
c. Ligamentos: No joelho podemos observar a presença dos
ligamentos extracapsulares (o ligamento da patela, ligamento
colateral fibular, ligamento colateral tibial, ligamento poplíteo
oblíquo e o ligamento poplíteo arqueado). Existem também os
ligamentos intra-articulares, tais como os ligamentos cruzados
anteriores (que se origina na área intercondilar anterior da tíbia e
Anatomia Humana 35

insere-se na parte posterior do lado medial do côndilo lateral do


fêmur) e posteriores (origina-se da área intercondilar posterior da
tíbia e se fixa na parte anterior da face lateral do côndilo medial
do fêmur)
d. Meniscos: Possuem a função de absorção de impacto. Estão
situados na face articular da tíbia. Os ligamentos coronários são
fixados nas margens dos meniscos até os côndilos da tíbia. O
ligamento transverso do joelho fixa-se nas margens anteriores dos
meniscos. No joelho existem o menisco medial e o menisco lateral
(ele é unido ao ligamento cruzado posterior através do ligamento
meniscofemoral posterior)
e. Movimentos: Flexão e extensão.
Figura 14: Articulação do joelho.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar o ligamento patelar, o ligamento


da cápsula articular, o ligamento colateral tibial.
36 Anatomia Humana

Perna
a. Articulação tibiofibular

• Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.

• Componentes: A articulação ocorre entre a faceta articular da


cabeça da fíbula e a faceta articular do côndilo lateral da tíbia.
Possui cápsula articular.

• Ligamentos: ligamento anterior da cabeça da fíbular e o ligamento


posterior da cabeça da fíbula.

• Movimentos: Pequena movimentação durante a dorsiflexão e a


plantiflexão do pé.

b. Sindesmose tibiofibular

• Tipo: Articulação fibrosa.

• Componentes: A articulação ocorre entre a área articular da


extremidade inferior da fíbula e a faceta localizada na extremidade
inferior da tíbia.

• Ligamento: Ligamento interósseo, ligamentos tibiofibulares


inferiores anterior e posterior, ligamento tibiofibular transverso
inferior.

• Movimentos: Possui pequena movimentação durante a dorsiflexão


do pé.

Tornozelo e Pé
a. Articulação talocrural

• Tipo:

• Componentes: A articulação ocorre entre a face medial do maléolo


lateral da fíbula e a face inferior e o maléolo medial da tíbia com a
tróclea do tálus. A articulação é revestida por uma cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamento talofibular anterior(Figura 15), ligamento


talofibular posterior(Figura 15), ligamento calcaneofibular (Figura
Anatomia Humana 37

15), ligamento colateral medial que está fixado na região proximal


do maléolo medial e fixa distalmente nos ossos tálus, calcâneo e
navicular (Figura 15).

• Movimentos: Dorsiflexão e flexão plantar.

IMPORTANTE:

O ligamento colateral medial estabiliza a articulação


talocrural durante o movimento de everção do pé e impede
a subluxação (deslocamento partical) da articulação.

Figura 15: Articulação talocalcrural.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os ligamentos tibial inferior


posterior, o ligamento talofibular posterior, o ligamento tibiofibular anteriore
inferior, o ligamento calcaneofibular e o ligamento talofibular anterior.
38 Anatomia Humana

a. Articulação transversa do tarso

• É formada pelas articulações calcâneocubóidea e talocalcaneo-


navicular, e está descrita abaixo, nos tópicos “e” e “f”.

b. Articulação talocalcânea

• Tipo: Sinovial plana.

• Componentes: Articulação entre a face inferior do tálus e a face


superior do calcâneo. Possui cápsula articular.

• Ligamentos: ligamentos talocalcâneos medial, lateral e posterior,


ligamento talocalcâneo interósseo (Figura 15).

• Movimentos: Inversão e eversão do pé.

c. Articulação talocalcaneo-navicular

• Tipo: Sinovial do tipo esfera e soquete

• Componentes: a articulação ocorre entre a cabeça do tálus e o


calcâneo e o cubóide. Possui cápsula articular.

• Ligamentos: ligamento calcaneonavicular plantar (Figura 15).

• Movimentos: Deslizamento e rotação.

d. Articulação calcâneo-cubóidea

• Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.

• Componentes: A articulação ocorre entre a extremidade anterior


do calcâneo e a face posterior do osso cubóide. É envolta por
cápsula.

• Ligamentos: Ligamento calcâneo-cubóideo dorsal, ligamento


calcâneo-cubóideo plantar e o ligamento plantar longo (Figura 15).

• Movimentos: Inversão e eversão do pé.


Anatomia Humana 39

Figura 16: Articulação do tornozelo e do pé

Fonte: Wikicommons

Nessa imagem podemos visualizar a cápsula articular, o ligamento


cuneonavicular dorsal e medial, o ligamento calcaneocubóide, o ligamento
plantar calcaneonavicular, o ligamento talonavicular, o ligamento deltóide,
o ligamento plantar longo, o ligamento talotibial posterior, os ligamentos
talocalcâneo medial e posterior.

a. Articulação tarsometatarsal

• Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.

• Componentes: A articulação ocorre entre os ossos do anteriores


do tarso e as bases dos metatarsos. É envolta por cápsula.

• Ligamentos: Ligamentos dorsais, plantares e interósseos (Figura 17).

• Movimentos: deslizamento.

b. Articulação intermetatarsal

• Tipo: Articulação sinovial do tipo plana.

• Componentes: Ocorre a articulação entre as bases dos metatarsos.


Possuem cápsula articular.
40 Anatomia Humana

• Ligamentos: Ligamentos dorsais, plantares e interósseos, que


mantém os ossos unidos (Figura 17).

• Movimentos: possuem pouca mobilidade.

c. Articulação metatarsofalângica

• Tipo: Articulação sinovial bicondilar.

• Componentes: Ocorre a articulação entre as cabeças dos


metatarsos e as bases das falanges proximais.

• Ligamentos: Ligamentos colaterais, ligamentos plantares.

• Movimentos: Flexão, extensão, pequeno grau de abdução,


madução e circundução.
Figura 17: Articulações do tornozelo e do pé.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os principais ligamentos da articu-


lação do tornozelo, da articulação tarsometatarsal e metatarsofalangiana.

a. Articulação interfalângica

• Tipo: Articulação sinovial do tipo gínglimo (dobradiça).


Anatomia Humana 41

• Componentes: A articulação ocorre entre a cabeça de uma falange


e a base de outra falange distal adjacente. Possui cápsula articular.

• Ligamentos: Ligamentos colaterais e plantares.

• Movimentos: Flexão e extensão.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido
que as articulações do membro superior são a do ombro
(que ocorre entre o úmero, a clavícula e a escápula), a do
cotovelo (que ocorre entre o úmero, a ulna e o rádio), a
articulação que ocorre entre a ulna e o rádio, a articulação
entre a ulna, o rádio e a fileira proximal dos ossos do
carpo, entre os ossos do carpo e os metacarpos, entre os
metacarpos e as falanges e as articulações entre as falanges
dos dedos. Nos membros inferiores temos as articulações
do quadril (que ocorre entre o osso do quadril e o fêmur), a
articulação do joelho (que ocorre entre o fêmur, a tíbia e a
fíbula), a articulação do tornozelo (que ocorre entre a tíbia,
a fíbula e os ossos do carpo), as articulações que ocorrem
entre os ossos do carpo, bem como entre os ossos do
carpo e os metacarpos e as articulações entre as falanges
dos dedos.
42 Anatomia Humana

Articulações do Esqueleto Apendicular

OBJETIVO:

Ao término deste capítulo você será capaz de entender o


conceito e as funções do sistema muscular, a classificação
dos músculos, os principais músculos do corpo humanos.
Você irá aprender a origem, a inserção e a ação dos
músculos do corpo humano. Isto será fundamental para
o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram
estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram
problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeuta
utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia de
atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá. Avante!

Conceito e funções do sistema muscular


O sistema muscular é o conjunto de músculos, que ao se contraírem,
podem movimentar determinada articulação (músculo esquelético), pode
bombear sangue para o corpo (músculo cardíaco), pode participar da
circulação de sangue pelos vasos e controlar o movimento de substâncias
dentro das vísceras (músculo liso), promove a sustentação e mantém a
postura do corpo, além de produzir calor. No músculo esquelético nós
temos a presença da origem (que é a extremidade proximal do músculo
que permanece fixa durante a contração muscular) e a inserção (que é o
local de fixação da extremidade distal do músculo).

Classificação dos músculos


Os músculos são classificados em músculo esquelético, músculo
cardíaco e músculo liso (Figura 18), que serão descritos detalhadamente
abaixo.
Anatomia Humana 43

Figura 18: No corpo humano temos o músculo esquelético, a musculatura lisa


e o músculo cardíaco

Fonte: Public Domain

Músculo esquelético
a. Localização: Estão fixados ao esqueleto, às fáscias dos membros,
à parede corporal e à cabeça e pescoço (MOORE; DALLEY, 2001).

b. Características: Possui ventre muscular (que é a região mais


carnuda), tendões (que estão geralmente localizados nas
extremidades musculares e fixam o músculo ao osso direta ou
indiretamente), aponeurose (que são tendões que fixam um
músculo ao outro). Nós temos 5 tipos de músculos – os músculos
planos (que possuem suas fibras paralelas entre si e são fixados
por uma aponeurose), músculos peniformes (os seus fascículos
estão arranjados em forma de pena e podem ser unipeniforme,
bipeniforme e multipeniforme), músculo fusiforme (em forma
de fuso, com o ventre grosso e com as extremidades afiladas),
músculo quadrado (com 4 lados), músculo circular (envolve uma
abertura ou orifício do corpo, e a comprime quando está contraído.
Um exemplo é o músculo esfincteriano).

c. Estrutura: A unidade motora é composta por uma fibra muscular


e um neurônio motor. A fibra muscular é a unidade estrutural dos
músculos. Quando um estímulo nervoso proveniente do sistema
nervoso central chega no neurônio motor da placa motora, ela
induz a liberação de mediadores (como a acetilcolina), que se
ligam a receptores localizados na superfície da célula muscular
(membrana) e induzem uma série de reações dentro da célula
muscular, promovendo a contração muscular pela ativação das
fibras de miosina e actina (Figura 19).
44 Anatomia Humana

Figura 19: Imagem dos filamentos de miosina e actina, em um músculo relaxado e em um


músculo contraído

Fonte: Wikicommons

d. Classificação dos músculos de acordo com a ação: Agonistas (que


são os músculos que ao se contraírem promovem determinado
movimento), antagonistas (que são os músculos que se opõem
à ação dos agonistas), sinergista (complementam a ação do
agonista), fixadores (fixam a parte proximal de um membro, para
que os músculos distais realizem um movimento na extremidade
distal).

e. Tipo de contração: A contração é fásica, forte, rápida e intermitente.


O músculo possui um tônus de repouso (um grau de contração
leve). A contração é voluntária ou reflexa (pelo reflexo medular).

Músculo estriado
a. Localização: Músculo do coração (miocárdio), porções adjacentes
da artéria aorta e da veia cava
Anatomia Humana 45

b. Características: Possuem fibras curtas, ramificadas, que se


comunicam entre si, com a presença de estriações transversais,
correndo paralelamente e unidas por junções, conhecidas como
discos intercalados. Possuem núcleo único e central (DRAKE;
VOGL; MITCHEL, 2015).

c. Tipo de contração: Involuntária, rítmica, forte, rápida, contínua, que


permite o bombeamento de sangue para o corpo humano. A parte
autonômica do sistema nervoso central controla o ritmo e a força
da contração do coração (DANGELO; FATINNI, 2007).

Músculo liso
a. Localização: Está presente nas vísceras ocas (como o intestino,
estômago) e nas paredes dos vasos sanguíneos; na íris e no corpo
ciliar do bulbo do olho; e fixados nos folículos pilosos da pele
(MOORE; DALLEY, 2001).

b. Características: Fibras fusiformes, pequenas, sem estriações, com


núcleo único e central (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).

c. Tipo de contração: A contração da musculatura lisa é involuntária,


sendo desencadeada pela ação do sistema nervoso autonômico.
A contração é fraca, lenta, rítmica ou tônica sustentada (DRAKE;
VOGL; MITCHEL, 2015).

EXEMPLO: A contração peristáltica, que é uma contração realizada


pelo intestino com a finalidade de expelir as fezes. Outro exemplo é a
contração dos vasos sanguíneos, conhecida como vasoconstricção, que
tem como função restringir o fluxo sanguíneo.

Tipos de contração muscular dos músculos


esqueléticos
a. Contração reflexa: desencadeada por um reflexo proveniente da
medula. Ela ocorre em músculos somáticos voluntários.

EXEMPLO: a contração muscular combinada que promove a retirada


da mão de uma água fervendo, na tentativa de prevenir uma queimadura.
46 Anatomia Humana

b. Contração tônica: contração muscular mantida mesmo com o


músculo relaxado.

EXEMPLO: a contração dos músculos posturais, para a manutenção


da postura corporal.

c. Contração isotônica:

• Contração concêntrica: Onde há o encurtamento do músculo


durante a contração muscular.

• Contração excêntrica: Ocorre quando uma força externa é maior


que a força de contração muscular. Há o aumento do tônus
muscular. Esse tipo de contração recruta mais fibras musculares.

IMPORTANTE:

Durante a sessão de fisioterapia, a utilização detécnicas


fisioterapêuticas que visam a contração concêntrica e
excêntrica do músculo, promovem um maior recrutamento
de unidades motoras, e com isso promove fortalecimento
muscular.

• Contração isométrica: Ocorre a contração muscular, sem que haja


alteração do tamanho do músculo. A tensão muscular é maior que
o tônus muscular.

Principais músculos da cabeça


Os músculos da face são classificados em músculos da fronte
(músculo occiptofrontal), músculos da boca, lábios e bochechas, e da
órbita (Figura 20).
Anatomia Humana 47

Figura 20: Músculos da face.

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos ver os principais músculos da face.

Músculos da face
a. Músculo occipito frontal

• Origem: aponeurose epicrânica

• Inserção: pele das pálpebras

• Ação: Eleva as pálpebras e franzem as sobrancelhas.

b. Músculo orbicular da boca (enfíncter da boca)

• Características: Suas fibras envolvem a boca e estão dentro dos


lábios.
48 Anatomia Humana

• Ação: fechamento da boca. Participa também da fala e promove


a compressão dos lábios contra os dentres, trabalhando com
a língua para manter os alimentos entre os dentes durante a
mastigação.

c. Músculos dilatadores (dos lábios) : irradiam a partir dos lábios.

d. Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz -

• Origem: Maxila.

• Inserção: Dividem-se em dois fascículos que se inserem na


cartilagem alar maior do nariz e no lábio superior.

• Ação: Eleva a asa do nariz e o lábio superior.

e. Músculo mentual -

• Origem: Ramo da mandíbula.

• Inserção: Pele do mento.

• Ação: Eleva a pele do mento.

f. Músculo bucinador -

• Origem: Rafe pterigomandibular.

• Inserç8e assobiar e sugar. Auxilia na mastigação pressionando as


bochechas contra os dentes molares.

g. Músculo abai9xador do ângulo da boca

• Ação: Abaixa o ângulo da boca.

h. Músculo levantador do ângulo da boca

• Origem: margem infra-orbital.

• Inserção: ângulo da boca.

• Ação: Eleva o canto da boca.

i. Músculo zigomático maior

• Origem: zigomático.

• Inserção: ângulo da boca.


Anatomia Humana 49

• Ação: puxa o ângulo da boca supero-lateralmente.

j. Músculo zigomático menor

• Origem: zigomático.

• Inserção: músculo orbicular da boca.

• Ação: ajuda a elevar o lábio superior e a aprofundar o sulco


nasolabial.

k. Músculo levantador do lábio superior

• Origem: Margem infra-orbital.

• Inserção: lábio superior.

• Ação: eleva e everte o lábio superior.

l. Músculo abaixador do lábio interior

• Inserção: Fixa inferiormente à mandíbula e superiormente com o


seu músculo contralateral e com o músculo orbicular da boca.

• Ação: Puxa o lábio para baixo e ligeiramente para o lado.

m. Músculo risório

• Origem: Músculo platisma e na fáscia do músculo masseter.

• Inserção: Fáscia que recobre a glândula parótida ínfero-anterior à


orelha e ao ângulo da boca.

• Ação: Puxa o canto da boca lateralmente no ato de sorrir.

• Músculo masseter

• Origem: Arco zigomático.

• Inserção: Superfície lateral da mandíbula.

• Ação: Promove o fechamento da boca, a oclusão dos dentes e


auxilia no movimento de lateralidade da mandíbula.

n. Músculo temporal

• Origem: Fossa temporal (ossos frontal, parietal e temporal).


50 Anatomia Humana

• Inserção: Processo coronóide e ramo da mandíbula.

• Ação: Promove o fechamento da boca, a oclusão dos dentes e


auxilia no movimento de lateralidade da mandíbula.

o. Músculo platisma

• Origem: Fáscia que recobre as partes superiores dos músculos


deltoide e peitoral maior.

• Inserção: se estende súpero-medialmente sobre a clavícula até a


margem inferior da mandíbula.

• Ação: Ajuda a abaixar a mandíbula.

p. Músculo orbicular do olho - Figura 20 (DRAKE, VOGL e MITCHEL,


2015; MOORE e DALLEY, 2001):

• Suas fibras formam círculos concêntricos. O músculo orbicular do


olho se fixa na margem medial da órbita e no ligamento palpebral
medial.

• Ação: Possui três partes- A parte lacrimal que puxa as pálpebras


e os pontos lacrimais medialmente; a parte palpebral que fecha
suavemente as pálpebras; a parte orbital que fecha firmemente
as pálpebras.

q. Músculo corrugador do supercílio -Figura 20 (DRAKE, VOGL e


MITCHEL, 2015; MOORE e DALLEY, 2001):

• Origem: Parte orbital do músculo orbicular do olho e na


proeminência nasal.

• Inserção: pele da sobrancelha.

• Ação: Puxa a sobrancelha para baixo.

r. Músculo nasal - Figura 20 (DRAKE, VOGL e MITCHEL, 2015; MOORE


e DALLEY, 2001):

• Origem: A parte transversa (compressor da narina) se orgina da


parte superior da crista canina na face anterior da maxila e a parte
alar (dilatador da narina) se origina da maxila (acima da parte
transversa).
Anatomia Humana 51

• Inserção: A parte transversa se insere no dorso do nariz e a parte


alar se insere nas cartilagens alares do nariz.

• Ação: A parte transversa comprime a abertura piriforme do nariz e


a parte alar alarga a abertura piriforme do nariz.

s. Músculo prócero

• Origem: É contínuo com o músculo frontal.

• Inserção: Final do dorso do nariz.

• Ação: Puxa a parte medial da sobrancelha para baixo.

t. Músculo abaixador do septo

• Origem: Maxila acima do dente incisivo central.

• Inserção: Parte móvel do septo nasal.

• Ação: Alarga a base do nariz junto com a parte alar do músculo


nasal.

Músculos da cavidade oral


Na cavidade oral temos os músculos que compõem o assoalho
da boca: o milo-hióideo e o gênio-hióideo. A língua possui músculos
intrínsecos e extrínsecos.

Músculos do assoalho da boca


a. Milo-hióideo

• Origem: Linha milo-hiódea da mandíbula.

• Inserção: Osso hióide.

• Ação: sustenta e eleva o assoalho da cavidade da boca

b. Gênio-hióideo

• Origem: Espinha geniana inferior da mandíbula.

• Inserção: Osso hioide.


52 Anatomia Humana

• Ação: Quando o osso hióide está fixado ele deprime a mandíbula.


Traciona o osso hioide para frente quando a mandíbula está fixa.

Músculos intrínsecos da língua


a. Músculo longitudinal superior

• Origem: Dorso da língua e septo da língua.

• Inserção: Margens da língua.

• Ação: Encurta a língua, enrola o ápice e as margens da língua.

b. Músculo longitudinal inferior

• Origem: Raiz da língua.

• Inserção: Ápice da língua.

• Ação: Encurta a língua, desenrola o ápice e vira-o para baixo.

c. Músculo vertical

• Origem: Dorso da língua.

• Inserção: Regiões mais ventrais da língua.

• Ação: Achata e alarga a língua.

Músculos extrínsecos da língua


a. Genioglosso

• Origem: Espinhas genianas superiores.

• Inserção: Osso hióide, toda a extensão da língua.

• Ação: Promove a protrusão e a depressão do centro da língua.

b. Hioglosso -

• Origem: Corno maio e parte adjacente do corpo do osso hióide.

• Inserção: Face lateral da língua.

• Ação: Deprime a língua.

c. Estiologlosso -
Anatomia Humana 53

• Origem: Processo estiloide.

• Inserção: Face lateral da língua.

• Ação: Eleva e retrai a língua.

d. Palatoglosso -

• Origem: Aponeurose palatina.

• Inserção: Margem da língua.

• Ação: deprime o palato, eleva o dorso da língua.


Figura 21: Músculos da língua

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos ver os músculos genioglosso, Estiloglosso,


hioglosso e gênio-hióideo.
54 Anatomia Humana

Músculos do palato mole


a. Tensor do véu palatino: Tensiona o palato mole e abre a tuba
auditiva. Origina-se na fossa escafóidea e na espinha do esfenoide
e na parte fibrosa da tuba auditiva. Sua inserção é na aponeurose
palatina.

b. Levantador do véu palatino: Eleva o palato mole. Origina-se na


parte petrosa do osso temporal. E se insere na face superior da
aponeurose palatina.

c. Palatofaríngeo: Deprime o palato mole e eleva a faringe. Origina-


se na face superior da aponeurose palatina. Insere-se na parede
da faringe.

d. Palatoglosso: Deprime o palato e eleva o dorso da língua. Origina-


se na face inferior da aponeurose palatina. Insere-se na margem
da língua.

e. Músculo da úvula: Eleva e retrai a úvula. Origina-se na espinha


nasal posterior do palato duro. Insere-se na úvula.

Músculos do pescoço, tórax e do dorso


Na região lateral do pescoço encontramos os músculos
esternocleidomastóideo, os escalenos e o trapézio (fibras superiores. A
origem, inserção e ação do trapézio está descrita anteriormente).

a. Esternocleidomastóideo –

• Origem: O esternocleidomastóideo possui duas cabeças. A cabeça


esternal se fixa no manúbrio do esterno e a cabeça clavicular se
localiza na face superior do terço medial da clavícula.

• Inserção: Processo mastoide do temporal e linha nucal superior


do occipital.

• Ação: Quando atua unilateralmente o músculo esternocleidomas-


tóideo flete e gira lateralmente a cabeça e o pescoço. Quando
atuam bilateralmente os músculos esternocleidomastóideo fle-
tem o pescoço.
Anatomia Humana 55

Figura 22: Músculo esternocleidomastóideo

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar a origem esternal e clavicular do


músculo, bem como a sua inserção no processo mastoideo.

b. Músculos escalenos anterior, médio e posterior

• Origem: Eles se originam no processo transverso das vértebras


cervicais.

• Inserção: Os músculos escalenos anterior e médio tem como


origem a primeira costela; O músculo escaleno posterior tem
como origem a segunda costela.

• Ação: Quanto ocorre a contração dos três escalenos dos lados


direito e esquerdo ocorre a flexão do pescoço. Eles atuando
bilateralmente também elevam a primeira costela durante a
inspiração forçada. Quando atuam individualmente (escalenos
do lado direito ou só os escalenos do lado esquerdo) realizam a
flexão lateral e a rotação do pescoço.
56 Anatomia Humana

Na parede do tórax temos diversos músculos, importantes para a


movimentação das costelas. Ao visualizarmos o tórax podemos observar
os seguintes músculos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY,
2001; JARMEY, 2008):

a. Músculo levantador das costelas:

• Origem: Processos transversos de T7 a T11.

• Inserção: Costelas subjacentre entre o tubérculo e o ângulo.

• Ação: Abaixa as costelas.

b. Músculo intercostal externo:

• Origem: Margem inferior das costelas.

• Inserção: Margens superiores das costelas abaixo.

• Ação: Eleva as costelas.

c. Músculo intercostal interno –

• Origem: Margem inferior das costelas.

• Inserção: Margens superiores das costelas abaixo.

• Ação: Abaixa as costelas.

d. Músculo intercostal íntimo:

• Origem: Margem inferior das costelas.

• Inserção: Margens superiores das costelas abaixo.

• Ação: Eleva as costelas.


Anatomia Humana 57

Figura 23: Músculos da cavidade torácica

Fonte: Wikicommons

Nesta imagem podemos visualizar os músculos intercostais internos


e o transverso do tórax.

e. Músculo subcostal:

• Origem: Face interna das costelas inferiores.

• Inserção: Margens superiores da 2º e 3º costelas abaixo.

• Ação: Eleva as costelas.

f. Músculo transverso do tórax

• Origem: Superfície posterior da extremidade inferior do esterno.

• Inserção: Cartilagens costais de 2 a 6.

• Ação: Abaixa as costelas.


58 Anatomia Humana

g. Diafragma:

• Origem: Parte superior do processo xifoide, da 6º a 12º cartilagens


costais e suas respectivas costelas.

• Inserção: Suas fibras se fixam no centro tendíneo, dentro do próprio


diafragma.

• Ação: O diafragma é um músculo importante para a respiração. O


diafragma traciona seu centro tendíneo inferiormente durante a
inspiração, aumentando o volume da cavidade torácica.

No dorso nós podemos observar a presença de músculos


superficiais e músculos profundos (figura 24). Os músculos superficiais do
dorso são (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001):

a. Trapézio (o trapézio foi citado anteriormente como integrante dos


músculos do pescoço pois ele também possui fibras musculares
que se originam na região da cabeça e do pescoço):

• Origem: Terço medial da linha nucal superior, protuberância


occipital externa, ligamento nucal, processos espinhosos das
vértebras C7-T12 e processos espinhosos lombares e sacrais.

• Inserção: Terço lateral da clavícula, acrômio e espinha da escápula.

• Ação: Eleva (fibras superiores do trapézio), retrai (fibras médias do


trapézio) e gira a escápula (fibras inferiores do trapézio).

b. Latíssimo do dorso:

• Origem: Processos espinhosos de T6 a L5, crista ilíaca, costelas


10 e 11.

• Inserção: Sulco intertubercular do úmero.

• Ação: Extensão, adução e rotação medial do úmero.

c. Levantador da escápula:

• Origem: Processos transversos de C1 a C4.

• Inserção: Margem medial da escápula.

• Ação: Extensão, abdução e rotação medial do úmero.


Anatomia Humana 59

d. Rombóide maior:

• Origem: Processos espinhosos de T2 a T5.

• Inserção: Margem medial da escápula.

• Ação: Retração, e elevação da escápula.

e. Rombóide menor:

• Origem: Parte inferior do ligamento nucal, processos espinhosos


de C7 a T1.

• Inserção: Margem medial da escápula.

• Ação: Retração e elevação da escápula.


60 Anatomia Humana

Figura 24: Músculos do dorso.

Fonte: Wikicommons

No dorso nós temos também o grupo médio de músculos,


localizados logo abaixo do grupo superficial. Esses músculos estão
envolvidos com a respiração (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY,
2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
Anatomia Humana 61

a. Músculo serrátil posterior superior:

• Origem: Ligamento da nuca, processos espinhosos das vértebras


de C7 a T3.

• Inserção: Margens superiores da 2º a 4º costelas.

• Ação: Eleva as costelas.

b. Músculo serrátil posterior inferior

• Origem: Processos espinhosos de T11 a L2.

• Inserção: Margens inferiores da 8º a 12º costelas.

• Ação: Abaixa as costelas.

No grupo de músculos profundos do dorso nós temos


espinotransversais (são extensores e rotadores da cabeça e do pescoço),
os músculos eretores da espinha e espinotransversais (músculos
extensores e rotadores da coluna vertebral) e os músculos interespinais
e intertransversários (segmentares curtos) (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015;
MOORE; DALLEY, 2001).

No grupo dos músculos espinotransversais (Figura 25) nós temos


o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço. O esplênio da cabeça
origina-se no ligamento nucal e nos processos espinhosos de C7 a T4 e
insere-se no processo mastoide e abaixo do terço lateral da linha nucal do
crânio. O esplênio do pescoço origina-se nos processos espinhosos de
T3 a T6 e insere-se nos processos transversos de C1 a C3 (DRAKE; VOGL;
MITCHEL, 2015; GUYTON; HALL, 2017).

Os músculos eretores da espinha são

a. Músculo iliocostal lombar:

• Origem: Sacro, processos espinhosos das vértebras L1-L5 e de T11


e de T12, crista ilíaca.

• Inserção: ângulos das 7 costelas inferiores.

b. Íliocostal torácico:

• Origem: ângulos das 6º a 12º costelas.


62 Anatomia Humana

• Inserção: ângulos das costelas 1 a 6 e processo transverso de C7.

c. Íliocostal do pescoço:

• Origem: ângulos das 3º a 6º costelas.

• Inserção: processos transversos de C4 a C6.

d. Longuíssimo do pescoço:

• Origem: Iliocostal na região lombar e nos processos transversos


de L1 a L5.

• Inserção: Processos transversos de C2 a C6.

e. Longuíssimo da cabeça:

• Origem: Processos transversos de T1 a T5, e processos articulares


de C1 a C4.

• Inserção: Processo mastoide.

f. Espinal do tórax:

• Origem: Processos espinhosos de T10 ou de T11 a L2.

• Inserção: Processos espinhosos de T1 a T8.

g. Espinal do pescoço:

• Origem: Ligamento nucal e processo espinhosos de C7.

• Inserção: Processo espinhosos da áxis.

h. Espinal da cabeça:

• Origem: No músculo semi-espinal da cabeça.

• Inserção: Com o músculo semi-espinal da cabeça.


Anatomia Humana 63

Figura 25: Músculos da camada profunda do dorso.

Fonte: Wikicommons
64 Anatomia Humana

Nesta imagem podemos visualizar os músculos multífido, quadrado


lombar, Espinhal dorsal, longuíssimo do dorso, levantador costal, iliocostal
lombar/dorsal/cervical, longuíssimo cervical, longuíssimo da cabeça,
semiespinhal da cabeça, oblíquo superior, oblíquo inferior, Reto posterior
maior e reto posterior menor.

O grupo de músculos transverso-espinais (Figura 25) é composto


pelos músculos (GUYTON; HALL, 2017; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):

a. Semi-espinal do tórax: A origem desse músculo é nos processos


transversos de T6 a T10. Ele se insere nos processos espinhosos
de T1 a T4, e de C6 a C7.

b. Semi-espinal do pescoço: Origina-se dos processos transversos


de T1 a T6. Insere-se nos processos espinhosos de C2 a C5.

c. Semi-espinal da cabeça: Origina-se dos processos transversos de


T1 a T4 e C7, além dos processos articulares de C4 a C6. Insere-se
na área medial da linha nucal.

d. Multífido: Ele se origina no sacro, na espinha ilíaca póstero-


superior, nos processos mamilares das vértebras lombares, nos
processos transversos de T1 a T12 e nos processos transversos de
C4 a C7. Insere-se na base dos processos espinhosos de C2 a L5.

e. Rotadores do lombo: Tem como origem os processos mamilares


das vértebras lombares e insere-se nos processos espinhosos das
vértebras lombares.

f. Rotadores do tórax: Tem como origem os processos transversos


das vértebras torácicas e inserem-se nos processos espinhosos
de T1 a T12.

g. Rotadores do pescoço: Origina-se nos processos articulares de C1


a C7 e insere-se nos processos espinhosos de C1 a C7.

Na coluna torácica (T12) e na coluna lombar se inserem também


dois músculos importantes: O músculo quadrado lombar e o músculo
iliopsoas, que estão descritos abaixo (JARMEY, 2008):

h. Quadrado lombar (Figura 25):

• Origem: Crista ilíaca, e ligamento iliolombar.


Anatomia Humana 65

• Inserção: 12º Costela e processos transversos de L1 a L4.

• Ação: Flexão lateral da coluna.

i. Iliopsoas (composto pelos músculos psoas maior e ilíaco):

• Origem: O músculo psoas maior tem como origem os processos


transversos de L1 a L5, o corpo de T12 e de L1 a L5, bem como os
discos intervertebrais localizados acima de cada vértebra lombar;
o músculo ilíaco tem como origem os dois terços superiores da
fossa ilíaca, bem como os ligamentos anteriores das articulações
lombossacral e sacroilíaca.

• Inserção: O iliopsoas se insere no trocanter menor do fêmur.

• Ação: Promove a rotação lateral e a flexão da coxa.

Músculos do abdome
Nós temos 4 músculos no abdome: O oblíquo externo, o oblíquo
interno, o transverso do abdome e o reto do abdome (DRAKE; VOGL ;
MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001; DANGELO; FATINNI, 2007).

a. Oblíquo externo:

• Origem: Faces externas da 5º a 12º costelas.

• Inserção: Linha alba, tubérculo púbico e metade anterior da crista


ilíaca.

• Ação: Esse músculo suporta as vísceras abdominais. Ele flete e


gira o tronco.

b. Oblíquo interno:

• Origem: Fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal.

• Inserção: margens inferiores da 10º a 12º costelas, linha alba, linha


pectínea do púbis.

• Ação: Esse músculo suporta as vísceras abdominais. Ele flete e


gira o tronco.

c. Transverso do abdome:
66 Anatomia Humana

• Origem: Faces internas da 7º a 12º cartilagens costais, fáscia


toracolombar, crista ilíaca e ligamento inguinal.

• Inserção: Linha alba, crista púbica e linha pectínea do púbis.

• Ação: Comprime e suporta as vísceras abdominais.

d. Reto do abdome:

• Origem: Sínfise púbica e crista púbica.

• Inserção: Processo xifoide e cartilagens costais da 5º a 7º costelas.

• Ação: Flexão de tronco. Ele comprime as vísceras abdominais.

Os músculos segmentares do dorso são: os levantadores das


costelas, os interespinais e os intertransversários. Já o grupo suboccipital
(Figura 25) é composto pelos músculos (MOORE; DALLEY, 2001):

a. Reto porterior maior da cabeça: que se origina no processo


espinhoso do áxis, insere-se abaixo da linha nucal e promove a
extensão e rotação da cabeça;

b. Reto posterior menor da cabeça: que se origina no processo


espinhoso do atlas e insere-se abaixo da linha nucal inferior. Sua
ação é promover a extensão da cabeça;

c. Oblíquo superior da cabeça: Origina-se no processo transverso do


atlas e insere-se no osso occipital entre as linhas nucais superior
e inferior. Sua ação é a extensão da cabeça e flexão lateral para o
mesmo lado.

d. Oblíquo inferior da cabeça: Se origina no processo espinhoso do


áxis e se insere no processo transverso do atlas. Sua ação é a
rotação da face para o mesmo lado.
Anatomia Humana 67

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo


tudinho? Agora, só para termos certeza de que você
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo,
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o
corpo humano possui três tipos de músculos: o esquelético,
o cardíaco e o liso. O músculo cardíaco bombeia o sangue
para o corpo e o músculo liso, recobre vasos e vísceras.
Uma das ações do músculo liso é controlar o calibre das
artérias. Os músculos esqueléticos são responsáveis pelos
movimentos articulares. A localização desses músculos
irá determinar a ação dele. Os músculos do crânio
realizam os movimentos da mímica facial, a mastigação,
o movimento dos olhos, o movimento das pálpebras. Os
músculos do abdome realizam a flexão da coluna vertebral
e são importantes para o controle postural. Os músculos
da coluna realizam a flexão, a extensão, os movimentos
de inclinação lateral e a rotação da coluna. Os músculos
do pescoço realizam a flexão, a extensão, a rotação e a
inclinação lateral do pescoço.
68 Anatomia Humana

Sistema Muscular
Principais músculos dos membros superiores
Ombro
No ombro existem músculos toracoapendiculares que são o
latíssimo do dorso (foi citado no tópico músculos do dorso), o trapézio (foi
citado no tópico músculos do dorso), o músculo levantador da escápula
(foi citado no tópico músculos do dorso), o peitoral maior, os romboides
maior e menor (foi citado no tópico músculos do dorso), o serrátil
anterior. No ombro existem seis músculos escapuloumerais: o deltoide,
o redondo maior, o redondo menor, o supra-espinhal, o infra-espinhal e
o subescapular. Os músculos do manguito rotador são o subescapular,
o infra-espinhal, o supra espinhal e o redondo menor (Figura 26). Abaixo
está descrita a origem, a inserção e a ação dos músculos (DRAKE; VOGL;
MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001):

a. Músculo peitoral maior: Possui duas partes: a parte clavicular tem


como origem os dois terços da região anterior da clavícula e a parte
esternocostal tem como origem o esterno e as seis cartilagens
costais superiores adjacentes. As duas partes se convergem e tem
como inserção o tubérculo maior do úmero na epífise proximal.
A sua ação principal é a adução e a rotação medial do úmero
(DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; JARMEY, 2008).

b. Músculo peitoral menor: Tem como origem as margens superiores


e as superfícies anteriores das 3º a 5º costelas. Tem como inserção
o processo coracóide da escápula. Sua ação é promover a
depressão do ombro e protração da escápula.

c. Músculo serrátil anterior: Tem como origem as superfícies externas


e a margem superior das 1º a 9º costelas e a fáscia que reveste
os espaços intercostais. Tem como inserção a superfície anterior
da margem medial da escápula e o ângulo inferior da escápula.
A sua ação é a protração da escápula, além de realizar a rotação
Anatomia Humana 69

da escápula para o movimento de flexão e abdução do braço


(DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; JARMEY, 2008).

d. Músculo deltoide: Possui três partes. A parte anterior tem


como origem o terço lateral da clavícula, a parte média tem
como origem a margem lateral do acrômio (escápula) e a parte
posterior tem como origem a parte inferior da margem posterior
da espinha da escápula. Todas as três partes convergem e se
inserem na tuberosidade deltoide do úmero. A parte anterior do
deltoide realiza da flexão e a rotação medial do úmero, a parte
média realiza a abdução do úmero após ela ter sido iniciada pelo
músculo supra-espinhal. A parte posterior realiza a extensão e a
rotação lateral do úmero (JARMEY, 2008).

e. O redondo maior: Tem como origem o terço inferior da face


posterior da margem lateral da escápula. A sua inserção é no lábio
medial do sulco intertubercular do úmero. A ação do músculo
redondo maior é a adução e a rotação medial do úmero (JARMEY,
2008).

f. Redondo menor: Têm como origem os dois terços superiores da


margem lateral da superfície da escápula. A sua inserção é na
parte posterior do tubérculo maior do úmero. O redondo menor
faz parte dos músculos do manguito rotador (previne a subluxação
da articulação do ombro). A sua ação é a rotação lateral e leve
abdução do úmero (JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL ; MITCHEL,
2015).

g. Supra-espinhal: Tem como origem a fossa supra-espinhal da


escápula (localizado acima da espinha da escápula) e tem como
inserção o tubérculo maior do úmero e na cápsula da articulação
do ombro. O supra-espinhal inicia o processo de abdução da
articulação do ombro (JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL,
2015).

h. Infra-espinhal: Tem como origem os dois terços da face dorsal


da escápula, localizado abaixo da espinha a escápula. Tem como
inserção o tubérculo maior do úmero na sua extremidade proximal
70 Anatomia Humana

e na cápsula da articulação do ombro. Faz parte do manguito


rotador. A sua ação é a rotação lateral do úmero. Ele previne a
subluxação do ombro (JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL,
2015).

i. Subescapular: Ele tem como origem a fossa subescapular. A


inserção é no tubérculo menor do úmero e na cápsula articular
do ombro. O subescapular faz parte do manguito rotador. Ele
promove a rotação medial do úmero (JARMEY, 2008; DRAKE;
VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 26: Músculos do manguito rotador

Fonte: Wikicommons

Braço
Para facilitar o aprendizado, dividirei os músculos do braço em
músculos do compartimento anterior e músculos do compartimento
posterior. No compartimento anterior do braço temos os músculos flexores:
Anatomia Humana 71

o coracobraquial, o bíceps braquial e o braquial. No compartimento


posterior temos o tríceps e o ancôneo, que promovem a extensão
(JARMEY, 2008; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; MOORE; DALLEY, 2001).

a. Coracobraquial: Tem como origem no processo coracóide da


escápula. Insere-se no terço médio da face medial do úmero. Ele
auxilia na flexão e na adução do braço.

b. Bíceps braquial: Possui duas cabeças, a cabeça longa e a cabeça


curta; origem: a cabeça curta se origina no processo coracóide
da escápula e a cabeça longa no tubérculo supraglenoidal;
inserção: Tuberosidade do rádio e fáscia profunda na face medial
do antebraço; Ação: Flexão de cotovelo e supinação do antebraço.
Promove um pequeno grau de flexão do ombro.

c. Braquial: Tem como origem a região anterior da metade distal do


úmero. Se insere no processo coronóide e na tuberosidade da
ulna. Ele flete o braço em todas as posições.

d. Tríceps: O “tri-“ do tríceps é porque esse músculos possui três


cabeças, uma cabeça longa, uma cabeça medial e uma cabeça
lateral. A cabeça longa tem como origem o tubérculo infraglenoidal
da escápula, a cabeça lateral tem como origem a face posterior
do úmero (acima do sulco do nervo radial) e a cabeça medial tem
como origem a face posterior (abaixo do sulco do nervo radial).
As fibras das três cabeças se convergem e tem como inserção a
extremidade proximal do olecrano da ulna e a fáscia do antebraço.

e. Ancôneo: Tem como origem o epicôndilo lateral do úmero e tem


como inserção a face lateral do olecrano e a parte superior da
face posterior da ulna. Ele auxilia o músculo tríceps no movimento
de extensão do antebraço. O músculo ancôneo estabiliza a
articulação do cotovelo.
72 Anatomia Humana

Figura 27: Músculos do braço.

Fonte: Wikicommons

Antebraço e Mão
No antebraço nós temos o grupo de músculos do compartimento
anterior (superficial e profundo) e do compartimento posterior. Ao
visualizamos o compartimento anterior do antebraço (Figura 28),
observamos a presença de músculos superficiais:
Anatomia Humana 73

a. Flexor ulnar do carpo: Possui duas cabeças, a cabeça do úmero


que tem como origem o epicôndilo medial do úmero e a cabeça
da ulna tem como origem o olecrano e a borda posterior da ulna.
O flexos ulnar do carpo tem como inserção o osso pisiforme, o
hamato (através do ligamento piso-hamato e pisometacarpais) e a
base do 5º metacarpo. Ele promove a flexão e adução do punho
(desvio ulnar).

b. Palmar longo: Tem como origem o epicôndilo medial do úmero.


Tem como inserção a aponeurose palmar da mão. Sua ação é
promover a flexão de punho.

c. Flexor radial do carpo: Tem como origem o epicôndilo medial


e como inserção a base do 2ºmetacarpo. Sua ação é a flexão e
abdução da mão (desvio radial).

d. Pronador redondo: Tem como origem o epicôndilo medial do


úmero e processo coronóide da ulna. Tem como inserção o meio
da face lateral do rádio. Sua ação é pronar e fletir o antebraço.

e. Flexor superficial dos dedos: Possui a cabeça úmero-ulnar, que


tem como origem o epicôndilo medial do úmero, o ligamento
colateral ulnar e o processo coronóide da ulna. A cabeça radial
tem como origem a metade superior da margem anterior do rádio.
Tem como inserção: os corpos das falanges médias do 2º ao 5º
dedos. Ele realiza a flexão das falanges médias dos dedos. Auxilia
na flexão de punho.
74 Anatomia Humana

Figura 28: Músculos superficiais do compartimento anterior do antebraço.

Fonte: Wikicommons

No antebraço também podemos visualizar os músculos profundos


do compartimento anterior (Figura 29) são:
a. Flexor profundo dos dedos: Tem como origem as faces anterior e
medial da ulna. Tem como inserção a base das falanges distais do
2º ao 5º dedos. Ele flexiona as falanges distais do 2º ao 5º dedos.
b. Flexor longo do polegar: Tem como origem a região anterior
do rádio e a porção radial da membrana interóssea. Tem como
inserção a base da falange distal do polegar (1º dedo). Ele promove
a flexão do polegar.
Anatomia Humana 75

c. Pronador quadrado: Tem como origem a porção distal da face


anterior da ulna e tem como inserção a porção distal do rádio. Ele
prona o antebraço.
Figura 29: Músculos profundos do compartimento anterior do antebraço

Fonte: Wikicommons

No antebraço também temos os músculos do compartimento


posterior (Figura 30), que tem como ação a extensão e a supinação:

• Camada superficial:

a. Braquiorradial: tem como origem a crista supra-epicondilar lateral


do úmero. Se insere na face lateral da extremidade distal do rádio.
Ele realiza a flexão do antebraço.

b. Extensor radial longo do carpo: Tem como origem a crista supra-


epicondilar lateral do úmero. Tem como inserção a base do 2º
metacarpo. Ele estende e abduz o punho (desvio radia).
76 Anatomia Humana

c. Extensor radial curto do carpo: Tem como origem o epicôndilo


lateral do úmero. Tem como inserção a base do 3º metacarpo e
realiza a extensão e abdução do punho.

d. Extensor dos dedos: Tem como origem o epicôndilo lateral. Tem


como inserção as expansões extensoras do 1º ao 4º dedo. Tem
como ação a extensão dos 1º ao 4º dedos e a extensão da mão.

e. Extensor do dedo mínimo: Tem como origem o epicôndilo lateral.


Tem como inserção a expansão extensora do 5º dedo. Tem como
ação a extensão do 5º dedo.

f. Extensor ulnar do carpo: Tem como origem o epicôndilo lateral do


úmero e a margem posterior da ulna. Tem como inserção a base
do 5º metacarpo. Tem como ação a extensão e adução da mão.

Figura 30: Músculos superficiais do compartimento posterior do antebraço.

Fonte: Wikicommons
Anatomia Humana 77

• Camada profunda:

a. Supinador: A parte superficial tem como origem o epicôndilo lateral


do úmero, os ligamentos radiais colateral e anular. A parte profunda
tem como origem a crista do músculo supinador. A inserção é na
superfície lateral do rádio. Tem como ação a supinação.

b. Abdutor longo do polegar: origem – Região posterior da ulna e


do rádio e membrana interóssea; Inserção – base do metacarpo
do dedo polegar (Região lateral). Tem como ação a abdução do
polegar.

c. Extensor curto do polegar: origem – região posterior do rádio e


membrana interóssea; Inserção – base da falange proximal do
polegar (região dorsal); Ação – extensão da falange proximal do
polegar.

d. Extensor longo do polegar: origem – região posterior da ulna e


membrana interóssea; Inserção – base da falange proximal do
polegar (região dorsal). Tem como ação a extensão da falange
distal do polegar.

e. Extensor do dedo indicador: origem – região posterior da ulna e


membrana interóssea; Inserção – Expansão extensora do dedo
indicador; Ação – extensão do dedo indicador.
78 Anatomia Humana

Figura 31: Músculos profundos do compartimento posterior do antebraço.

Fonte: Wikicommons

Na região póstero-lateral do punho e no 5º metacarpo existe


uma depressão triangular conhecida como tabaqueira anatômica. Ela é
formada pelos tendões dos músculos extensores.

Na mão observamos a presença de músculos tênares, hipotênares


e curtos (Figura 32):

• Músculos tênares:

a. Abdutor curto do polegar: Abduz o polegar.


Anatomia Humana 79

b. Flexor curto do polegar: Flete o polegar.

c. Oponente do polegar: Realiza o movimento de oposição do


polegar.

d. Adutor do polegar: Aduz o polegar.

• Músculos hipotênares:

a. Abdutor do dedo mínimo: Abduz o dedo mínimo.

b. Flexor curto do dedo mínimo: Flete a falange proximal do dedo


mínimo.

c. Oponente do dedo mínimo: Realiza a oposição do dedo mínimo.

• Músculos curtos:

a. Lumbricais 1 a 4: Fletem os dedos nas articulações metacarpofa-


langianas e estende as articulações inteações intefalângicas.

b. Interósseos dorsais de 1 a 4: Abduzem os dedos (afastando-os da


linha média).

c. Interósseos palmares de 1 a 3: Aduzem os dedos, aproximando-os


da linha média.
80 Anatomia Humana

Figura 32: Músculos tênares, hipotênares e curtos da mão

Fonte: Wikicommons

Assoalho pélvico
No assoalho pélvico temos o diafragma pélvico, que é composto
pelos músculos levantador do ânus e o coccígeo. Esses músculos
formam o assoalho pélvico e sustentam as vísceras pélvicas. O músculo
levantador do ânus reforça o esfíncter interno do ânus e funciona como
esfíncter vaginal. Na região profunda do períneo nós temos os músculos:

a. Esfincter externo da uretra: Comprime a uretra. Ele relaxa durante


a micção.
Anatomia Humana 81

b. Transverso profundo do períneo: estabiliza a posição do corpo do


períneo.

c. Compressor da uretra: Funciona como esfíncter acessório da uretra.

d. Esfíncter uretrovaginal: Funciona como esfíncter acessório da uretra.


Figura 33: Músculos do diafragma pélvico

Fonte: Wikicommons

Principais Músculos dos membros inferiores


Quadril
Na região glútea nós temos os músculos (figura 33) listados abaixo

a. Piriforme: Origem – face superior do sacro e ligamento sacrotuberal.


Inserção – margem superior do trocânter maior do fêmur.

b. Obturador interno: Tem origem na membrana obturatória e nos


ossos circunvizinhos. Tem inserção na face medial do trocânter
maior do fêmur. Sua ação é girar lateralmente a coxa estendida
e abduzir a coxa fletida. Ele também fixa a cabeça do fêmur no
acetábulo, junto com os músculos gêmeos superior e inferior.
82 Anatomia Humana

c. Gêmeo superior: Tem origem na espinha isquiática e inserção


na face medial do trocânter maior do fêmur. Sua ação é girar
lateralmente a coxa estendida e abduzir a coxa fletida.

d. Gêmeo inferior: Tem origem no túber isquiático e inserção na face


medial do trocânter maior do fêmur. Sua ação é girar lateralmente
a coxa estendida e abduzir a coxa fletida.

e. Quadrado femoral: Tem origem na margem lateral do túber isquiático


e inserção no tubérculo quadrado da crista intertrocantérica do
fêmur. Ele gira lateralmente a coxa e ajuda a manter a cabeça do
fêmur no acetábulo.

f. Glúteo mínimo: Tem origem na face externa do ílio, entre as linhas


glúteas anterior e inferior e inserção na face anterior do trocânter
maior do fêmur. Ele abduz e gira medialmente a coxa. Ele mantém
o nível da pelve quando a perna oposta está levantada.

g. Glúteo médio: Tem origem na face externa do osso ílio entre as


linhas glúteas anterior e posterior. Ele abduz e gira medialmente
a coxa. Ele mantém o nível da pelve quando a perna oposta está
levantada.

h. Glúteo máximo: tem origem no ílio, posteriormente à linha


glútea posterior, na face posterior do sacro e cóccix e ligamento
sacrotuberal. Insere-se no trato ílio-tibial (que tem inserção no
côndilo lateral da tíbia) e na tuberosidade glútea do fêmur. Sua
ação é estender a coxa e ajudar na flexão lateral (abdução), auxilia
na rotação lateral da coxa e ajuda a levantar a partir de uma
posição sentada.
Anatomia Humana 83

Figura 34: Músculos do glúteo.

Fonte: Wikicommons

Coxa
Na coxa temos músculos do compartimento anterior,medial e do
compartimento posterior (JARMEY, 2008; MOORE; DALLEY, 2001):
84 Anatomia Humana

• Compartimento anterior (Figura 34):

a. Pectíneo: Tem como origem o ramo superior do púbis e inserção


a linha pectínea do fêmur. Tem como a ação principal a adução e
flexão da coxa.

b. Psoas maior: Já foi mostrado anteriormente, na página 47.

c. Psoas menor: Tem origem nos lados das vértebras T12 e L1 e discos
intervertebrais e inserção na linha pectínea, no arco iliopectíneo
(se fixa na eminência iliopectínea). Promove a flexão da coxa.

d. Ilíaco: Tem origem na crista ilíaca, na fossa ilíaca, na asa do osso


sacro e nos ligamentos sacroiliacos anteriores e inserção no
tendão do músculo psoas maior, no trocânter menor do fêmur.
Promove a flexão da coxa.

e. Tensor da fáscia lata: Tem origem na espinha ilíaca ântero-superior


e na parte anterior da crista ilíaca. Tem inserção no trato íliotibial.
Ele abduz e gira medialmente e flete a coxa.

f. Sartório: Tem como origem a espinha ilíaca ântero-superior e


inserção na parte superior da face medial da tíbia. Ele flete, abduz,
gira lateralmente a coxa, além de Fletir a perna.

g. Quadríceps femoral: Formado pelos músculos reto-femoral, vasto


lateral, vasto medial e vasto intermediário. Origem do reto femoral
– espinha ilíaca antero superior e na região acima do acetábulo
no ílio; Origem do vasto lateral – Trocanter maior e linha áspera
do fêmur; Origem do vasto medial – linha intertrocantérica e linha
áspera do fêmur; Origem do vasto intermédio – faces anterior e
lateral do corpo do fêmur. O quadríceps tem como inserção a base
da patela e na tuberosidade da tíbia, através do tendão patelar.
Tem como ação a extensão da perna. O reto femoral ajuda o
íliopsoas a fletir a coxa.
Anatomia Humana 85

Figura 35: Músculos da região anterior e medial da coxa.

Fonte: Wikicommons

• Compartimento medial (Figura 34 e 35):

a. Adutor longo: Tem como origem o corpo do púbis e inserção no


terço médio da linha áspera do fêmur. Tem como ação a adução
da coxa.
86 Anatomia Humana

b. Adutor curto: Tem como origem o corpo e ramo inferior do púbis e


inserção na linha pectínea e na parte proximal da linha áspera do
fêmur. Ele age aduzindo a coxa e ajuda na flexão da coxa.

c. Adutor magno: A parte adutora tem origem no ramo inferior do


púbis e no ramo do ísquio inserção na tuberosidade glútea, na
linha áspera e na linha supracondilar medial, e a parte do jarrete
tem origem no túber isquiático e inserção no tubérculo do adutor
do fêmur. O adutor magno aduz a coxa. A parte adutora age fletindo
a coxa, enquanto que a parte do jarrete estende a coxa.

d. Grácil: Tem como origem o ramo inferior do púbis e inserção na


parte superior da face medial da tíbia. Ele age aduzindo a coxa,
fletindo a perna e auxilia na rotação medial da perna.

e. Obturador interno: Tem como origem a margem do forame


obturatório e a membrana obturatória e tem inserção na fossa
trocantérica do fêmur. Age girando a coxa lateralmente e fixando a
cabeça do fêmur no acetábulo.
Anatomia Humana 87

Figura 36: Músculos da região medial da coxa.

Fonte: Wikicommons
88 Anatomia Humana

• Compartimento posterior:

a. Semitendíneo: Tem como origem o túber isquiático e inserção


a face medial da parte superior da tíbia. Promove a extensão da
coxa, a flexão da perna e gira a perna medialmente quando o
joelho está fletido.

b. Semimembranoso: Tem como origem o túber isquiático e inserção


na parte posterior do côndilo medial da tíbia. Promove a extensão
da coxa, a flexão da perna e gira a perna medialmente quando o
joelho está fletido.

c. Bíceps femoral: A sua cabeça longa tem origem no túber


isquiático e sua cabeça curta tem origem na linha áspera e na
linha supraconfilar lateral do fêmur. Promove a extensão da coxa,
a flexão da perna e gira a perna lateralmente quando o joelho está
fletido.

Os tendões dos músculos sartório, grácil e semitendinoso formam a


pata de ganso ou pata anserina.

Perna e pé
A perna possui músculos em três compartimentos: o anterior, o
lateral e o posterior (MOORE; DALLEY, 2001).

• Compartimento anterior (Figura 36)

a. Tibial anterior: que tem como origem o côndilo lateral e a metade


superior da face lateral da tíbia e inserção as faces medial e
inferior do osso cuneiforme medial e a base do 1º metatarso. Age
promovendo a dorsiflexão e inversão do pé.

b. Extensor longo dos dedos: tem como origem o côndilo lateral


da tíbia e porção superior da face medial da fíbula e membrana
interóssea e inserção nas falanges média e distal dos 2º ao 5º
dedos. Promove a extensão dos 2º ao 5º dedos do pé e promove
a dorsiflexão do tornozelo.
Anatomia Humana 89

c. Extensor longo do hálux: tem como origem a parte média da face


anterior da fíbula e a membrana interóssea e inserção na face
dorsal da base da falange distal do hálux. Ele age promovendo a
extensão do hálux e a dorsiflexão do tornozelo.

d. Fíbular terceiro: Tem origem no terço inferior da face anterior da


fíbula e membrana interóssea e inserção no dorso da base do 5º
metatarso. Promove a dorsiflexão do tornozelo e ajuda na eversão
do pé.

• Compartimento lateral (MOORE e DALLEY, 2001)

a. Fibular longo: tem origem na cabeça e nos dois terços da face


lateral da fíbula e inserção na base do 1º metatarso e cuneiforme
medial. Atua na eversão do pé e tem uma participação pequena na
flexão plantar do tornozelo.

b. Fibular curto: tem origem nos dois terços inferiores da face lateral
da fíbula e inserção na face dorsal da base do 5º metatarso
(lateralmente). Promove a eversão do pé e tem uma participação
pequena na flexão plantar do tornozelo.
90 Anatomia Humana

Figura 37: Músculos do compartimento anterior e lateral da perna.

Fonte: Wikicommons
Anatomia Humana 91

• Compartimento posterior – Figuras 37 e 38

a. Gastrocnêmio: É um músculo superficial. Sua cabeça lateral tem


origem na face lateral do Côndilo lateral do fêmur e sua cabeça
medial tem origem na face poplítea do fêmur. Tem inserção no
tendão do calcâneo, que se fixa na face posterior do calcâneo.
Atua promovendo a flexão plantar do tornozelo (quando o joelho
está esterndido).
b. Sóleo: É um músculo superficial. Tem origem na região posterior
da cabeça da fíbula, no quarto superior da face posterior da fíbula
e na linha do músculo sóleo e na margem medial da tíbia. Tem
inserção no tendão do calcâneo, que se fixa na face posterior do
calcâneo. Atua promovendo a flexão plantar do tornozelo.
Figura 38: Músculos superficiais do compartimento posterior da perna.

Fonte: Wikicommons
92 Anatomia Humana

O tríceps sural é formado pelos músculos gastrocnêmio e sóleo. Ele


é considerado o segundo coração, pois auxilia no retorno venoso.

a. Plantar: É um músculo superficial. Tem origem na linha


supracondilar do fêmur e no ligamento poplíteo oblíquo e inserção
no tendão do calcâneo, que se fixa na face posterior do calcâneo.
Atua auxiliando o gastrocnêmio na flexão plantar do tornozelo e
na flexão do joelho.

b. Poplíteo: que tem origem na face lateral do côndilo lateral do


fêmur e no menisco lateral e inserção na face posterior da tíbia.
Age fletindo levemente o joelho. Esse músculo ajuda a destravar
o joelho.

c. Flexor longo do hálux: que tem como origem os dois terços


inferiores da face posterior da fíbula e a parte inferior da membrana
interóssea e tem inserção na base da falange distal do hálux. Ele
age fletindo o hálux.

d. Flexor longo dos dedos: tem origem na face posterior da tíbia


(porção medial) e inserção na base das falanges distais dos 2º ao
5º dedos. Ele flete as falanges distais dos 2º ao 5º dedos.

e. Tibial anterior: tem origem na membrana interóssea, na face


posterior da tíbia e da fíbula e inserção na tuberosidade do osso
navicular, no osso cuneiforme e cubóide e nas bases do 2º, 3 e 4º
metatarsos. Promove a flexão plantar do tornozelo e a inversão do
pé.
Anatomia Humana 93

Figura 39: Músculos profundos do compartimento posterior da perna.

Fonte: Wikicommons

Nos pés nós temos 4 camadas de músculos (MOORE; DALLEY,


2001):

a. Primeira camada: Abdutor do hálux; Flexor curto dos dedos;


abdutor do dedo mínimo.

b. Segunda camada: Quadrado plantar e lumbricais (Figura 39).

c. Terceira camada: Flexor curto do hálux, adutor do hálux e flexor


curto do dedo mínimo.
94 Anatomia Humana

d. Quarta camada: Interósseos dorsais e interósseos plantares.


Figura 40: Músculos do pé

Fonte: Wikicommons
Anatomia Humana 95

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu


mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de
que você realmente entendeu o tema de estudo deste
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter
aprendido no ombro os músculos supra-espinhal, infra-
espinhal, redondo menor e subescapular são os músculos
do manguito rotador. Os músculos do compartimento
anterior do braço realizam a flexão de cotovelo. Sendo
que o bíceps braquial e o córaco-braquial também fletem
o ombro. O músculo deltóide está localizado na região
lateral do ombro e braço e ele realiza a abdução do ombro
(fibras médias), a flexão do ombro (fibras anteriores ) e
extensão do ombro (fibras posteriores). O tríceps braquial
está localizado no compartimento posterior do braço e
realiza a extensão do ombro e do cotovelo. Geralmente os
músculos que atravessam a região anterior do antebraço e
da mão são flexores do punho e dos dedos. Os músculos
pronadores redondos e quadrados estão localizados
na região anterior do antebraço e realizam a pronação.
Enquanto que os músculos extensores estão localizados
na região posterior do antebraço e da mão. O músculo
supinador realiza a supinação e está localizado na região
posterior do antebraço. De forma resumida os músculos
da região anterior da coxa realizam a extensão do joelho,
enquanto que os músculos posteriores fletem o joelho.
Os músculos localizados medialmente na coxa realizam a
adução. Os músculos da região anterior da perna realizam
a dorsiflexão do pé, a extensão dos dedos dos pés e o tibial
anterior realizam também a inversão do pé. Os músculos
do compartimento lateral da perna realizam a eversão do
pé. Os músculos do compartimento posterior da perna
realizam a plantiflexão. O gastrocnêmio realiza também e
flexão do joelho, o tibial posterior realiza também a inversão
do pé, enquanto que os flexores longos do dedo e do hálux
também realizam a flexão dos dedos do pé e do hálux
respectivamente.
96 Anatomia Humana

REFERÊNCIAS
DANGELO, J. G.; FATINNI, C. A. Anatomia humana sistêmica e
segmentar. 3º. ed. São Paulo: Atheneu, 2007.

DRAKE, R. L.; VOGL, W.; MITCHEL, A. W. M. Gray’s anatomia para


estudantes. 3º. ed. São Paulo: GEN Guanabara Koogan, 2015.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. [S.l.]:


Elselvier, 2017. 1176 p.

JARMEY, C. Músculos: Uma abordagem concisa. 1. ed. São Paulo:


Manole, 2008.

MOORE, K. L.; DALLEY, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 4º. ed.


São Paulo: Guanabara Koogan, v. 1, 2001.

PINA, J. A. E. Anatomia da locomoção humana. 2º. ed. Lisboa: Lidel,


1999.

Você também pode gostar