Você está na página 1de 54

Segurança do

Trabalho e Saúde
Ocupacional
Ana Carla F. Gasques

Unidade 3

Livro Didático
Digital
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora
ANA CARLA F. GASQUES
Desenvolvedor
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Ana Carla F. Gasques
Olá!!! Sou a Professora Ana Carla F. Gasques. Sou Engenheira
Ambiental e de Segurança do Trabalho e mestre em Engenharia Urbana.
Possuo experiência como docente do Ensino Superior para cursos de
Engenharia, onde orientei trabalhos de conclusão de curso com enfoque
em Segurança do Trabalho e Gestão de Projetos. Também sou orientadora
e banca avaliadora de monografias de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho. Sou apaixonada por esta área e gosto de transmitir
o que sei. Fui convidada pela Editora TELESAPIENS a integrar seu elenco
de autores independentes e estou feliz em poder te ajudar nesta fase de
muito estudo e trabalho. Sendo assim, pode contar comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha
de aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova com- novo conceito;
petência;

NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou
mento; discutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das
assistir vídeos, ler últimas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Compreendendo os equipamentos de proteção .........................11
Equipamentos de Proteção Individual.........................................................................12

Classificação e tipos de EPI..................................................................................................15

Equipamentos de Proteção Coletiva................................................................................17

Conhecendo as Sinalizações de Segurança.................................21


C o re s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2

Placas..............................................................................................27

Sinais gestuais, verbais e sonoros....................................................................................28

Sinalização de rotulagem de produto químico.......................................................29

Identificando procedimentos de prevenção de incêndios ........32


Prevenção e Combate.................................................................................................................36

Extintores e hidrantes................................................................................................................38

NR-23...............................................................................................................40

Compreendendo proteção em máquinas e equipamentos....43


Métodos de proteção................................................................................................................46

Dispositivo de segurança........................................................................................................47

Manutenção........................................................................................................49
8 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

03
UNIDADE

LIVRO DIDÁTICO DIGITAL


Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 9

INTRODUÇÃO
Vimos até aqui que cada vez mais as organizações estão mais
preocupadas em atingir as demandas e manter um bom desempenho
em Segurança do Trabalho e Saúde ocupacional em decorrência
dos riscos existentes nos ambientes de trabalho, não é mesmo? Nos
casos onde os riscos não podem ser evitáveis, é necessário que sejam
fornecidos aos colaboradores os equipamentos necessários para sua
proteção bem como sejam estabelecidos equipamentos de proteção
coletiva e medidas de proteção. Também são adotadas simbologias
(cores, placas, sinais e rotulagem) para identificar riscos e/ou situações
de perigos nos ambientes de trabalho, os quais buscam prevenir e
evitar acidentes. Além disso, é de fundamental importância abordar,
conhecer e compreender formas de prevenção de incêndios e proteção
em máquinas e equipamentos. No decorrer desta unidade letiva você
vai imergir neste universo de mecanismos de proteção em diversas
situações vivenciadas nos ambientes de trabalho.
10 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 03. Nosso objetivo é auxiliar
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o
término desta etapa de estudos:
1. Compreender como funcionam os equipamentos de proteção
nos ambientes de trabalho;
2. Conhecer sinalizações de segurança;
3. Identificar procedimentos de prevenção de incêndios;
4. Compreender formas de proteção em máquinas e
equipamentos.

E então? Está curioso para saber mais sobre a saúde ocupacional e


a segurança ocupacional? Vamos juntos!
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 11

Compreendendo os equipamentos de
proteção
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreen-
der como funcionam os equipamentos de proteção nos
ambientes de trabalho. Isto será fundamental para o exer-
cício de sua profissão tendo em vista que tais equipamen-
tos são responsáveis por auxiliar na garantia da saúde e da
integridade física dos colaboradores perante os riscos am-
bientais. E então? Motivado para desenvolver esta compe-
tência? Então vamos lá. Avante!

Pra começar o assunto desta unidade, vamos retomar alguns


princípios já vistos? Bom, sabemos que o trabalho é essencial para o
desenvolvimento do homem. O trabalho permite ao homem ir além de
simplesmente assistir a vida passar, torna-o responsável por construir o
ambiente em que vive, torna-o parte de uma comunidade e permite que
ele construa vínculos, laços e rotinas.

Entretanto, já vimos que os ambientes de trabalho foram sofrendo


mudanças ao longo dos anos e estas trouxeram riscos à saúde e à segurança
do homem. Diante disso, aspectos envolvendo segurança passaram a ser
de grande valor em todas as atividades laborais, objetivando reduzir as
implicações que oferecem perigos aos colaboradores.

Diante disso, nós encerramos a unidade anterior abordando os


programas relacionados a segurança e saúde ocupacional, os quais,
além de obrigatórios, são de extrema importância para a organização.
Eles ajudam a proteger possíveis afastamentos, acidentes de trabalho,
diminuição de condições insalubres e, se bem empregados, provocam
aspectos positivos em fatores econômicos da organização.

A diminuição dos riscos dos ambientes de trabalho é efetivada a


partir das normas de saúde, higiene e segurança do trabalho, ou seja,
as Normas Regulamentadoras, tal qual vimos na Unidade 01. Dentre as
normas, cabe a NR-06 abordar ferramentas de proteção ao trabalhador,
os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Entretanto, além destes,
12 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

tem-se os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), os quais possibilitam


a proteção de mais de um colaborador simultaneamente.

Equipamentos de Proteção Individual


O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo item empregado
como instrumento de trabalho, cuja destinação faz-se para proteger o
colaborador, tornando mínimo riscos que advertem a segurança e a saúde
no trabalho. O uso deste é uma requisição da lei trabalhista do Brasil a partir
das Normas Regulamentadoras. Neste caso, a Norma Regulamentadora
em questão é a NR-06, contida na Portaria n.º 3.214 de 1978 do Ministério
do Trabalho, com última atualização em pela Portaria n.º 877, de 24 de
outubro de 2018. O não implemento da referida norma pode ocasionar aos
transgressores atos de responsabilidade civil e penal, além de multas.

A caracterização do ambiente de trabalho e consequente


identificação dos riscos faz parte da elaboração do Plano de Prevenção
de Riscos Ambientais (PPRA), conforme vimos na unidade anterior. Neste
contexto, é a partir da análise deste documento, que será feito o elo e a
recomendação dos EPI adequados.

Dessa forma, EPI refere-se a um equipamento de uso particular,


tendo como função a de minimizar certos acidentes e também a proteger
contra certas doenças que poderiam ser ocasionadas pelo ambiente
de trabalho. A Norma estabelece, ainda, que os EPI devem possuir um
atestado de qualidade, cuja emissão é obrigatória a partir do “Certificado
de Aprovação” (CA) e o equipamento deve conter, de forma legível e
visualmente fácil, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de
fabricação e o número do CA. Além deste, os fabricantes de EPI precisam
ser cadastrados no Ministério do Trabalho e possuir o “Certificado de
Registro de Fabricante” (CRF).

Segundo a NR-06 (BRASIL, 2018, p. 1), a organização possui


obrigação de disponibilizar aos colaboradores os EPI adequados ao risco
inerente à sua função, nos seguintes casos:

a) sempre que as medidas de ordem geral (coletiva) não ofe-


Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 13

reçam completa proteção contra os riscos de acidentes


do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sen-


do implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência.

Estes equipamentos visam a proteção individual de cada colaborador


dos possíveis danos (tal como lesão) em casos de acidentes de trabalho
ou doenças ocupacionais. Ou seja, o EPI não impede o acidente em
si, contudo resguarda o colaborador no que tange ao risco exposto ou
ao agente. Apenas lembrando que estes podem ser classificados nas
seguintes categorias: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de
acidentes. A seleção e implantação dos equipamentos necessários é feita
pela organização nas seguintes situações:
I. quando os mecanismos de proteção coletiva não forem
suficientes;
II. durante a implantação dos mecanismos de proteção coletiva;
III. ocorrências emergenciais; e,
IV. em casos onde a ocupação do colaborador o coloque a risco
ocupacional em decorrência do agente, da quantidade e do
período de exposição a este ou ainda devido a sensibilidade
particular do colaborador e em função do nível de toxicidade
do agente.

Em casos de agentes tóxicos ou de situações que não podem


ser alteradas pelo colaborador, o EPI é único mecanismo capaz de
protege-lo, reduzindo o risco por minimizar sua exposição a tal agente.
Em situações análogas, não é suficiente apenas o uso do EPI, porém, ser
cauteloso durante o uso da substância em questão. A fim de exemplificar,
pode-se citar a atividade de dedetização, onde são aplicados produtos
químicos a fim de acabar com determinado animal... É fundamental que
este processo seja realizado utilizando-se os EPI adequados a fim de
reduzir o nível da exposição do colaborador ao risco (no caso, químico).

Em termos gerais, cabe à organização manter o controle e a


disciplina da utilização dos equipamentos disponibilizados, sendo de sua
14 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

responsabilidade o emprego das penalidades previstas em legislação


para os colaboradores que apresentarem oposição ao uso. Ainda, cabe
aos colaboradores a utilização dos EPI indicados e disponibilizados pela
organização bem como tomar os devidos cuidados para que estes sejam
mantidos conservados.

Para que as obrigatoriedades sejam cumpridas, é necessário


que os colaboradores sejam treinados e tenham conhecimento de
informações primordiais para que os EPI sejam eficazes na redução
dos danos resultantes dos riscos ocupacionais e estas situações são
de responsabilidade do SESMT (quando houver) e da CIPA. Dentre os
conteúdos a serem abordados nos treinamentos pode-se citar: riscos ou
danos passíveis de ocorrer sem a utilização do equipamento; objetivos e
modo de uso de cada equipamento indicado; informações sobre como
limpar e conservar seus respectivos EPI; dados sobre duração da vida
útil e especificidades do equipamento; procedimentos para apontar a
ausência do equipamento necessário, não uso ou uso incorreto por parte
de colegas de trabalho.

É fundamental que o colaborador, tendo em vista seu conhecimento


sobre o cotidiano, esteja a par deste documento bem como esteja ciente
e valide a solicitação e as demandas de EPI, interferindo conforme
necessário para garantir sua segurança. Ademais, estes equipamentos,
devido ao fato de serem individuais, precisam ser limpos e desinfetados
todas as vezes em que houver mudança de usuário e é necessário que o
colaborador tenha um local seco e arejado para armazenar o equipamento
depois de utiliza-lo.

Sugere-se que os gestores da organização disponibilizem


um caderno constando a data e a assinatura dos colaboradores no
recebimento do seu equipamento de proteção. Em casos onde haja
recusa, sem motivo, da utilização do equipamento disponibilizado o
colaborador poderá ser punido seguindo critérios previstos em legislação.
Dentre as punições cabíveis nesse caso, tem-se: advertência verbal ou
escrita, suspensão e até demissão por justa causa

Evidentemente, quanto maior conforto o colaborador tiver ao


utilizar o EPI, melhor será sua receptividade acerca do uso do mesmo.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 15

Em função disso, é importante que os organizadores e responsáveis pelo


fornecimento tenham zelo ao comprar os EPI, priorizando aqueles que
sejam práticos, adaptáveis, que ofereçam boa proteção e manutenção,
além de serem resistentes e duradouros.

Classificação e tipos de EPI


Os EPI podem ser classificados de acordo com o Anexo I da Norma
Regulamentadora referente a esta temática (06), o qual contém uma lista
dos equipamentos de proteção possíveis de acordo com a parte do corpo
a ser protegida, sendo:

•• Cabeça: capacete; capuz ou balaclava;

•• Olhos e face: óculos; protetor facial; máscara de solda;

•• Ouvidos: protetor auditivo;

•• Vias respiratórias: respirador purificador de ar (podendo


ser motorizado ou não motorizado); respirador de adução
de ar tipo linha de ar comprimido; respirador de adução de
ar tipo máscara autônoma; respirador de fuga;

•• Tronco: vestimentas; colete à prova de balas;

•• Membros superiores: luvas; creme protetor; manga;


braçadeira; dedeira;

•• Membros inferiores: calçado; meia; perneira; calça;

•• Corpo inteiro: macacão; vestimenta de corpo inteiro.


16 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Figura 1: Tipos de Equipamentos de Proteção individual

Fonte: @Freepik

Os EPI de proteção da cabeça visam reduzir danos de acidentes


envolvendo queda de objetos, batidas, dentre outras. Aqueles destinados
a olhos e face, visam prevenir frente a riscos de impacto de partículas,
respingos de produtos químicos, ação de radiação calorífica ou luminosa.

Dentre os riscos que necessitam de proteção para ouvidos a


principal é ruído acima do limite de tolerância. Já as vias respiratórias são
protegidas contra gases ou substâncias nocivas que possam contaminar
via respiração. Os EPI para tronco, membros superiores e inferiores visam
proteger contra impactos dos mais variados tipos, tal como cortantes,
térmicos, elétricos, metais, agentes biológicos, dentre outros.

Além dos equipamentos supracitados existem os EPI contra quedas


Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 17

com diferença de nível tal como cinturão de segurança com dispositivo


trava-queda ou com talabarte.

Outro ponto de destaque é com relação à periodicidade de troca


dos EPI. Entretanto, não existe uma norma ou legislação que aborde
prazos para troca ou relacionadas a tempo de validade de EPI, pois como
consiste em um artigo de proteção, em qualquer instante pode acontecer
algum incidente que venha a danificar sua qualidade demandando, então,
que este seja trocado.

Recomenda-se, frente a esta falta de legislação, que os equipamentos


passem por exames visuais, os quais precisam ser feitos todos os dias.
Em casos onde forem constatadas qualquer degradação que interfira no
desempenho do equipamento, o colaborador deve pedir sua troca junto à
área de Segurança do Trabalho da organização (SESMT ou CIPA).

Equipamentos de Proteção Coletiva


Conforme vimos, uma das indicações de uso de EPI é quando os
equipamentos de proteção coletiva (EPC) não são suficientes. Mas, você
deve estar se perguntando... O que são EPC? Bom, estes equipamentos
são instalados no local de trabalho e possuem por finalidade garantir a
proteção de mais de uma pessoa simultaneamente.

Dessa forma, são essenciais para conservar a integridade física dos


trabalhadores e dos demais indivíduos que permanecem nos ambientes
de trabalho e exposto aos seus riscos inerentes. Sua implantação não
consta em NR específica (tal como acontece com os EPI) porém outras
normas abordam estes equipamentos: NR-04 e NR-09.

A NR-04 trata acerca do SESMT e define que é de sua


responsabilidade indicar os EPC adequados ao ambiente organizacional
no qual está inserido bem como sensibilizar os colaboradores no que
tange ao seu uso correto. Já a NR-09 aborda, em seu item 9.3.5.4, que as
organizações devem dar prioridade à implantação de EPC.
18 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

VOCÊ SABIA?

Os Equipamentos de Proteção Coletiva devem ser a opção


inicial a ser considerada para controle e diminuição dos ris-
cos dos ambientes organizacionais? Além disso, precisam
ser planejados desde a fase de concepção do projeto des-
te ambiente até a implementação de suas atividades?

Além de cumprir demandas de legislação, a implantação de


EPC assegura maior produtividade à organização tendo em vista que
a possibilidade de situações que resultem em acidentes acabam
sendo inferiores. Assim, além de promover melhores condições aos
colaboradores, tem-se a redução de chances de paralisação de atividades
para a identificação e implantação de medidas corretivas também se
torna reduzida.

Dessa forma, são adotados visando resguardar o conjunto de


colaboradores da organização devendo ser adotados de forma prioritária,
apesar disso quando estes não forem suficientes para promover a
segurança dos colaboradores, a indicação dos EPI deve ser feita. Como
exemplo de EPC tem-se os extintores de incêndio, a sinalização de
segurança, correntes, fitas e outros instrumentos para isolamento de
áreas, cones bem como mecanismos de proteção de partes de máquinas
e equipamentos.

Além dos exemplos já citados, podem ser citados: biombos,


exaustores, ventiladores, paredes acústicas e térmicas, escadas, saídas
e iluminação de emergência, alarmes, extintores, barreiras de contato
nas partes móveis e energizadas, equipamentos de controle de sinistros,
dentre outros. Os EPC devem ser levados em consideração em diferentes
situações, conforme será apresentado a seguir.

Durante a fase de preparação do projeto de um estabelecimento


é importante que seja aproveitada a ventilação e a luz natural, reduzindo
a necessidade de ventiladores/exaustores bem como seja levado em
consideração a organização interna visando evitar acidentes bem como
garantir que a saída seja fácil e segura quando necessário.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 19

Com relação ao trabalhador, é importante que estes tenham


treinamento e sejam sensibilizados quanto ao uso, principalmente, ao
manuseio de produtos químicos na cabine de proteção. É importante que
sejam adotados, também, medidas de proteção para enclausuramento
da fonte de risco (tal como ruído ou liberação de produtos perigosos),
isolamento e aterramento de equipamentos elétricos, utilização de para-
raios para evitar riscos com descargas atmosféricas.

Apesar da consonância a respeito da necessidade de implantação


de EPC no geral, ainda se observa muitos equívocos na prática da
implantação destes equipamentos nos locais de trabalho, principalmente
na construção civil. Diferentes EPC podem ser aplicados na construção
civil, principalmente em obras de mais de um pavimento a fim de evitar
quedas de pessoas bem como de equipamentos ou materiais, ou, em
casos onde não foi possível evitar, reduzir os danos. Pode-se citar como
EPC da construção civil: sistema de guarda-corpo e rodapés, plataformas
ou bandejas, sistema limitador de queda em altura, tela fachadeira,
fechamento provisório resistente de aberturas em pavimentos e linhas de
vida.

Por fim, é necessário que você tenha claramente contextualizado


que o EPC é caracterizado por seu potencial benéfico referente ao
coletivo, ou seja, independentemente da função, do cargo ou da ação,
este equipamento visa proteger todos os colaboradores. Tendo como foco
principal eliminar ou reduzir os riscos direto na fonte causadora, mesmo
que para tal, seja necessário realizar intervenções nos procedimentos de
trabalho das organizações (como, por exemplo, reduzindo a velocidade
de uma determinada máquina para reduzir a quantidade de acidentes).

SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o aces-
so à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Notícia
“EPC: miniguia sobre o equipamento de proteção coletiva”
(OLVIEIRA, 2019) acessível pelo link https://bit.ly/2Apdul8
(Acesso em 11/02/2020).
20 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

RESUMINDO
E então? Gostou de saber mais sobre os equipamentos de
proteção individual e coletiva? Conseguiu absorver as infor-
mações disponibilizadas? A fim de verificar o aprendizado
da temática de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o
que vimos. Você deve ter aprendido que os EPI são equipa-
mentos para uso individualizado do colaborador e visam re-
duzir a gravidade de acidentes bem como prevenir de doen-
ças resultantes das condições dos ambientes de trabalho.

A indicação do EPI adequado a cada situação do ambiente de


trabalho é essencial para a devida proteção da saúde e da integridade
física dos colaboradores. Estes equipamentos, então, não evitam que
acidentes ocorram porém, em caso onde isso seja inevitável, eles auxiliam
a reduzir os danos. Os EPI podem ser para proteção de cabeça, olhos e
face, ouvidos, vias respiratórias: tronco, membros superiores/inferiores ou
corpo inteiro bem como contra quedas em diferença de nível.

Além destes, em determinadas situações, são demandados


equipamentos mais abrangentes que visam prevenir acidentes: os EPC, os
quais consistem na primeira medida a ser considerada como mecanismo
de mitigação ou eliminação de riscos. Como exemplo de EPC tem-se
os extintores de incêndio, sinalização de segurança e a devida proteção
de partes de máquinas e equipamentos. Ficou claro, então, que nos
ambientes organizacionais, independentemente do tipo de empresa/
profissão a utilização de EPI e implantação de EPC é de fundamental
importância, tendo em vista que estes reduzem riscos de acidentes
sendo, estes, de uso obrigatório a todos os colaboradores.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 21

Conhecendo as Sinalizações de Segurança


OBJETIVO
Ao final desta competência você conhecerá o emprego
das cores de sinalização de segurança nos ambientes or-
ganizacionais. Isto será fundamental para o exercício de sua
profissão tendo em vista que tais equipamentos são res-
ponsáveis por auxiliar na garantia da saúde e da integridade
física dos colaboradores perante os riscos ambientais. E en-
tão? Determinado para desenvolver mais esta capacidade?
Então, vamos lá. Avante!

O espaço, os instrumentos, as máquinas e a distribuição física dos


equipamentos de trabalho bem como outros itens do ambiente organizacional
colocam o trabalhador a situações que podem interferir em sua integridade
física. Assim, manter o ambiente organizado é de extrema importância em
todos os setores da organização, como estoques e almoxarifado.

Isso não se difere quando olhamos sob a perspectiva de sinalização


organizacional, a qual, quando bem posicionada, se torna uma aliada na
prevenção de acidentes. Entretanto, quando tal precaução é feita sem
a devida preocupação e planejamento, ao contrário de auxiliar, pode
prejudicar a qualidade da rotina do ambiente organizacional.

Frente ao apresentado, faz-se necessário utilizar formas para


sinalizar e melhorar a segurança dos ambientes de trabalho. As
sinalizações para segurança do trabalho possuem diferentes finalidades:
prevenir acidentes; identificar os equipamentos de segurança; delimitar
áreas; identificar tubulações de líquidos e gases recomendando contra
riscos; identificar e aconselhar sobre riscos.

Assim, a sinalização de segurança nos ambientes de trabalho é


sem dúvida uma das mais adequadas maneiras de cuidado para prevenir
riscos já que excita e promove a cautela do colaborador. A sinalização
relaciona-se a objeto, uma ação ou alguma circunstância, aptas de
22 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

resultar em determinados perigos para o colaborador. Segundo Barbosa


Filho (2011) o procedimento de sinalizar pode e deve ser empregada nas
seguintes situações:

•• Chamar atenção do colaborador sobre existência de riscos


e proibições associadas;

•• Advertir colaboradores sobre situações de emergências


que demandam medidas de prevenção;

•• Auxiliar na localização e identificação de mecanismos


específicos ou saídas de emergência;

•• Guiar os colaboradores no que diz respeito a manobras


perigosas.

Ademais, seu uso deverá se limitar a situações em que o risco


não seja passível de eliminação, não exista possibilidade de implantar
sistemas de proteção ou proteção das pessoas ou quando seja medida
complementar de outras medidas de segurança ou suplementar de
conscientização.

Um exemplo geral utilizando as diferentes formas de sinalização é


o mapa de riscos, conforme vimos na Unidade anterior. Este mapa visa
investigar e controlar os ambientes de trabalho, tendo por princípios a
valorização do saber e a experiência do colaborador. O mapa é de
responsabilidade da CIPA e consta estabelecido a partir da NR-05, item
5.16. Na representação dos riscos no mapa são utilizados círculos de
diferentes tamanhos (conforme a gravidade do risco) para indicar o local
do risco e cores para diferenciar os tipos dos riscos.

Cores
A fim de prevenir acidentes, cores e iluminação vêm sendo
empregadas nos ambientes de trabalho e são fundamentais. Do ponto de
vista físico, a cor é uma parte do espectro eletromagnético que possibilita
diferenciar sensações visuais provocadas pela luz. Este conhecimento
permite que as cores sejam usadas racionalmente em função de sua
aplicação, dos estímulos desenvolvidos e das reações que se espera
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 23

deste processo.

Assim, pode-se dizer que há variações no nível de visibilidade e


legibilidade das cores bem como sensações e reações equivalentes, as
quais podem ser simbólicas (como o uso de preto em situações de luto
ou de cores misturadas simbolizando alegria) ou podem ser um hiato
temporal entre visão e ação de resposta (tal como adotado na segurança
de ambientes).

Nesse contexto, a Norma Regulamentadora 26 tem por temática


as sinalizações de segurança, as quais são um tipo de equipamento de
proteção coletiva (visto na competência anterior). Esta sinalização fornece
um alerta referente à segurança no trabalho, por meio de uma placa
com forma e cor distintiva, de um sinal de luz, sinal sonoro ou a partir da
comunicação falada ou por gestos.

O objetivo, então, é provocar a sensação de cautela dos


colaboradores de forma rápida e acessível, para elementos e ocasiões
capazes de provocar determinados perigos. Toda a sinalização tende a ser
universal para que todos a possam compreenderem sejam qual for o país
onde nos encontramos, é por isso que se usam símbolos e não palavras.

A norma busca definir padrões e cores que avisam sobre perigos


de acidentes em determinados locais ou pertinentes à utilização de
equipamentos e máquinas. Apresenta, ao mesmo tempo, que as cores
precisam obedecer aos critérios definidos em outras normas técnicas
oficiais, a fim a resguardar a saúde e a integridade física dos colaboradores.
A cor na segurança do trabalho visa avisar sobre os espaços de risco e as
cautelas indicadas em cada circunstância.

Além disso, as cores podem ter finalidades específicas, podendo ser:

•• De identificação – visando indicar especificidades (tal


como definir o objetivo de tubulações);

•• Dissimulantes – para dissimular (cobrir) itens em destaque


para não desviar atenção da área de trabalho;

•• Diferenciantes – destacando áreas ou pontos


intencionalmente (tal como parte de equipamentos);
24 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

•• Focalizantes – ressaltar pontos importantes (tal como


tampas abertas);

•• De segurança – evidenciar atenção para situação de


perigo ou precaução.

O uso das cores para sinalização não tira a obrigatoriedade da


adoção de outros meios para prevenir acidentes. É importante que a
quantidade de sinalizações com cores seja o mais reduzida possível
para que não tragam desatenção, tumulto e cansaço ao colaborador. A
recomendação em cor, nos casos necessários, principalmente em áreas
de passagem de pessoas de fora do ambiente de trabalho, deverá vir
seguida dos sinais convencionais ou, ainda, identificadas por palavras.

A combinação adequada das cores nos ambientes de trabalho


pode ajudar para melhorar o rendimento produtivo, reduzir desgaste
nas exigências visuais, ajudar no desenvolvimento de atividades e ainda,
melhorar a qualidade da produção e, como consequência, reduzir
acidentes. As cores adotadas para sinalização são: branco, azul, verde,
alumínio, cinza, preto, amarelo, laranja, vermelho, lilás, púrpura e marrom.
Figura 2: Indicação das cores de sinalização adotadas na Segurança do Trabalho

Fonte: Peixoto (2011).

A cor verde indica segurança e é utilizada para cartazes, boletins,


avisos, emblemas, entradas de salas de curativos de urgência ou guia de
localizações. A cor vermelha indica aparelhos de proteção e combate à
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 25

incêndio (tal como caixa de alarme, localização de extintores, portas de


saídas de emergência, bombas e sirene), não devendo ser adotada na
indústria.

O amarelo representa “Cuidado”, sendo adotado para casos de alto


risco ou que demandam atenção, tal como fundos de letreiros e avisos,
corrimões, para-choque de veículos de transporte pesados (combinado
com listras pretas). A cor laranja é adotada para canalização de ácidos,
partes móveis de máquinas ou equipamentos e face interna de quadros
protetores de dispositivos elétricos. A cor azul é utilizada para indicar
cuidado ou avisos contra uso e movimentação de equipamentos.

O branco é adotado em faixas de localização, áreas em torno de


socorre de urgência, indicação de direção ou circulação tal como placas
indicando local para deposição de lixo. O preto pode ser substituído por
branco ou combinado, dependendo do contrasto do ambiente e é adotado
para canalização de inflamáveis ou combustíveis de alta viscosidade.

A cor alumínio é utilizada para indicar gases liquefeitos, inflamáveis


e combustíveis de baixa viscosidade. A cor lilás indica canalizações
com álcalis e para identificação de lubrificantes em refinarias de
petróleo. A púrpura é adotada para perigos provenientes de radiações
eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares, ou seja, de rejeitos
radioativos.

O cinza possui duas variações: claro para canalizações em vácuo e


escuro para eletrodutos. Por fim, a cor marrom é utilizada quando se quer
identificar qualquer fluido não incluso pelas demais cores.

Outro ponto de destaque é sobre as tubulações industriais, para


transporte de líquidos e gases, deverão ser coloridas em toda sua
distância, para auxiliar a identificar o produto no interior e evitar acidentes.
A tubulação de água potável, obrigatoriamente, deve possuir coloração
diferente das demais.
26 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Quadro 1: Cores de tubulações industriais

Cor Conteúdo da tubulação


Branco Vapor
Laranja Ácido
Azul real Ar comprimido
Amarelo ouro Gases não liquefeitos
Verde Água
Preto Inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade
Equipamentos de proteção e combate a
Vermelho
incêndio
Cinza escuro Eletrodutos
Fonte: adaptado de Brasil (2015).

Diferentes estudos indicam que existem preferencias relativas com


relação as cores em função de fatores como idade, sexo e ambiente
no qual a pessoa exerce sua função ou mora. Dessa forma, associar
contrastes de cores com nível de luminosidade do ambiente auxilia para
destacar no campo visual partes de produtos e equipamentos, identificar
formas, volumes, e outras informações visuais.

Além disso, a combinação de cores devido a variações de luz


natural e artificial associada a reflexões das superfícies resulta em
sensações distorcidas, ou seja, modifica as cores reais dos objetos. Por
isso, é de fundamental importância que na fase de projeto dos ambientes
de trabalho sejam levadas em consideração a reprodução das cores
escolhidas e sua combinação com lâmpadas e luz natural.

Em função disso, cabe ao gestor de segurança do trabalho,


desenvolver análises para identificar se existe divergências na percepção
de cores dos colaboradores, tendo em vista que isto pode resultar em
problemas na produtividade principalmente em atividades onde a cor
exerce fundamental importância.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 27

Placas
As placas também são comumente adotadas como mecanismo de
sinalização e podem ser adotadas para sinalizar diferentes situações:

•• Proibição: tanto de ação que não pode ser feita ou


suscetível a perigo (como exemplo sinalização de proibido
fumar);

•• Perigo: alertar sobre situação passível de resultar em dano


à pessoa ou à instalação (como exemplo placa indicando
movimentação de cargas);

•• Obrigação: direcionar sobre um comportamento específico


(tal como utilização obrigatória de determinado EPI);

•• Emergência: alertar em caso de perigo a direção para


saída e/ou local de salvamento (tal como placa indicando
local para ducha de segurança);

•• Incêndio: representam os equipamentos de proteção (tal


como extintores ou hidrantes); e

•• Rotulagem: placa quadrada de cor laranja (como exemplo


indicação de comburente).

As placas, além de serem sinais indicativos, também se diferem


por seu formato de acordo com a sua função. Sinalização de interdição
tem a forma arredondada e consiste em um fundo branco, bordado com
tarja vermelha e uma diagonal também de coloração vermelha. Placa
de sinalização de alerta tem o formato triangular e é de fundo amarelo,
bordado de preto. Placa de sinalização de obrigação tem a forma
arredondada, escrito em branco com fundo azul.

No que tange a placa de sinalização de segurança, esta tem a forma


retangular ou quadrada e a escrita é de cor branca com fundo verde. As
placas de forma retangular ou quadrada, cujo conteúdo é escrito em branco
sobre fundo vermelho indicam sinalização de prevenção de incêndio.
28 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Figura 4: Exemplos de sinalização de segurança a partir de cores e/ou placas: a) cor


vermelho indicando extintor de incêndio; b) amarelo indicando cuidado (no caso da figura
sobre piso molhado); c) laranja indicando parte móvel de máquina; d) azul indicando
cuidado (no caso da figura sobre uso de EPI).

Fonte: adaptado de Peixoto (2011)

Sinais gestuais, verbais e sonoros


Além da sinalização por cores e/ou placas e indicativos, são
adotados sinais gestuais, sinais verbais e sinais sonoros. Os sinais gestuais
podem ser para diferentes situações, tal qual serão apresentadas a seguir:

•• início e término: solicitam atenção para começo ou fim de


determinada operação;

•• movimentos verticais: são adotados para indicar subida ou


descida de objetos ou representar distância vertical entre
objetos;
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 29

•• movimentos horizontais: adotados para sinalizar


autorização para avançar, recuar, para virar a direita, para
virar a esquerda ou para distância horizontal entre objetos;

•• movimentos para perigo: pode indicar perigo (paragem de


emergência) ou fim de determinado movimento;

A sinalização verbal é a partir de textos curtos, representando


início, parada, fim, subida, descida, avanço, recuo, sentido para virar
ou velocidade de movimento. Lembrando que algumas palavras de
advertência são comumente usadas, sendo elas: Perigo, para indicar alto
risco; Cuidado para risco médio e Atenção para risco leve.

Já com relação aos sinais sonoros nos ambientes de trabalho,


os quais podem ser aplicados para alarme, fim de expediente, sinalizar
caminhões dando ré, casos de incêndio ou para evacuação. Além disso, os
sinais sonoros podem ser intermitentes (indicando uma maior gravidade)
ou contínuos (indicando necessidade de alarme ou evacuação).

Sinalização de rotulagem de produto


químico
Produtos químicos estão presentes nas mais variadas formas nos
ambientes de trabalho e discussões envolvendo segurança, prevenção e
proteção são abrangentes e exaustivas. Como vimos os riscos químicos
envolvem substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no
organismo por exposição crônica ou acidental, cujo contato pode resultar
em efeitos negativos como doenças.

O item 26.2 da NR-26 aborda classificação, rotulagem preventiva


e ficha com dados de segurança de produtos químicos. Estes produtos
devem ser classificados e rotulados de forma preventiva quanto aos
perigos com base em critérios definidos pelo Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS),
da Organização das Nações Unidas.

A rotulagem de forma preventiva consiste em uma espécie de


30 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

etiquetagem daqueles produtos classificados como perigosos, a qual


contem informações como identificação, composição, simbologia
referente ao perigo, respectiva palavra de advertência, frase de perigo
e precaução. A norma estabelece, também, que o fabricante ou, quando
for importação, o fornecedor deve preparar e disponibilizar uma ficha
contendo informações de segurança dos produtos classificados como
perigosos, a qual será feita em consonância com o estipulado pela GHS.

Além disso, os colaboradores devem receber treinamentos


abordando tanto o conteúdo da rotulagem de caráter preventivo como
das fichas contendo os dados de segurança do produto e também sobre
perigos, riscos e as medidas preventivas para garantir sua segurança
durante o manuseio de tais produtos.

SAIBA MAIS
Quer saber mais sobre aplicação das cores como forma
de sinalização? Acesse a seguinte fonte sobre “Segurança
e padronização de cores no trabalho”, acessível pelo link
https://bit.ly/38ns2y6 (Acesso em 13/02/2020).

RESUMINDO
O ambiente de trabalho possui diferentes perigos e situa-
ções que podem expor o trabalhador a riscos bem como
resultar em acidentes ou doenças ocupacionais. Dessa for-
ma, torna imprescindível que sejam adotados mecanismos
para advertir e aperfeiçoar a segurança dos ambientes de
trabalho, tal como as sinalizações de segurança, instituídas
pela NR-26.

As sinalizações para segurança do trabalho possuem diferentes


finalidades, tal como prevenir acidentes; identificar equipamentos de
segurança; delimitar áreas de risco; identificar conteúdo de tubulações
industriais alertando sobre riscos; identificar e aconselhar sobre riscos.
O objetivo da sinalização é, então, provocar a sensação de cautela dos
colaboradores de forma rápida e acessível, para elementos e ocasiões
capazes de provocar determinados perigos.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 31

Existem diferentes mecanismos de sinalização de segurança,


sendo eles: cores, placas, sinais e rotulagem de produtos químicos. As
cores adotadas para sinalização são: branco, azul, verde, alumínio, cinza,
preto, amarelo, laranja, vermelho, lilás, púrpura e marrom.

As placas podem ser de proibição, indicação de perigo, obrigação,


emergência, sinalização de equipamentos de prevenção ou combate
a incêndios ou rotulagem. Já os sinais podem ser verbais, gestuais ou
sonoros e, por fim, tem-se a rotulagem de produtos químicos a qual é
feita para produtos classificados como perigosos.

A sinalização deve ser universal para que todos a sejam capazes


de entender independentemente do local onde estejam e, por isso, são
preferíveis símbolos a palavras.
32 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Identificando procedimentos de
prevenção de incêndios
OBJETIVO
Nesta competência abordaremos duas preocupações
constantes dos ambientes industriais: incêndios e explo-
sões. Combater tais situações pode parecer fácil, entretan-
to, em função das diversas variáveis envolvidas, isto se tor-
na complicado e demanda conhecimentos teóricos. Assim,
vamos aprender conhecimentos básicos para que você sai-
ba como agir nestas situações. Preparado para desenvolver
esta competência?

Os incêndios são imprevistos muito receados por grande parte da


população e, principalmente, nos ambientes de trabalho pois, em casos
de ocorrência, as consequências costumam ser severas e devastadoras.
Entretanto, poucas pessoas sabem que é possível prevenir e evitar e, o
profissional envolvido com a Segurança do Trabalho é um dos grandes
agentes que podem auxiliar nisto.

Além da prevenção, conhecer sobre incêndios e como combate-


los é uma das maneiras mais eficazes na redução dos dados de acidentes.
Entretanto, antes de pensarmos em combater o fogo e prevenir explosões
é importante que saibamos a teoria básica do fogo, o qual consiste,
basicamente, em uma reação química de gases a alta temperaturas com
liberação de luz e calor.
Figura 5: Componentes do fogo e processos químicos envolvidos

Fonte: Governo do Paraná (2013)


Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 33

A partir da Figura 5, observamos os 3 elementos básicos: combustível,


comburente e calor, os quais, ao reagir em cadeia geram fogo e cuja
explicação pode ser entendida inicialmente como “triângulo do fogo” e,
posteriormente, como “tetraedro” ou “pirâmide” do fogo. Ao analisar o fogo
sob a perspectiva do triângulo, entendia-se que bastava excluir um dos 3
elementos para que o fogo acabasse, já do ponto de vista do tetraedro,
passa-se a considerar a eliminação do fogo pela interrupção da reação em
cadeia, já que os elementos em questão não produzem o fogo isoladamente.

Os combustíveis são transformados pelo calor e, a partir daí, são


combinados com o oxigênio dando origem a combustão. Entretanto,
esta transformação pode ser organizada em 3 fases, denominadas
“pontos”, sendo eles: ponto de fulgor, ponto de combustão e ponto de
ignição. É fundamental saber os pontos de fulgor e ignição dos materiais
combustíveis, sendo exemplos comuns: éter cujo ponto de fulgor é -40oC
e ponto de ignição 160 oC, álcool 13 oC e 371 oC e gasolina -42 oC e 257 oC,
respectivamente.

EXPLICANDO MELHOR

Conhecer as características é de fundamental importância


para compreender melhor o início da reação química do
fogo. Frente ao apresentado, entende-se que ponto de ful-
gor é a temperatura mínima em que os vapores dos corpos
combustíveis passíveis de incendiar começam a despren-
der, porém a chama não se mantém em função da baixa
quantidade de vapores desprendidas.

Ponto de combustão é a temperatura mínima para os vapores


desprendidos entrar em combustão e continuar a queimar ao entrar em
contato com uma fonte externa de calor.

Já ponto de ignição é a temperatura mínima em que os gases


desprendidos das substancias combustíveis entram em combustão,
apenas pelo contato com o oxigênio do ar. Fonte: Mattos e Másculo (2011).

Além disso, as formas de transmissão de calor entre corpos pode


ser classificada de três maneiras: condução, convecção e irradiação,
as quais não necessariamente acontecem isoladamente, ou seja, pode
ocorrer mais de uma dessas maneiras na transferência do fogo.
34 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Condução é a forma pela qual transmite-se calor entre corpos


ou em um mesmo corpo, como ocorre ao acender um fósforo e este
consome a madeira gradualmente. Este tipo de transmissão não é
possível ser interrompida por isolamento térmico, ou seja, demandam-se
outras formas de interrupção.

Convecção é a transmissão de calor entre ambientes a partir de


uma massa por meio de compartimentações, tal como ocorre quando
um prédio está em chamas e, em pouco tempo, outro prédio que não
possui ligação direta, também começa a pegar fogo. Neste caso, portas
resistentes a fogo podem interromper o fluxo de gases quentes.

Por fim, a irradiação consiste na transmissão do calor por meio de


ondas caloríficas através do espaço, tal como ocorre do sol para a terra,
através dos raios solares. Nesse caso, quanto mais afastado um objeto
estiver da fonte de calor, menor é a intensidade do calor que o atinge.

A fim de realizar o agrupamento dos incêndios de acordo com


os atributos das substancias combustíveis e, dessa forma, possibilitar
mecanismos de extinção mais eficientes, a NFPA organizou uma
classificação de incêndios, a qual é seguida por grande parte dos Corpos
de Bombeiros Militares do Brasil, sendo elas:

•• Classe A – ocorridos em sólidos combustíveis (como


madeira, papel, tecidos), a queima é em superfície e
profundidade, deixando resíduos;

•• Classe B – líquidos e gases combustíveis (como éter,


gasolina, álcool), a queima é por superfície, sem geração
de resíduos;

•• Classe C – materiais energizados (tal como transformadores


ou motores);

•• Classe D – metais pirofóricos (como magnésio, potássio,


alumínio em pó), a queima irradia uma forte luz e é difícil
de apagar;

•• Classe K – óleos e gorduras (tal como ocorre em cozinhas).


Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 35

Segundo Mattos e Másculo (2011) fala-se, também, em uma


classe diferente (Classe E), a qual visa representar substâncias
químicas e radioativas. Entretanto, como esta ainda não é reconhecida
internacionalmente, não nos radicaremos nela.

Para tornar mais fácil o entendimento sobre incêndios, estes foram


organizados em 3 momentos conforme seu desenvolvimento:

Figura 6: – Ciclo de desenvolvimento de um incêndio

• Parte do calor está sendo consumido no


aquecimento dos combustíveis
Fase Inicial • Temperatura ainda está pouco acima do normal

• O ar quente é expulso do ambiente para que


ocupe lugares mais altos
Queima • Os bombeiros devem se manter abaixados e
Livre usar EPI para respiração devido a presença
de gases

• As chamas podem deixar de existir se não


Queima houver suprimento suficiente de ar
Lenta • Fogo reduzido a brases

Fonte: adaptado de Flores, Ornelas e Dias (2016)

A fase inicial é quando a temperatura está em torno de 38 °C e


ainda existe vasta disponibilidade de oxigênio no ar, ocorre a produção
de gases inflamáveis e de vapor d’água. A fase de queima livre é quando
as temperaturas se elevam (podendo ultrapassar 700 oC nos locais
mais altos) em decorrência do aquecimento dos gases, os quais são
espalhados e preenchem o ambiente de cima para baixo. A última fase
do desenvolvimento do fogo é a de queima lenta, onde há calor intenso e
presença de uma fumaça densa.
36 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Prevenção e Combate
As ações adotadas para prevenir e combater incêndios fazem
referência a informações de prudência contra o princípio de um incêndio.
As medidas de proteção, são divididas em proteção passiva e proteção
ativa, sendo elas destinadas a proteção da vida humana e dos bens
materiais dos efeitos nocivos do incêndio.

De modo geral existem algumas ações que podem ser desenvolvidas


nos ambientes de trabalho que podem auxiliar a protege-los de riscos de
incêndio:

•• Não fumar em áreas com materiais combustíveis;

•• Armazenar materiais de forma organizada e limpa;

•• Desligar equipamentos eletroeletrônicos do ambiente


após o expediente;

•• Não utilizar extensão para ligar equipamentos ou agrupar


mais de um equipamento em uma mesma tomada com o
uso de derivações;

•• Guardar produtos combustíveis (álcool de cozinha) em


locais ventilados e longe de pontos de aquecimento;

As medidas de prevenção relacionadas a incêndio objetivam


extinguir logo no início e, quando não possível, limitar sua propagação no
próprio estabelecimento bem como entre estabelecimentos. Além disso,
busca-se precaver de danos à estrutura do empreendimento e evacua-
lo de forma segura. Por fim, espera-se a partir da adoção de medidas
prevencionistas que o combate ao incêndio e o resgate das pessoas
envolvidas seja feito rapidamente, eficientemente e com segurança.

Com relação ao combate do fogo, partindo do pressuposto que o


fogo só acontece se tiver um dos elementos supracitados, entende-se
que, ao quebrar a reação e/ou isolar um dos elementos, interrompe-se
o processo de combustão. Assim, serão apresentados aqui os seguintes
métodos de extinção do fogo: extinção por resfriamento (retirada de calor),
extinção por abafamento (retirada de oxigênio), extinção por isolamento
(retirada de combustível) e extinção química.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 37

A extinção por resfriamento é comumente feita a utilizando-se


água e é definida a partir da redução do calor a partir da diminuição da
temperatura local, de modo a fazer com que o combustível não gere mais
gases e vapores e, enfim, seja apagado.

A eliminação do fogo por abafamento é feita utilizando-se diferentes


materiais desde que estes impeçam que o oxigênio mantenha contato
com o combustível em porcentagem ideal para manter o processo de
combustão.

A extinção de fogo por isolamento consiste na eliminação a partir


da retirada de combustível, ou seja, pode ser feita a partir da remoção do
material que está queimando ou a partir da remoção do material próximo
ao fogo e que deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos
de propagação.

O último mecanismo é a extinção química visa a combinação de um


agente químico específico com a mistura inflamável (vapores liberados do
combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não inflamável.
Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim
na reação em cadeia como um todo. Para ajuda-los a memorizar, segue
um quadro contendo as informações básicas sobre o tipo de eliminação
para cada classe de fogo bem como observações em algumas categorias:
Quadro 2: Classe de fogo e tipo de eliminação indicado

Classe Tipo de eliminação Observação


A Resfriamento
B Abafamento
C Agentes que não conduzam
eletricidade
D Abafamento Não usar água ou espuma

K Abafamento Nunca usar água


Fonte: a autora (2020)
38 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Antes de se iniciar o combate ao fogo, é importante que sejam


consideradas técnicas preparatórias, estratégicas e operacionais. As técnicas
preparatórias consideram o efeito antes da manifestação do fogo, ou seja,
envolve, verificar todos os mecanismos de prevenção existentes no ambiente.

Técnicas de caráter estratégico envolvem estudar a correta aplicação


dos mecanismos identificados na fase preparatória a fim de garantir que esta
seja eficaz e adotada no espaço de tempo mais curto possível no momento
da emergência. Já as técnicas de caráter operacional envolvem a forma com
a qual os mecanismos são utilizados, ou seja, garantir que as pessoas tenham
conhecimento sobre a operação dos mecanismos existentes.

Extintores e hidrantes
Como vimos no tópico anterior, os procedimentos de prevenção e
extinção de incêndios dizem respeito às medidas adotadas para distribuir
os mecanismos necessários para combater incêndio bem como a
disposição de materiais para impedir o início, ser barreira para propagação
e extinguir o fogo ainda no início.

Neste contexto, tem-se os extintores e os hidrantes. O uso do


extintor visa combater pequenos focos de incêndio de forma imediata e
rápida, ou seja, ele é um elemento extra nos sistemas de prevenção de
uma organização. Enquanto o hidrante consiste em uma canalização fixa
de abastecimento de água com registros para manobras e mangueiras de
incêndio cuja finalidade está em prevenir incêndios, sendo obrigatório a
empreendimentos com áreas maiores que 750m2.

Os extintores são de caráter obrigatório e são o foco de projetos de


prevenção, podendo ser constituídos, principalmente, por 3 substâncias:
água, pó químico seco e gás carbônico. As cargas dos extintores devem,
imprescindivelmente, serem renovadas a cada ano e, neste momento,
sugere-se que sejam feitos treinamentos práticos com os colaboradores
e vigias envolvendo operar e recarregá-los.

A localização dos extintores deve seguir algumas recomendações,


tais como: I) serem colocados onde a probabilidade de fogo seja menor;
II) estar em local de fácil visualização e acesso; III) estarem protegidos de
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 39

quedas e/ou golpes; IV) não estarem atrás de máquinas e equipamentos.


Com relação a sinalização de segurança, esta precisa ser determinada por
um círculo interno de 0,20 de diâmetro, colorido de acordo com o agente
extintor e circunscrito por outro círculo de cor vermelha com 0,30 m de
diâmetro.

Além disso, é essencial que sejam entendidas as diferenças entre


os tipos de extintores e sua aplicação, tal como apresentado no quadro
a seguir:
Quadro 3: Contextualização dos extintores (tipo, indicação, observação e cor da sinalização)

Adequado para Cor da


Tipo Observação
incêndio do tipo sinalização
Só é permitido pela
ABNT extintor que
Espuma Classes A e B Branca
geram espuma por
ação mecânica
Água
Classe A Branca
pressurizada
Um ponto
desfavorável é com
relação ao peso e o
Gás carbônico
Classes B e C jato possui pequeno Amarela
(CO2)
alcance, exigindo
aproximação junto a
chama
O agente extintor
pode ser o
Pó químico
Classe C bicarbonato de sódio Azul
seco (PQS)
ou de potássio que
recebem tratamento.
Ocorre a projeção
de um gás líquido
sore as chamas. Por
Bromocloro-
poder ser disposto
fluormetano Classes B e C Azul
em embalagens do
(BFC)
tipo aerossol é de fácil
manuseio e atinge de
2 a 3m de distância.
Indicado para
Monofosfato de
Classes A, B e C a indústria Azul
amônia
automobilística.
Fonte: adaptado de Mattos e Másculo (2011)
40 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Já os sistemas de hidrante devem ser formados por uma tomada de


água munida de um dispositivo de manobra cuja altura do piso não deve
ultrapassar 1,5 m. A quantidade de hidrantes internos deverá ser tal que
qualquer ponto a ser protegido seja atingido de forma simultânea por 2
jatos d’água, esteja no máximo a 10 m da ponta do esguicho e que esteja
acoplado a no máximo 30 m da mangueira.

No que tange aos hidrantes externos, estes devem estar localizados


afastados do edifício a no máximo 15 m e, quando isso não for possível,
devem ser posicionados onde haja pouca chance de danos por queda de
paredes e/ou impeçam quem for operar de ser bloqueado pelo fogo ou
fumaça.

Ademais, o sistema de hidrantes possui suprimento de água


permanente, o qual pode ocorrer por gravidade ou bombas fixas cujo
acionamento seja automático ou, em alguns casos, combinação dos dois
modelos anteriores. Em cada sistema deve ser colocado um ponto de
ligação para o Corpo de Bombeiros local, para que este consiga bombear
água para a rede de hidrantes.

NR-23
A proteção contra incêndios é assunto exclusivo de uma das Normas
Regulamentadoras, as quais regem sobre segurança e saúde no trabalho
no Brasil: a NR-23, cuja última atualização foi pela Portaria SIT n.o 221, de 06
de maio de 2011. A referida NR é extremamente reduzida (possui apenas 5
artigos) pois cada Estado deve seguir sua legislação estadual.

Esta norma “estabelece as medidas de proteção contra incêndios


de que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da
saúde e da integridade física dos trabalhadores”. Dessa forma, apresenta
diretrizes gerais para prevenção de incêndios. Segundo ela, todos os
estabelecimentos com a presença de colaboradores precisam desenvolver
medidas de prevenção de incêndios e todos os trabalhadores devem
ter treinamentos e instruções sobre: a) emprego dos equipamentos de
combate ao incêndio; b) formas para saída dos locais de trabalho de forma
segura; c) formas de sinalização sonoras presentes no local.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 41

Ademais, os ambientes de trabalho devem ter saídas, em quantidade


satisfatória e organizadas para que qualquer pessoa seja capaz de
identifica-las para sair do local com segurança e de forma rápida em casos
de emergência. Além disso, conforme vimos, deve existir sinalização
indicativa das saídas através de placas ou sinais luminosos. As saídas de
emergência não devem ser trancadas durante o horário de trabalho e, por
fim, a norma estabelece, ainda, que as saídas de emergência podem ter
mecanismos de travamento que possibilitem abri-la facilmente do interior
do empreendimento.

SAIBA MAIS
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o aces-
so à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Mo-
nografia de Especialização: “Importância da prevenção
de incêndios como segurança dos trabalhadores na visão
empresarial: caso do Município de Ponta Grossa” (PEREZ,
2014), acessível pelo link https://bit.ly/2VGyoni (Acesso em
10/02/2020).

RESUMINDO

E aí, ficou claro? Para lhe ajudar a relembrar e fixar mais


o conhecimento adquirido, vou lhe apresentar agora, um
resumo dos principais pontos apresentados. Você deve
ter aprendido que tanto a prevenção de incêndios quanto
de explosões deve ser abordada na fase de planejamento
dos ambientes de trabalho, envolvendo desde os materiais
construtivos aos equipamentos de proteção relacionados a
segurança do trabalho.

A elaboração dos projetos de prevenção devem levar em


consideração as formas de propagação do calor, sendo elas convecção,
condução e irradiação. Além disso, é fundamental que sejam conhecidas
as classes do fogo pois elas terão relação com as formas de extinção do
fogo e, consequentemente, com os tipos de extintores.

Assim, para que o combate do incêndio seja feito de forma rápida


e segura é importante conhecer as características que definem os
42 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

combustíveis e, nesse contexto, os incêndios podem ser agrupados em


5 classes, sendo elas: A (combustíveis sólidos), B (combustíveis líquidos),
C (equipamentos energizados), D (metais piróficos) e K (óleos e gorduras).

O equipamento de prevenção obrigatório a todas as empresas é


o extintor e este é projetado em função da classe a ser extinta, do risco
ocupacional e da área em questão, podendo ser de diferentes tipos. Além
deste, têm-se os sistemas de proteção formados por hidrantes e/ou
chuveiros automáticos os quais devem ser estudados dentro de projetos
de engenharia.

A proteção de incêndios é apresentada na Norma Regulamentadora


23, entretanto, ela é bastante enxuta tendo em vista que cada Estado deve
seguir suas respectivas legislações.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 43

Compreendendo proteção em máquinas


e equipamentos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender
os requisitos para proteção em máquinas e equipamentos.
Isto será essencial para atuação em aspectos de segurança
do trabalho tendo em vista que normalmente os acidentes
são tidos como consequência de ações do colaborador e
muitas vezes a proteção das máquinas seria suficiente para
evita-los. E então? Motivado para desenvolver esta compe-
tência? Então vamos lá. Avante!

Vimos na primeira unidade do nosso material didático que a


Revolução Industrial foi caracterizada principalmente pela transição da
manufatura para indústria mecânica e pela produção em larga escala.
Com o desenvolvimento das máquinas a produtividade aumentou e
houve melhorias no rendimento dos colaboradores.

Para aumentar ainda mais a produtividade e garantir que os


colaboradores estavam desempenhando máximo desempenho em suas
atividades, houve a separação dos processos produtivos em etapas e cada
colaborador se especializava em uma delas, desenvolvendo seu trabalho
sempre da mesma maneira. Os séculos 18 e 19 são caracterizados por
inovações tecnológicas, as quais aumentaram a capacidade das linhas
de produção e reduziram os esforços dos colaboradores, aumentando
consequentemente a capacidade produtiva. Entretanto, as máquinas
definiram os ritmos de produção e exigiram novas habilidades dos
colaboradores.

Em decorrência das mudanças, logo iniciaram as reinvindicações


contra o uso das máquinas. Mas você deve estar pensando... as máquinas
são boas para os processos produtivos. Sim, não estamos negando os
benefícios. Da forma com a qual foi estabelecida, as máquinas provocaram
muitas consequências negativas aos colaboradores: ritmo excessivo,
manutenção praticamente inexistente e, em casos onde ocorria, era
deficiente, partes móveis desprotegidas, arestas cortantes além os
44 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

sistemas de transmissão a base de força. Todos estes fatores causaram e


ainda causam acidentes de trabalho e danos à saúde dos colaboradores.

A forma com a qual projetavam-se os ambientes industriais


objetivando o aumento da capacidade produtiva, rebaixaram a integridade
e a saúde física dos colaboradores a um plano inferior os colaboradores.
A forma das prensas, modeladoras e masseiras, guilhotinas, laminadoras,
dobradoras, serrar e outras máquinas tornaram-se referência em lesões,
mutilações e, por isso, fazem parte das estatísticas não esperadas nos
ambientes de trabalho: responsáveis por significativa parte dos acidentes
de trabalho.

Hoje, com a automatização a partir dos robôs, a quantidade


de acidentes reduziu tendo em vista que diminuiu a exposição dos
colaboradores. Dessa forma, aqueles responsáveis pela manutenção
de máquinas e onde ainda não há automação são os que ainda ficam
expostos aos perigos resultantes das máquinas. Entretanto, ainda assim,
máquinas e equipamentos em movimento são, em particular, bastante
perigosos tendo em vista que os eixos podem apanhar vestimentas,
cabelos e membros dos colaboradores podendo resultar em lesões, as
quais poderia ser evitadas se existissem mecanismos de proteção e/ou
sinalização adequados relembrando-os acerca dos perigos ali existentes.

Antes de se falar em medidas de segurança, é importante que se


conheçam os riscos que estas ocasionam aos colaboradores, e estes
podem ser classificados em perigo mecânico (esmagamento, corte por
cisalhamento, decepamento, perfuração), elétrico (choques, queimaduras),
térmico (queimadura, chamas, explosões), em decorrência de ruído
(degeneração da audição, zumbidos, fadiga, redução de concentração),
por vibrações (perturbação vascular, neurológica e outras), radiações
(ionizantes, não-ionizantes, dentre outras), materiais e substâncias, ou
por desrespeito aos princípios ergonômicos (efeitos fisiológicos, danos
psicofisiológicos).

Além dos acidentes de caráter operacional, as máquinas podem


provocar acidentes nas etapas de manutenção e limpeza. Nessas
ocasiões, é preciso que sejam recomendados mecanismos de aviso
e/ou travamento da fonte de alimentação e dos interruptores para
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 45

acionamento. Outra situação passível de resultar em acidente é a partir de


partes energizadas em função da conservação de energia em algumas
máquinas.

É importante que ao se decorrer a análise do risco sejam


considerados a lesão ou dano de maior gravidade à saúde a partir de
cada perigo relacionado, mesmo que a chance de ocorrer tal situação
seja pequena. Com relação a avaliação dos riscos, ela ajuda tanto os
responsáveis por projetos quanto pela segurança do trabalho a definir as
medidas necessárias para promover o maior nível de segurança.
Figura 7: – Etapas para estabelecimento de um sistema de segurança para máquinas

Especificar as Identificar os Reduzir os


condições de uso perigos e acessos perigos e o limite
das máquinas de risco de risco

Levar em Informar o Projetar


consideração colaborador sobre dispositivos de
outras precauções os riscos das segurança contra
máquinas os riscos
restantes

Fonte: adaptado de Mattos e Másculo (2011).

Ao desenvolver projetos visando aumento da produtividade a partir


da implantação de máquinas e equipamentos, é imprescindível que
sejam levados em consideração fatores que ultrapassam os limites de
máquina. Nesse contexto, é preciso considerar, também, o ser humano,
sua capacidade de trabalho e sua segurança.

Para que uma máquina ser considerada segura é preciso que


ela continue em operação, seja ajustada ou desmontada e passe por
manutenções frente a condições normais de uso previstas, sem provocar
acidentes ou danos à saúde humana. Existem diferentes formas de se
alcançar a segurança em máquinas, incluindo melhorias de projeto, adoção
de medidas de proteção, sinalizações de segurança, equipamentos de
proteção (individual e coletiva), treinamentos sobre procedimentos seguros.
46 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Estas formas objetivam reduzir, conforme possível, o risco mecânico


gerados por partes ou componentes destes equipamentos a partir de
estratégicas técnicas e operacionais. Em 2014 o governo brasileiro determinou
de caráter obrigatório a adequação das máquinas e equipamentos para reduzir
os riscos de acidentes decorrentes de sua operação e/ou manutenção.

Neste contexto, a NR-12 instituída a partir da Portaria MTb n.º 3.214,


de 08 de junho de 1978, com última atualização pela Portaria SEPRT n.º
916, de 30 de julho de 2019, tem por temática segurança no trabalho em
máquinas e equipamentos. Frente a isso, define:

referências técnicas, princípios fundamentais e medidas


de proteção para resguardar a saúde e a integridade física
dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de
projeto e de utilização de máquinas e equipamentos, e ainda
à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e
cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas,
sem prejuízo da observância do disposto nas demais NRs [...].

As disposições da referida NR é valida para máquinas e


equipamentos novos e usados, com exceção aqueles destinados à
exportação. A adequação das máquinas e equipamentos é de caráter
obrigatório, porém, é complexo e demanda alto investimento na maior
parte das vezes, tanto para adequação quanto para substituição de
máquinas mais velhas.

Métodos de proteção
Existem diferentes mecanismos para promover a proteção de
máquinas, os quais ajudam a diminuir as chances de acidentes. No processo
de escolha do melhor mecanismo devem ser levadas em consideração as
características relacionadas ao uso da máquina, natureza dos acessos e a
quantidade de vezes que eles ocorrem, perigos identificados bem como
a probabilidade de ocorrência de cada um e sua consequente gravidade.
Ademais, é importante considerar aspectos físicos dos ambientes de
trabalho tal como layout, disposição das máquinas, direção do processo,
atividades desenvolvidas, trajetos de deslocamentos, dentre outros.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 47

Para que estes mecanismos garantam a proteção é necessário


que sejam seguidos alguns critérios, tais como: evitar o contato do
colaborador com a máquina e/ou com objetos estranhos, ser de alta
duração, não promover novas situações de perigo e não interferir na
rotina de trabalho.

Estes métodos podem ser classificados de acordo com o ponto


de operação em proteção e dispositivos. Como método de proteção
tem-se as estruturas de enclausuramento de matrizes e barreiras fixas,
intertravadas e ajustadas. A proteção classificada como dispositivo têm-
se portões, dispositivos detectores de presença, de recuo, contrapesos,
afastadores e controles e acionamento a duas mãos.

Os avanços tecnológicos permitem que novas tecnologias sejam


aplicadas na proteção, tal como mecanismos que não permitem que o
colaborador atinja a zona de perigo ou o acesso em movimento. Ainda há
mecanismos que proíbe o acesso quando as matrizes estiverem fechando
ou que parem por sensor antes que o operador atinja a zona de perigo.

Independente do método adotado, para que as medidas adotadas


sejam eficazes para minimizar os acidentes é fundamental que os
colaboradores participem em todas as fases, desde o projeto até a
implantação, bem como sejam capacitados para compreender quais as
proteções existentes, como estas atuam, quando e por quem podem ser
retiradas e quais ações a serem tomadas em caso de estas deixarem de
ser eficientes. É importante, também, que as medidas sejam de fácil uso
e não interfiram na rotina de trabalho convencional da organização, caso
contrário, elas podem não ser mais atrativas.

Dispositivo de segurança
Os dispositivos de segurança podem ser de dos mais variados
tipos, de acordo com as variadas funções/situações passíveis de serem
vivenciadas no cotidiano da organização. Segundo Mattos e Másculo
(2011) são 12 tipos de mecanismos adotados para segurança, sendo eles:

•• Sensores de posição (paralisam o trabalho em uma zona


de perigo);
48 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

•• Sensor fotoelétrico (feixes de luz que, quando


interrompidos, param o funcionamento da máquina);

•• Sensor de presença por capacitor de radiofrequência


(feixes de ondes eletromagnéticas são partes da maquina
e quando interrompidos fazem com que ela pare sua
operação);

•• Sensor eletromecânico (antes de possibilitar a operação,


uma sonda se posiciona a uma determinada distancia e
faz uma varredura);

•• Dispositivo de arraste ou de restrições (cabos presos


ao pulso do colaborador e, quando se inicia a operação
da máquina, um sistema mecânico afasta a mao do
colaborador);

•• Controle de segurança (mecanismos acionados


manualmente);

•• Controle de segurança por impacto (mecanismos rápidos


para casos de emergência);

•• Barras de pressão. (mecanismos que, ao serem


pressionados, ativam um sistema de parada da máquina);

•• Dispositivos de segurança tipo vareta de desengate


(mecanismos que, ao serem pressionados pela mão,
interrompem o funcionamento da máquina);

•• Cabos de segurança (para a máquina ao ser acionado pelo


colaborador);

•• Controles bimanuais (as mãos do operador precisam


pressiona-los para que a máquina opere);

•• Portas (mecanismo móvel que protege durante o


funcionamento da máquina, a qual só para de funcionar
quando as portas estão fechadas).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 49

Além destes, as máquinas, equipamentos e suas respectivas partes


perigosas devem ser mantidas longe do alcance do colaborador durante
o funcionamento, a partir da implantação de cercas, paredes protetivas
ou elevar partes perigosas. Segundo a NR-12 os espaços de circulação
e as áreas de entorno das máquinas devem ser dimensionadas de modo
que possa haver movimentação segura e, estas, devem ser marcadas e
mantidas sem obstruções.

Manutenção
Além dos perigos que demandam mecanismos de proteção e
segurança, as máquinas ainda apresentam riscos inerentes ao seu uso em
decorrência da manutenção. As manutenções das máquinas equivalem
de 15 a 30% dos cursos operacionais do produto final das indústrias e
1/3 dos custos ocorre em função de manutenções desnecessárias ou
desenvolvidas inadequadamente devido a falta de informações que
forneçam dados reais sobre o reparo destas.

A NR-12 estabelece que ações de manutenção e vistoria das


máquinas e dos equipamentos necessariamente precisam ser instituídas
a partir das normas e regimentos definidos pelo fabricante ou segundo
as demais normas vigentes no país. A manutenção de máquinas pode ser
classificadas em 3 tipos: preditiva, preventiva ou corretiva.

A manutenção preditiva consiste em uma forma de manutenção


preventiva que tem por escopo o tempo de vida das máquinas e inclui
monitoramento regular de suas condições e, em função disso estipula-se o
tempo médio para que ocorra falha ou redução do rendimento. Neste caso
são observadas melhorias no cotidiano tal como aumento da confiabilidade,
melhora da qualidade de manutenção, aumento da vida útil e na segurança
dos equipamentos e aspectos positivos sobre o meio ambiente.

A manutenção preventiva parte do princípio que as máquinas e


equipamentos sofrem degradação ao longo dos tempo de uso e que é
possível estivar a data de manutenção antes da mesma quebrar. Ou seja
consiste em uma manutenção programada, porém, apresenta limitações
pois a estimativa varia de acordo com o uso e, em função disso, pode
50 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

acontecer casos de manutenção desnecessária ou, ainda, da máquina


apresentar falhas antes do período previsto e, então, será necessária
manutenção corretiva.

EXPLICANDO MELHOR
A manutenção corretiva, de forma bem genérica e simpli-
ficada, representa “estragou, conserta”. É o método mais
caro a ser adotado e o que apresenta mais aspectos nega-
tivos para a organização.

Dessa forma, a manutenção corretiva consiste em uma técnica


reativa, ou seja, é aguardado que a falha ocorra para que seja tomada
uma medida (manutenção) para resolução do problema. No cotidiano
das organizações, poucas adotam este modelo de manutenção de forma
completa, normalmente é combinado a algumas técnicas preventivas
(tal como lubrificação). Porém, reparos maiores e com custo elevados
costumam ser feitos apenas em casos de quebra.

É o tipo de manutenção menos indicado em decorrência de seus


pontos negativos, como por exemplo recursos necessários para estoque
de peças para reposição, paralisação da máquina e consequente da
produção. Para que este tipo de técnica seja indicada, a organização deve
ter alta capacidade de resposta para que a produtividade não seja afetada
pela parada.

De modo geral, um bom gerenciamento da organização e de seu


ambiente produtivo, máquinas e equipamentos, é essencial e pode evitar
reparos desnecessários e inadequados, reduzindo os impactos negativos
e os tempos de parada para manutenção.

SAIBA MAIS
Quer se aprofundar e verificar um estudo de caso sobre es-
ta temática? Indico o acesso ao artigo “Conformidade do
espaço interno livre de tratores agrícolas e itens de segu-
rança obrigatórios segundo as normas NBR/ISSO 4252 e
NR-12” (POSSEBOM; PERIPOLLI; ALONÇO, 2017) acessível
pelo link https://bit.ly/2ZvmAW5 (Acesso em 15/02/2020).
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 51

RESUMINDO
A Revolução Industrial foi caracterizada principalmente pe-
la transição da manufatura para indústria mecânica e pela
produção em larga escala. Com o desenvolvimento das
máquinas a produtividade aumentou e houve melhorias
no rendimento dos colaboradores. Entretanto, em conse-
quência, o formato e organização das máquinas e o ritmo
excessivo por elas proporcionados resultaram em diversos
acidentes nos ambientes de trabalho e, por isso, foi preciso
estabelecer medidas de proteção para máquinas e equi-
pamentos.

Os riscos envolvendo máquinas e equipamentos podem ser


mecânicos, elétricos, térmicos e os em decorrência de ruídos, vibrações,
radiações e desrespeito a princípios ergonômicos. Diante disso, as etapas
envolvendo avaliação de riscos são fundamentais para que estes sejam
prevenidos antes de resultar em danos e/ou lesões ao colaborador.

Os mecanismos de proteção são variados e seu dimensionamento


e escolha deve ser em função da natureza e da frequência dos perigos
identificados nos ambientes de trabalho, do uso da máquina e da
probabilidade de ocorrência analisada. Tais mecanismos podem ser
agrupados em 5 classes: barreiras, dispositivos de segurança, proteção
por localização, métodos de alimentação (ou extração de segurança) e
outros mecanismos definidos como auxiliares.
52 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

BIBLIOGRAFIA
ALVES, T. C. Manual de equipamento de proteção individual. São Carlos:
Embrapa Pecuária Sudeste, 2013.

BRASIL. Portaria MTb n.º 877, de 24 de outubro de 2018. NR-06 -


Equipamento de Proteção Individual – EPI. 2018. Disponível em: <https://
enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-06.pdf>.
Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria MTE n.o 704, de 28 de maio de 2015. NR 26 - Sinalização


de Segurança. 2015. Disponível em: < https://enit.trabalho.gov.br/portal/
images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-26.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria MTPS n.o 510, de 29 de abril de 2016. NR 4 - Serviços


Especializados Em Engenharia De Segurança E Em Medicina Do Trabalho.
2016. Disponível em: < https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/
Arquivos_SST/SST_NR/NR-

04.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria MTPS n.o 510, de 29 de abril de 2016. NR 4 - Serviços


Especializados Em Engenharia De Segurança E Em Medicina Do Trabalho.
2016. Disponível em: < https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/
Arquivos_SST/SST_NR/NR-04.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria SEPRT n.o 1.359, de 09 de dezembro de 2019. NR 9 -


Programa De Prevenção De Riscos Ambientais. 2019. Disponível em:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
09-atualizada-2019.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria SEPRT n.o 915, de 30 de julho de 2019. NR 5 - Comissão


Interna De Prevenção De Acidentes. 2019. Disponível em: <https://enit.
trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-05.pdf>.
Acesso em 17/02/2020.
Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional 53

BRASIL. Portaria SEPRT n.o 916, de 30 de julho de 2019. NR-12 - Segurança


No Trabalho Em Máquinas E Equipamentos. 2019. Disponível em: <
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-
12.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

BRASIL. Portaria SIT n.o 221, de 06 de maio de 2011. NR 23 - Proteção Contra


Incêndios. 2011. Disponível em: <https://enit.trabalho.gov.br/portal/
images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-23.pdf>. Acesso em 17/02/2020.

FLORES, B.C.; ORNELAS, E.A. DIAS, L.E. Fundamentos de Combate a


Incêndio – Manual de Bombeiros. 1 ed. Goiânia: Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de Goiás, 2016.

FREITAS, V.S. Prevenção e controle de incêndios e explosões. Instituto


Formação, 2014.

GOVERNO DO PARANÁ. CASA MILITAR DA GOVERNADORIA. Manual de


prevenção e combate a princípios de incêndio. Curitiba: Governo do
Paraná, 2013.

MATTOS, U.; MÁSCULO, F. Higiene e segurança do trabalho. Rio de


Janeiro: Elsevier/ABEPRO, 2011.

PEIXOTO, N. H. Curso técnico em automação industrial: Segurança do


trabalho. 3. ed. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2011.

TAVARES, C. R. G. Curso técnico em Segurança do Trabalho: Segurança


do Trabalho I (EPC e EPI). Rio Grande do Norte: SEDIS, 2009.
54 Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

Livro Didático Digital

Ana Carla F. Gasques

Você também pode gostar