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ESTRUTURAS EM CONCRETO:

CONCEPÇÃO E
DIMENSIONAMENTO DE PRÉ-
MOLDADOS

(Aula 2)
MSc. Prof. Andrey Monteiro Maciel

Setembro / 2020
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
❑ Blocos com Colarinho: posicionamento de armação e concretagem

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
❑ Blocos com Colarinho: desforma e reaterro

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❑ Blocos com Colarinho: interface com chave de cisalhamento

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❑ Blocos com Colarinho: montagem do pilar

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❑ Blocos com Colarinho: montagem do pilar (estabilização temporária –
encunhamento)

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
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❑ Determinação do Comprimento de Embutimento – Lemb:

O cálice é considerado de interfaces rugosas quando houver uma rugosidade


de no mínimo 3mm a cada 3cm na superfície interna do cálice e superfície
externa do pilar ao longo de toda a atura de embutimento.

***Se a condição acima não for atingida o cálice é considerado de


interfaces lisas.***

O cálice é considerado de interfaces com chaves de cisalhamento quando a


configuração das chaves apresentar uma profundidade mínima de 1 cm a cada
10 cm (no máximo), na superfície interna do cálice e na superfície da base do
pilar, ao longo de toda a altura de embutimento.

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❑ Determinação do Comprimento de Embutimento – Lemb:

Cálice liso / rugoso Cálice com chave de


cisalhamento

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❑ Determinação do Comprimento de Embutimento – Lemb:

𝑴𝒅 𝑴𝒅
Interfaces ≤ 𝟎, 𝟏𝟓 ≥ 𝟐, 𝟎
𝑵𝒅 ∙ 𝒉 𝑵𝒅 ∙ 𝒉
Lisas ou rugosa 1,5 h 2,0 h
Com chaves de
1,2 h 1,6 h
cisalhamento

Nota 1: h é a dimensão da seção transversal do pilar, paralela ao plano de ação


do momento Md.

Nota 2: Interpolar valores intermediários da relação Md / (Nd h).

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❑ Determinação do Comprimento de Embutimento – Lemb:

*Observações:

a) No caso de pilar sujeito a tração Lemb deve ser sempre 2,0h e as interfaces
não podem ser lisas;

b) O comprimento de embutimento não pode ser inferior a 40cm e deve ser


compatível com o comprimento de ancoragem da armadura do pilar;

c) Para Lemb maior que 180cm, pode ser adotados valores diferentes do
definido na formulação, desde que seja realizado estudo da ligação entre o pilar
e colarinho.

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❑ Exemplo 1: Para o pilar com seção transversal retangular de 30x60cm
determinar o comprimento de embutimento para a condição de cálice liso /
rugoso e com chave de cisalhamento para as seguintes solicitações:

a) Md = 4,50 tf.m e Nd = 65 tf
Seção Transversal
b) Md = 6,80 tf.m e Nd = 4,50 tf

c) Md = 14,30 tf.m e Nd = 20,50 tf

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Solução:

a) Md = 4,50 tf.m e Nd = 65 tf

𝑀𝑑 4,50
= = 0,12 ≤ 0,15
𝑁𝑑 ∙ ℎ 65 ∙ 0,60

▪ Para interface Lisa / Rugosa:


𝐿𝑒𝑚𝑏 = 1,5 ∙ ℎ = 1,5 ∙ 60 = 90𝑐𝑚

▪ Para interface com Chave de Cisalhamento:


𝐿𝑒𝑚𝑏 = 1,2 ∙ ℎ = 1,2 ∙ 60 = 72𝑐𝑚

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Solução:

b) Md = 6,80 tf.m e Nd = 4,50 tf

𝑀𝑑 6,80
= = 2,51 ≥ 2,0
𝑁𝑑 ∙ ℎ 4,5 ∙ 0,60

▪ Para interface Lisa / Rugosa:


𝐿𝑒𝑚𝑏 = 2 ∙ ℎ = 2 ∙ 60 = 120𝑐𝑚

▪ Para interface com Chave de Cisalhamento:


𝐿𝑒𝑚𝑏 = 1,6 ∙ ℎ = 1,6 ∙ 60 = 96𝑐𝑚

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Solução:

c) Md = 14,30 tf.m e Nd = 20,50 tf

𝑀𝑑 14,30
= = 1,16 − 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑁𝑑 ∙ ℎ 20,5 ∙ 0,60

▪ Para interface Lisa / Rugosa:


0,15 → 1,50 ∙ ℎ
1,16 → 𝑥 ∙ ℎ
2,00 → 2,00 ∙ ℎ

2,00 − 0,15 ℎ ∙ 2,00 − 1,50 0,50


= → 1,83 = → 1,83 ∙ 𝑥 − 2,75
1,16 − 0,15 ℎ ∙ 𝑥 − 1,50 𝑥 − 1,50

3,25
= 0,50 → 𝑥 = = 1,78
1,83
𝐿𝑒𝑚𝑏 = 𝑥 ∙ ℎ = 1,78 ∙ ℎ = 1,78 ∙ 60 = 106,80𝑐𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 𝟏𝟏𝟎𝒄𝒎
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Solução:

c) Md = 14,30 tf.m e Nd = 20,50 tf

𝑀𝑑 14,30
= = 1,16 → 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑁𝑑 ∙ ℎ 20,5 ∙ 0,60

▪ Para interface com Chave de Cisalhamento:


0,15 → 1,20 ∙ ℎ
1,16 → 𝑥 ∙ ℎ
2,00 → 1,60 ∙ ℎ

2,00 − 0,15 ℎ ∙ 1,60 − 1,20 0,40


= → 1,83 = → 1,83 ∙ 𝑥 − 2,20
1,16 − 0,15 ℎ ∙ 𝑥 − 1,20 𝑥 − 1,20

2,60
= 0,40 → 𝑥 = = 1,42
1,83
𝐿𝑒𝑚𝑏 = 𝑥 ∙ ℎ = 1,42 ∙ ℎ = 1,42 ∙ 60 = 85,20𝑐𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 𝟖𝟓𝒄𝒎
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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Transferência dos esforços para grandes excentricidades:

𝑴𝒅
≥ 𝟐, 𝟎
𝑵𝒅 ∙ 𝒉

ℎ 𝐿𝑒𝑚𝑏
𝑒𝑛𝑏 = 𝑎=
4 10

Onde: o coeficiente de atrito  não pode ser maior que 0,3, no caso de
interfaces lisas, nem maior que 0,6, para interfaces rugosas / Hsfd , Hipd e Nbd
são resultantes de pressão de contato nas paredes e fundo.
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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Transferência dos esforços para pequenas excentricidades:

𝑴𝒅
≤ 𝟎, 𝟏𝟓
𝑵𝒅 ∙ 𝒉

𝐿𝑒𝑚𝑏
𝑒𝑛𝑏 = 0 𝑎=
6

Onde: o coeficiente de atrito  é nulo para interfaces lisas e não pode ser
superior a 0,3 para interfaces rugosas / Hsfd , Hipd e Nbd são resultantes de
pressão de contato nas paredes e fundo.
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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

𝑀𝑑
▪ Para excentricidades intermediárias (0,15 < 𝑁 < 2,0), pode-se fazer
𝑑 ∙ℎ

uma interpolação linear dos valores para grandes e pequenas


excentricidades.

Assim, o cálculo das ações nas paredes e fundo são feitas por meio das
expressões:
𝐻𝑠𝑓𝑑 =

0,1 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 0,75 ∙ 𝜇 ∙ ℎ 0,1 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 0,75 ∙ 𝜇 ∙ ℎ


𝑀𝑑 − 𝑁𝑑 ∙ 0,25 ∙ ℎ + 𝜇 ∙ 2 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 −
1+𝜇 1 + 𝜇2
0,8 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 + 𝜇 ∙ ℎ

𝑁𝑑 − 𝜇 ∙ 𝑉𝑑
𝑁𝑏𝑑 =
1 + 𝜇2
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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Transferência dos esforços para as paredes do colarinho: o


dimensionamento das paredes laterais é feito por meio do modelo biela-
tirante enquanto que as paredes frontal e posterior são dimensionadas à
flexo-tração ou a tração simples (simplificado).

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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Limites de Tensões de contato:

A tensão máxima de compressão na parede do colarinho, na região frontal ao


pilar no plano de consideração dos esforços, não pode ser superior a 0,4 fcd,
sendo fcd o menor dos valores de resistência à compressão de projeto entre
os considerados para o concreto do bloco, preenchimento do vazio e do pilar.
Esta tensão é verificada na região de 0,2 Lemb pela largura do pilar.

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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Verificação da punção:

Pode-se considerar que uma parcela da resultante seja transferida pelo


colarinho desde que seja considerada uma armadura de suspensão. A parcela
resultante transferida seria  . Nd, sendo o maior valor de  igual a 0,5.

 ∙ 𝑁𝑑
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑

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❑ Cálices com Interfaces Lisas ou Rugosas – Critérios de Cálculo:

▪ Verificação da punção (NBR6118):


𝐹𝑠𝑑 𝐾 ∙ 𝑀𝑠𝑑
𝜏𝑠𝑑 = +
𝑢∙𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑢: 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜
𝑑: 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 𝑑𝑎 𝑎𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎
𝐾: 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 que fornece a parcela 𝑀𝑠𝑑
𝑡ransmitida ao pilar por cisalhamento
𝑊𝑝 : 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎

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❑ Exemplo 2: dimensionamento de colarinho com superfície interna
adotada lisa, e verificar punção da laje de fundo considerando os seguintes
dados:

Pilar 30x30cm; N= 32 tf; M= 4,90 tf.m; V= 3,0tf; γf = 1,4; fck= 25MPa; Laje do
fundo: h= 20cm e d= 15cm; Espessura da parede do colarinho: 20cm; Altura do
colarinho: 40cm:Armação da laje de fundo 10mm/C-15cm (As=5,33cm²/m).

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Solução:

1) Cálculo do comprimento de Embutimento – Lemb:

𝑀𝑑 1,4 ∙ 4,90
= = 0,51 → 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑁𝑑 ∙ ℎ 1,4 ∙ 32 ∙ 0,30
0,15 → 1,50 ∙ ℎ
0,51 → 𝑥 ∙ ℎ
2,00 → 2,00 ∙ ℎ

2,00 − 0,15 ℎ ∙ 2,00 − 1,50 0,50


= → 5,14 = → 5,14 ∙ 𝑥 − 7,71
0,51 − 0,15 ℎ ∙ 𝑥 − 1,50 𝑥 − 1,50
8,21
= 0,50 → 𝑥 = = 1,60
5,14

𝐿𝑒𝑚𝑏 = 𝑥 ∙ ℎ = 1,60 ∙ 30 = 48𝑐𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 50𝑐𝑚

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2) Cálculo das Forças Resultantes – Hsfd e Nbd:

✓ Cálculo do parâmetro a:

Grandes excentricidades → 𝑎 = 𝐿𝑒𝑚𝑏 Τ10 = 50Τ10 = 5 𝑐𝑚

Pequenas excentricidades → 𝑎 = 𝐿𝑒𝑚𝑏 Τ6 = 50Τ6 = 8,33 𝑐𝑚

8,33 → 1,50
𝑎 → 1,60
5,00 → 2,00

5,00 − 8,33 2,00 − 1,50 −3,33


= → = 5,0 → −3,33 = 5,00 ∙ 𝑎 − 41,65
𝑎 − 8,33 1,60 − 1,50 𝑎 − 8,33

38,32
→𝑎= = 7,67𝑐𝑚
5,00

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✓ Cálculo do parâmetro enb:

Grandes excentricidades → 𝑒𝑛𝑏 = ℎΤ4 = 30Τ4 = 7,5 𝑐𝑚

Pequenas excentricidades → 𝑒𝑛𝑏 = 0 𝑐𝑚

0 → 1,50
𝑒𝑛𝑏 → 1,60
7,5 → 2,00

7,5 − 0 2,00 − 1,50 7,5 7,5


= → = 5,00 → 𝑒𝑛𝑏 = = 1,50𝑐𝑚
𝑒𝑛𝑏 − 0 1,60 − 1,50 𝑒𝑛𝑏 5,0

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✓ Cálculo do coeficiente de atrito μ:

Grandes excentricidades → 𝜇 = 0,3

Pequenas excentricidades → 𝜇 = 0

0 → 1,50
𝜇 → 1,60
0,3 → 2,00

0,3 − 0 2,00 − 1,50 0,3 0,3


= → = 5,00 → 𝜇 = = 0,06
𝜇−0 1,60 − 1,50 𝜇 5,0

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✓ Forças Resultantes – Hsfd e Nbd:
𝐻𝑠𝑓𝑑 =

0,1 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 0,75 ∙ 𝜇 ∙ ℎ 0,1 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 0,75 ∙ 𝜇 ∙ ℎ


𝑀𝑑 − 𝑁𝑑 ∙ 0,25 ∙ ℎ + 𝜇 ∙ 2 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 −
1+𝜇 1 + 𝜇2
0,8 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 + 𝜇 ∙ ℎ

𝐻𝑠𝑓𝑑 =

0,1 ∙ 0,5 − 0,75 ∙ 0,06 ∙ 0,3 0,1 ∙ 0,5 − 0,75 ∙ 0,06 ∙ 0,3
1,4 ∙ 4,9 − 1,4 ∙ 32 ∙ 0,25 ∙ 0,3 + 0,06 ∙ 2 + 1,4 ∙ 3,0 ∙ 0,5 −
1 + 0,06 1 + 0,062
0,8 ∙ 0,50 + 0,06 ∙ 0,3
= 12,80𝑡𝑓

𝑁𝑑 − 𝜇 ∙ 𝑉𝑑 1,4 ∙ 32 − 0,06 ∙ 1,4 ∙ 3,0


𝑁𝑏𝑑 = = = 44,39𝑡𝑓
1 + 𝜇2 1 + 0,062

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3) Cálculo das Armaduras:

✓ Cálculo do Tirante – As,tir: conhecida a posição a da resultante Hsfd e seu


valor de cálculo, cada parede do colarinho é dimensionada como consolo:

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✓ Cálculo do Tirante – As,tir (cont.):

Sabendo que cada parede receberá metade da resultante, temos:

𝐻𝑠𝑓𝑑 12,80
= = 6,40𝑡𝑓
2 2
O dimensionamento do tirante será realizado como consolo, seguindo os
passos apresentados na Aula 1. Os valores de entrada na planilha de cálculo de
consolo são: Concreto fck 25MPa; Aço CA50; Primeira fase; Geometria: b=20cm
h=85cm l=40cm a’=32,33cm c=3cm d’=10cm; Tirantes 10mm; Apoio
Politetrafluoretileno (Teflon); an=10cm; bn=20cm (espessura do colarinho);
𝐻𝑠𝑓𝑘
en=1cm;Ancoragem laço; Força vertical: 2
= 4,57𝑘𝑁 → 45,7𝑘𝑁.

𝐴𝑠𝑠𝑖𝑚, 𝑑𝑎 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑖𝑙ℎ𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑜, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: → 𝐴𝑠,𝑡𝑖𝑟 = 3,00𝑐𝑚2 (adotado


410.0mm / canto → 2 estribos verticais 10.0mm nos cantos )
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✓ Cálculo da Armadura Vertical de Suspensão – As,vs:

Considerando que será transferido para a parede do colarinho o valor máximo,


ou seja, com α=0,5, temos:

𝛼 ∙ 𝑁𝑏𝑑 0,5 ∙ 44,39


𝐴𝑠,𝑣𝑠𝑠 = = = 5,10𝑐𝑚2
𝑓𝑦𝑑 5,0ൗ
1,15
A armadura calculada acima deverá ser somada a armadura de costura
calculada como consolo, o que da planilha de consolo sai: 𝐴𝑠,𝑣𝑠𝑐 = 2,25𝑐𝑚2 .
Assim, temos a armadura total de suspensão:

𝐴𝑠,𝑣𝑠 = 𝐴𝑠,𝑣𝑠𝑠 + 𝐴𝑠,𝑣𝑠𝑐 = 5,10Τ4 + 2,25 = 3,53𝑐𝑚² (adotado 88.0mm


distribuídos em cada parede → 4 estribos verticais 8mm / face)

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✓ Cálculo da Armadura Horizontal de Suspensão – As,hp:

Antes do cálculo da armadura se faz necessário verificar a pressão de contato


𝒔𝒅 :

𝐻𝑠𝑓𝑑 𝐻𝑠𝑓𝑑 12,80 𝑡𝑓


𝑠𝑑 = = = = 426,67 ൗ
Á𝑟𝑒𝑎 0,20 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 ∙ ℎ 0,20 ∙ 0,50 ∙ 0,30 𝑚²

0,4 ∙ 2500 𝑡𝑓
𝑙𝑖𝑚 = 0,4 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = = 714,29 ൗ𝑚 ²
1,4
𝑠𝑑 < 𝑙𝑖𝑚 → 𝑂𝑘!

E por fim o cálculo da armadura:

𝐻𝑠𝑓𝑑 12,80
𝐴𝑠,ℎ𝑝 = 2∙𝑓 = 2∙5,00/1,15 = 1,47𝑐𝑚2 (adotado 2x28.0mm a cada 5cm
𝑦𝑑

concentrados dentro da distância “a” no topo do colarinho)


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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
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✓ Cálculo da Armadura Horizontal Secundária As,hs:

𝐴𝑠,ℎ𝑠 = 0,15% ∙ 𝑏𝑤 ∙ ℎ = 0,0015 ∙ 20 ∙ 85 = 2,55𝑐𝑚² (adotado 2x3 8.0mm


distribuídos ao longo da altura do colarinho)

4) Verificação da Punção na Laje de Fundo: sabendo as resultantes de


momento e força normal atuantes na laje de fundo, verifica-se as tensões na
superfícies críticas conforme NBR6118 (item 19.5ss).
𝐹𝑠𝑑 = 1 − 𝛼 ∙ 𝑁𝑏𝑑 = 1 − 0,5 ∙ 44,39 = 22,20𝑡𝑓
𝑀𝑠𝑑 = 𝐹𝑠𝑑 ∙ 𝑒𝑛𝑏 = 22,20 ∙ 0,015 = 0,33 𝑡𝑓 ∙ 𝑚

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
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✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C, 𝜏𝑠𝑑 ≤
𝜏𝑅𝑑2 (cont.):

𝐹𝑠𝑑 𝑘 ∙ 𝑀𝑠𝑑
𝜏𝑠𝑑 = +
𝑢 ∙ 𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑢 = 2 ∙ 𝑏 + ℎ = 2 ∙ 0,30 + 0,30 = 1,20𝑚

𝐶1
ൗ𝐶 = 30ൗ30 = 1 → 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 19.2 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 6118 (𝑠𝑙𝑖𝑑𝑒 17) → 𝐾 = 0,60
2

𝐶12 0,302
𝑊𝑝 = + 𝐶1 ∙ 𝐶2 = + 0.30 ∙ 0,30 = 0,135𝑚²
2 2

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C, 𝜏𝑠𝑑 ≤
𝜏𝑅𝑑2 (cont.):

22,20 0,60 ∙ 0,33 𝑡𝑓


𝜏𝑠𝑑 = + = 133,11 ൗ
1,20 ∙ 0,15 0,135 ∙ 0,15 𝑚²

𝑓𝑐𝑘 25 2500
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 ∙ 1 − ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 ∙ 1 − ∙
250 250 1,4

𝑡𝑓
= 433,93 ൗ
𝑚²
Como Sd < Rd2, não há problema de ruptura do concreto à compressão no
contorno C.

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C’, 𝜏𝑠𝑑 ≤
𝜏𝑅𝑑1 :

𝐹𝑠𝑑 𝑘 ∙ 𝑀𝑠𝑑
𝜏𝑠𝑑 = +
𝑢 ∙ 𝑑 𝑊𝑝 ∙ 𝑑

𝑢 = 2 ∙ 𝑏 + ℎ + 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 = 2 ∙ 0,30 + 0,30 + 4 ∙ 𝜋 ∙ 0,15 = 3,08𝑚

𝐶1
ൗ𝐶 = 30ൗ30 = 1 → 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 19.2 𝑑𝑎 𝑁𝐵𝑅 6118 (𝑠𝑙𝑖𝑑𝑒 17) → 𝑘 = 0,60
2

𝐶12
𝑊𝑝 = + 𝐶1 ∙ 𝐶2 + 4 ∙ 𝐶2 ∙ 𝑑 + 16 ∙ 𝑑 2 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 ∙ 𝐶1
2

0,302
𝑊𝑝 = + 0,30 ∙ 0,30 + 4 ∙ 0,30 ∙ 0,15 + 16 ∙ 0,152 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 0,15 ∙ 0,30
2
= 0,96𝑚²
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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C’, 𝜏𝑠𝑑 ≤
22,20 0,60∙0,33
𝜏𝑅𝑑1 (cont.): 𝜏𝑠𝑑 = 3,08∙0,15 + 0,96∙0,15 = 49,43 𝑡𝑓ൗ𝑚² (0,49𝑀𝑃𝑎)

20 1ൗ
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ 1 + ∙ 100 ∙ 𝜌 ∙ 𝑓𝑐𝑘 3
𝑑

𝑐𝑚²
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠𝑥 ∙ 𝐴𝑠𝑦 = 5,33 ∙ 5,33 = 5,33
𝑚

1ൗ
20 5,33 3
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ 1 + ∙ 100 ∙ ∙ 25 = 0,52𝑀𝑃𝑎
15 100 ∙ 20

Como Sd < Rd1, não há problema de punção no contorno C’ e não será
necessário utilização de armadura de punção. 37
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
❑ Cálices com Chave de Cisalhamento – Critérios de Cálculo:

▪ Transferência dos esforços do cálice para a fundação: é feita pela


armadura vertical calculada com flexo compressão. A seção resistente é a
do colarinho (seção retangular vazada).

𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 + 𝑁𝑑 ∙ 0,5 ∙ 𝑑𝑐
𝐻𝑠𝑓𝑑 =
2,60 ∙ 𝑑𝑐

𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 𝑁𝑑 ∙ 0,4 ∙ 𝑑𝑐
𝐻𝑠𝑝𝑑 =
0,63 ∙ 𝑑𝑐
Mbd
𝑀𝑏𝑑 = 𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏

Onde: Hsfd e Hspd são resultantes de pressão de contato nas paredes anterior e
posterior e Mbd é o momento fletor atuante no topo do bloco.
38
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
❑ Cálices com Chave de Cisalhamento – Critérios de Cálculo:

▪ Verificação da Punção:

O efeito da punção na laje de fundo de acordo com a norma é de 0,2 Nd;

*Considera-se que a força de compressão é transferida pela seção


formada pelo pilar mais o concreto de enchimento e mais o
colarinho.

39
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
❑ Exemplo 3: dimensionamento de colarinho com superfície interna
adotada com chave de cisalhamento, e verificar punção da laje de
fundo considerando os seguintes dados:

Pilar 40x40cm; N= 74 tf; M= 28,0 tf.m; V= 18,0tf; γf = 1,4; fck= 25MPa; Laje do
fundo: h= 20cm e d= 15cm; Espessura da parede do colarinho: 20cm; Altura do
colarinho: 40cm; e armação laje do fundo 8mm/C-15cm (As=3,33cm²/m).

40
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
Solução:

1) Cálculo do comprimento de Embutimento – Lemb:

𝑀𝑑 1,4 ∙ 28,0
= = 0,94 → 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟
𝑁𝑑 ∙ ℎ 1,4 ∙ 74 ∙ 0,40
0,15 → 1,20 ∙ ℎ
0,94 → 𝑥 ∙ ℎ
2,00 → 1,60 ∙ ℎ

2,00 − 0,15 ℎ ∙ 1,60 − 1,20 0,40


= → 2,34 = → 2,34 ∙ 𝑥 − 2,81
0,94 − 0,15 ℎ ∙ 𝑥 − 1,20 𝑥 − 1,20

3,21
= 0,40 → 𝑥 = = 1,37
2,34
𝐿𝑒𝑚𝑏 = 𝑥 ∙ ℎ = 1,37 ∙ 40 = 54,8𝑐𝑚 → 𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 55𝑐𝑚

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
2) Cálculo das Forças Resultantes – Hsfd e Hspd:

✓ Cálculo do parâmetro a :

𝐿𝑒𝑚𝑏ൗ 55ൗ
𝑎= 3 = 3 = 9,17𝑐𝑚
2 2

✓ Definição da medida dc:

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Forças Resultantes – Hsfd e Nbd:

𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 + 𝑁𝑑 ∙ 0,5 ∙ 𝑑𝑐 1,4 ∙ 28,0 + 1,4 ∙ 18,0 ∙ 0,55 + 1,4 ∙ 74,0 ∙ 0,5 ∙ 0,75
𝐻𝑠𝑓𝑑 = =
2,60 ∙ 𝑑𝑐 2,60 ∙ 0,75
= 47,13𝑡𝑓

𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 − 𝑁𝑑 ∙ 0,4 ∙ 𝑑𝑐 1,4 ∙ 28,0 + 1,4 ∙ 18,0 ∙ 0,55 − 1,4 ∙ 74,0 ∙ 0,4 ∙ 0,75
𝐻𝑠𝑝𝑑 = =
0,63 ∙ 𝑑𝑐 0,63 ∙ 0,75
= 46,52𝑡𝑓

43
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
3) Cálculo das Armaduras:

✓ Cálculo do Tirante – As,vp:

Os esforços solicitantes de cálculo são:


𝑁𝑑 = 1,4 ∙ 74 = 103,60𝑡𝑓
𝑀𝑏𝑑 = 𝑀𝑑 + 𝑉𝑑 ∙ 𝐿𝑒𝑚𝑏 = 1,4 ∙ 28,0 + 1,4 ∙ 18,0 ∙ 0,55 = 53,06𝑡𝑓. 𝑚

O dimensionamento da armadura longitudinal principal do colarinho é feito


considerando uma seção vazada considerando flexão composta.
20 55 20
20
55

95
20

95
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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Cálculo do Tirante – As,vp (cont.):

O dimensionamento da armadura foi realizado com uso do programa


computacional (para fins educacionais) denominado P-Calc.

𝐴𝑑𝑜𝑡𝑎𝑑𝑜: 𝐴𝑠,𝑣𝑝 = 8𝑐𝑚2 → 2 estribos ϕ8,0𝑚𝑚/𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 (em laço)


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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Cálculo da Armadura de Costura – As,vs:

O cálculo da armadura vertical secundária deve ser feito como que para
consolo. Assim é necessário calcular a relação a/d para classificação e definição
do modelo de cálculo a ser considerado:

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Cálculo da Armadura de Costura – As,vs (cont.):

𝑎ൗ = 30,98 = 0,36 < 0,50 → 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜


𝑑 (95 − 10)

𝐴𝑠,𝑣𝑠 = 0,50 ∙ 𝐴𝑠,𝑣𝑝 = 0,50 ∙ 3,2 = 1,6𝑐𝑚²

✓ Cálculo da Armadura de Suspensão Horizontal – As,hp:

𝐻𝑠𝑓𝑑 47,13
𝐴𝑠,ℎ𝑝 = = = 5,42𝑐𝑚2
2 ∙ 𝑓𝑦𝑑 2 ∙ 5,0/1,15

✓ Cálculo da Armadura de Horizontal Secundária – As,hs:


𝐴𝑠,ℎ𝑠 = 0,15% ∙ 𝑏𝑤 ∙ ℎ = 0,0015 ∙ 20 ∙ 95 = 2,85𝑐𝑚²

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
4) Verificação da Punção na Laje de Fundo: sabendo as resultantes de
momento e força normal atuantes na laje de fundo, verifica-se as tensões na
superfícies críticas conforme NBR6118 (item 19.5ss).
𝐹𝑠𝑑 = 𝛼 ∙ 𝑁𝑏𝑑 = 0,2 ∙ 1,4 ∙ 74,0 = 20,72𝑡𝑓

✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C (𝜏𝑠𝑑 ≤


𝜏𝑅𝑑2 ): 𝑢 = 2 ∙ 𝑏 + ℎ = 2 ∙ 0,95 + 0,95 = 3,80𝑚

𝐹𝑠𝑑 20,72 𝑡𝑓
𝜏𝑠𝑑 = = = 36,35 ൗ
𝑢 ∙ 𝑑 3,80 ∙ 0,15 𝑚²

𝑓𝑐𝑘 25 2500
𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣 ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 ∙ 1 − ∙ 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 ∙ 1 − ∙ =
250 250 1,4

433,92 𝑡𝑓ൗ𝑚²

Como Sd < Rd2, não há problema de ruptura do concreto à compressão no


contorno C. 48
DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
✓ Verificação da tensão de compressão no concreto no perímetro C’, (𝜏𝑠𝑑 ≤
𝜏𝑅𝑑1 ):
𝑢 = 2 ∙ 0,95 + 0,95 + 4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑑 = 2 ∙ 0,95 + 0,95 + 4 ∙ 𝜋 ∙ 0,15 = 5,69𝑚

20,72 𝑡𝑓
𝜏𝑠𝑑 = = 24,27 ൗ (0,24𝑀𝑃𝑎)
5,69 ∙ 0,15 𝑚²

20 1ൗ
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ 1 + ∙ 100 ∙ 𝜌 ∙ 𝑓𝑐𝑘 3
𝑑
𝑐𝑚²
𝐴𝑠 = 𝐴𝑠𝑥 ∙ 𝐴𝑠𝑦 = 3,33 ∙ 3,33 = 3,33
𝑚
1ൗ
20 3,33 3
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ 1 + ∙ 100 ∙ ∙ 25 = 0,45𝑀𝑃𝑎
15 100 ∙ 20

Como Sd < Rd1, não há problema de punção no contorno C’ e não será
necessário utilização de armadura de punção.
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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017
4) Exemplo de Detalhamento:

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DIMENSIONAMENTO DE COLARINHO
SEGUNDO A NBR9062:2017

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro; 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062: Projeto e execução
de estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro; 2017.
EL DEBS, MK. Concreto pré-moldado: fundamentos e aplicações. 2ª Edição. São Paulo.
Oficina de Textos; 2017.
MACHADO CP. Consolos curtos e muito curtos de concreto armado. 308f. Tese
(Doutorado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI – USP). São Paulo;
1998.
MELO, CEE [Munte Construções Industrializadas]. Manual Munte de Projetos de Pré-
fabricados de Concreto. 2ª Edição. São Paulo. PINI; 2007.
TREJOR. Disponível em: <http://www.trejor.com.br>. Acessado em 20 de março de
2019.

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