Você está na página 1de 25

Aula 03

BLOCOS DE COROAMENTO

✓ Blocos sobre Estacas

✓ Tubulões
✓ Estacas – Dimensionamento
✓ Estacas – Carregamento Transversal
✓ Contenções

Profº M.Sc. Carlos Roberto Santini


BLOCOS RÍGIDOS

Trabalham como elementos de rigidez infinita – não se deformam sob


ação das cargas verticais dos pilares – transferem cargas iguais às
estacas equidistantes do pilar

BLOCOS FLEXÍVEIS

Trabalham como elementos de menor rigidez – se deformam sob


ação das cargas verticais dos pilares – transferem cargas desiguais às
estacas – as estacas mais próximas do pilar recebem cargas maiores
BLOCOS RÍGIDOS

Amplamente difundido no meio técnico que blocos rígidos com até 6


estacas – devem ser dimensionados através do método de bielas e
tirantes
Com mais de 6 estacas – podem ser dimensionados conforme
Apêndice 4 do Information Bulletin 73 CEB – 70 (mais comum)

BLOCOS FLEXÍVEIS

Independente do nº de estacas devem ser dimensionados como laje


respeitando-se os limites normativos para sua resistência ao
cisalhamento.
BIELAS E TIRANTES

Métodos Atuais

✓Método A (FUSCO - 1994)

✓Método B (FUSCO - 1994)

✓MBT IBRACON (2015)


𝑴É𝑻𝑶𝑫𝑶𝑺 𝑨 𝒆 𝑩
𝑻É𝑪𝑵𝑰𝑪𝑨𝑺 𝑫𝑬 𝑨𝑹𝑴𝑨𝑹 − 𝑭𝑼𝑺𝑪𝑶 𝟏𝟗𝟗𝟒
𝑯𝒊𝒑ó𝒕𝒆𝒔𝒆𝒔 𝑩á𝒔𝒊𝒄𝒂𝒔:
➢ Blocos devem ser rígidos

➢ altura suficiente para transmissão da carga por bielas comprimidas

➢ bielas com inclinação não inferior ao ângulo arctg 1/2

➢ por segurança, estaca mais afastada, inclinação arctg2/3

➢ bielas mais abatidas, inclinação na faixa entre


arc tan 2Τ3 e arc tan 1
𝑀É𝑇𝑂𝐷𝑂𝑆 𝐴 𝑒 𝐵
𝑇É𝐶𝑁𝐼𝐶𝐴𝑆 𝐷𝐸 𝐴𝑅𝑀𝐴𝑅 − 𝐹𝑈𝑆𝐶𝑂 1994

𝑀𝐸𝑇𝑂𝐷𝑂𝐿𝑂𝐺𝐼𝐴 𝐶𝑂𝑁𝑆𝐼𝑆𝑇𝐸:

1. 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜


𝑑𝑖𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 "𝑥“ 𝑑𝑜 𝑡𝑜𝑝𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜;

2. 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑧𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎𝑠;

3. 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑎𝑟𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒𝑠 i𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠


𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑠;
FUSCO(1994)
Espraiamento da Carga Vertical
𝑀𝑜𝑑𝑒𝑙𝑜 𝐶𝑙á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑜 (𝐵𝑙è𝑣𝑜𝑡 & 𝐹𝑟é𝑚𝑦)

𝑁𝑑
𝜎𝑐1 =
𝐴𝑝 ∙ 𝑠𝑖𝑛2 𝜃0

𝑁𝑑
𝜎𝑐2 =
2 ∙ 𝐴𝑒 ∙ 𝑠𝑖𝑛2 𝜃0
A NBR - 2014, 22.3.2 definiu parâmetros de resistência de cálculo
das bielas e regiões nodais.

𝑓𝑐𝑑1 = 0,85 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠 𝑜𝑢 𝑛ó𝑠 𝐶𝐶𝐶

𝑓𝑐𝑑2 = 0,60 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 para bielas com mais de 01 tirante ou nós CTT/TTT para

𝑓𝑐𝑑3 = 0,72 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑 bielas atravessadas por um único tirante ou nós CCT

𝑓𝑐𝑘
onde: 𝛼𝑣2 = 1 −
250
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑓𝑐𝑘 𝑒𝑚 𝑀𝑃𝑎
Nó 𝑪𝑪𝑻 ∶ NBR 6118/2014 (2 estacas)

σc2 ≤ fcd3

fcd3 = 0,72 ∙ αv2 ∙ fcd

fck
onde: αv2 = 1 −
250

𝑵ó 𝑪𝑻𝑻: 𝑵𝑩𝑹 𝟔𝟏𝟏𝟖/𝟐𝟎𝟏𝟒 (mais de 2 estacas)

𝜎𝑐2 ≤ 𝑓𝑐𝑑2

𝑓𝑐𝑑2 = 0,60 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑


Limites de outras Normas
MÉTODO A: 𝝈𝒂𝒎𝒑𝒍 ≤ 𝟎, 𝟐𝟎 ∙ 𝒇𝒄𝒅
MÉTODO A: 𝝈𝒂𝒎𝒑𝒍 ≤ 𝟎, 𝟐𝟎 ∙ 𝒇𝒄𝒅
𝑴é𝒕𝒐𝒅𝒐 𝑨
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐴

a profundidade x é limitada por:

𝑥
𝑙𝑖𝑚 ≤ 0,50
𝑏
MÉTODO B: 𝝈𝒂𝒎𝒑𝒍 = 𝟎, 𝟐𝟎 ∙ 𝒇𝒄𝒅
MÉTODO B: 𝝈𝒂𝒎𝒑𝒍 = 𝟎, 𝟐𝟎 ∙ 𝒇𝒄𝒅
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐵

a profundidade x é limitada por:

𝑥
𝑙𝑖𝑚 ≤ 0,50
𝑏
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑀𝐵𝑇
caracterizado por:
1. A profundidade “y” é tal que:
𝑝
𝜎𝑙𝑖𝑚,𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎 = 𝑓𝑐𝑑1 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑓𝑐𝑑1 = 0,85 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑
2. Ângulo de espraiamento de tensões sob o pilar:
𝜃1 = 45°
3. Apenas para o bloco de 2 estacas, o espraiamento ocorre só na direção longitudinal

𝐹𝑒𝑞 𝑎
𝐴𝑠 = 𝛾𝑛 ∙ 𝛾𝑓 ∙ ∙
𝑓𝑦𝑑 𝑧𝑎𝑟𝑚

𝑥
𝑙𝑖𝑚 ≤ 0,50
𝑏
Bibliografia
ABNT NBR 6122:2019, Projeto e Execução de Fundações, 3ª ed,
30.09.2019, 108 p., Rio de Janeiro – RJ.

ABNT NBR 6118:2014, Projeto de Estruturas de Concreto –


Procedimento, v. corrigida, 07.08.2014, 238 p.,Rio de Janeiro – RJ.

FUSCO, P. B., Técnicas de armar as estruturas de concreto, São Paulo,


ed. Pini, 1995.

TQS INFORMÁTICA, docs.tqs.com.br

Você também pode gostar