Você está na página 1de 42

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Aderência e Ancoragem:
• Aderência das Barras de Aço
• Ancoragem das Barras de Aço
• Cálculo do Comprimento de Ancoragem
• Resistência de aderência – Exemplo 01
• Comprimento de ancoragem básico – Exemplo 02
• Comprimento de ancoragem necessário
• Comportamento da Barras sujeitas à Tração Axial

Prof. Dra. Mariella Falcão Santos


ADERÊNCIA DAS BARRAS DE AÇO
Aderência
Condição necessária para a existência do CA.
• Garante o trabalho conjunto dos dois materiais 𝜀𝑐 = 𝜀𝑠 .
• Funciona como uma tensão cisalhante que surge na região próxima ao concreto que
envolve a barra de aço.

A aderência pode ser realizada através:


• Por adesão
• Por atrito
• Mecânica
Aderência
Aderência por Adesão
• Aparece por atuação de forças capilares entre a
pasta e o aço.
• É a resistência a separação dos dois materiais.

Aderência por Atrito


• Ocorre para forças de atrito entre as superfícies.
• É função da rugosidade superficial da barra e da pressão transversal exercida pelo
concreto.
Aderência
Aderência mecânica
• A existência dessa parcela esta condicionada ao uso de algum tratamento superficial
na armadura produzindo obstáculos mecânicos.
ANCORAGEM DAS BARRAS DE AÇO
Ancoragem
O conceito de ancoragem de uma barra de aço no concreto, está ligado a ideia de utilizar
qualquer dispositivo capaz de possibilitar que a peça de aço seja levada à sua tensão limite
sem escorregar.
Segundo a NBR 6118:2014:
(item 9.4.1)

Aderência ou Dispositivos mecânicos


Ancoragem por aderência
NBR 6118:2014 (item 9.4.2):
• Reta

• Gancho
Ancoragem por aderência
NBR 6118:2014 (item 9.4.2):
• Chapa • Cantoneira

• Laço • Solda

A forma mais usual utilizada para produzir a ancoragem das barras é o uso dos chamados
comprimentos de ancoragem por aderências.
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ANCORAGEM
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Dispositivo de ancoragem reto
𝜙
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝜎𝑠 × 𝐴𝑠 𝐹𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝜏𝑢 × 𝐴𝑠𝑢𝑝
𝑙𝑏

Tensão limite → 𝜎𝑠 = 𝑓𝑦𝑑 → Tensão de escoamento de projeto 𝐹𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑓𝑦𝑑 × 𝐴𝑠


𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 × 𝐴𝑠 = 𝜏𝑢 × 𝐴𝑠𝑢𝑝 𝑓𝑦𝑑 =
𝛾𝑠
𝜋𝜙 2 𝜙 𝑓𝑦𝑑
𝑓𝑦𝑑 = 𝜏𝑢 × 𝜋𝜙 × 𝑙𝑏 → 𝑙𝑏 = ×
4 4 𝜏𝑢

𝜏𝑢 → tensão de aderência última que será designado por𝑓𝑏𝑑 e é obtido por critério de
normas de projeto .
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração

𝜙 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = ×
4 𝑓𝑏𝑑

𝑙𝑏 : comprimento de básico de ancoragem reta


𝜙: diâmetro da barra
𝑓𝑦𝑑 : tensão de escoamento de cálculo
𝑓𝑏𝑑 : tensão de aderência de cálculo

𝑓𝑏𝑑 → depende da qualidade do concreto (resistência), da conformação superficial da


barra, da situação da barra com relação as zonas de ancoragem
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Posição da barra durante a concretagem: (item 9.3.1)
• Boa aderência

I – Boa Aderência
II – Má Aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Posição da barra durante a concretagem: (item 9.3.1)
• Boa aderência

I – Boa Aderência
II – Má Aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Posição da barra durante a concretagem: (item 9.3.1)
• Boa aderência

I – Boa Aderência
II – Má Aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Posição da barra durante a concretagem: (item 9.3.1)
• Boa aderência

• Má aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Valores das resistências de aderência: (item 9.3.2)
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Posição da barra durante a concretagem: (item 9.3.1)
• Boa aderência

• Má aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência: NBR 6118:2014 (item 9.3)
Valores das resistências de aderência: (item 9.3.2)
RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA – EXEMPLO 01
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝜂3 = 1.0
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝜂3 = 1.0

2
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 0.7𝑓𝑐𝑡,𝑚 0.7 × 0.3𝑓𝑐𝑘 3 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = =
𝛾𝑐 𝛾𝑐 𝛾𝑐 𝛾𝑐 = 1.4
2
0.7 × 0.3 × 25 3
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 1.28 𝑀𝑃𝑎
1.4
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
Boa Aderência – 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎: 𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝑓𝑏𝑑 = 2.25 × 1.0 × 1.0 × 1.28 = 2.88 𝑀𝑃𝑎 𝜂3 = 1.0

𝑓𝑐𝑡𝑑 = 1.28 𝑀𝑃𝑎


Má Aderência – 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎:
𝑓𝑏𝑑 = 2.25 × 0.7 × 1.0 × 1.28 = 2.02 𝑀𝑃𝑎
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝜂3 = 1.0
2
0.7 × 0.3𝑓𝑐𝑘 3
𝑓𝑐𝑡𝑑 =
𝛾𝑐
Boa Aderência 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎
Má Aderência
𝛾𝑐 = 1.4
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝜂3 = 1.0
2
0.7 × 0.3𝑓𝑐𝑘 3
𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑐𝑡𝑑 =
𝛾𝑐
𝛾𝑐 = 1.4
2
0.7 × 0.3 × 35 3
𝑓𝑐𝑡𝑑 = = 1.60 𝑀𝑃𝑎
1.4
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?
𝜂1 = 2.25
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑
Boa Aderência Má Aderência
Boa Aderência – 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎: 𝜂2 = 1.0 𝜂2 = 0.7
𝑓𝑏𝑑 = 2.25 × 1.0 × 1.0 × 1.60 = 3.60 𝑀𝑃𝑎 𝜂3 = 1.0

𝑓𝑐𝑡𝑑 = 1.60 𝑀𝑃𝑎


Má Aderência – 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎:
𝑓𝑏𝑑 = 2.25 × 0.7 × 1.0 × 1.60 = 2.52 𝑀𝑃𝑎
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Verificação da aderência NBR 6118:2014 (item 9.3.2.1)
Exemplo 01: Qual a resistência de aderência de uma barra de CA-50 em uma peça de
concreto com 𝑓𝑐𝑘 = 25 𝑀𝑃𝑎, para diâmetros inferiores a 32mm? E com 𝑓𝑐𝑘 = 35 𝑀𝑃𝑎?

𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 𝜂2 𝜂3 𝑓𝑐𝑡𝑑

𝒇𝒄𝒌 25 MPa 35 MPa

Boa Aderência 2.88 MPa 3.60 MPa

Má Aderência 2.02 MPa 2.52 MPa


COMPRIMENTO DE ANCORAGEM BÁSICO
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem básico: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.4)
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM BÁSICO – EXEMPLO 02
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem básico: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.4)
Exemplo 02: Qual o comprimento de ancoragem básico das situações do exemplo 01?

𝒇𝒄𝒌 25 MPa 35 MPa

Boa Aderência 2.88 MPa 3.60 MPa

Má Aderência 2.02 MPa 2.52 MPa

𝑓𝑦𝑘 500
𝜙 𝑓𝑦𝑑 𝜙 435 𝑓𝑦𝑑 = = = 435 𝑀𝑃𝑎
𝑙𝑏 = × = × = 37.8 𝜙 = 38 𝜙 Boa Aderência 𝛾𝑠 1.15
4 𝑓𝑏𝑑 4 2.88

𝜙 𝑓𝑦𝑑 𝜙 435
𝑙𝑏 = × = × = 53.8 𝜙 = 54 𝜙
4 𝑓𝑏𝑑 4 2.02
Má Aderência
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem básico: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.4)
Exemplo 02: Qual o comprimento de ancoragem básico das situações do exemplo 01?

𝒇𝒄𝒌 25 MPa 35 MPa

Boa Aderência 2.88 MPa 3.60 MPa

Má Aderência 2.02 MPa 2.52 MPa

𝜙 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = ×
4 𝑓𝑏𝑑
Boa Aderência 𝑓𝑦𝑘 500
Má Aderência 𝑓𝑦𝑑 = = = 435 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑠 1.15
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem básico: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.4)
Exemplo 02: Qual o comprimento de ancoragem básico das situações do exemplo 01?

𝒇𝒄𝒌 25 MPa 35 MPa

Boa Aderência 2.88 MPa 3.60 MPa

Má Aderência 2.02 MPa 2.52 MPa

𝜙 𝑓𝑦𝑑 𝜙 435
𝑙𝑏 = × = × = 30.2 𝜙 = 31 𝜙 Boa Aderência
4 𝑓𝑏𝑑 4 3.60

𝜙 𝑓𝑦𝑑 𝜙 435
𝑙𝑏 = × = × = 43.2 𝜙 = 44 𝜙 Má Aderência
4 𝑓𝑏𝑑 4 2.52
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem básico: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.4)

𝒇𝒄𝒌 Boa Aderência Má Aderência

20 Mpa 44 𝜙 63 𝜙

25 Mpa 38 𝜙 54 𝜙

30 Mpa 33 𝜙 48 𝜙

35 Mpa 31 𝜙 44 𝜙

40 MPa 28 𝜙 40 𝜙
COMPRIMENTO DE ANCORAGEM NECESSÁRIO
Cálculo do comprimento de ancoragem reta à tração
Zonas de Ancoragem
Comprimento de ancoragem necessário: NBR 6118:2014 (item 9.4.2.5)
COMPORTAMENTO DA BARRAS SUJEITAS À TRAÇÃO AXIAL
Comportamento da Barras sujeitas à Tração Axial
Observe a barra de CA sujeita a uma força P aplicada na sua extremidade:

P P

P P

Estádio I – Concreto sem fissuras


𝜎𝑐𝑡 ≤ 𝑓𝑐𝑡 : Resistência à tração

Estádio II – Concreto fissurado


𝜎𝑐𝑡 > 𝑓𝑐𝑡 : Resistência à tração
Comportamento da Barras sujeitas à Tração Axial
No trecho entre os comprimentos de transferência de carga, 𝑙𝑒 , no Estádio I, as tensões 𝜎𝑠𝐼 e
𝜎𝑐𝐼 são obtidos através de duas equações:
• 1ª equação: Equilíbrio de Forças → 𝑃 = 𝐹𝑠 + 𝐹𝑐
𝐹𝑠 = 𝜎𝑠𝐼 × 𝐴𝑠 𝐹𝑐 = 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑐𝑛 𝐴𝑐𝑛 : área líquida do concreto (𝐴𝑡 − 𝐴𝑠 )

• 2ª equação: Compatibilidade de Deformações → 𝜀𝑠 = 𝜀𝑐


𝜎𝑠𝐼 𝜎𝑐𝐼 𝜎𝑠𝐼 𝜎𝑐𝐼 𝐸𝑠
𝜀𝑠 = 𝜀𝑐 = = ∴ 𝜎𝑠𝐼 = × 𝜎𝑐𝐼
𝐸𝑠 𝐸𝑐 𝐸𝑠 𝐸𝑐 𝐸𝑐
𝐸𝑠
𝜎𝑠𝐼 = 𝑛 × 𝜎𝑐𝐼 onde: 𝑛 =
𝐸𝑐
Substituindo o valor da 𝜎𝑠𝐼 na equação de Equilíbrio das Forças:
𝑃 = 𝐹𝑠 + 𝐹𝑐 = 𝜎𝑠𝐼 × 𝐴𝑠 + 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑐𝑛 = 𝑛 × 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑠 + 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑐𝑛 = 𝜎𝑐𝐼 × (𝑛 × 𝐴𝑠 + 𝐴𝑐𝑛 )

𝑃 𝐴𝑛 : área homogeneizada
𝑃 = 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑛 → 𝜎𝑐𝐼 =
𝐴𝑛
Comportamento da Barras sujeitas à Tração Axial

• Ao atingir o limite de resistência à tração


P
do concreto, este fissura. P

• A tensão no concreto se anula


transferindo-se o esforço para o aço.

• O valor do comprimento de transferência


de força, 𝑙𝑒 , é obtido pelo equilíbrio de
forças nesse trecho.
• Sabendo que a força transferida ao
concreto é igual a força de aderência 𝐹𝑐 = 𝐹𝑎𝑑𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝜏𝑢 × 𝐴𝑠𝑢𝑝
desenvolvido no trecho de comprimento 𝑙𝑒 . 𝐹𝑐 = 𝜏𝑢 × 𝑙𝑒 × 𝜋𝜙 𝐴𝑠𝑢𝑝 = 𝑙𝑒 × 𝜋𝜙
𝐹𝑐 𝜎𝑐𝐼 × 𝐴𝑐𝑛
𝑙𝑒 = → 𝑙𝑒 =
𝜏𝑢 × 𝜋𝜙 𝜏𝑢 × 𝜋𝜙

Você também pode gostar