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Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................. 1
2. Verificação de Tensões em Flexão Simples ........................................................................... 1
a) Tensões normais de flexão nos bordos mais comprimidos e mais tracionado da seção . 2
b) Tensão de compressão normal à fibra, no ponto de atuação da reação de apoio ou de
cargas concentradas:................................................................................................................. 3
c) Tensão de cisalhamento paralelo às fibras ....................................................................... 3
3. Recomendações da NBR7190 quanto à flambagem lateral de vigas de seção retangular ... 5
4. Flexão Oblíqua ....................................................................................................................... 5
5. Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 5
1. Introdução
No Brasil as vigas de madeira maciça são as que têm maior utilização na prática.
Em geral, o produto é disponível em forma de madeira serrada, em dimensões
padronizadas e comprimentos limitados a cerca de 5 m. As vigas de madeira lavrada
podem ser obtidas, nas regiões madeireiras, com seções transversais e comprimentos
especiais, em geral superiores às dimensões usuais das madeiras serradas.
O vão teórico 𝑙 de vigas simplesmente apoiadas sobre dois apoios (Figura 2-1) é
dado pelo menor valor entre:
𝑙0
𝑙 ≤{ 𝑙 +ℎ ′ (1)
𝑙 ′ + 10 𝑐𝑚
sendo 𝑙0 a distância entre os centros dos apoios, 𝑙′ é o vão livre e ℎ é a altura da viga. Nos
tramos intermediários de vigas contínuas, o vão teórico é tomado igual a distância 𝑙0 entre
os centros dos apoios. Nos tramos extremos, o vão teórico é tomado igual ao vão livre
acrescido da semi-altura (ℎ/2) da viga e da semilargura do apoio intermediário.
As vigas de seção circular têm módulo resistente à flexão 𝑊 aproximadamente
igual ao de vigas quadradas de área equivalente, podendo ser dimensionadas como tal.
Figura 2-1: Vão teórico de viga simples e contínua. (Pfeil e Pfeil, 2003)
sendo
• 𝑀𝑑 – Momento fletor solicitante de projeto.
• 𝑊𝑡 , 𝑊𝑐 – Módulo de resistência à flexão referidos aos bordos tracionado e
comprimido da seção, respectivamente.
• 𝑊 = 𝐼/𝑦, em que 𝐼 é o momento de inércia da seção e 𝑦 é a distância entre o
centro de gravidade e o bordo da seção.
• 𝑓𝑡𝑑 , 𝑓𝑐𝑑 – tensões resistentes de projeto à tração e à compressão paralelas às fibras.
Para seção retangular, de base 𝑏 e altura ℎ, obtemos as Eqs. (2) e (3) nos seguintes
formatos:
6. 𝑀𝑑 (4)
𝜎𝑡𝑑 = ≤ 𝑓𝑡𝑑
𝑏. ℎ2
6. 𝑀𝑑 (5)
𝜎𝑐𝑑 = ≤ 𝑓𝑐𝑑
𝑏. ℎ2
Entretanto, para a maioria das madeiras, a Eq. (5) será determinante, já que, em
geral e de acordo com a NBR7190 tem-se 𝑓𝑡𝑘 ≥ 1,3. 𝑓𝑐𝑘 .
b) Tensão de compressão normal à fibra, no ponto de atuação da reação de
apoio ou de cargas concentradas:
𝑅𝑑 (6)
𝜎𝑐𝑛𝑑 = ≤ 𝑓𝑐𝑛𝑑 = 0,25. 𝑓𝑐𝑑 . 𝛼𝑛
𝑏. 𝑐
As cargas situadas sobre a viga, próximo aos apoios, são transferidas para estes
por cisalhamento e por compressão inclinada. Para levar em conta este fato, as normas
admitem uma redução do esforço cortante, para cargas situadas nas proximidades dos
apoios, considerando que uma parte da carga se transmite diretamente ao apoio por
compressão inclinada. Para vigas de altura ℎ o cálculo do esforço cortante 𝑉 junto aos
apoios devido a cargas concentradas posicionadas a uma distância 𝑎 menor que 2. ℎ pode
ser feito com (Figura 2-2):
𝑉. 𝑎 (10)
𝑉𝑟𝑒𝑑 =
2. ℎ
Figura 2-2: Posicionamento das cargas para cálculo do esforço cortante no apoio de
uma viga simplesmente apoiada. (Pfeil e Pfeil, 2003)
ℎ 3/2
1 ( ) 𝛽𝐸
𝛽𝑀 = 𝑏 (13)
0,25𝜋 ℎ 1,4
√ − 0,63
𝑏
Admite-se 𝛽𝐸 = 4,0.
Para os casos em que a condição não for atendida, é dispensada a verificação de
tensões de flexão com flambagem lateral desde que
𝐸𝑐𝑒𝑓
𝜎𝑑 ≤ (14)
𝑙
( 1 ) . 𝛽𝑀
𝑏
4. Flexão Oblíqua
A verificação da resistência é feita com a mais desfavorável das expressões:
𝜎𝑥𝑑 𝜎𝑦𝑑
+ 𝑘𝑀 . ≤1 (15)
𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑐𝑑
𝜎𝑥𝑑 𝜎𝑦𝑑
𝑘𝑀 . + ≤1 (16)
𝑓𝑐𝑑 𝑓𝑐𝑑
com 𝑘𝑀 = 0,5 para seções retangulares e𝑘𝑀 = 1,0 para as demais.
5. Referências Bibliográficas
PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de Madeira. 6. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2003.