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Faculdade de engenharias,

Arquitectura e Planeamento Físico

ESTRUTURAS
METÁLICAS E
DE MADEIRA
Eng.°Msc.: Valdemar Fulano
Peças tracionadas

Peças comprimidas
Peças tracionadas
 denominam-se peças tracionadas as peças
sujeitas a solicitações de tração axial ou tração
simples;
 Tração axial
 Tração simples
As peças tracionadas podem ser constituídas por barras
de secção simples ou composta assim como alguns perfis
laminados.
Peças tracionadas

 Nas peças tracionadas com furos as tensões em regime


elástico não são uniformes. Verificando-se tensões mais
elevadas nas proximidades dos furos.

- No estado limite graças a ductilidade do aço, as tensões


actuam de maneira uniforme em toda secção da peça.
esforços normais resistentes

 A resistência de uma peça sujeita à tração axial pode ser


determinada por:

a) Ruptura da secção dos furos;

b) Escoamento generalizado da barra ao longo do seu


comprimento.
Peças em geral, com furos

 Nas peças com furos, a resistência de projeto é dada pelo menor dos
seguintes valores :
i) Ruptura da secção com furos, de área An (área Liquida)

An,ef.: área liquida efectiva


fu: Tensões resistentes a tração do aço;
ɣg=1,50 para esforço normal solicitante decorrente de combinação normal de ações
ii) Escoamento da secção bruta, de área Ag

ɣg= 1,50 para esforço normal solicitante decorrente de combinação normal


Fy : tensão de escoamento do aço.
Peças com extremidades rosqueadas
 Com os tipos de rosca usados na industria, a relação entre a área efectiva
à tração na rosca (An,ef) e a area bruta (Ag), varia dentro de uma faixa
limitada (0,73 à 0,80).
 É possível calcular a resistência das barras tracionadas em função da área
bruta (Ag), com um coeficiente médio, nessas condições a resistência de
projecto de barras rosqueadas pode ser obtida pela expressão:
Diâmetros dos furos de conectores
 Quando as seções recebem furos para permitir ligações com conectores, a
seção da peça é enfraquecida pelos furos. Os tipos de furos adotados em
construções metálicas são realizados por puncionamento ou por broqueamento.

 O processo mais econômico e usual consiste em puncionar um furo com


diâmetro 1 ,5 mm superior ao diâmetro do conector.
 Essa operação danifica o material junto ao furo, o que se compensa, no cálculo,
com uma redução de 1 mm ao longo do perímetro do furo.
 No caso de furos-padrão, o diâmetro total a reduzir é igual ao diâmetro nominal
do conector (d) acrescido de 3,5 mm.
 sendo 2 mm correspondentes ao dano por puncionamento e 1,5 mm à folga do
furo em relação ao diâmetro do conector.
Área da secção transversal liquida
de peças tracionadas com furos
(An) área liquida : é obtida subtraindo-se da área bruta (Ag) as áreas
dos furos contidos em uma secção reta da peça.
 A área liquida An de barras com furos pode ser representada pela
equação:

 Adoptando o menor valor obtido nos diversos percursos.


 No caso de fissurarão enviesada (zigue-zague), é necessario pesquisar
diversos percursos (1-1-1, 1-2-2-1) para encontrar o menor valor da secção
liquida, uma vez que a peça pode romper segundo qualquer um desses
percursos.

 Os segmentos enviesados são calculados com um comprimento reduzido,


dado pela expressão:

 S e g são respetivamente os espaços horizontais e verticais entre dois furos.


 Peças COMPRIMIDAS
FLAMBAGEM
 Dada uma peça esbelta, quando sujeita a uma força de compressão (P),
ela pode se deformar em relação ao seu eixo à medida que aumentamos
o valor de (P)

 Para (P) menor, evidentimente o equilíbrio é estável. Mas a medida que


aumentamos (P), chegamos a um valor limite para o qual passamos do
equilíbrio estável para o equilíbrio instável. A este valor de (P) denomina-se
carga critica (Pcrit)
 Como evidenciado, a flambagem ocorre em peças comprimidas, como
é o caso de pilares e barras de treliças.
 no dimensionamento destas estruturas, preocupanos
evitar que as mesmas atinjam o colapso, seja pela
resistência do material (tensões ) ou por instabilidade
ou flambagem da mesma.

 Para esta verificação, precisamos determinar o valor


da carga crítica (Pcrit)
 Baseado
em estudo de deformação e empregando a
equação diferencial da linha elástica:

ⅆ2 𝑦
 ⋅ 𝐸𝐼 = 𝑀 𝑥
ⅆ𝑥 2

 Euler estudou uma coluna teórica, bi-articulada,


sujeita a uma carga (P), aplicada no centro de
gravidade em função do seu comprimento (l).
A esta passagem brusca de configuração de
equilibrio estável a instável Eῡler, denominou de
flambagem e definiu o valor da carga critica
(Pcrit), como sendo:
2
𝜋 𝐸⋅𝐼
 ℙ𝐶 𝑟𝑖 𝑡 = 2
𝑙𝑒
O fenómeno de flambagem está relacionado
com a esbeltêz da peça. Quanto maior for a sua
esbeltêz maior será o efeito de flambagem.

 esta esbeltêz é definida como sendo a relação


entre o comprimento efectivo (l e) e o raio de
giração (i).
Comprimento efectivo
 Como sabemos, Eῡler estudou uma barra bi-articulada. No
entanto, está teoria vem sendo implementada nas demais barras
que se apresentam na práctica. Que nem sempre são bi-
articuladas.

 Portanto, define-se um comprimento para essas barras de forma


que as tornem compatíveis com a bi-articulada estudada por
Eῡler.

 Assim torna-se sua teoria particular, aplicável a qualquer tipo de


barra. A este comprimento efectivo, denomona-se Comprimento
de flambagem (le).
Indice de embeltêz
O indice de embeltêz (lâmbda-λ) pode ser
entendido como sendo um indicador do nível de
flambagem que uma barra comprimida está
sujeita.
𝑙ⅇ
 𝜆=
𝑖

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