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Resistência dos Materiais

Professor: Denner Wolfgram


Aula 11
Resistência dos Materiais

Planejamento da aula.

 Revisão de conteúdos – Seção 4.1


 Estudo de deformação torção
Resistência dos Materiais

Deformação em eixos circulares e ângulo de torção no regime


elástico
Estudaremos as deformações causadas pelo carregamento de torção.

Para estes casos aplicamos um torque e vale a regra da mão direita.


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DEFORMAÇÃO DE EIXO CIRCULAR POR TORÇÃO
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DEFORMAÇÃO DE EIXO CIRCULAR POR TORÇÃO

Para melhor entendimento das deformações em eixos


circulares, vejamos um eixo com uma das
extremidades fixa e a outra livre.

Na qual ocorrerá o esforço de torção, conforme mostra


a Figura. podemos observa-se que o torque T
proporciona uma rotação, com isso, descola-se o
ponto A para o ponto A’, formando, assim, na seção
transversal, um ângulo φ denominado de ângulo de
torção.

Podemos perceber que há uma proporcionalidade entre o ângulo de torção e o comprimento da


barra, consequentemente teremos uma relação entre o torque e essas duas grandezas.
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DEFORMAÇÃO DE EIXO CIRCULAR POR TORÇÃO

As relações entre o torque, o ângulo de


torção e o comprimento da barra serão
utilizadas na análise da deformação de
cisalhamento, para isso, verificaremos
a deformação de cisalhamento para uma
barra circular de comprimento L e raio c,
submetida a um torque, proporcionando
um ângulo de torção φ , conforme
apresentado na Figura 4.13a.
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DEFORMAÇÃO DE EIXO CIRCULAR POR TORÇÃO
Para se obter a deformação máxima, basta utilizar a equação anterior com o raio até a superfície da
barra (c)

"A deformação de cisalhamento em uma barra


circular varia linearmente com a distância do eixo
da barra” (BEER et al., 2015, p. 142). Temos que a
variação é inversamente proporcional.

Também podemos correlacionar a deformação de cisalhamento com a deformação de


cisalhamento máxima:
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Ângulo de torção no regime elástico

Consideraremos que a barra encontra-se dentro do regime elástico, ou seja, nenhum ponto
da barra excede a tensão de escoamento. Com isso, podemos utilizar a Lei de Hooke
Temos:

Com esta forma é possível realizar um ensaio de


torção para identificar o valor da constante G do
material:

Quando o corpo é submetido a mais de um torque:


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EIXOS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS
Existem casos em que não é possível determinar o torque em um eixo apenas com as equações de condição de
equilíbrio estático.
Esses casos são conhecidos por eixos estaticamente indeterminados.

Para resolver esse problema, temos de aplicar uma condição de compatibilidade ou condição
cinemática.
Portanto, deve-se determinar que o ângulo de torção de uma das extremidades da barra seja igual
a zero em relação à outra, uma vez que os apoios são fixos, assim:

Para essa equação, consideramos que o momento polar de inércia (J )


e o módulo de elasticidade transversal (G) são constantes.
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EIXOS ESTATICAMENTE INDETERMINADOS
EXEMPLO
A Figura 4.17 apresenta um eixo circular fixo nas duas extremidades. Sabe-se que o comprimento
do eixo é de 240mm , sendo que o eixo é maciço com diâmetro de 20mm do ponto A até o meio, e
do meio para
o ponto B o eixo é vazado, com diâmetro interno de 16mm . Determine o torque em cada apoio
devido ao esforço de torção no meio do eixo, conforme Figura 4.17.

Por apresentar duas incógnitas, temos uma condição estaticamente indeterminada.


Dessa forma, devemos admitir uma condição de compatibilidade, onde temos:
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ESTUDO DE TORÇÃO NO REGIME ELÁSTICO
O coordenador do projeto lhe apresentou o desenho esquemático do sistema de transmissão do veículo,
conforme mostra a Figura 4.1, O ponto B fica localizado no motor e o ponto A transmite esse torque
ao eixo das rodas traseiras do veículo, a distância entre esses dois pontos é de 2,50m.. G = 80GPa
Sabendo que o ângulo de torção limite é de 0,10rad
Na situação-problema desta seção, temos de analisar o
ângulo
de torção para os dois tubos: para o tubo existente e para
o tubo proposto na seção anterior. Assim, temos as
seguintes informações para cada tubo:
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ESTUDO DE TORÇÃO NO REGIME ELÁSTICO

Vamos agora calcular o ângulo de torção para o tubo proposto na seção anterior:

Assim, não podemos utilizar esse tubo.


Vamos, então, dimensionar um tubo para o ângulo de torção limite.
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ESTUDO DE TORÇÃO NO REGIME ELÁSTICO
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ESTUDO DE TORÇÃO NO REGIME ELÁSTICO
L = 30m, G = 80GPa diâmetro externo é igual a 250mm
T = 12 ×103Nm espessura do tubo é de 10mm
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BOA NOITE!!

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