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Descrição
Dimensionamento de estruturas em concreto armado: conhecimento das
regiões de colapso, ou seja, os estádios, bem como dos domínios de
deformação dos elementos
componentes do sistema para a obtenção de um bom dimensionamento das armaduras das peças
estruturais.
Propósito
As construções, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte,
demandam cálculos estruturais específicos para o dimensionamento dos
elementos estruturais em
concreto armado que devem ser realizados por engenheiros estruturais; portanto, faz-se necessário o
conhecimento dos
estádios e dos domínios de deformação, bem como a compreensão das equações e das
tabelas utilizadas com o objetivo de dimensionamento dos
elementos.
Preparação
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
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Introdução
Bem-vindo aos estudos de dimensionamento de
estruturas de concreto armado à flexão.
video_library
Os estádios das estruturas em concreto armado
Processo de colapso: estádios
Para o correto dimensionamento dos elementos
estruturais submetidos à flexão, é importante que o engenheiro calculista tenha o
domínio sobre o
tipo de flexão que atua sobre o elemento e os níveis de deformação
que a flexão pode provocar. Tais deformações são conhecidas como
estádios e
determinam o comportamento da peça até o seu
colapso.
omento fletor
Momento total gerado por aplicação de cargas perpendiculares à
viga que causam tensões normais de tração e compressão simultaneamente na
estrutura, ou
seja, causam flexão.
Solicitações de cálculo
São majoradas.
add
São minoradas.
Podemos afirmar que ela é uma armadura passiva utilizada para combater o
esforço tração na flexão.
close
Armadura Longitudinal Superior (ALS)
Já a ALS pode tanto ser uma armadura de flexão para auxiliar o concreto
no combate às tensões de compressão devido ao momento fletor
como ser
apenas uma armadura de porta estribo.
Tipos de flexão
As tensões que surgem no elemento estrutural
devido aos esforços de flexão provocados pelo momento fletor (M) são tensões normais
de tração
ou compressão. Essas tensões surgem na seção transversal do elemento, e o
que separa a tração da compressão é a Linha Neutra (LN), que passa
pelo centroide da seção transversal. Nela, as tensões e as deformações são nulas.
que
ocorre no meio do vão, conforme ilustra o diagrama de momento fletor no
lado direito (b) da imagem.
Imagem 3 - Esquema de viga submetida à
tensão de flexão. À esquerda (a), viga biapoiada com carregamento
transversal. À direita (B), diagrama de momento fletor da viga.
Estádios
Os conceitos apresentados aqui são referentes ao
processo de colapso de vigas sob tensões normais. São adotadas as vigas por serem
elas
elementos com cálculos de dimensionamento mais simples, o que facilita a
compreensão dos conceitos relacionados aos estádios.
Estádio I
Estádio II
Estádio III
Um engenheiro calculista dimensionará algumas peças estruturais de uma pequena residência. Para tanto, ele decidiu voltar às anotações que
fez durante o curso de Concreto Armado I para relembrar alguns conceitos. Ao verificar suas anotações, percebeu que, em uma delas, se
equivocou e anotou o conceito errado. Marque a opção que apresenta a anotação equivocada que estava em seu caderno.
Os elementos estruturais do tipo pilares são elementos caracterizados por suportar apenas tensão normal devido às forças
A
normais, não sendo necessário o estudo de tensões de flexão.
Os elementos estruturais do tipo pilares são submetidos à flexão obliqua composta, em que ocorre a excentricidade da
B
resultante dos esforços normais, gerando momento em duas direções.
As vigas, assim como as lajes, são, na maioria dos casos, submetidas à flexão simples, ou seja, o carregamento das peças é
C
perpendicular à seção transversal do elemento.
Em elementos estruturais do tipo vigas protendidas, atuam esforços normais na seção transversal da viga. Esses esforços não
D
podem ser desprezados no cálculo das tensões.
A flexão pura é um caso específico de flexão em que se atua no elemento estrutural, ou em parte dele, apenas o momento fletor,
E
sendo todos os demais esforços nulos.
Questão 2
Para uma boa compreensão do dimensionamento de elementos estruturais, é necessária a identificação dos domínios de deformação de peças
de concreto armado. A seguir são apresentadas afirmações a respeito dos estádios.
1. Os estádios de deformação são estudados experimentalmente por meio de um carregamento inicial até a ruptura do elemento estrutural.
2. O estádio I é o primeiro e corresponde ao início do carregamento. As tensões são pequenas, e o concreto resiste aos esforços de tração, não
ocorrendo fissuração do elemento.
3. No estádio II, o elemento ainda se comporta segundo a lei de Hooke e se encontra fissurado. A profundida da linha neutra nesse estádio é
menor que no estádio I.
4. No estádio III, ocorre o momento fletor com valor próximo de colapso, ou seja, o concreto na zona comprimida está na iminência de ruptura e
encontra-se plastificado. O diagrama de tensões passa a ser da forma parabólico retangular.
São corretas:
A Apenas I e III.
B Apenas II e IV.
C Apenas I e II.
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Os domínios de deformação da estrutura
Domínios de deformação
Os domínios de deformação são situações em que
pelo menos um dos materiais, aço ou concreto, atinge o seu estado limite último, ou
seja,
corresponde à ruína de uma seção transversal por ruptura do concreto
ou deformação excessiva da armadura (aço).
4
ε cu = 2, 6% 0 + 35% ⋅ [(90 − f ck )/100] ;
−3
ε cu = 10, 0 ⋅ 10 = 10, 0%0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
f yk
f yd =
γs
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
0,85⋅f ck
0, 85 ⋅ f cd = : para zonas
comprimidas de largura constante ou crescente no
sentido das fibras mais comprimidas a partir da linha
γc
neutra;
0,80⋅f ck
0, 80 ⋅ f cd = : para zonas
comprimidas de largura decrescente no sentido das
fibras mais comprimidas a partir da linha neutra.
γc
s s
′
y = λ ⋅ x
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Nesta
equação:
λ = 0, 8 : para f ck ≤ 50MPa
Em
que:
Para concretos de
classes até
α c = 0, 85
C50.
f ck −50
α c = 0, 85 ⋅ [1 − ] Para classes C 50
até C90.
200
Já a imagem 13 apresenta os
domínios de deformação para uma situação genérica com concretos de
todas as classes.
Domínio 2
Em elementos estruturais, subarmados e dimensionados no
domínio 2, a ruptura ocorre por deformação
excessiva da armadura, uma ruptura
convencional, sem haver o
esmagamento do concreto. Nesta situação, consideramos a ruptura como
dúctil.
Limite do domínio 3 e 4
Em peças normalmente armadas, a ruptura ocorre no limite do
domínio 3 e 4, havendo o esmagamento do concreto e o
escoamento da armadura.
Domínio 4
Já em elementos superarmados, dimensionados no domínio
4, o aço não escoa e a ruptura ocorre por esmagamento
do concreto. Nesse caso,
temos a ruptura frágil, que ocorre de forma
brusca, ou seja, sem aviso prévio.
úctil
Tem aviso prévio identificado pela presença de intensa
fissuração na peça.
Domínio 1
O domínio 1 tem início com ε s
= 10% eε c
= 10%0, na reta "a", com a profundidade da linha
neutra x = −∞. Nessa situação, a seção
encontra-se sob tração uniforme.
Para x < 0, a deformação no concreto devido à tração diminui, enquanto a
deformação no aço permanece 10%.
O término ocorre com ε s
= 10% eε c
= 0. A linha neutra se encontra no limite superior da
seção transversal; com isso, temos x 1
= 0.
Domínio 2
O domínio 2 tem início no término do domínio 1, ou
seja, com ε s
= 10%0 eε c
= 0, ex 1
= 0.
O término ocorre com ε s
= 10%, ε c = −3, 5%,
e
x 2
= 0, 259. d, com a linha neutra cortando a seção transversal. Com isso,
temos a parte superior comprimida e a parte inferior tracionada,
conforme representa
a imagem 16. A reta também gira em torno do ponto A. A determinação de x é
realizada pela semelhança de triângulos:
2
0,0035 0,01
= → x 2 = 0, 259 ⋅ d
x2 d−x 2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Domínio 3
O domínio 3 tem início no término do domínio 2, ou
seja, com ε s = 10%0 eε c = −3, 5%∘, e
x 2 = 0, 259. d. O término ocorre com ε s = ε yd
é a seguinte:
0,0035 ε yd 0,0035⋅d
= → x3 =
x3 d−x 3 ε yd +0,0035
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Domínio 4
O domínio 4 tem início no término do domínio 3, ou
seja, com ε s
= ε yd , ε c = −3, 5%0 e
x = e x . Já o término ocorre com ε
3 s
= 0,
Domínio 4a
O domínio 4a tem início no término do domínio 4,
ou seja, com ε s = 0, ε c = −3, 5%0, ex =
x 4 = d. O término ocorre com ε s < 0
(compressão),
ε c = −3, 5% ex = x 4a = h. Com a linha neutra no limite
inferior da seção transversal, temos uma seção resistente com aço e
concreto
comprimidos. As características do domínio 4a estão ilustradas na imagem 19. Nesse
domínio, a reta também gira em torno do ponto B.
Domínio 5
O domínio 5 tem início no término do domínio 4a,
ou seja, com ε s < 0, ε c = −3, 5%0 ex =
x 4a = h. O término ocorre com: ε s = −2%0,
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
A Específicas; de flexão.
B Últimas; últimas.
C Características; específicas.
D Características; características.
E Últimas; características.
Questão 2
Os domínios de deformação classificam as diversas possibilidades de colapso da seção do elemento estrutural, que podem ser por
deformação excessiva da armadura, por esmagamento do concreto em seções parcialmente comprimidas ou por esmagamento dele em
seções totalmente comprimidas. A seguir é apresentada uma frase que caracteriza um desses domínios:
Nesse domínio, a linha neutra corta a seção transversal; logo, a seção resistente é composta de aço tracionado e concreto comprimido, e a reta
gira em torno do ponto B. Ocorre grande deformação no aço e ruptura do concreto, que se dá com o escoamento do aço. Desse modo, o
colapso ocorre com aviso prévio.
Marque a opção que apresenta o domínio correspondente à frase descrita acima.
A Domínio 1
B Domínio 2
C Domínio 3
D Domínio 4
E Domínio 5
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Como dimensionar os elementos submetidos à flexão
Cálculo da armadura longitudinal
O cálculo da armadura longitudinal é utilizado
para a determinação da área de aço em elementos submetidos à flexão
normal, como as vigas. No
dimensionamento da quantidade de armadura
longitudinal para seções transversais retangulares, são conhecidos a resistência do
concreto (f ck ), a
largura da seção (b), a altura útil
(d) e o tipo de aço (sua tensão −f yd
− e sua deformação específica
−ε yd ). Ele é realizado a partir do equilíbrio de
forças e
momentos na seção transversal.
x
≤ 0, 45 → para concretos com f ck ≤ 50MPa;
d
x
≤ 0, 35 → para concretos com 50MPa < f ck < 90MPa
d
M d = γ c ⋅ M = 1, 4 ⋅ M
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Equilíbrio da
seção
∑ F →+ = 0 : F c − F s = 0 → F c = F s
F s = f yd ⋅ A s
F c = 0, 85 ⋅ f cd ⋅ A c = 0, 85 ⋅ f cd ⋅ b ⋅ y = 0, 85 ⋅ f cd ⋅ b ⋅ 0, 8 ⋅ x
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
(∑ M c ) = 0 : M d − F c ⋅ z = 0 → M d = 0, 85 ⋅ f cd ⋅ b ⋅ 0, 8 ⋅ x ⋅ z
0,8
z = d − ⋅ x = d − 0, 4 ⋅ x
2
M d = 0, 85f cd ⋅ b ⋅ 0, 8 ⋅ x ⋅ (d − 0, 4x)
2
M d = (0, 68 ⋅ x ⋅ d − 0, 272 ⋅ x ) ⋅ b ⋅ f cd
Imagem 22 - Ações externas e internas na seção transversal
para o cálculo de equilíbrio de esforços.
Md
0, 68 ⋅ d ± √ (0, 68 ⋅ d) − 4.0, 272 ⋅ (
2
)
b⋅f cd
x =
0, 544
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
(∑ M b ) = 0 : M d − F s ⋅ z = 0 → M d = f yd ⋅ A s ⋅ z
Logo:
Md
As =
f yd ⋅z
x d x εc
= ∴ =
εc ε c +ε s d ε c +ε s
Exemplo de aplicação da
teoria
Para a resolução de exercícios, vale lembrar que o limite entre os domínios 2 e 3 é dado
pelos valores ε s
= 10%0 eε c
= −3, 5%0, com
x = 0, 259 ⋅ d;, e que o limite de utilização do domínio 3 é x = 0, 45 ⋅ d.
Exemplo prático
Dados:
f ck = 25MPa
Aço CA 50 (f yk = 500MPa).
M
√ d
2
0,68⋅d± (0,68⋅d) −4⋅0,272⋅( )
b⋅f
cd
x =
0,544
1,4.20
0,68⋅0,36±√ (0,68⋅0,36) −4⋅0,272⋅(
2
)
0,14⋅25000/1,4
x =
0,544
0,2448±0,2184
x = → x 1 = 0, 851mex 2 = 0, 049 m
0,544
f yk 50
2
f s = f yd = = = 43, 478kN/cm
γs 1,15
Md 1,4.20
As = =
f yd ⋅z 43,478⋅(0,36−0,4.0,049)
2
A s = 1, 89 cm
Fc = Fs
Md = Fc z = Fs z
∗ ′
F c = (α c ⋅ f cd ) ⋅ b ⋅ λ ⋅ x
1
z = d − ⋅ λ ⋅ x
2
M d = (α c ⋅ f cd ) ⋅ b ⋅ λ ⋅ x ⋅ (d − 0, 5 ⋅ λ ⋅ x)
2 2
M d = (α c ⋅ f cd ) ⋅ b ⋅ (λ ⋅ x, d − 0, 5 ⋅ λ ⋅ x )
Md
d ± √d − 2 ⋅ (
2
)
b⋅α c ⋅f cd
x =
λ
Md
As =
f yd ⋅ z
x ε cu
=
d ε cu + ε s
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Sendo que ε cu , αc e
λ devem ser empregados em função da classe do concreto e das condiçốes
de ductilidade. As equações para α e λ foram c
apresentadas
no módulo 2.
A s ⋅ f yd
F s = A s f yd ; M d = F s ⋅ z; z = d − 0, 4 ⋅ xex =
′
0, 68 ⋅ b ⋅ f cd
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
M d = A s f yd⋅ (d − 0, 4 ⋅ x)
′
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Exemplo prático
Obtenha o momento máximo resistente que pode ser aplicado a uma viga de seção retangular
de concreto armado, com largura b = 14 cm e altura
útil d = 36 cm, para uma área de aço A = 1, 5 cm .
s
2
Dados:
f ck = 25MPa;
ç
A o CA 50 (f yk = 500MPa)
A s ⋅f yd 1,5⋅50/1,15
x = = = 0, 0384 m = 3, 84 cm
0,68⋅b⋅f cd 0,68⋅0,14⋅25000/1,4
Verificando o domínio:
50
M d = A s ⋅ f yd ⋅ (d − 0, 4 ⋅ x) = 1, 5 ⋅ ( ) ⋅ (0, 36 − 0, 4 ⋅ 0, 0384)
1,15
M d = 22, 48kN ⋅ m
Md 22,48
M = =
γc 1,4
M = 16, 06kN ⋅ m
2
M d = (0, 68 ⋅ x ⋅ d − 0, 272 ⋅ x ) ⋅ b ⋅ f cd ,
x εc
ξ = =
d εc + εs
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
2 2 2
M d = (0, 68 ⋅ ξ ⋅ d − 0, 272 ⋅ ξ ⋅ d ) ⋅ b ⋅ f cd
Md
d min = 2, 0 ⋅ √
b ⋅ f cd
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Exemplo prático
Dados:
f ck = 25M P a
ç
A o CA 50 (f yk = 500M P a)
Md 1,4.20
√ √
d min = 2, 0 ⋅ = 2, 0 ⋅ = 0, 2117 m
b⋅f cd 0,14⋅25000/1,4
f ck = 25M P a
ç
A o CA 50 (f yk = 500M P a).
x = 0, 45 ⋅ d = 0, 45 ⋅ 21, 17 = 9, 53 cm
z = d − 0, 4 ⋅ x = 21, 17 − 0, 4 ⋅ 9, 53 = 17, 358 cm
Logo:
Md 1,4⋅20
As = =
z⋅f yd 0,1736⋅50/1,15
2
A s = 3, 71 cm
ΔM = M d − M d,lim
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
′
A s = A s,lim + A s
f cd
A s,lim = 0, 306 ⋅ b ⋅ d ⋅
f yd
M d − M d,lim
′
A =
s
′ ′
σ (d − d )
sd
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Nesta
equação:
É a distância do
centro da armadura comprimida à borda comprimida da seção
transversal.
′
d
′
σ sd É a tensão de
compressão na armadura longitudinal.
′
σ sd = f yd Para peças
trabalhando até o limite no domínio 3 estabelecido pela ABNT NBR
6118:2014.
Portanto:
M d −M d,lim
A s = A s,lim + ′
f yd (d−d )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem
horizontal
Concreto: f ck = 20MPa
Em seguida, ele refez o cálculo. Marque a opção que apresenta o valor que mais se aproxima da A encontrada pelo engenheiro ao recalcular a
s
viga.
A 0,57cm²
B 1,57cm²
C 2,57cm²
D 3,57cm²
E 4,57cm²
Questão 2
Dois anos após a conclusão da obra de uma residência, os proprietários chamaram o engenheiro calculista para saber se poderiam acrescentar
um carregamento em uma viga na garagem. O engenheiro, de posse dos projetos, obteve as seguintes informações:
Concreto: f ck = 25MPa
Armadura simples
A partir dessas informações, ele calculou o momento máximo que poderia ser aplicado na viga em questão. Indique a opção que apresenta o
valor mais próximo do obtido pelo engenheiro.
A 16,4kN.m
B 22,3kN.m
C 30,7kN.m
D 42,9kN.m
E 54,6kN.m
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Como buscar os valores para o dimensionamento nas tabelas adimensionais
Uso de tabelas adimensionais
As tabelas adimensionais são utilizadas como
facilitadoras para o dimensionamento de estruturas de concreto armado. Elas permitem
o emprego
de diversos sistemas de unidades e a utilização de quadros e gráficos.
Como consequência, essas tabelas simplificam os cálculos de
dimensionamento dos
elementos.
Dada a equação:
2
M d = (0, 68 ⋅ x ⋅ d − 0, 272. x ) ⋅ b ⋅ f cd
2
Md x x
= (0, 68 ⋅ − 0, 272 ⋅ )
2 2
b⋅d ⋅f cd d d
Fazendo:
Md x
2
= KM D, e KX
b⋅d ⋅f cd d
Chegamos à expressão:
Md
2
KM D = 2
= 0, 68 ⋅ (KX) − 0, 272 ⋅ (KX)
b⋅d ⋅f cd
x
í
x = 0 → in cio do dom nio 2 : KX = í = 0 ⇒ KM D = 0
d
x
x = d → f im do dom nio 4: KX = í = 1 ⇒ KM D = 0, 408
d
z = d − 0, 4 ⋅ x
z d−0,4⋅x x
= = 1 − 0, 4 ⋅
d d d
Fazendo:
z
= KZ
d
Chegamos à expressão:
KZ = 1 − 0, 4 ⋅ KX
Dada a equação:
Md
As =
z⋅f s
Substituindo z = (KZ) ⋅ d,
teremos a equação:
Md
As =
KZ⋅d⋅f s
x εc
=
d ε c +ε S
E como:
x
= KX
d
Temos:
εc
KX =
ε c +ε S
As tabelas adimensionais
Como KX só admite valores de 0 a 1,
constitui-se uma tabela variando o valor de KX dentro dessa intervalo. Cada
valor arbitrário de KX
corresponde a um valor de KM D e outro de KZ , ambos calculados pelas equações apresentadas no item anterior. Conhecendo
ε , é possível
c
Domínio 2 2 2 2 2
Elaborado por
Larissa Camporez Araújo.
Exemplos de aplicação
Agora veremos alguns exemplos de dimensionamento
utilizando a tabela unidimensional.
Exemplo prático
Dados:
f ck = 25MPa;
Aço CA 50 (f yk
= 500MPa)
Md 1,4⋅20
KM D = 2
= 2
= 0, 086
b⋅d ⋅f cd 0,14⋅0,36 ⋅25000/1,4
KM D KX KZ εc εs Domíni
Md 1,4⋅20
As = =
KZ⋅d⋅f s 0,946⋅0,36⋅50/1,15
2
A s = 1, 89 cm
Exemplo prático
Dada uma seção retangular de concreto armado com b = 14cm e sob a ação de um momento
fletor solicitante (M ) de 20kN ⋅ m determine a área
de aço
longitudinal (A ) necessária considerando d
s min . Utilize a
tabela adimensional.
Dados:
f ck = 25MPa
Aço CA 50 (f yk = 500MPa).
Solução:
Md 1,4⋅20
√ √
d min = 2, 0 ⋅ = 2, 0 ⋅ = 0, 209m
b⋅f cd 0,36⋅2500/1,4
Md 1,4⋅20
KM D = = 2
= 0, 256
2
b⋅d ⋅f cd 0,14⋅0,209 ⋅25000/1,4
KM D KX KZ εc εs Domíni
Md 1,4⋅20
As = =
KZ⋅d⋅f s 0,817⋅0,209⋅1,15
2
A s = 3, 77 cm
A 0,88cm²
B 1,22cm²
C 1,88cm²
D 2,22cm²
E 2,88cm²
Questão 2
Durante a fase de armação dos elementos estruturais de uma obra, o cliente decidiu paralisá-la para solicitar o aumento de esforços em
determinada região do projeto. O engenheiro calculista, responsável pelo projeto da obra, concluiu que o aumento dos esforços resultaria em
um momento atuante de 35kN ⋅ m em uma viga. A fim de obter a menor altura para essa viga, o engenheiro fez o cálculo da armadura
longitudinal (A s
) utilizando a altura útil mínima (d min
) e mantendo a largura da viga b = 16 cm. Sabendo que a resistência característica de
projeto do concreto para essa obra é f ck
= 25M P a e que o aço utilizado é o CA 50, a A obtida nos cálculos do engenheiro, sabendo que
s
A 2,26cm²
B 3,52cm²
C 4,68cm²
D 5,74cm²
E 6,23cm²
Considerações finais
Como vimos neste conteúdo, o dimensionamento da área de
aço necessária para armaduras longitudinais submetidas à flexão faz parte do
cotidiano do
engenheiro estrutural. Saber não apenas dimensionar a partir de um projeto novo, mas também
proporcionar soluções para projetos já
realizados ou em andamento, faz parte do escopo do
engenheiro calculista.
headset
Podcast
Agora a especialista Larissa Camporez
Araújo fará um resumo do conteúdo abordado.
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR
6118: projeto de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro: ABNT,
2014.
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concreto armado na flexão considerando o fator de ductilidade e veja como os autores
Caio
G. Nogueira e Isabela D. Rodrigues apresentam um novo roteiro de dimensionamento de peças
submetidas à flexão simples considerando o fator de
ductilidade, que quantifica a capacidade da
estrutura de suportar deslocamentos antes de se romper.