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Capítulo 5
Torção
V.1 - Introdução
A ligação de uma laje em balanço, Figuras 2 e 3.a, à viga que lhe serve de
suporte não pode ser modelada como rótula, Figura 3.b, pois, se assim o fosse,
a laje seria instável. Para garantir a estabilidade da laje seria necessário
modelar tal ligação como engastamento, Figura 3.c.
As ligações das escadas auto portantes às vigas de apoio, Figura 6, podem ser
modeladas alternativamente mediante o esquema da Figura 7.a ou mediante o
esquema da Figura 7.b.
conferir melhor rigidez transversal ao conjunto, uma vez que promove, entre
outros efeitos, o contraventamento lateral das longarinas.
Condições gerais
Vsd ≤ 0,7VRd2
Onde TRd,2 representa o limite dado pela resistência das diagonais comprimidas
do concreto; TRd,3 representa o limite definido pela parcela resistida pelos
estribos normais ao eixo do elemento estrutural; e TRd,4 representa o limite
definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais, paralelas ao eixo do
elemento estrutural. he
Onde “A” é a área da seção cheia; “u” o seu perímetro; e, “c1” a distância entre
o eixo da barra de aço longitudinal do canto e a face lateral do elemento
estrutural.
Onde “Ae” é a área limitada pela linha média da parede vazada, real ou
equivalente, no ponto considerado.
Cálculo de armaduras
Onde “Asl” é a soma das áreas das seções das barras da armadura longitudinal
e “ue” é o perímetro da área “Ae”
Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos de torção, deve ser
colocada pelo menos uma barra longitudinal.
Solicitações combinadas
Flexão e torção
Generalidades
Armadura longitudinal
Generalidades
E, em flexo-torção seria:
V.3 – Modelagem
Preâmbulo
O dimensionamento de membros estruturais solicitados à torção baseia-se em
princípios idênticos aqueles adotados para os demais esforços. Uma vez que a
fragilidade do concreto às tensões de tração representa realidade inexorável,
compete a esse material, exclusivamente, a absorção das tensões de
compressão, e às armaduras de aço a função de absorver as tensões de
tração.
Uma proposta de modo de distribuição de tensões decorrentes da torção é
formulada através do modelo da treliça espacial generalizada, desenvolvido por
Thürlimann e Lampert, de concepção semelhante àquela que norteia a
analogia da treliça de Mörsch, para a qual a massa de concreto em
compressão exerce a função das diagonais comprimidos, as bielas, e, as
barras da armadura de aço, os elementos tracionados, desempenham o papel
dos tirantes. Tal modelo herda algumas características do modelo de Bredt,
segundo o qual, uma vez que a massa de um sólido de concreto, Figura 9.a,
fissura, Estádio II, e que as tensões tangenciais decorrentes dos momentos
torsores, Figura 9.b, para a maioria das seções, são nulas em seus centros e
máximas em suas extremidades, seu comportamento à torção pode ser
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Onde “1” e “2” são as tensões cisalhantes que solicitam a superfície das áreas
bcc’b’ e cdd’c’, e, os parâmetros “he1” e “he2” representam as espessuras das
paredes bb’ e cc’. Em razão do equilíbrio do elemento da Figura 10.c, tem-se:
Logo:
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Logo:
Tal equação para o cálculo da tensão cisalhante pode ser aplicada a elementos
de concreto armado desde que “he” e “Ae”, sejam, respectivamente, a
espessura da parede da seção equivalente e a área interna delimitada pela
linha média dessa parede, Figura 9.c.
De análise detalhada das Figuras 14.b e 14.c pode-se deduzir que ao longo de
cada um dos segmentos AB, BD, DC e CA, do perímetro da seção ABDC há a
contribuição de ações resistentes desta magnitude com as direções e sentidos
indicados na Figura 14.e. Tais ações produzem dois conjugados, cada um de
intensidade:
Cuja resultante deve equilibrar o momento torsor solicitante, para que assim
seja garantida a estabilidade contra a ruína das bielas, Figura 14.b, de modo
que no plano ABDC, Figura 14.b, tem-se.
Consequentemente:
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e:
Logo:
onde:
ou seja:
ou ainda:
Assim:
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Onde “Rld” é o esforço normal absorvido em cada uma das quadro barras de
aço da armadura longitudinal, devendo ser obtido a partir da expressão:
Desde que “Asu” represente a área da seção transversal de cada uma das
quadro barras de aço da armadura longitudinal. Assim, a área total da
armadura longitudinal será:
De modo que:
e:
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e, por fim.
Se “G” e “H” são os pontos médios dos segmentos FA e AE, então a distância
entre os pontos “G” e “H” é igual a distância entre os pontos “A” e “E” da treliça,
sendo dada mediante:
Parâmetros Físicos
Armaduras mínimas:
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Biela Comprimida:
Adotar θ = 45o
Armadura longitudinal:
Armadura transversal:
Detalhamento:
Armadura longitudinal:
Armadura transversal:
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Figura
Ex1 – Seção Transversal
Boa parte dos estudos de torção é relativa a torção pura, isto é, aquela
decorrente da solicitação exclusiva de um momento torsor. Essa situação,
entretanto, não é usual. A grande maioria das vigas torcionadas também está
submetida a esforços cortantes e momentos fletores, o que dá origem a um
estado de tensões mais complexo e mais difícil de ser analisado.
Parâmetros Geométricos:
Parâmetros Físicos
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Transversal:
Esforços:
28
Biela Comprimida:
Adotar θ = 45o
Bordo superior:
Faces laterais:
Armadura transversal: