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R2 F1 Forças externas:
Ativas: F1, F2
A C B
F2 Reativas: R1, R2
R1
Admitindo-se que a viga da Fig. 1 esteja em equilíbrio sob a ação das forças
indicadas, secciona-se o trecho CB. Representando-se o diagrama de corpo livre
desta parte, conforme mostrado na Fig. 2, para manter o equilíbrio da mesma é
necessária a aplicação de uma componente de força cortante V e de um
momento fletor M na seção C. A força cortante V e o momento fletor M são os
esforços internos resultantes da integração das distribuições das tensões de
cisalhamento e das tensões normais na seção C, respectivamente. Estas
componentes de tensão caracterizam o que se chama estado de tensão, sendo
mobilizadas nos diversos pontos do volume da barra pela ação do carregamento,
-1-
e podem ser calculadas conforme considerações desenvolvidas nos textos de
Resistência dos Materiais. Os esforços internos na seção C serão também
entendidos como forças generalizadas, neste caso serão forças internas
generalizadas. Os valores máximos destas forças internas, isto é, os valores
máximos que a viga suporta, dependem das características geométricas da
seção transversal e da resistência do material da viga, sendo chamados
genericamente de resistência da seção a força cortante e ao momento fletor.
Durante a fase de projeto, um dos objetivos fundamentais é a definição de
dimensões suficientes para as seções transversais e a especificação de
materiais com resistência adequada para que a estrutura suporte com segurança
os carregamentos atuantes.
F1
M Forças internas:
C B V, M
F2
V
-2-
um ponto. A deformação, ou estado de deformação, tal como a tensão, é uma
grandeza tensorial, e para o caso de estruturas planas, contidas no plano xy,
pode ser definida basicamente pelas componentes: x y z e xy.
Os deslocamentos decorrem do efeito acumulado das deformações nos
pontos do corpo ou da estrutura. Um deslocamento deve ser entendido
genericamente como uma translação ou rotação de algum ponto da estrutura. A
translação de um ponto costuma também ser referida como deslocamento linear
e a rotação como deslocamento angular ou giro.
Na realidade, os pontos de uma estrutura submetida a um carregamento
qualquer ficam sujeitos a estados de tensão e se deformam em maior ou menor
grau, conseqüentemente se deslocam. Durante o projeto estrutural, outro
objetivo fundamental a ser atingido é especificar as peças da estrutura com
dimensões e materiais adequados, para que sejam evitados deslocamentos
excessivos quando a estrutura estiver em funcionamento sob ação dos
carregamentos. As estruturas usuais, depois de acabadas, trabalham em regime
de pequenos deslocamentos, conforme hipótese rotineira na análise das
mesmas. Assim, em geral, estes deslocamentos não são facilmente perceptíveis
ao usuário, a não ser em casos de comportamento anormal da estrutura. Na Fig.
3 é mostrada uma viga em balanço, deformada sob a ação de uma força vertical
P aplicada a extremidade B, e os deslocamentos possíveis: translação e
rotação .
Viga indeformada P
A B
Viga deformada
-3-
estrutura tem vinculação insuficiente em número ou devido a má disposição dos
vínculos como é o caso das formas críticas, ou ainda em trechos de uma
estrutura corretamente vinculada. Na Fig. 4, por exemplo, o trecho em balanço
AB, da viga ABC, se desloca rigidamente quando a viga, corretamente vinculada,
é carregada ao longo do vão BC. Os deslocamentos de corpo rígido em geral
não estão associados à deformação da estrutura, e devem ser evitados a todo
custo quando puderem advir de vinculação deficiente.
P1 P2
2 B Se S Sd C
1 2
A
1
-4-
Na viga mostrada na Fig. 4, está representada uma linha elástica
compatível com a vinculação da viga para um carregamento genérico no vão BC.
O trecho em balanço AB supõe-se descarregado e, portanto não se deforma,
mas gira rigidamente em torno de B. Os pontos B e C estão impedidos de se
deslocarem na direção vertical e o ponto B também não pode se deslocar na
direção horizontal, pois os respectivos deslocamentos estão impedidos de
ocorrer pela ação dos apoios. Portanto, uma elástica compatível, tal como
esboçada na Fig. 4, deve apresentar continuidade de deslocamentos ao longo da
estrutura e satisfazer as condições de contorno nos apoios. As rotações 1 e 2,
respectivamente, à esquerda e à direita do apoio B, devem ter mesmo valor
numérico e mesmo sentido. No ponto B não existe articulação interna entre os
trechos AB e BC da viga, devendo-se observar que a viga aí se articula
externamente.
Na viga da Fig. 3 deve-se notar que o engastamento em A impede todos
os deslocamentos possíveis da seção, isto é, deslocamento horizontal, vertical e
giro, enquanto na extremidade B nenhuma componente de deslocamento está
restringida.
As condições de compatibilidade são muito importantes na análise
estrutural pois permitem complementar o número de equações de equilíbrio
estático quando se analisa uma estrutura hiperestática pelo método da forças.
- Tensão
- Deformação
a - Linearidade b - Não-linearidade
Física Física
(a) (b)
-6-
carga
descarga
Material Material p e
elástico elástico perfeito Material elasto-plástico
(linear)
= e + p
p = Deformação plástica residuale = Deformação elástica
Fig.6 – Diagramas Tensão x Deformação Típicos
fy
p e
-7-
Para valores de tensão abaixo da tensão de escoamento fy o
comportamento é elástico-linear, enquanto para valores acima de fy o material se
comporta como perfeitamente plástico, sendo fy o valor máximo de tensão que o
material suporta. Quando a tensão atinge o valor fy o material começa a se
deformar indefinidamente sob tensão constante.
Os modelos de comportamento descritos acima são aproximações
idealizadas do comportamento real dos materiais. Na realidade, os materiais com
aplicação estrutural não apresentam o mesmo comportamento para todos os
níveis de tensão. Para solicitações baixas, o comportamento é quase sempre
aproximadamente elástico, assimilável a linear. Acima de certos níveis de tensão
o comportamento passa a ser elastoplástico.
Na maioria dos casos, nos projetos estruturais, os fatores de segurança
aplicados sobre solicitações e resistências fazem com que os materiais quase
sempre trabalhem em um nível de tensão abaixo de 40 % da sua tensão de
escoamento. Por esta razão na maioria das vezes considera-se o material com
comportamento elástico-linear para fins de análise estrutural, com isto obtém-se
uma simplificação muito significativa na modelagem matemática do
comportamento da estrutura. Isto vai significar no final do processo que o
comportamento da estrutura vai ser descrito por um sistema linear de equações
algébricas em termos das forças internas e externas incógnitas e dos
carregamentos no caso do Método das Forças, ou em termos dos
deslocamentos incógnitos e dos carregamentos no caso do Método dos
Deslocamentos. Caso a hipótese de comportamento linear da estrutura não
possa ser aplicada recai-se num sistema de equações não-lineares cuja solução
é muito mais elaborada e dispendiosa. Neste caso os coeficientes das incógnitas
do sistema de equações são dependentes dos valores das incógnitas e a
solução do sistema em geral se baseia num esquema de solução incremental e
iterativo.
-8-
Comportamento Geométrico das Estruturas: Linearidade e Não-linearidade
Geométrica
O comportamento geométrico de uma estrutura é definido pelas relações
entre forças e efeitos estruturais correspondentes. A linearidade geométrica
existe quando os efeitos são combinações lineares das causas.
Exemplo:
P 2P
C
A B
A B
P
C
RA = R’A + R’’A
MA = M’A + M’’A (1)
RB = R’B + R’’B
C = ’C + ’’C
MA F1 F2
A C B
RA RB
(a)
M' A F1 M'' A F2
A C B A C B
'C "C
- 12 -
Um outro caso de utilização do princípio de superposição dos efeitos é
mostrado na Fig. 12, para uma viga submetida a um recalque A e a uma rotação
de apoio A em A. A situação é inteiramente análoga à do exemplo anterior e o
cálculo de um efeito qualquer pode ser efetuado aplicando-se cada um dos
deslocamentos de apoio especificados, separadamente, e avaliando-se o
respectivo efeito parcial, sendo o efeito total a soma dos efeitos parciais:
RA = R’A + R’’A
MA = M’A + M’’A (2)
RB = R’B + R’’B
C = ’C + ’’C
A C B
A C
A
RB
MA
RA
(a)
M'' A
A C B
'A ''C
A
'C
R' B A C B
M' A
- 13 -
5 - Correspondência entre Força e Deslocamento
P
M P correspondente a
M correspondente a
- 14 -
6 - Trabalho e Trabalho Complementar
P
B
S
B´
Fig. 14 – Trabalho de uma força ao longo da trajetória de uma partícula
B
W P cos ds
A
- 15 -
O trabalho, portanto, não depende da trajetória percorrida por P, mas
____
apenas da componente desta trajetória na direção dela própria ( BB` ).
Se a força P for aplicada lenta e gradativamente em um corpo elástico, a
relação entre a força aplicada e o deslocamento correspondente no ponto de
aplicação da força pode ser representado, de maneira geral, por um gráfico como
o seguinte:
P
P
P
Pe + dP
v Pe
v
vf
dv
W P dv
0
(7)
- 16 -
P
P
P = kv
k= constante
.
v
vf
Fig. 16 – Trabalho da força P no caso de comportamento linear
vf
vf
kv f2 1
W
0
kv dv
2
.: W
2
Pv (8)
Pf
P = constante
vf v
dv
W
0
P dv P dv
0
. : W Pv (9)
Conforme Fig. 18, o trabalho complementar fica definido pela área entre a curva
e o eixo vertical.
- 17 -
P
Wc
Pf
Caso de comportamento não-linear,
dP com P aplicada lenta e gradualmente.
vf v
dv
Pf
v P
c
W W
0
P dv v dP
0
WC
1
W W WC Pv (12 )
2
v
Vf
- 18 -
Exemplo 6.1 -
P1 P2 P3
. Caso de aplicação lenta,
v4 P4
gradual e simultânea das
v1 v3
v2 cargas.
4
1
W WC Pi v i ( i 1, 2 , 3 , 4 ) (13 )
i 1 2
- 19 -
7.2- Princípio dos Trabalhos Virtuais para Corpos Rígidos
B B
v2
A
A v3 C
P1 v1 C
P3
3
W Pi v i (15 )
i 1
- 20 -
Princípio dos Deslocamentos Virtuais - Para Corpos Rígidos
Exemplo 7.2.1-
Como nas estruturas isostáticas os deslocamentos de apoio não provocam
deformações na estrutura nem esforços internos, pode-se considerar que as
estruturas isostáticas funcionam como corpos rígidos. Utilizando este fato, as
reações de apoio de uma estrutura podem ser calculadas, como a que se segue,
usando o Princípio dos Trabalhos Virtuais aplicado aos corpos rígidos. Assim
propõe-se calcular a reação vertical VB no apoio B.
P
A C B
a b
Fig. 22 – Exemplo 2
SOLUÇÃO:
Submetendo a viga ao deslocamento virtual em B, na direção vertical,
correspondente à reação VB, mostrado abaixo,
- 21 -
P
HA
vc
v B
VA
VB
W P v C VB v B 0 (18 )
a a
Como v C v B , W P vB VB v B 0 (19 )
L L
4 v3
v 2
Fig. 23 – Exemplo 3
- 22 -
SOLUÇÃO:
Impondo-se uma rotação virtual θ4 no apoio A, a viga se desloca como um
corpo rígido, de acordo com o PTV para corpos rígidos o trabalho virtual total é
nulo, portanto:
W 0 M A 4 P v 3 2 P v 2 PL 1 0 ( 21 )
v 2 L
Como 1 4 ; tg 4 v 2 4 L e v 3 4
L 2
L
M A 4 P 4 2 P 4 L PL 4 0 ( 22 )
2
L 7 PL
MA P 2 P L PL 0 ( 23 ) MA ( 24 )
2 2
dx
dx
- 23 -
q q = força externa
genérica
T N N+ T+
M V = esforço cortante
V M+ N = força normal
V+
M = momento fletor
dx
T=momento de torção
Fig. 25 – Esforços solicitantes num elemento infinitesimal
d
d
dx dx
def. def. de
axial flexão
d
d
A
A´
dx
dx
def. de
torção
def. de
cisalhamento
- 24 -
Nas ilustrações anteriores, devem ser notadas as seguintes relações de
correspondência:
N d (d = deslocamento relativo entre as seções extremas do elemento
de barra na direção do eixo da barra)
M d (d = rotação relativa entre as seções extremas do elemento de
barra no plano da mesma)
V d (d = deslocamento relativo no plano da barra entre as seções
extremas do elemento de barra na direção perpendicular ao eixo)
T d (d = rotação relativa entre as seções extremas do elemento em
torno do eixo da barra)
Portanto, existe um trabalho real interno produzido por estes esforços que,
no caso de comportamento elástico linear é dado por pela integral do trabalho
infinitesimal sobre cada elemento de barra dx. No caso das estruturas de
comportamento elástico linear, este trabalho interno é a energia de deformação
total que é igual ao trabalho realizado pelas forças externas durante o processo
de deformação da estrutura. Todo o trabalho realizado pelo carregamento real é
armazenado como energia de deformação e pode ser recuperado se o
carregamento for removido.
O trabalho interno total (energia de deformação) será:
1
W int [ N d M d V d T d ] ( 25 )
2 estr estr estr estr
Wext W int ( 26 )
- 25 -
Princípio dos Deslocamentos Virtuais para Corpos Deformáveis
Wext W int ( 27 )
.
Observação:
Os deslocamentos ou deformações virtuais devem ser compatíveis com
as condições de contorno geométricas (apoios) e não devem violar a
continuidade das deformações da estrutura.
- 26 -
(notar que as reações de apoio não realizam trabalho pois os deslocamentos
virtuais correspondentes são nulos).
A deformação virtual imposta provoca deslocamentos virtuais das seções
transversais, correspondentes aos esforços solicitantes reais atuantes nestas
seções. Portanto, conforme figuras anteriores, o trabalho virtual das forças
internas realizado ao longo de todo o comprimento da estrutura pode ser
expresso por:
B B
W int (V dV ) d ( M dM ) d ( 28 )
A A
B B
P v M (V dV ) d ( M dM ) d ( 29 )
A A
Wext ( N dN ) d ( M dM ) d (V dV ) d (T dT ) d ( 30 )
Wext N d M d V d T d ( 31 )
n
Wext Pi v i ( 32 )
i 1
- 27 -
Princípio das Forças Virtuais para Corpos Deformáveis
Q P M
v1 v2
A B
A expressão para o trabalho virtual interno é a mesma anterior, sendo que, aqui,
os esforços solicitantes são virtuais (provocados pela força virtual Q) e os
deslocamentos são reais (provocados por P e M):
B B
W int (V dV ) d ( M dM ) d ( 33 )
A A
- 28 -
Generalizando e desprezando os produtos de dois infinitésimos, tem-se a
mesma uma expressão análoga à anterior para o PTV:
Wext N d M d V d T d ( 34 )
Aqui também, Wext terá uma expressão para cada caso. Genericamente:
n
Wext Qi v i ( 35 )
i 1
- 29 -
q M
C = deslocamento vertical do
P C ponto C (real)
A B
P=1
A B
W int N d M d V d T d
estr estr estr estr
( 36 )
- 30 -
Tem-se
N d M d V d T d
estr estr estr estr
( 37 )
estr
n d m d v d t d
estr estr estr
( 38 )
N M V T
d dx d dx d f S dx d dx ( 39 )
EA EI GA GJ
- 31 -
fs = fator de forma para cisalhamento; depende da forma da
seção transversal e leva em conta a distribuição da tensão
de cisalhamento na seção.
nN mM vV tT
estr
EA
dx
estr
EI
dx f
estr
S
GA
dx
estr
GJ
dx ( 40 )
- 32 -
estrutura e no final somam-se todas as contribuições para a obtenção do
deslocamento procurado Δ.
1 [ ] .: [ ] 1 ( 41 )
- 34 -
Considerações sobre a escolha da carga unitária
- 35 -
1
M L 1
1/L 1/L L
Em treliças sujeitas apenas a cargas nos nós, as rotações sofridas pelas barras
são movimentos de corpo rígido, calculados, portanto, como rotações de cordas.
1
1/L 1/L
A
Obtém-se desta maneira o
1 B 1
A' B' deslocamento , cujo valor será
= ´+ ´´
b.(2) Rotação relativa das extremidades de duas barras (em uma articulação)
C
1 1
Obtém-se cujo valor será
= ´ + ´´
A B
No caso de uma rotação relativa entre duas seções tal como se mostra na
Fig.35, pode ser aplicado um par de momentos unitários de sentidos opostos.
- 37 -
No caso de rotação relativa entre duas cordas da estrutura, aplicam-se dois
momentos unitários de sentido contrário, através dos binários correspondentes
(Fig.36).
1 1
L1 1/L1 C 1/L2 L2
C'
1/L1 1/L2
A B
Fig. 36 – Carga unitária para cálculo de rotação relativa entre duas cordas
B C B C
A D A D
- 38 -
9 - Exemplos de aplicação
9.1 – Solução por integração analítica
(I ) ( II ) ( III ) ( IV )
nN mM vV tT
estr
EA
dx
estr
EI
dx f
estr
S
GA
dx
estr
GJ
dx
Exemplo 9.1.1 –
Calcular o deslocamento vertical do ponto B da estrutura, desprezando-se o
efeito das deformações devidas à força cortante. EI = 2 x 105 kNm2 (constante)
25 kN/m 50 kN
A B
B=?
3m
SOLUÇÃO:
O deslocamento vertical (flecha) em B será considerado positivo se for para
baixo (afundamento do ponto B)
- 39 -
M A =262,5 kN.m
25 kN/m 50 kN
A B
3m
x
VA =125 kN
262,5
3
25 x 2
M 50 x
2 0
MA = 3
A B
3m
x
V A =1
- 40 -
3
3
Diagrama de momento fletor (m) m 1x 0
Observar que a carga vertical unitária foi aplicada para baixo conforme sentido
positivo assumido para a flecha em B e que a convenção de sinais de m é a
mesma utilizada na Fase L.
mM
EI
dx
1
B EI ( x ) ( 50 x 12 ,5 x tem se : B 3 ,516 x 10 3 m
2
) dx Integrando
Exemplo 9.1.2 –
Na viga do Exemplo 9.1.1, calcular a rotação da seção B, desprezando-se o
efeito das deformações devidas à força cortante.
SOLUÇÃO:
Como a estrutura e o carregamento são os mesmos do Exemplo 9.1.1, a
FASE L é a mesma. Portanto,
- 41 -
3
25 x 2
M 50 x
2 0
FASE U
Como o deslocamento procurado é a rotação em B, a carga unitária
correspondente a ser adotada é um momento unitário em B. Adotar-se-á o
momento unitário no sentido horário:
MA = 1
1
A B
3m
VA = 0
3
Diagrama de momento fletor (m)
m 1 0
Substituindo-se os valores,
3
1
EI ( 1 ) ( 50 x 12 ,5 x
2
B ) dx
0
B 1,688 x 10 3 rad
- 42 -
-3
B = 3,516 x 10 m
-3
B = 1,688 x 10 rad
Exemplo 9.1.3 –
Calcular o deslocamento vertical do ponto C da viga abaixo, desprezando o
5
efeito das deformações devidas à força cortante. Dado: EI = 2,0 x 10 kNm2
(constante)
20 kN/m
A C B
1,5 m 3,5 m
5m
SOLUÇÃO:
FASE L
2 0 kN /m
A C B
V A = 5 0 kN V B = 5 0 kN
5 m
- 43 -
(M)
5
Mmax = 62,5 kN.m 20 x 2
M 50 x
2 0
FASE U
Notar que o deslocamento procurado é a flecha C. Adota-se neste caso força
unitária vertical em C para cima. (força unitária virtual correspondente a C).
A C B
V A = - 0 ,70 V B = - 0 ,3 0
1 ,5 m 3 ,5 m
M max = 1,05
1,5
m 0 ,70 x 0
(m) 5
m 0 ,70 x 1( x 1,5 ) 1 ,5
- 44 -
Integrando-se:
C 6 ,617 x 10 4 m
Exemplo 9.1.4 –
Calcular o deslocamento horizontal do nó D do pórtico abaixo, desprezando-se
5
as influências das deformações axiais e da força cortante. EI = 2,0 x 10 kNm2
(constante)
5 0 kN
B C
3 m
A D
5 m
SOLUÇÃO:
FASE L
x
50 kN
B C
H A = 50 kN A x x D
V A = - 30 kN V D = 30 kN
- 45 -
150
150
3
M AB 50 x 0
(M) M CD 0
3
0
5
M BC 150 30 x 0
FASE U
B C Deslocamento procurado:
D horizontal força
x x unitária horizontal em D
H A = -1 A D 1
(arbitrada para a
esquerda)
VA = 0 VD = 0
3 3
(m )
3 5 3
m AB 1x 0
M BC 3 0
M CD 1x 0
- 46 -
Como no caso não ocorre momento de torção, além disto desprezando-se
o efeito das deformações axiais e de cisalhamento da força cortante, tem-se para
a expressão do MCU:
mM
EI
dx
nN mM vV tT
estr
EA
dx
estr
EI
dx f
estr
S
GA
dx
estr
GJ
dx
1 1 fS 1
EA
estr
nN dx
EI mM dx
estr
vV dx
GA estr
tT dx
GJ estr
x2
f ( x ) g ( x ) dx
x1
- 47 -
Onde f(x), g(x) podem ser funções de x0, x1, x2, ..., x n .
Para facilitar o processo de integração, valores de integrais de produto de
diversas funções f(x) e g(x) foram tabeladas (tabela de Kurt-Bayer). Esta tabela
encontra-se no Anexo 1 (Tabela 1), assim como alguns exemplos de sua
utilização.
Exemplo 9.2.1 –
Calcular o deslocamento vertical do nó C do pórtico abaixo, considerando efeitos
de flexão e deformação axial. Dados: EA = 2,1 x 107 kN; EI = 4,375 x 105 kNm2
20 kN.m
A B
80 kN 1,5 m
3m 2m
1 1
Desprezando-se o esforço cortante: C
EA
estr
nN dx
EI mM dx
estr
SOLUÇÃO:
FASE L:
420
180
M A = 420 kN.m 20 kN.m 160
48
A B
80 kN
V A = 80 kN (N)
C (M)
FASE U:
- 48 -
5
2
MA = 5 2
0,6
A B
1
1 (n)
C (m)
Usando-se Tabela 1:
1
NC ( 10 6 ) ( 48 0 ,6 2 ,5 ) NC 3 ,429 10 6 m
21
mM
- parcela de C devida à flexão: dx
EI
5 420 2 160
2 180
) dx (
BC
) dx ]
1 1 1
(CM ) {[ AB { 2 [( 5 )( 420 ) ( 2 )( 180 )] ( 2 )( 420 ) ( 5 )( 180 )] [ BC ( 2 )( 160 )( 2 ,5 )]}
EI 6 3
(CM ) 8 ,221 10 3 m
(CN ) (CM )
- deslocamento total em C:
- 49 -
Exemplo 9.2.2 –
Calcular o deslocamento vertical e a rotação da extremidade D, em torno do eixo
CD, na grelha. Desprezar o efeito da força cortante.
A B
2m
40 kN 20 kN.m 20 kN
C D
4m 2m
1 1
(CN )
EI mM dx
estr
GJ tT dx
estr
SOLUÇÃO
1) Deslocamento vertical D
FASE L:
200
480
T A =200 kN.m 200
80
B
A 80
V A =100 kN
20 kN.m
40 kN 20 kN 80
M A =480 kN.m
C D
(M) (T)
- 50 -
FASE U: (carga unitária correspondente a D)
2
6
2 2 2
B
A 2
1 1
2
6
C D
(m) (t)
6 2 200 2 80
480
2 80 *
1
EI AB (
C [ ( ) dx )dx ( ) dx ]
BC CD
2 200 2 80
1
[ ( ) dx ( ) dx ( ____0 _____ 0 ) dx ]
GJ AB BC CD
2 80 2
( ) dx ( 10 ) dx
CD CD
- 51 -
1 1 1
B
A
0
0 1 1
C D
(m) (t)
480 200
80 1
1
D ( _____ 0 ) dx ( ) dx
EI AB BC
80
1 200
1
( ______ 0
CD
) dx ] (
GJ AB
) dx
80 1
0
( _____ 0
BC
) dx
CD
) dx ]
Exemplo 9.2.3 –
Calcular o deslocamento vertical do nó G e a rotação da barra 7 da treliça.
EA = 2 x 10 6 kN (constante)
2m 2m 2m 2m
1 2 3 4
A B C D E
5 8 9
10 6 2m
13
7
F H
11 12 2m
G 50 kN
100 kN
- 52 -
Como o único esforço solicitante presente em treliças é a força normal, a
expressão para o deslocamento se reduz a:
nN
estr
EA
dx
N
ni N i N
ni N i
dx Li
i 1 EAi i i 1 EAi
SOLUÇÃO:
1) Deslocamento vertical G
HA = -50 N1 = -25 N7 = 0
N2 = -25 N8 = 0
V A = 75 V E = 25
N3 = -25 N9 = 0
N5 = 0 N11 = 106,07
50
N6 = 0 N12 = 35,36
100 N13 = 35,36
FASE U: (Carga unitária correspondente a G) Força normal nas barras (ni):
- 53 -
HA = 0 n1 = -0,5 n7 = 0
n2 = -0,5 n8 = 0
V A = 0,5 V E = 0,5
n3 = -0,5 n9 = 0
n5 = 0 n11 = 0,7071
n6 = 0 n12 = 0,7071
1 n13 = 0,7071
13
ni Ni
G Li
i 1 EAi
BARRA ni Ni Li (EA)i n i N i Li
( EA )i
5 0 0 2,0 2 x 10 6 0
6 0 0 2 2 2 x 10 6 0
7 0 0 4,0 2 x 10 6 0
8 0 0 2 2 2 x 10 6 0
9 0 0 2,0 2 x 10 6 0
- 54 -
10 0,7071 106,07 2 2 2 x 10 6 10,61 x 10 -5
33,281 x 10 -5
=
0,25 n1 = 0,125 n7 = 0
HA = 0
n2 = 0,125 n8 = 0
n3 = -0,125 n9 = 0
V A =-0,125 VE = 0,125
n4 = -0,125 n10 = - 0,1768
n5 = 0 n11 = - 0,1768
0,25 n6 = 0 n12 = 0,1768
n13 = 0,1768
Montando o quadro:
- 55 -
BARRA ni Ni Li (EA)i n i N i Li
( EA )i
5 0 0 2,0 2 x 10 6 0
6 0 0 2 2 2 x 10 6 0
7 0 0 4,0 2 x 10 6 0
8 0 0 2 2 2 x 10 6 0
9 0 0 2,0 2 x 10 6 0
-3,536 x 10 -5
=
13
ni N i
7 Li 3 ,536 10 5 rad
i 1 ( EA )i
- 56 -
Exemplo 9.2.4 –
EA = 2,0 x 10 6 kN (constante)
60 kN
30 kN 1
A B
3 2 4 2m
C 5 D
2m
SOLUÇÃO:
FASE L: FASE U:
60 0,5 0,5
30
A A 0,5
HC = 30 HC = 0 0,5
VC = 90 VD = -30 VC = 0 VD = 0
- 57 -
Obs.: binários unitários (0,5 x 2 m) de sentidos contrários, nas barras 1 e 4 levam
ao valor da rotação relativa diretamente
BARRA ni Ni Li (EA)I n i N i Li
( EA )i
1 0 30 2,0 2 x 10 6 0
4 0 30 2,0 2 x 10 6 0
5 0,5 0 2,0 2 x 10 6 0
= 1,24 x 10 -5
5
ni N i
14 Li 1,24 10 5 rad
i 1 ( EA ) i
Exemplo 9.2.5 –
- 58 -
10 kN / m
20 kN
B I 2/A 2 C I 3/A 3 D
I 3/A 3 5m
I 1/A 1
A E
8m 8m
FASE L:
10
109,5 209,5
20
B C D 109,5 - - 209,5
- B C D
-
H E = 41,9
HA = 21,9
A E A (M) E
V A = 13,7
V E = 66,3
1 1 1 1
B C D
- 1
1
- -
HA = 0,2 HE = 0,2
A E
(m)
VA = 0 VE = 0
1 109,5 109,5
1
1 1
r
EI1 (
AB
) dx
EI 2 (
BC
) dx
1 209,5 1 209,5
*
1 1
EI 3 (
CD
) dx
EI 3 (
DE
) dx
- 59 -
* O diagrama M da barra CD deve ser decomposto. Portanto, a integral da
barra CD fica:
1 209,5
1
1
( ) dx ( 80 ) dx ]
EI 3 CD CD
1 2 r 1 2
C v d
V LN
é, muitas vezes, avaliada considerando-se d S dx , onde S
GA
V
( LN = tensão de cisalhamento na linha neutra, = tensão de cisalhamento
A
média, S = coeficiente de cisalhamento).
x x
dy xy - tensão de cisalhamento
dy dz dx
dx
xy
dx
y
h h LN
d
dx dx
y
dx
z x
h h
dx dx
b
- 61 -
. FASE L: (deformações causadas por Onde:
carregamento real) M = momento fletor na seção
my VQ
I Ib
= resultante = d = resultante = d
de de força na
mMy 2 vV Q 2
W int dx dy dz 2 2 dx dy dz
EI 2 GI b
- 62 -
Integrando no volume, tem-se o trabalho interno total:
mMy 2 vV Q 2
W int EI 2
V
dx dy dz 2 2 dx dy dz
V GI b
mM 2 vV Q 2
W int 2 y dy dz dx 2 2 dy dz dx
EI A GI A b
A Q2
fS 2
I A b 2 dy dz
Chamando ,
Q2 I2
A b 2 dy dz f S
A
Pode-se escrever:
Então,
mM vV
W int
estr
EI
dx
estr
fS
GA
dx
Observa-se que a parcela devida à flexão não teve o seu valor modificado
quando se integrou a tensão no volume.
Como Wext = Wint, para o caso de uma barra sujeita a força cortante e momento
fletor:
mM vV
estr
EI
dx
estr
fS
GA
dx
- 63 -
Seção
Transversal s fs
3 6
2 5
4 10
3 9
*
2 2
Atotal Atotal
Aalma Aalma
* paredes finas
Fonte: Mecânica dos Sólidos Vol. 2 - Timoshenko / Gere
Exemplo 9.3.1 –
- 64 -
D (M) = -7,875 x 10 -3
m (para a direita). Calcular agora a parcela do
deslocamento devido à influência das deformações devidas à força cortante.
5
Dados: EI = 2 x 10 kNm2 , GA = 14 x 10 5
kN (constantes) e seção transversal
6
retangular: fS .
5
50 kN
B C
3m
A D
5m
FASE L
50 kN
30
50
HA =50 kN
(V)
VA = -30 kN VD = 30 kN
FASE U
1 1
HA =-1 1
(v)
VA = 0 VD = 0
- 65 -
1 50 30 1
f
(V )
D S ( ) dx ( ____ 0 ) dx ( ____ 0 ) dx
GA AB BC CD
fS 6
(DV ) AB ( v V L ) ( 1 )( 50 ) 3
GA 5 14 10 5
(DV ) 1,286 10 4 m
deslocamento total.
Exemplo 9.3.2 –
- Propriedades geométricas:
I 155074 cm 4
- 66 -
FASE L:
45 kN/m
HA = 0
B
225
A
FASE U:
1
H A =0 0,5
5m 5m 0,5
(v) 2,5
(m)
VA=0,5 VB =0,5
mM vV
EI
dx f S
GA
dx
estr estr
. O deslocamento é composto de
duas parcelas, uma devida à flexão e
outra ao cisalhamento.
M C
- 67 -
Substituindo os valores: C 0 ,001134 m
A flecha será então: M C 0 ,018 0 ,001134 0 ,01913 m
- 68 -
10- Deslocamentos devidos a Variações de Temperatura e Deformações
Prévias
- 69 -
B B’
A
L AB - comprimento inicial
d T dx
dx d
n T dx
estr
- 71 -
d T1
T1 T1 0 : Decréscimo de temperatura
_
d T2 0 : Acréscimo de temperatura
h CG
d . Para pequenos deslocamentos,
+
( d T 2 d T 1 )
dx T2 d tg d
d T2 h
( T2 T1 )
d dx
h
( T2 T1 )
estr
m
h
dx
- 72 -
valor nulo no centro de gravidade. Cada parcela deve, então, ser tratada
separadamente. Este procedimento é mostrado na figura seguinte.
T1 (ΔT1 - ΔTCG )= T1
CG = +
TCG
( T2 T1 )
n T
estr
CG dx
estr
m
h
dx
Sendo: d TCG dx
( T2 T1 )
d dx
h
Notar que considerando-se sempre os valores de T2, T1 e TCG positivos
no caso de aumento de temperatura e negativos no caso de redução e, além
disto, T2 a variação de temperatura na face de referência, T1 a variação de
temperatura na face oposta, os sinais de d e d obtidos nas respectivas
expressões ficarão compatíveis com a convenção de sinais da força normal e do
momento fletor.
d ,
barra
d ,
barra
d ,
barra
d
barra
Exemplo 10.3.1–
Na treliça abaixo calcular o deslocamento vertical do nó C provocado por
um aumento uniforme de temperatura igual a 40 C nas barras 1 e 2.
A 1 B 2 C
EA = 2 x 10 6 kN
3 0,5 m
4 5 = 10-5 / C
D
0,5 m
E 6
1,5 m 1,5 m
FASE L:
T1 T2 40 º C
d ( T ) dx d 1 T1 dx 10 5 40 dx 4 10 4 dx
d 2 T2 dx 4 10 4 dx
HÁ = 3,0 A B 2
1
n1 = 3,0 n4 = 0
C
4
3 n2 = 3,0 n5 = -3,163
VÁ = 0 5
D n3 = 0 n6 = -3,163
E 6
HE = 3,0
VE = 1,0
N
C n d n i d i
estr i 1
( N número de barras )
N N
C n i ( T )i
i 1
dx n i ( T )i Li
i 1
onde Li é o comprimento da barra i
(i )
C n1 ( T )1 L1 n 2 ( T )2 L2
C ( 3 ,0 4 10 4 1,5 ) 2
n d
Neste caso a deformação média εx da barra é dada por e a
L i
deformação axial do elemento de barra i, ( d )i x dx e ( d )i dx , então:
L i
- 75 -
L
n
i n
n
1 n d n i d i n i dx n i i Li
estr i 1 barra i i 1 L i 0 i 1 Li
d x dx dx
L
FASE L:
n d
(1 )
n d
(2)
n d
(3)
n d
(4)
n d
(5 )
0
6 6 6
n d
(6 )
( 6 ) n6 L6 dx n6
L6
dx 0 ,01 m
0
FASE U:
Como o deslocamento procurado neste exemplo é o mesmo do exemplo
anterior (deslocamento vertical em C), a Fase U é a mesma anterior (carga
unitária vertical em C).
Substituindo os valores, como n é constante em cada barra,
N
C ni d
i 1 (i )
C n6 d
(6 )
( d para as outras barras é zero )
C 3 ,163 0 ,01
- 76 -
1,5 m
* * = 10 -5 C-1
B C
variação de temperatura na barra AB:
T1 = 40 C
1 2
T T
3m
A
T2 = 15 C
15
Seção transversal 40 cm
40
posição da barra 15 cm
40 C T1 = 12,5 C
+
+ = + +
_
Efeito de (I)
A
(I ) IC n d
estr
FASE L:
- 77 -
d AB ( T )AB dx 10 5 ( 27 ,5 ) dx d AB 2 ,75 10 4 dx
FASE U:
1,0 1,0
B C 1,5 +
+ +
A HA = 0
1,5
V A = -1,0
M A =1,5 (n) (m)
n AB = 1,0 m AB = 1,5
1,5
n BC = 0 m BC = 1,0 x
Substituindo:
3
n AB d AB 1 2 ,75 10 dx
4
IC
AB 0
Efeito de II
( II ) IIC m d
estr
FASE L:
(T2 T1 ) 10 5 ( 12 ,5 12 ,5 )
d AB dx dx
h 40
d AB 6 ,25 10 4 dx
1,5
m AB 1,5 m AB 1,0 x 0
Substituindo:
- 79 -
11- Como usar a tabela de Integrais de Produto de Duas Funções
Exemplo 11.1 -
B
A integral m M dx , para uma barra AB, para a qual
A
20 kNm
10 kN M = 20 kNm
_
Fase L: (diagrama de
A B
B A momento fletor)
20 kN
* L=2m *
m=2
2 (diagrama de
1 _ momento fletor)
Fase U:
A A B
1
2 20
2
1 1
(
0
) dx
4
m M L ( 2 ) ( 20 ) 2
4
20
b b
a a
L L L qL2
M MAX
8
Onde:
L = comprimento do trecho
Exemplo 11.2 -
L
Deseja-se calcular m M dx
0
na barra AB.
1 1
Fase U: 1 - (m)
0 0
- 81 -
1 20 30
2
(
0
) dx
30
30 20
20 _
- - = +
+ +
qL2 10 ( 2 ) 2
M MAX 5
8 8
1 20 30 1
2 2
(
0
) dx (
0
5 ) dx
1 2 1 2
m ( M1 M 2 ) L m M L ( 1 ) ( 20 30 ) 2 ( 1 ) 5 2
2 3 2 3
43.33
- 82 -