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Sumário
I– Definições Iniciais de Linhas de Influência 2
II – Formato de Linhas de Influência em Vigas 5
III – Formato de Linhas de Influência em Vigas Gerber 13
IV – Formato de Linhas de Influência em Treliças Planas 15
V– Formato de Linhas de Influência em Pórticos Planos 22
VI – Formato de Linhas de Influência em Arcos 28
Tema: Nesta 2ª semana, como eixo complementar, entenderemos a influência nos esforços
solicitantes que acarreta o carregamento móvel ao passar sobre estruturas isostáticas.
Assunto: Perceberemos o funcionamento de estruturas isostáticas planas, quando
submetidas a cargas móveis. O que por exemplo podemos citar as pontes sob ação do tráfego
rodoviário.
Competência: Ser capaz de rastrear as seções críticas devido a movimentação da carga ao longo
da estrutura isostática.
Relevância do Tema na vida profissional do(a) discente:
Os assuntos abordados serão primordiais para o dimensionamento estrutural de pontes, no
tocante ao rastreio das seções mais solicitadas e quantificar os esforços solicitantes em tais.
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LIVA
Fonte: Adaptado de (AMARAL, 2003)
LIVA
Fonte: Adaptado de (AMARAL, 2003)
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Figura 5 – Ponte Rodoviária: (a) movimentação do veículo tipo e (b) imposição do Trem-Tipo
Figura 6 – Efeito do Trem-Tipo: (a) Cargas concentradas do veículo mais relevante (veículo padrão)
e (b) carga de multidão, que representa os veículos pequenos passando sobre a ponte
Figura 7 – Linha de Influência de Momento Fletor na seção genérica S de um vão de viga: (a)
deformada via processo cinemático e (b) traçado da LIM S
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geométrico segue o mesmo princípio aplicado para o momento fletor, onde a Linha de Influência
será a imagem oposta da deformação gerada pelos esforços solicitantes nos extremos das barras. A
única mudança é que no caso do momento fletor, o eixo positivo é adotado para baixo, enquanto
no esforço cortante o eixo é adotado como positivo para cima.
Figura 8 – Linha de Influência do Esforço Cortante na seção genérica S de um vão de viga: (a)
deformada via processo cinemático e (b) traçado da LIV S
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Figura 9 – Linha de Influência para viga biapoiada: (a) geometria e indicação das seções de análise,
(b) LIMC, (c) LIV c, (d) LIMA, (e) LIV A, (f) LIMB, (g) LIV B, (h) LIRA e (i) LIRB
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Figura 10 – Linha de Influência para monoengastada: (a) geometrias analisadas, (b) LIMC, (c) LIV c,
(d) LIMengaste, (e) LIV extremidade livre , (f) LIMengaste e (g) LIV engaste
Nesta parte, apresentam-se as linhas de influência para as vigas biapoiadas com balanços
nos dois extremos, sendo listados na figura 11 quanto a seções genéricas no vão, incluindo as seções
imediatamente justapostas dos apoios. Já na figura 12 constam as linhas de influência para os
balanços, seguindo a lógica da figura 10, bem como as LI das reações de apoio.
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Figura 11 – Linha de Influência para monoengastada: (a) seçõess analisadas, (b) LIMCesq, (c) LIV
cesq, (d) LIMD, (e) LIV D , (f) LIMEesq e (g) LIV Eesq
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Figura 12 – Linha de Influência para monoengastada: (a) seções analisadas, (b) LIMAdir, (c) LIV Adir,
(d) LIMB, (e) LIV B, (f) LIV Cesq, (g) LIMBdir, (h) LIV Bdir, (i) LIMF, (j) LIV F, (k) LIMGesq, (l) LIV Gesq,
(m) LIRC e (n) LIRE
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𝑑 4 𝓋(𝑥) −𝑞(𝑥)
= (1)
𝑑𝑥 4 𝐸. 𝐼
Conforme definido inicialmente, e ilustrado nas figuras 2 e 5 (b), percebe-se que no cálculo
das linhas de influência a função do carregamento 𝑞(𝑥) é nula, por requerer apenas a movimentação
de uma carga unitária concentrada. Assim, a equação diferencial que rege as curvas da linha de
influência em vigas contínuas é expressa por:
𝑑 4 𝐿𝐼(𝑥)
=0 (2)
𝑑𝑥 4
Ao analisar a equação (2) constata-se que equações polinomiais de 3º grau (funções cúbicas)
são soluções para tal. Logo os trechos das linhas de influência são representados por parábolas
cúbicas, as quais descrevem a deformada da estrutura com a extração do vínculo em análise e
imposição de deslocamento/rotação unitária equivalente.
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Figura 14 – Exemplo de viga contínua com linhas de influência de reações verticais de apoio, no
vínculo extremo e o adjacente
Figura 15 – LI dos esforços cortantes para a viga contínua com três vãos e um balanço
Figura 16 – LI dos momentos fletores para a viga contínua com três vãos e um balanço
Para o caso das linhas de influência em vigas Gerber são necessárias as seguintes
considerações:
Figura 17 – Linha de Influência em Viga Gerber: (a) geometria e seções de análise, (b) subdivisão
em mecanismos de integração entre as barras, (c) LIR D [ADM], (d) LIMn [m], (e) LIV n [ADM], (f)
LIV s [ADM] e (g) LIMs [m]
Quando se analisam treliças planas a fim de gerar linhas de influência procede-se com o
artifício de aplicar cargas indiretamente, fazendo assim que o carregamento sempre seja imposto
na treliça de forma nodal.
Para o caso de treliças sob cargas móveis, vale-se da utilização de vigas auxiliares,
propiciando assim, que mesmo com a movimentação da carga unitária (𝑃 = 1) ao longo da treliça
ocorra apenas a incidência de cargas nodais. Em termos práticos, as vigas auxiliares simbolizam as
transversinas (vigas secundárias), que são o vigamento que dá suporte ao tabuleiro da ponte. Vide
figura 18.
Figura 18 – Esquema de Treliça Plana para atuação de carga móvel apenas nodal
Desta forma, com base no esquema apresentado na figura 18 constata-se que serão
analisadas apenas linhas de influência do esforço normal, isso para as diversas seções de barra que
constituem a treliça em análise.
Vale ressaltar que para o caso de linhas de influência de treliças planas, o procedimento
para traça-las é colocar a carga móvel 𝑃 com posicionamento genérico, o que implica em impô-la
nó a nó do contato Treliça-Viga Auxiliar. E a partir de tal sistemática, determinam-se os esforços
normais para todas as barras das treliças, isso em função da carga móvel e de seu posicionamento.
Não podendo então, apresentamos regras gerais de análise qualitativa, como foi procedido até o
momento.
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solução: Inicialmente vale ressaltar que a resolução deste problema se dará pelo posicionamento da
carga móvel 𝑃 = 1 nos pontos do vigamento secundário, gerando assim, unicamente carregamentos
nodais na treliça plana. Assim, para a treliça plana exposta na figura 20 a aplicação ocorrerá nos pontos
A, C, D, E e B. E para a determinação dos esforços normais nas três barras desejadas (2, 6 e 11)
recorre-se à resolução de Treliças via o Método das Seções.
Conforme é apresentado na figura 21 procede-se o corte na seção 𝑆 que passa pelas barras (2),
(6) e (11).
Figura 21 – Método da Seção aplicado para a determinação dos esforços normais 𝕹𝟐 , 𝕹𝟔 e 𝕹𝟏𝟏
quando a carga 𝑷 = 𝟏 está posicionada no ponto A
de qual análise conclui-se que a carga 𝑃 = 1 é absorvida integralmente pela reação de apoio A, logo:
𝔑2 = 0 (3 𝑎)
𝔑6 = 0 (3 𝑏)
𝔑11 = 0 (3 𝑐)
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Figura 22 – Método da Seção aplicado para a determinação dos esforços normais 𝕹𝟐 , 𝕹𝟔 e 𝕹𝟏𝟏
quando a carga 𝑷 = 𝟏 está posicionada no ponto C
de qual procede-se:
(+) ∑ 2. 𝑅𝐴 . 𝑎 − 𝑃. 𝑎
𝑀(𝐷) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . (2. 𝑎) − 𝑃. 𝑎 − 𝔑11 . ℎ = 0 ∴ 𝔑11 =
↷ ℎ
Usando 𝑃 = 1 e 𝑅𝐴 = 0,75 tem-se:
𝟎, 𝟓. 𝒂
𝕹𝟏𝟏 = (𝟒 𝒂)
𝒉
(+) ∑ −𝑅𝐴 . 𝑎
𝑀(𝐹) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . 𝑎 + 𝔑2 . ℎ = 0 ∴ 𝔑2 =
↷ ℎ
Usando 𝑃 = 1 e 𝑅𝐴 = 0,75 reescreve-se:
−𝟎, 𝟕𝟓. 𝒂
𝕹𝟐 = (𝟒 𝒃)
𝒉
(+) 𝑃 − 𝑅𝐴
∑ 𝐹(𝑦) = 0 ∴ 𝑅𝐴 − 𝑃 + 𝔑6 . cos 𝛼 = 0 ∴ 𝔑6 =
↑ cos 𝛼
Usando 𝑃 = 1 e 𝑅𝐴 = 0,75, e deixando em função do cosseno, exprime-se:
𝟎, 𝟐𝟓
𝕹𝟔 = (𝟒 𝒄)
𝐜𝐨𝐬 𝜶
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Figura 23 – Método da Seção aplicado para a determinação dos esforços normais 𝕹𝟐 , 𝕹𝟔 e 𝕹𝟏𝟏
quando a carga 𝑷 = 𝟏 está posicionada no ponto D
(+) ∑
𝑀(𝐷) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . (2. 𝑎) − 𝔑11 . ℎ = 0
↷
Sabendo-se que a carga 𝑃 = 1 não entra no balanço de momento e adotando 𝑅𝐴 = 0,5, tem-se:
𝒂
𝕹𝟏𝟏 = (𝟓 𝒂)
𝒉
(+)
∑ 𝑀(𝐹) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . 𝑎 + 𝔑2 . ℎ = 0
↷
No balanço de momento a 𝑃 = 1 não entra por estar após a seção de corte, e com 𝑅𝐴 = 0,5, faz-se:
−𝟎, 𝟓. 𝒂
𝕹𝟐 = (𝟓 𝒃)
𝒉
(+)
∑ 𝐹(𝑦) = 0 ∴ 𝑅𝐴 + 𝔑6 . cos 𝛼 = 0
↑
No balanço de forças verticais a 𝑃 = 1 está após a seção de corte, e sendo 𝑅𝐴 = 0,5, exprime-se:
−𝟎, 𝟓
𝕹𝟔 = (𝟓 𝒄)
𝐜𝐨𝐬 𝜶
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Figura 24 – Método da Seção aplicado para a determinação dos esforços normais 𝕹𝟐 , 𝕹𝟔 e 𝕹𝟏𝟏
quando a carga 𝑷 = 𝟏 está posicionada no ponto E
de qual obtém-se:
(+)
∑ 𝑀(𝐷) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . (2. 𝑎) − 𝔑11 . ℎ = 0
↷
Sabendo-se que 𝑅𝐴 = 0,25, tem-se:
𝟎, 𝟓. 𝒂
𝕹𝟏𝟏 = (𝟔 𝒂)
𝒉
(+) ∑
𝑀(𝐹) = 0 ∴ 𝑅𝐴 . 𝑎 + 𝔑2 . ℎ = 0
↷
Com base na reação 𝑅𝐴 = 0,5, faz-se:
−𝟎, 𝟐𝟓. 𝒂
𝕹𝟐 = (𝟔 𝒃)
𝒉
(+)
∑ 𝐹(𝑦) = 0 ∴ 𝑅𝐴 + 𝔑6 . cos 𝛼 = 0
↑
Para 𝑅𝐴 = 0,25, exprime-se:
−𝟎, 𝟐𝟓
𝕹𝟔 = (𝟔 𝒄)
𝐜𝐨𝐬 𝜶
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Neste caso observa-se que a integralidade da carga unitária (𝑃 = 1) será consumida pela reação
de apoio B, ficando 𝑅𝐵 = 1, que conduz a 𝑅𝐴 = 0. E por decorrência, via reabastecimento das
equações 6, escreve-se:
𝔑2 = 0 ; 𝔑6 = 0 ; 𝔑11 = 0 (7 𝑎 − 𝑐)
Por fim, recorrendo-se as equações (3) a (7), procede-se o traçado das LI, conforme é
apresentado na figura 25.
Figura 24 – Linhas de Influência na Treliça Plana: (a) geometria, (b) 𝑳𝑰𝕹𝟐 , (c) 𝑳𝑰𝕹𝟔 e (d) 𝑳𝑰𝕹𝟏𝟏
vale ainda ressaltar que nas Linhas de Influência os valores expressos nas equações (3) a (7) são
marcados nas posições A, C, D, E e B, respectivamente.
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O traçado de Linhas de Influência em pórticos planos ocorre mediante aplicação das duas
primeiras considerações expostas no item IV. Sendo estas:
Desta forma, pode-se com a análise qualitativa exemplificar o traçado das Linhas de
Influência: de reações de apoio, de momento fletor e de esforço cortante, isso para um pórtico plano
isostático. Vide o Exemplo 2. Cabendo ainda ressaltar, que a análise qualitativa da LI do esforço
normal, em pórticos planos, não é possível. Pois a explicação da LI da normal só pode ser realizada
mediante procedimento formal de quantificação, qual seja: O Método de M𝑢̈ ller-Breslau, e que
abordaremos no Material Didático 4.
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EXEMPLO 2: (SOUZA; ANTUNES, 2014) Para o pórtico plano apresentado na figura 27, pede-
se traçar as linhas de influência:
solução:
c) Na figura 30 é apresentada a extração do vínculo de esforço cortante na seção 𝛼, sendo nesta posição
imposto o deslocamento unitário correspondente. Ressalta-se que na figura 30 (b) consta também a
indicação dos polos de giro absoluto e de giro relativo, isso para a Linha de Influência em comento.
Figura 30 – Pórtico Plano: (a) mecanismo formado com a extração do vínculo de cortante na seção
𝜶 e (b) LIV 𝜶
Cabendo ressaltar que se pode analisar qualitativamente as Linhas de Influência: LIR A (das
reações verticais de apoio); LIMS (dos momentos fletores em seções genéricas do arco) e LIV S
(dos esforços cortantes na seção genérica S). Porém, as linhas de influência do esforço normal
(𝐿𝐼𝔑𝑆 ) e das reações horizontais de apoio (𝐿𝐼𝐻𝐴 ) só poderão ser analisadas mediante o
processamento quantitativo, qual seja, o Método de M𝑢̈ ller-Breslau que será abordado no Material
Didático 4.
Assim, no Exemplo 3 apresenta-se um arco triarticulado com eixo curvo sob a configuração
circular, objetivando-se explicar qualitativamente as Linhas de Influência da reação vertical do
apoio A, a LI do esforço cortante na rótula B, bem como a LI do momento fletor na seção 𝛼.
EXEMPLO 3: (SOUZA; ANTUNES, 1979) Para o arco triarticulado com geometria circular,
apresentado na figura 31, pede-se analisar as linhas de influência: a) LIRA b) LIV B c) LIM𝜶
Figura 31 – Geometria do arco triarticulado no formato circular, e as seções de análise
solução:
a) A explicação qualitativa da Linha de Influência da reação vertical do apoio A é exposta na figura 32,
onde após a extração do vínculo mencionado, aplica-se o deslocamento unitário correspondente e
compatibiliza-se o traçado através dos polos de giro absoluto e giro relativo.
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Figura 32 – Arco Triarticulado: (a) mecanismo decorrente da extração do vínculo 𝑹𝑨 e (b) LIRA
OBSERVAÇÃO: Como o vínculo analisado está na rótula, logo na Linha de Influência apresentada na figura 33
(b) não consta polo de giro relativo.
c) Por fim, na figura 34 consta o traçado da Linha de Influência do momento fletor na seção 𝛼.
Ressaltando-se nesta seção o giro unitário correspondente, devido a extração do vínculo de momento
fletor. Além do mais, indica-se na figura 34 (b) os polos absolutos e relativos.
Figura 34 – Arco Triarticulado: (a) mecanismo gerado com a extração do vínculo de momento fletor
na seção 𝜶 e (b) LIM𝜶
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REFERÊNCIAS
CAMPANARI, F. A. Teoria das estruturas. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985.
CAMPANARI, F. A. Teoria das estruturas. Vol. 4. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1985.
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