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ESPECIALIZAÇÃO EM ESTRUTURAS METÁLICAS

Projeto e Detalhes Construtivos

MÓDULO: Análise de Estruturas

Linhas de Influência e Estruturas Hiperestáticas

Prof. M.Sc. Paulo Cavalcante Ormonde

Fortaleza, 2017
Linhas de influência para estruturas
determinadas estaticamente
Linhas de influência
 Uma linha de influência representa a variação da reação,
cortante, momento ou deflexão em um ponto específico em um
membro à medida que uma força concentrada se desloca sobre o
membro.

 Linhas de influência têm um papel importante no projeto de


pontes, vigas de pontes rolantes, transportadores e outras
estruturas em que as cargas se deslocam através de seu vão.

 Linhas de influência representam o efeito de uma carga em


movimento apenas em um ponto especificado em um membro.
Enquanto diagramas de cortante e momento representam o efeito
de cargas fixas em todos os pontos ao longo do membro.
Linhas de influência
Exemplo:
Linhas de influência
Linhas de influência para Vigas
 Cargas. Uma vez que a linha de influência para uma função tenha
sido construída, será então possível posicionar as cargas vivas
sobre a viga que produzirão o valor máximo da função. Dois tipos
de cargas serão considerados:
1. Força concentrada. Para qualquer força concentrada F atuando
sobre a viga em qualquer posição x, o valor da função pode ser
encontrado multiplicando a ordenada da linha de influência na
posição x pela magnitude de F.
2. Carga uniforme. O valor de uma função causada por uma carga
uniforme distribuída é simplesmente a área sob a linha de
influência para a função multiplicada pela intensidade da carga
uniforme.
Linhas de influência para vigas
 Exemplo: Conforme figura abaixo, a estrutura aporticada é utilizada
como guindaste fixo. A carga sobre o guincho é de 3KN e a viga CB tem
massa de 24 kg/m. Desprezando o peso do guindaste e que em A é um Pino
e B um rolo, determinar as reações máximas em A e B e o momento
máximo na Viga em D.
Linhas de influência para vigas
Linhas de influência Qualitativas
 Chamado de princípio de Müller-Breslau, ele afirma que a linha
de influência para uma função está para a mesma escala que a
forma defletida da viga quando a função atua sobre esta.

 Por exemplo, considere a viga:

 Se a forma da linha de influência para a reação vertical em A deve


ser determinada, o pino é primeiro substituído por uma guia de
rolamento.
Linhas de influência qualitativas

 Linha de influência para Ay

 Se a forma da linha de influência para o cortante em C deve ser


determinada
Linhas de influência qualitativas
 A conexão em C pode ser simbolizada por uma guia de rolamento

 Encontramos a forma de linha de influência


Linhas de influência para Vigas de Piso

 Sistemas de piso são construídos conforme mostrado na figura


abaixo
Linhas de influência para vigas de piso

 Um modelo idealizado desse sistema é mostrado em perspectiva


na figura abaixo:
Linhas de influência para Treliças
 Como ilustrado na figura abaixo, a carga sobre o tabuleiro da
ponte é transmitida para longarinas, que por sua vez transmitem a
carga para transversinas e então para os nós ao longo da corda
inferior da treliça.
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 O efeito máximo causado por uma força concentrada móvel é
determinado multiplicando a ordenada do pico da linha de
influência pela magnitude da força.

 Cortante. Considere a viga com apoios simples com a linha de


influência associada para o cortante no ponto C na figura a seguir.

 Por tentativa e erro cada um dos três casos possíveis pode,


portanto, ser investigado.
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 Se a inclinação da linha de influência é s, então (y2 - y1) = s
(x2 - x1), e, portanto,

 Se a carga passa de um ponto onde há uma descontinuidade ou


“salto” na linha de influência, então a mudança no cortante é
simplesmente
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 O uso das equações anteriores será ilustrado relativamente à viga,
carga e linha de influência para VC,
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 O uso das equações anteriores será ilustrado relativamente à viga,
carga e linha de influência para VC,
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 O uso das equações anteriores será ilustrado relativamente à viga,
carga e linha de influência para VC,
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 O uso das equações anteriores será ilustrado relativamente à viga,
carga e linha de influência para VC,
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
 Momento. Para um movimento horizontal (x2 – x1) de uma força
concentrada P a mudança no momento, ΔM, é equivalente à

 Como exemplo, considere a viga, carga e linha de influência para


o momento no ponto C na figura a seguir.

 Os três casos de carga são mostrados na figura seguinte.


Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Influência máxima em um ponto em
consequência de uma série de cargas
concentradas
Cortante e momento máximos absolutos
 Cortante. Para uma viga em balanço o cortante máximo
absoluto ocorrerá em um ponto localizado bem próximo do
apoio fixo.

 O cortante máximo é encontrado pelo método das seções, com as


cargas posicionadas em qualquer lugar no vão.
Cortante e momento máximos absolutos
 Cortante. Para vigas com apoios simples, o cortante máximo
absoluto ocorrerá bem próximo de um dos apoios.

 Por exemplo, se as cargas são equivalentes, elas são posicionadas


em sequência, de maneira que a primeira seja colocada próxima
do apoio.
Cortante e momento máximos
absolutos
 Momento. O momento máximo absoluto para uma viga em
balanço ocorre no mesmo ponto onde o cortante máximo absoluto
ocorre, embora neste caso as cargas concentradas devam ser
posicionadas na extremidade mais distante da viga.
Cortante e momento máximos absolutos
 Momento. O momento máximo absoluto em uma viga com apoio
simples ocorre sob uma das forças concentradas, de tal maneira
que esta força posicionada sobre a viga de forma que ela e a força
resultante do sistema estejam equidistantes da linha de centro da
viga.
Estruturas Estaticamente
Indeterminadas
Estruturas estaticamente indeterminadas

 Uma estrutura de qualquer tipo é classificada como


estaticamente indeterminada quando o número de reações
desconhecidas ou forças internas excede o número de equações de
equilíbrio disponíveis para sua análise.

 A Tensão e Deflexão máximas de uma estrutura indeterminada


são em geral menores do que aquelas da sua equivalente
determinada estaticamente.

 Ela tem uma tendência de redistribuir sua carga para seus apoios
redundantes em casos onde ocorre sobrecarga ou falha de projeto.
Estruturas estaticamente indeterminadas
 Frequentemente torna-se mais caro construir os apoios e nós de
uma estrutura indeterminada em comparação com uma estrutura
determinada.

 Deve-se ter muito cuidado para evitar o recalque diferencial dos


apoios, tendo em vista que esse efeito introduzirá uma tensão
interna na estrutura.

 Ao analisar qualquer estrutura indeterminada, é necessário


satisfazer exigências de equilíbrio, compatibilidade e força-
deslocamento para a estrutura.
Estruturas estaticamente indeterminadas
 Método de força. Consiste em escrever equações que satisfazem
as exigências de força-deslocamento e compatibilidade para a
estrutura a fim de determinar as forças redundantes.

 Método do deslocamento. É baseado em primeiro escrever as


relações de força-deslocamento para os membros e então
satisfazer as exigências de equilíbrio para a estrutura.
Análise aproximada de estruturas
estaticamente indeterminadas
Uso de métodos aproximados
 Quando um modelo é usado para representar qualquer estrutura, a
análise dele deve satisfazer ambas as condições de equilíbrio e
de compatibilidade do deslocamento nos nós.

 Uma vez que o modelo seja especificado, a análise dele é


chamada de análise aproximada.

 Uma análise aproximada proporciona uma percepção quanto ao


comportamento de uma estrutura sob o efeito de uma carga.

 A análise estaticamente indeterminada de uma estrutura será


referida como análise exata, e a análise estaticamente
determinada será referida como análise aproximada.
Treliças
 Um tipo comum de treliça
frequentemente usado para
contravento lateral de um edifício
ou para contraventar as cordas
inferior e superior de uma ponte é
mostrado na figura ao lado.

 Na figura ao lado o “cortante de b + r > 2j  16 + 3 > 2.8


painel” V é suportado pela
componente vertical da força de
tração no membro a e a componente
vertical da força compressiva no
membro b.
Treliças
Dois métodos de análise são geralmente aceitáveis:

 Método 1:

 Se as diagonais são intencionalmente projetadas para serem


longas e esbeltas, é razoável presumir que elas não possam
suportar uma força compressiva; caso contrário, elas podem
facilmente flambar.

 Portanto, o cortante de painel é resistido inteiramente pela


diagonal tracionada, enquanto a diagonal comprimida é assumida
ser um membro de força zero.
Treliças
Dois métodos de análise são geralmente aceitáveis:

 Método 2:

 Se a intenção é que os membros diagonais sejam construídos


com grandes seções laminadas como cantoneiras e perfis, eles
podem ser igualmente capazes de suportar forças de tração ou
compressão.

 Aqui presumiremos que as diagonais de tração e compressão


suportam, cada uma, metade do cortante do painel.
Treliças
Exemplo:

b + r > 2j
10+3 > 2.6
Treliças

Barra EC:

Barra DB:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Um exemplo de um pórtico rígido, capaz de resistir aos efeitos
de forças laterais causadas por ventos, comumente chamado de
pórtico múltiplo da construção, é ilustrado abaixo:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada:
 Considere uma viga típica localizada dentro de um pórtico e
sujeita a uma carga vertical uniforme:
 (6 reações – 3 equações de equilíbrio = Est. Ind. de 3º grau)
 r > 3.n  6 > 3 . 1
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada:
 Para tornar a viga estaticamente determinada, exigirá três
pressupostos.
 Se as colunas são extremamente rígidas, nenhuma rotação em a
e b ocorrerá, e a curva de deflexão para a viga parecerá com:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada:
 Se, entretanto, as ligações das colunas em A e B são muito
flexíveis, então como em uma viga com apoios simples, o
momento zero ocorrerá nos apoios:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada:
 Na verdade as colunas proporcionarão alguma flexibilidade nos
apoios, e, portanto, presumiremos que o momento zero ocorra
no ponto médio entre os dois extremos:
 (0,21L +0)/2 ≈ 0,1L
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada.
 Cada viga de comprimento L pode ser modelada por um vão com
apoios simples de comprimento 0,8L pousando sobre duas
extremidades engastadas, cada uma tendo um comprimento de
0,1L:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Pressupostos para análise aproximada.
 Os três pressupostos a seguir são incorporados neste modelo:
1. Há um momento zero na viga, 0,1L do apoio esquerdo.

2. Há um momento zero na viga, 0,1L do apoio direito.

3. A viga não suporta uma força axial.

 Usando estática, as cargas internas nas vigas podem ser obtidas


agora e um projeto preliminar das suas seções transversais pode
ser feito.
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
 Exemplo: Para uma análise aproximada, os vãos em balanço suportam a
parte central da viga. Onde 0,1xL=0,1x5=0,5m. O equilíbrio exige que as
reações nas extremidades para a porção do centro sejam de 32 kN. Os vão
engastados estão sujeitos ao momento: M = 8.(0,25) + 32.(0,5) = 18kN.m.
Assim, o diagrama aproximado de momento fica conforme figura abaixo:
Cargas verticais sobre estruturas de prédios
Estruturas de pórticos e treliças
 Pórticos são frequentemente usados sobre a entrada de uma ponte
e como elemento principal de enrijecimento no projeto de
edifícios.

 Pórticos podem ter apoios de pinos, apoios fixos ou apoios com


fixação parcial.

 Com apoio de pinos:

 Um pórtico típico com apoios de pinos


 (4 reações – 3 equações de equilíbrio =
Est. Ind. De 1º grau)
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio de pinos:
 A deflexão elástica do pórtico:
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio de pinos:
 As reações Normais:
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio de pinos:
 As reações Cisalhantes (cortantes):
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio de pinos:
 Os diagramas para essa estrutura são:
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio fixo:
 Pórticos com dois apoios fixos são indeterminados estaticamente
de terceiro grau tendo em vista que há um total de seis incógnitas
nos apoios:
 (6 reações – 3 equações de equilíbrio = Est. Ind. De 3º grau)
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio fixo:
 A estrutura defletirá conforme mostrado na figura abaixo:
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio fixo:
 Os resultados são:
Estruturas de pórticos e treliças
 Com apoio fixo:
 O diagrama de momento para essa estrutura é:
Estruturas de pórticos e treliças
 Fixação parcial:
 É conservador e de certa maneira realista presumir que uma
ligeira rotação ocorra nos apoios:
Estruturas de pórticos e treliças
 Fixação parcial:
 Muitos engenheiros definem arbitrariamente a localização em h/3,
e, portanto, colocam articulações nesses pontos, e também no
centro da viga:
Estruturas de pórticos e treliças
 Treliças:
 Quando um pórtico é usado para vencer grandes distâncias, uma
treliça pode ser usada no lugar da viga horizontal:
Estruturas de pórticos e treliças
 Treliças:
 A treliça mantém as colunas retas dentro da região de ligação
quando o pórtico é sujeito ao deslocamento lateral Δ:
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método do pórtico
 Um pórtico múltiplo deflete da mesma maneira que um pórtico
simples:
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método do pórtico
 Um pórtico múltiplo deflete da mesma maneira que um pórtico
simples:
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método do pórtico
 Se considerarmos que cada pórtico múltiplo é composto de uma
série de pórticos simples:
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método do pórtico
 O método do portal para analisar pórticos múltiplos de edifícios
com apoios fixos exige os seguintes pressupostos:

1. Que uma articulação seja colocada no centro de cada viga.

2. Que uma articulação seja colocada no centro de cada coluna.

3. Que em um determinado nível de piso o cortante nas articulações


da coluna interiores seja duas vezes o das articulações das
colunas exteriores.
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método da viga em balanço
 O método da viga em balanço é baseado na mesma ação sofrida
por uma viga longa em balanço submetida a uma carga
transversal.
Cargas laterais sobre estruturas de prédios:
Método da viga em balanço
 O método da viga em balanço é adequado se a estrutura for alta e
esbelta, ou se possuir colunas com diferentes áreas de seções
transversais.

 Usando o método da viga em balanço, os pressupostos a seguir


aplicam-se a um pórtico com apoios fixos.

1. Uma articulação é colocada no centro de cada viga.


2. Uma articulação é colocada no centro de cada coluna.
3. A tensão axial em uma coluna é proporcional à sua distância do
centroide das áreas de seção transversal das colunas em um
determinado nível de piso.
Deflexões
Diagramas de deflexão e a
curva elástica
 Deflexões de estruturas podem ocorrer de várias fontes, como
cargas, temperatura, erros de fabricação, ou recalques.

 No projeto, deflexões têm de ser limitadas a fim de proporcionar


integridade e estabilidade às coberturas, e evitar fissuras em
materiais frágeis anexados como concreto, reboco ou vidro.

 A deflexão de uma estrutura é causada por seu carregamento


interno como a força normal, força cortante, ou momento fletor.

 Se parecer difícil estabelecer a curva elástica, sugerimos que o


diagrama de momento para a viga ou estrutura seja traçado
primeiro.
Diagramas de deflexão e a
curva elástica

 Um momento positivo tende a flexionar uma viga ou membro


horizontal côncavo para cima:

 Um momento negativo tende a flexionar a viga ou membro


côncavo para baixo:
Teoria da viga elástica

 Quando o momento interno M deforma o elemento da viga, cada


seção transversal permanece plana e o ângulo entre elas torna-se
dθ.
Teoria da viga elástica

 Se o material é homogêneo e comporta-se de uma maneira elástica


linear, então a lei de Hooke aplica-se

 Tendo em vista que dx = ρ dθ, então

 Tendo em vista que a inclinação da curva elástica para a maioria


das estruturas é muito pequena, usaremos a teoria das pequenas
deformações e presumiremos dυ/dx ≈ 0.
O método da integração dupla
 Convenção de sinais. Ao aplicar a equação anterior, é importante
usar o sinal apropriado para M como estabelecido pela convenção
de sinais que foi usada na derivação dessa equação.

 Além disso, lembre-se que a deflexão positiva, υ, é para cima, e


como resultado, o ângulo de inclinação positivo θ será medido no
sentido anti-horário do eixo x. A razão para isto é
O método da integração dupla

 Condições de continuidade e contorno. As constantes de


integração são determinadas avaliando as funções para inclinação
ou deslocamento em um ponto em particular na viga onde o valor
da função é conhecido.

 Estes valores são chamados de condições de contorno.

 Por exemplo, se a viga é suportada por um rolo ou pino, então é


necessário que o deslocamento seja zero nesses pontos.

 Também, em um apoio fixo a inclinação e o deslocamento são,


ambos, zero.
Teoremas de momentos das
áreas

 Teorema 1: a mudança na inclinação entre quaisquer dois pontos


na curva elástica é igual à área do diagrama M/EI entre estes dois
pontos.

 Teorema 2: o desvio vertical da tangente em um ponto (A) na


curva elástica, com relação à tangente que se estende a partir de
outro ponto (B), é igual ao “momento” da área sob o diagrama
M/EI entre os dois pontos (A e B).

 Esse momento é calculado em torno do ponto A (o ponto na curva


elástica), onde o desvio tA/B deve ser determinado.
Método da viga conjugada

 A base para o método vem da similaridade de algumas equações:

 Ou integrando,
Método da viga conjugada

 A viga conjugada é “carregada” com o diagrama M/EI derivado


da carga w sobre a viga real.

 Das comparações anteriores, podemos declarar dois teoremas


relacionados à viga conjugada, a saber,

 Teorema 1: A inclinação em um ponto na viga real é


numericamente igual ao cortante no ponto correspondente na viga
conjugada.

 Teorema 2: O deslocamento de um ponto na viga real é


numericamente igual ao momento no ponto correspondente na
viga conjugada.
Método da viga conjugada

Apoios da viga
conjugada. Conforme
mostrado na tabela ao
lado, um apoio de pino ou
rolo na extremidade da
viga real proporciona
deslocamento zero, mas a
viga tem uma inclinação
que não é zero.
Método da viga conjugada

 Apoios da viga conjugada. Apoios de vigas real e conjugada


correspondentes para outros casos são ilustrados na figura abaixo.
Análise pelo método do deslocamento:
equações de inclinação-deflexão
Análise pelo método do deslocamento:
Procedimentos gerais
 O método do deslocamento exige que as equações de equilíbrio
para a estrutura sejam satisfeitas.

 Para fazer isso, os deslocamentos desconhecidos são escritos em


função das cargas usando as relações força-deslocamento, então
essas equações são solucionadas para os deslocamentos.

 Uma vez que eles tenham sido obtidos, as cargas desconhecidas


são determinadas a partir das equações de compatibilidade usando
as relações de força-deslocamento.
Análise pelo método do deslocamento:
Procedimentos gerais

 Graus de liberdade. Quando uma estrutura está carregada,


pontos especificados nela, chamados de nós, passarão por
deslocamentos desconhecidos.

 Esses deslocamentos são referidos como graus de liberdade para


a estrutura.

 O número de incógnitas é referido como o grau no qual a estrutura


é indeterminada cinematicamente.
Equações de inclinação-deflexão

 Caso geral. O método da inclinação-deflexão é assim chamado


pois ele relaciona as inclinações e deflexões desconhecidas à
carga aplicada em uma estrutura.

 A fim de desenvolver a forma geral das equações da inclinação-


deflexão, consideraremos o vão típico AB de uma viga contínua
Equações de inclinação-deflexão

 Deslocamento angular em A, θA. Considere que o nó A do


membro

 A viga conjugada é mostrada na figura a seguir.

 Isto resulta em
Equações de inclinação-deflexão

 Deslocamento angular em A, θA.

 Deslocamento angular em B, B.


Equações de inclinação-deflexão
 Deslocamento angular em B, B. Os resultados são
Equações de inclinação-deflexão
 Deslocamento linear relativo, Δ. Se o nó afastado B do membro
é deslocado em relação a A, então reações de momento e cortante
iguais mas opostas serão desenvolvidas no membro

 Somando momentos em torno de B′, temos


Equações de inclinação-deflexão
 Momentos de extremidades fixas. Considere o membro com
apoios fixos

 Tendo em vista que exigimos que a inclinação em cada


extremidade seja zero,
Equações de inclinação-deflexão

 Equação de inclinação-deflexão. Se os momentos finais devidos


a cada deslocamento e a carga forem somados, os momentos
resultantes nas extremidades podem ser escritos como

 Tendo em vista que essas duas equações são parecidas, o resultado


pode ser expresso como uma única equação,
Equações de inclinação-deflexão

 Vão extremo apoiado em pino. Ocasionalmente, um vão


extremo de uma viga ou pórtico é suportado por um pino ou rolo
na sua extremidade afastada

 Quando isso ocorre, o momento no rolo ou pino tem de ser zero.

 Isso resulta nas duas equações a seguir:


Equações de inclinação-deflexão

 Aqui o (MEF)F é igual a zero, tendo em vista que a extremidade


distante está fixada por pinos
Análise de pórticos indeslocáveis

 Um pórtico não se moverá para os lados, contanto que ele seja


adequadamente restringido.
Análise de pórticos indeslocáveis

 Nenhum movimento lateral ocorrerá em um pórtico não


restringido contanto que ele seja simétrico em relação tanto ao
carregamento quanto à geometria.
Análise de pórticos indeslocáveis
 Um pórtico se movimentará para os lados, ou será deslocado
lateralmente, quando ele ou a carga atuando sobre ele forem
assimétricos.
Análise pelo método do deslocamento:
distribuição de momento
Princípios e definições gerais

 A distribuição de momento é um método de aproximações


sucessivas que pode ser executado com qualquer grau desejado de
precisão.

 O método começa presumindo que cada nó de uma estrutura é


fixo.

 Então, travando e destravando esses nós em sucessão, os


momentos internos nos nós serão “distribuídos” e equilibrados até
que eles tenham girado para suas posições finais ou quase finais.
Princípios e definições gerais

 Convenção de sinais. Momentos no sentido horário que atuam


sobre o membro são considerados positivos e momentos no
sentido anti-horário são negativos.
Princípios e definições gerais
 Momentos de extremidade fixa (Fixed-End Moments – FEMs).
Os momentos nas “paredes” ou nós fixos de um membro
carregado são chamados de momentos de extremidades fixas.

 Observando a ação desses momentos na viga e aplicando nossa


convenção de sinais, vemos que MAB = – 1.000 N.m e MBA = +
1.000 N.m.
Princípios e definições gerais

 Fator de rigidez dos membros. Considere a viga abaixo, que está


fixada por pino em uma extremidade e é fixa em outra.

 A aplicação do momento M faz com que a extremidade A gire


através de um ângulo A. O termo entre parênteses é
Princípios e definições gerais

 Fator da rigidez do nó. Se vários membros têm ligações fixas


com um nó e cada uma de suas extremidades afastadas é fixa,
então, o fator de rigidez total no nó é a soma dos fatores de rigidez
dos membros no nó, isto é, KT = ΣK.

 Fator de distribuição (FD). Se um momento M é aplicado a um


nó com ligação fixa, os membros nele ligados vão cada um
fornecer uma porção do momento de resistência necessário para
satisfazer o equilíbrio de momentos no nó.

 Essa fração do momento de resistência total fornecida pelo


membro é chamada de fator de distribuição (FD).
Princípios e definições gerais
 Fator da rigidez relativa do membro. É mais fácil simplesmente
determinar o fator da rigidez relativa do membro e usá-lo para os
cálculos de FD.

 Fator de propagação. O fator de propagação representa a fração


de M que é “propagada” do pino para a parede.

 Logo, no caso de uma viga com a extremidade afastada fixa, o


fator de propagação é .

 O sinal de mais indica que ambos os momentos atuam na mesma


direção.
Distribuição de momento para vigas
 A distribuição de momento é baseada no princípio de
sucessivamente travar e destravar os nós de uma estrutura a fim de
permitir que os momentos nos nós sejam distribuídos e
equilibrados.

Modificações do fator de rigidez


 Membro com apoio de pino na extremidade afastada. Muitas
vigas indeterminadas têm seu vão extremo apoiado por pino como
no caso do nó B:
Modificações do fator de rigidez

 Para determinar , o cortante na viga conjugada em A′ tem de ser


determinado.

 O fator de rigidez para esta viga é


Modificações do fator de rigidez
 Viga e carregamento simétricos. Para desenvolver a
modificação de fator de rigidez apropriado, considere a viga

 O fator da rigidez para o vão central é, portanto,


Modificações do fator de rigidez

 Viga simétrica com carregamento antissimétrico. Considere a


viga

 Presumindo que esse valor seja M, a inclinação  em cada


extremidade é determinada como a seguir:

 O fator da rigidez para o vão central é


Distribuição de momento para pórticos
indeslocáveis

 A aplicação do método da distribuição de momento para


estruturas sem deslocamento lateral segue o mesmo procedimento
que aquele dado para vigas.

Distribuição de momento para pórticos


deslocáveis
 Pórticos que são assimétricos ou sujeitos
a carregamentos assimétricos têm uma
tendência a se deslocar lateralmente.
Distribuição de momento para pórticos
deslocáveis
 O pórtico na figura abaixo é, em primeiro lugar, considerada
impedida de realizar deslocamento lateral ao se aplicar um apoio
de nó artificial em C. Uma força de fixação igual, mas oposta, é,
portanto, aplicada ao pórtico
Distribuição de momento para pórticos
deslocáveis
 Pórticos com andares múltiplos. Com bastante frequência,
pórticos com múltiplos andares podem ter diversos deslocamentos
combinados independentes e, consequentemente, a análise de
distribuição de momento usando as técnicas mencionadas
envolverá mais cálculo.

 Apesar de algumas técnicas terem sido desenvolvidas para


encurtar os cálculos, é melhor solucionar esses tipos de problemas
em um computador, preferivelmente usando uma análise
matricial.

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