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PONTES

LINHAS DE INFLUÊNCIA
Prof. Esp. José Raimundo Matos de Oliveira
CONCEITOS
Linha de influencia de um efeito elástico E em uma dada
seção S é a representação gráfica ou analítica do valor deste
efeito, naquela seção S, produzido por uma carga concentrada
unitária, de cima para baixo, que percorre a estrutura.
A resolução do problema engloba duas fases distintas:

1ª Fase – dada a estrutura, o efeito e a seção S, obter sua linha


de influencia;

2ª Fase – conhecidos o trem-tipo e a linha de influencia (1ª


Fase), obter os efeitos devidos a esse trem-tipo.

Devido a sua grande simplicidade, resolveremos inicialmente


o problema da 2ª Fase.
OBTENÇÃO DOS EFEITOS – seja um trem-tipo constituído
pelas cargas concentradas P1...Pn e seja a linha de influencia
da figura abaixo:

O valor do efeito produzido por uma das cargas concentradas


é Pi x ni. Pelo principio da superposição de efeitos, quando
atuarem todas as cargas, tem-se Es =  Pi x ni.
Seja agora, o caso de um trem-tipo composto por uma carga
uniformemente distribuída q, conforme indicado abaixo.

Assim,
Sendo  a área, na linha de influencia, sob a região ocupada
pela carga (a esta área chamamos de área de influencia).

O caso geral será uma superposição das duas hipóteses


citadas anteriormente (trem-tipo composto por cargas
concentradas e distribuídas). Pode-se escrever usando o
principio da superposição de efeitos:
Para se obter, então o efeito produzido por um trem-tipo
ocupando uma dada posição sobre a linha de influencia
(conhecida), basta multiplicar cada carga concentrada do
trem-tipo pela ordenada da linha de influencia sob ela e cada
carga distribuída pela respectiva área de influencia, somando-
se os resultados.

O principio estudado até aqui é valido para estruturas


isostáticas e hiperestáticas.
O esforço solicitante na viga, depende da posição da carga P
(acidental) em planta (x, y).

Inicialmente estuda-se qual é a pior situação, ou seja, em qual


posição da seção transversal P provocará a maior carga
(reação) na viga (por exemplo) V1.
Imaginando-se um ponte constituída por duas vigas, é
possível após obter a Linha de Influência de reação de apoio,
carregá-la com o trem-tipo normativo para se obter um
conjunto de ações que é denominado TTL (Trem Tipo
Longitudinal).
Para uma seção com vigas múltiplas a análise é feita da
mesma forma que a da seção com duas vigas, a única
mudança está na influência da quantidade de transversinas e
sua rigidez (inércia) e também o fato de se ter agora estrutura
hiperestática para se traçar a linha de influência como
mostrado na figura a seguir.
Para se obter a linha de influência da reação de apoio neste
caso costuma-se usar processos simplificados como os
descritos em SAN MARTIN (1981), método de ENGESSER-
COURBON, e LEONHARDT.

O desenvolvimento dos métodos baseia-se na obtenção de


coeficientes de repartição transversal para diversos valores do
grau de rigidez.
Onde,

r – reação na seção sobre a longarina i quando a carga P = 1


ik

atua na na seção da transversina sobre a longarina k;

As tabelas 1, 2, 3 e 4, fornecem diretamente os valores r ik para


os casos de tabuleiros com 3, 4, 5 e 6 vigas principais, em
função de diversos valores do grau de rigidez.
A aplicação imediata das tabelas, (entrando com o grau de
rigidez x real), supõe:

Vigas principais simplesmente apoiadas (de vão L),


igualmente espaçadas (de e), e de inércias constantes, (J),
iguais;

Transversina única, de inércia constante (Jbarra), atuando nos


pontos médios das longarinas;
Considere o esquema de seção transversal da ponte abaixo,
acrescida de dois balanços com vão de L/7. Determinar para a
viga central:

Carga Permanente;
Trem tipo longitudinal;
Envoltória de Momento Fletor Acidental;
Envoltória final no ELU com todos os momentos fletores;
Determinação do Trem Tipo Longitudinal;

Linha de influência da reação de apoio na viga lateral


esquerda (V1) para bw = 40,0 cm (longarina) e bw = 30,0 cm
(transversina);
Utilizando-se o processo de Leonhardt, para se encontrar a
linha de influência, tem-se:
Logo, pelas tabelas de Leonhardt, temos o seguinte esquema
estrutural para a seção transversal:
Em seguida, colocamos o trem tipo classe 45 (150 kN por eixo,
75 kN por roda), na pior situação para provocar carregamento
na viga V1;

Essa situação corresponde a carregar a seção transversal com


o trem tipo o mais próximo da extremidade esquerda;
Até a próxima aula!!!

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