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Atividade Prática Supervisionada

Ponte de Macarrão

Aristides Willian do Nascimento Malar de Oliveira - D504681

Luiz Fernando Rama De Angelo – N198990

ASSIS-SP

2022
Sumário
Introdução...................................................................................................................................3
Objetivo Geral............................................................................................................................3
Objetivos Específicos................................................................................................................3
Forças de Tração e Compressão............................................................................................4
Lei de Hooke..............................................................................................................................6
Força resultante nos vários elementos da estrutura....................................................................7
Forças Perpendiculares............................................................................................................9
Equilíbrio do Corpo Rígido.....................................................................................................10
Sistemas de Apoio..................................................................................................................10
Método das Estruturas Trianguladas....................................................................................11
Estática de Estruturas.............................................................................................................11
Equações de equilíbrio...........................................................................................................11
Momento Polar.........................................................................................................................12
Treliças.....................................................................................................................................14
Treliças Planas........................................................................................................................15
Projeto de Treliças..................................................................................................................15
Elemento de Duas Forças......................................................................................................15
Método dos Nós.......................................................................................................................16
Método da Seções..................................................................................................................17
Esboço do Projeto e software usado....................................................................................18
Conclusão.................................................................................................................................19
Referências:.............................................................................................................................20

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Introdução

O tema abordado nesta Atividade Prática Supervisionada é uma ponte


de macarrão, que deve suportar pelo menos 2kg. Podemos ressaltar que
abrange uma das áreas fundamentais da Física, a Mecânica dos Sólidos, como
iremos ver no decorrer do desenvolvimento do protótipo. Abordaremos os
temas de tração e compressão, Lei de Hooke, força resultante nos vários
elementos da estrutura, e as treliças.

Objetivo Geral
Construir uma ponte de macarrão usando os conceitos de física
trabalhados durante o semestre entre outros utilizados para os cálculos da
ponte.

Objetivos Específicos
Usar e aplicar todos os conhecimentos estudados e abordados pela
Prof. Mª. Gabriela Issa Mendes. Trabalho em grupo, cada qual com sua função
para que a Ponte seja construída da maneira que atenda os requisitos.

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Forças de Tração e Compressão

Mecânica dos Sólidos é um dos ramos da Mecânica Ampliada que


estuda o comportamento dos sólidos quando estão sujeitos a diferentes tipos
de carregamento. É conhecida por diversos nomes, incluindo-se Resistência
dos Materiais e Mecânica dos Corpos Deformáveis.
Os conceitos de tensão podem ser ilustrados, de modo elementar,
considerando-se o alongamento de uma barra prismática (ver a Fig. 1-a). Uma
barra prismática tem seção constante em todo o comprimento e eixo reto.
Nesta ilustração, supõe-se a barra carregada nas extremidades por forças
axiais P, que produzem alongamento uniforme ou tração na barra. Fazendo um
corte imaginário (seção mm) na barra, normal a seu eixo, é possível isolar parte
dela como corpo livre (Fig. 1-b). A força P é aplicada na extremidade direita,
aparecendo à esquerda as forças que traduzem a ação da parte removida sore
a que ficou.
Estas forças estão distribuídas uniformemente sobre toda a seção
transversal, de modo análogo à distribuição de pressão hidrostática sobre uma
superfície imersa. A força por unidade de área é denominada tensão, sendo
comumente designada pela letra grega σ (sigma).

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Fonte: Timoshenko, Mecânica dos Sólidos,1994. Fig 1.1, página 2.

Supondo que a tensão seja uniformemente distribuída sobre toda a


seção transversal (ver a Fig. 1-b), pode se ver facilmente que a resultante é
dada pelo produto da intensidade de σ pela área, A, seção transversal da
barra. Além disso, pelo equilíbrio do corpo representando na Fig. 1-b, pode-se
também ver que o resultado deve ser igual em intensidade e oposto em sentido
à força P. Assim,

(1-1)
é a equação para a tensão uniforme numa barra prismática. Esta
equação mostra que a unidade que mede a tensão é uma força dividida por
uma área, isto é, quilograma força por centímetro quadrado (Kgf/cm²), libra por
polegada quadrada (lb/pol²); newton por metro quadrado (N/m² ou pascal) etc.
Quando a barra está sendo alongada pela força P, como na figura, a tensão
resultante é uma tensão de tração; se as forças tiverem o sentido oposto,
comprimindo a barra, a tensão é de compressão.
A condição necessária para validar a Eq. (1-1) é que a tensão σ seja
uniforme sobre toda a seção transversal da barra. Esta condição estará
preenchida se a força axial P agir no centroide* da seção transversal. Quando
a carga P não atua no centroide, aparece flexão na barra, o que exige análise
mais complicada.
O alongamento total de uma barra que suporta uma força axial será
designado pela letra grega δ (delta). Assim, o alongamento por unidade de
comprimento, ou alongamento específico, (ou alongamento relativo),
denominado deformação ε (épsilon), é calculado pela equação:

Onde L é o comprimento total da barra. Note-se que a deformação ε é

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uma quantidade adimensional, podendo ser determinada pela Eq. (1-2) caso o
alongamento seja uniforme ao longo da barra. Se a barra estiver sob tração,
ter-se-á uma deformação de compressão, o que significa que as seções
transversais adjacentes aproximações.

Lei de Hooke
Os diagramas tensão-deformação da maioria dos materiais estruturais
apresentam uma região inicial de comportamento elástico e linear. Quando um
material se comporta elasticamente e apresenta, também, uma relação linear
entre a tensão e a deformação, diz-se que é linearmente elástico. Está é uma
propriedade extremamente importante de muitos materiais sólidos, incluindo a
maioria dos metais, plásticos, madeira, concreto e cerâmicas.
A relação linear entre a tensão e a deformação, no caso de uma barra
em tração, pode ser expressa pela equação

onde E é uma constante de proporcionalidade conhecida como módulo


de elasticidade do material. Este é o coeficiente angular da parte linear do
diagrama tensão-deformação e é diferente para cada material.
Quando uma barra é carrega por tração simples, a tensão axial é σ =
P/A e a deformação específica (alongamento relativo) é ε = δ/L como vimos
nas Eqs.(1-1) e (1-2). Combinando estes resultados com a Lei de Hooke,
temos a seguinte expressão para o alongamento da barra.

Esta equação mostra que o alongamento de uma barra linearmente


elástica é diretamente proporcional à carga e ao comprimento e inversamente

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proporcional ao módulo de elasticidade e à área da seção transversal. O
produto EA é conhecido como rigidez axial da barra.
A flexibilidade da barra da Fig. 1-a é definida como a deformação
decorrente de uma carga unitária. Da Eq. (1-5), vemos que a flexibilidade é
L/EA. De modo análogo, a rijeza da barra é definida como a força necessária
para produzir uma deformação unitária; então, a rijeza é igual EA/L, que é a
recíproca da flexibilidade.

Força resultante nos vá rios elementos da estrutura

A força resultante (Fr) de um sistema de forças consiste no efeito


produzido por uma força única capaz de produzir um efeito equivalente ao das
várias forças aplicadas ao corpo.
A força resultante de um sistema de duas ou mais forças pode
determinar-se graficamente pela adição dos vetores força (adição vetorial).
Existem três situações diferentes: sistema de forças com o mesmo
ponto de aplicação, a mesma direção e o mesmo sentido; sistema de forças
com o mesmo ponto de aplicação, a mesma direção, mas de sentidos
contrários; sistema de forças com o mesmo ponto de aplicação, mas com
direções diferentes.
 O que causa movimento é determinada força, que é uma grandeza vetorial e
por isso tem as seguintes características:

Módulo: intensidade da força aplicada;

Direção: se é horizontal, diagonal ou vertical;

Sentido: para que lado a força é (direita, esquerda, cima, baixo)

Existem diversos tipos de força: de atrito, peso, atração, elástica, entre outras.
Cada uma pode causar uma certa mudança de movimento, a qual depende de algo
muito importante: a força resultante, isto é, o resultado de todas as forças aplicadas
em determinado corpo.
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Para descobrir qual a força resultante são necessários cálculos de soma
vetorial, que é a soma de vetores.

Alguns exemplos de casos:

Forças com mesma direção e sentido

Nesse caso o que se deve fazer, como mostra a figura, é somar as “setas”
(vetores), ligando o final de uma com o começo da outra. Caso os módulos das forças
tenham sido apresentados é só somar os números para ter o módulo da força
resultante, que nesses casos vai ser sempre diferente de zero, pois as forças têm
mesma direção e sentido.

Forças com mesma direção e sentidos opostos

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Nesse caso como os sentidos dos vetores são opostos, uma das forças
recebe o sinal negativo e assim se tira um pedaço do outro vetor, como é mostrado na
figura. E para saber o módulo da força resultante se subtrai os módulos das forças.
Agora, caso os vetores tenham o mesmo módulo (com sinais diferentes, pois têm
sentidos opostos), o resultado da força resultante será zero e não haverá mudança de
movimento.

Forças Perpendiculares

Já nesse caso a força resultante é calculada fazendo os dois vetores saírem


do mesmo ponto, formando um ângulo de 90° e assim fazendo um paralelogramo. A
força resultante então é o vetor que sai do ângulo e vai em direção ao ponto em que
os paralelos das duas forças se encontram. A soma dos módulos é feita através da
fórmula de Hipotenusa, sendo assim:
Fr² = F1² + F2²

É importante ressaltar o fato de que a mudança de movimento só acontece se


o resultado da força resultante for diferente de zero.

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Equilíbrio do Corpo Rígido
Um corpo rígido está em equilíbrio sob a ação das forças (aplicadas e
reativas) quando este sistema de forças é equivalente a zero, ou seja
(vetorialmente):

Ou, na sua forma escalar:

Devem ser considerados os efeitos das forças aplicadas no corpo,


assim como as reações de apoio (que funcionam, na generalidade dos casos
como incógnitas).

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Sistemas de Apoio
O efeito dos apoios exteriores pode ser considerado segundo duas
perspectivas diferentes e complementares:
• Restrição ao movimento do corpo – bloqueando um ou mais dos
movimentos independentes (de translação e de rotação) que o corpo pode
apresentar;
• Incógnitas estáticas (forças e momentos) que podem ser parciais ou
totalmente determinadas através da solução das equações de equilíbrio.

Método das Estruturas Trianguladas


Qualquer estrutura que seja construída a partir duma estrutura
triangular básica através da adição, por fases, de conjuntos de duas barras e
uma articulação é uma estrutura triangulada. Uma estrutura triangulada é
interiormente isostática. Este método pode ainda ser utilizado para, através da
comparação do número de barras em excesso/defeito relativamente a uma
estrutura triangulada análoga, nos dar o grau de hiperestática/hipoestática
interior.

Estática de Estruturas
O objetivo da Estática de Estruturas consiste na determinação das
forças de ligação – interiores, entre as várias partes (barras) e exteriores,
reações de apoio – em estruturas. Numa fase posterior pretende-se determinar
os esforços internos (forças de ligação medidas num referencial solidário com a
barra) ao longo das mesmas barras. No formato convencional conhecem-se as
ações (cargas concentradas, cargas distribuídas, etc.) e pretende-se
determinar as forças de ligação (incógnitas).

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Equações de equilíbrio
O equilíbrio de um corpo requer tanto o equilíbrio de forças, para evitar
que o corpo sofra translação ou tenha movimento acelerado ao longo de uma
trajetória retilínea ou curvilínea, como o equilíbrio de momentos, para evitar a
rotação do corpo.

∑F = Soma de todas as forças que atuam sobre o corpo.


∑M = Soma dos momentos de todas as forças em relação a um ponto qualquer
o.
Estabelecendo-se um sistemas de coordenadas x,y,z com origem no
ponto O, os vetores força e momento podem ser decompostos em
componentes ao longo dos eixos de coordenadas, e as duas equações
anteriores podem ser escritas em forma escalar.

Momento Polar

Considerando um braço de alavanca de massa desprezível d = r com


uma das extremidades fixa na origem de um sistema de referência conforme a
figura 01.

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Figura 01: representação do diagrama de forças que atuam sobre um
objeto de massa m que será forçado a se movimentar em torno de um ponto
fixo.

Consideremos que na extremidade de r há um corpo de massa m. Ao


produto da força aplicada na extremidade d da alavanca pela distância da
alavanca d e o seno do ângulo entre a linha sobre a qual está o braço de
alavanca e a direção da força aplicada chamamos torque, ou momento de
força. Um exemplo muito comum de torque é quando se aplica uma força
perpendicular ao cabo de uma chave, fazendo-a girar um parafuso em torno de
um ponto fixo, conforme na figura 02.

Figura 02: representação de uma situação comum de aplicação de


torque.

Matematicamente, o vetor torque τ é dado pelo produto vetorial entre


os vetores r e F:
τ = r.F

Que equivale a:
τ = r.F.senθ

Onde τ é o torque;

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r é a distância da força aplicada até o ponto fixo;
F é a força aplicada;
sen θ é o seno do ângulo entre a força e o braço de alavanca d.
Quando θ é 90º senθ = 1 então a equação se reduz a:
τ = F.r

Se considerarmos um braço de alavanca d com comprimento r,


teremos:

τ = F.d em N.m (no SI), observe que é a mesma dimensão de energia,


porém a unidade de energia é o joule e é simbolizada por J, no SI.

Treliças

Denomina-se treliça plana, o conjunto de elementos de construção


(barras redondas, chatas, cantoneiras, I, U, etc.), interligados entre si, sob
forma geométrica triangular, através de pinos, soldas, rebites, parafusos, que
visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de resistir a esforços
normais apenas.
A denominação treliça plana deve-se ao fato de todos os elementos do
conjunto pertencerem a um único plano. A sua utilização na prática pode ser
observada em pontes, viadutos, coberturas, guindastes, torres, etc.
A treliça é uma estrutura de elementos delgados ligados entre si pelas
extremidades. Geralmente os elementos de uma treliça são de madeira ou de
aço e em geral são unidos por uma placa de reforço com mostrado nas figuras
a e b.

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Treliças Planas
As treliças planas são aquelas que se distribuem em um plano e
geralmente são utilizadas em estruturas de telhados e pontes.

Projeto de Treliças
Hipóteses:
1). Todas as cargas são aplicadas aos nós, normalmente o peso
próprio é desprezado pois a carga suportada é bem maior que o peso do
elemento.
2). Os elementos são ligados entre si por superfícies lisas.

Elemento de Duas Forças


Devido as hipóteses simplificadoras, os elementos de uma treliça
atuam como barras de duas forças. Se uma força tende a alongar o elemento,
é chamada de força de tração. Se uma força tende a encurtar o elemento, é
chamada de força de compressão.

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Método dos Nós
A análise é realizada a partir do diagrama de corpo livre de cada nó
que compõe a treliça. São válidas as equações de equilíbrio da estática.

Determinar as reações de apoio, identificação do tipo de solicitação em


cada barra (barra tracionada ou barra comprimida) e verificação do equilíbrio
de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os cálculos pelo nó que tenha o
menor número de incógnitas.

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Método da Seções
O método das seções é utilizado para se determinar as forças atuantes
dentro de um elemento da treliça. Esse método baseia-se no princípio de que
se um corpo está em equilíbrio, qualquer parte dele também está. O método
consiste em seccionar o elemento que se deseja analisar na treliça e aplicar as
equações de equilíbrio na região seccionada.
Exemplo do método das seções:

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Esboço do Projeto e software usado

A primeira ponte foi desenhada no software FTOOL EM 2D a fim de


verificar as forças de tração e compressão geradas..

O segundo desenho foi gerado no AutoCAD 3d afim se uma melhor


visualização dos planos e da profundidade.

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Foram escolhidos estes dois softwares devido a praticidade na coleta e
impressão dos resultados almejados

Conclusão

Depois de muita pesquisa e referencias adquiridas em sala de aula, podemos


então fabricar nosso projeto para suportar a carga em que foi estabelecida ou até
mesmo uma carga superior. Assim garantindo que o projeto irá funcionar.

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Referências:

http://www.engbrasil.eng.br/pp/mt/aula17.pdf acesso em 13/04/2017 as 13:38.


http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2009/artigos/687.docx acesso
em 13/04/2017 as 14:26.
http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/trelicas.pdf acesso em 20/04/2017 ás 13:42.
http://www.infoescola.com/mecanica/torque-ou-momento-de-uma-forca/
acesso em 20/04/2017 as 13:25.
Timoshenko, Mêcanica dos Sólidos, 1994.
https://www.fec.unicamp.br/~nilson/apostilas/
tracaocompressaoleidehooke.pdfacesso em 13/04/2022 as 13:16
https://www.ulmaconstruction.com.br/pt-br/formas-e-escoramentos/formas-e-
escoramentos-pontes/trelica-pontes-viadutos-mk 14/04/2022 as 16:40

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