Conforme a rigidez da
fundação vai diminuindo, vai
se concentrando no centro as
maiores pressões.
b) Profundidade de assentamento;
A medida que a profundidade aumenta, as tensões nas bordas vão 4
diminuindo, e no trecho central são inversamente proporcionais a tensão
confinante
c) Carga aplicada
Para pequenas cargas, temos no trecho central qreal = 2q0 e para grandes
cargas qreal = 3q0 .
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1. 1.2– Solos de comportamento plástico (Argilosos)
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A forma da curva qreal varia em função das seguintes variáveis:
a) Rigidez da fundação;
c) Carga Aplicada
Pode-se considerar como valores para a distribuição de pressões de contato.
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2– Fundações Diretas Rasas
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2.2 – Blocos
Para que as tensões de tração sejam resistidas pelo concreto, elas
precisam ser baixas, de modo que a altura do bloco necessita ser relativamente
grande. O bloco assim trabalhará preponderantemente à compressão. Para
economia de concreto, os blocos têm geralmente a forma de pedestal, ou as
superfícies laterais inclinadas
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𝑷 + 𝒑𝒑
𝑨 = 𝒂 .𝒃 =
𝝈𝒔 𝒐𝒖 𝒂𝒅𝒎
Onde :
𝑷
𝑨 = 𝒂 .𝒃 =
𝝈𝒔 𝒐𝒖 𝒂𝒅𝒎
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Sendo assim, podemos, não ocorrendo restrições de divisas, podem ser
reescritas do seguinte modo:
1. Pilares quadrados ou circulares
Neste caso, quando não existe limitação de espaço, a sapata poderá ser
quadrada, cujo lado será:
𝑷
𝒂=
𝝈𝒔
2. Pilar de seção retangular
𝑃
𝑎𝑥𝑏 =
𝜎𝑠
𝑎 − 𝑎0 = 2𝑑
𝑏 − 𝑏0 = 2𝑑
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Onde : a – b = a0 – b0
3 – Pilares com seções em L, Z, U
Este caso, recai no anterior, substituindo o pilar real , por um fictício
de forma retangular circunscrito ao mesmo que tenha seu CG ( centro de
gravidade) com o centro do pilar em questão.
Um limite para a sapata retangular é que a dimensão maior da base
não supere cinco vezes a largura (A ≤ 5B). Quando A > 5B, é chamada sapata
corrida.
Para sapata sob pilar de edifícios de múltiplos pavimentos existe a
recomendação de que a dimensão mínima em planta seja de 80 cm. Para a NBR
6122 , a menor dimensão não deve ser inferior a 60 cm.
O centro de gravidade (CG) do pilar deve coincidir com o centro de
gravidade da base da sapata, para qualquer forma do pilar .
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Figura 5 – Sapatas isoladas com o CG do pilar coincidente com
o CG da sapata .
Inicialmente, vamos calcular as coordenadas
x e y do centro de carga.
𝑃2 𝑃2
𝑥= 𝑑1 e ; 𝑦 = 𝑑2
𝑃1 +𝑃2 𝑃1 +𝑃2
A interseção das coordenadas x e y sempre
estará localizada sobre o eixo da viga de rigidez
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Figura 11 – Sapata associada com viga de rigidez (VR).
2.3.4 -Sapata com Viga Alavanca ou de Equilíbrio
Segundo a NBR 6122 (3.3.6), viga alavanca ou de viga de equilíbrio
é o “elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos
de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da
utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das
cargas dos pilares nelas atuantes.”
A viga alavanca é de aplicação comum no caso de pilar posicionado na
divisa de terreno, onde ocorre uma excentricidade (e) entre o ponto de aplicação
de carga do pilar (N) e o centro geométrico da sapata. O momento fletor
resultante da excentricidade é equilibrado e resistido pela viga alavanca, que na
outra extremidade é geralmente vinculada a um pilar interno da edificação, ou no
caso de ausência deste, vinculada a um elemento que fixe a extremidade da viga
no solo.
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Figura 12 – Pilar de divisa sobre sapata combinada com viga alavanca (VA).
2.4 - Classificação Relativa à Rigidez
A classificação das sapatas relativamente à rigidez é muito
importante, porque direciona a forma como a distribuição de tensões na
interface base da sapata/solo deve ser considerada, bem como o procedimento
ou método adotado no dimensionamento estrutural.
A NBR 6118 (item 22.6.1) classifica as sapatas como rígidas ou
flexíveis, sendo rígida a que atende a equação:
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A Eq. deve também ser verificada relativamente às dimensões B e bp
da outra direção da sapata, sendo que para ser classificada como rígida a
equação deve ser atendida em ambas as direções. No caso da equação não se
verificar para as duas direções, a sapata será considerada flexível.
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Figura 13 – Dimensões da sapata
As sapatas rígidas têm a preferência no projeto de fundações, por
serem menos deformáveis, menos sujeitas à ruptura por punção e mais seguras.
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2.5.1- Sapatas Rígidas
Conforme o item 22.6.2.2 da NBR 6118, o comportamento estrutural
das sapatas rígidas pode ser descrito como:
“a) trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, para cada uma delas,
a tração na flexão seja uniformemente distribuída na largura correspondente da
sapata. Essa hipótese não se aplica à compressão na flexão, que se concentra
mais na região do pilar que se apoia na sapata e não se aplica também ao caso
de sapatas muito alongadas em relação à forma do pilar;
b) trabalho ao cisalhamento também em duas direções, não apresentando
ruptura por tração diagonal,10 e sim por compressão diagonal verificada
conforme 19.5.3.1. Isso ocorre porque a sapata rígida fica inteiramente dentro do
cone hipotético de punção, não havendo, portanto, possibilidade física de
punção”.
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Como se observa na Figura a seguir , as trajetórias inclinadas das
tensões principais de compressão justificam a inclinação das superfícies
superiores da sapata, com a consequente economia de concreto.
No caso de sapatas
alongadas, ou seja,
onde a dimensão a é
muito superior à
dimensão b , a
tração uniforme não
deve ser admitida.
Figura15 – Trajetórias das tensões principais e tensão de tração (σct,f) uniforme na sapata
rígida não alongada
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2.5.2 - Sapatas Flexíveis
Segundo a NBR 6118 (item 22.6.2.3), o comportamento estrutural das
sapatas flexíveis pode ser descrito como:
“a) Trabalho à flexão nas duas direções, não sendo possível admitir tração na
flexão uniformemente distribuída na largura correspondente da sapata. A
concentração de flexão junto ao pilar deve ser, em princípio, avaliada;
b) Trabalho ao cisalhamento que pode ser descrito pelo fenômeno da punção.
A distribuição plana de tensões no contato sapata-solo deve ser verificada .
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Figura 16 – Momento fletor na sapata flexível
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A sapata pode romper por efeito de força cortante como uma viga larga
ou por puncionamento
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2. 6 - Detalhes Construtivos
A NBR 6122 (item 7.7.3) estabelece que “Todas as partes da fundação
superficial (rasa ou direta) em contato com o solo (sapatas, vigas de equilíbrio,
etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural com no
mínimo 5 cm de espessura, a ser lançado sobre toda a superfície de contato
solo-fundação. No caso de rocha, esse lastro deve servir para regularização da
superfície e, portanto, pode ter espessura variável, no entanto observado um
mínimo de 5 cm.”
No item 7.7.2,temos: “Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo
quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser
inferior a 1,5 m. Em casos de obras cujas sapatas ou blocos estejam
majoritariamente previstas com dimensões inferiores a 1,0 m, essa
profundidade mínima pode ser reduzida.” O Anexo A da NBR 6122 apresenta
procedimentos executivos relativos às fundações superficiais.
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A superfície de topo da sapata deve ter um plano horizontal (mesa)
maior que a seção transversal do pilar, com pelo menos 2,5 ou 3 cm, que facilita
a montagem e apoio da fôrma do pilar .
Para evitar a possível ruptura nos lados da sapata é importante executar
as faces extremas em superfície vertical, com a seguinte sugestão para ho .
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Figura 19 – Posicionamento de viga em relação à sapata
FIM
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