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1 INTRODUÇÃO
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Fundações, Obras de Terra e Pavimentos
d
L Qs
Qp
Caso a carga aplicada seja de tração ou de arrancamento, a única força resistente será
a de atrito lateral, com sentido inverso ao mostrado na Figura 1, além do peso próprio da
fundação. Se a base for alargada, tem-se também o esforço de arrancamento da base.
2.1.1 Generalidades
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com a Prova de Carga Estática Realizada em Estacas Pré-Moldadas
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solo, variando de 3,30 Kgf/cm2 para as argilas até 10,00 Kgf/cm2 para as areias; e N = valor do
q
SPT para o solo da ponta da estaca. Assim, a resistência de ponta é dada por: q p = c e a
F1
α .q c
resistência lateral é dada por: fs = , onde α é adotado também, em função do tipo de
F2
solo, variando de 1,40 % para as areias até 4,00 % para as argilas; e N = média dos valores do
SPT na camada de embutimento da estaca.
Tabela 1 - Valores de F1 e F2
Tipo de estacas F1 F2
Franki 2,50 5,00
Pré-moldadas ou metálicas 1,75 3,50
Escavadas 3,00 6,00
A maior dificuldade encontrada para o uso correto deste método está na classificação
correta dos tipos de solos envolvidos. Para isto, NIXON (1982) propôs valores típicos, entre a
relação qc e N30, dada em função do tipo de solo, variando de 0,2 MPa para siltes até 1,8 MPa
para pedregulho.
Outra proposta para esta relação é fornecida por ROBERTSON e CAMPANELLA
(1983). A relação entre a resistência de ponta, qc, do ensaio de penetração do cone (CPT) e o
número de golpes (N), do amostrador padrão, dos ensaios do SPT , pode ser expressa por:
q c = K . N30 . Em que K é um coeficiente que aumenta em função do tamanho da partícula.
Apresentam, aproximadamente, valores de 0,2 MPa para siltes e 0,6 MPa para pedregulho.
A variação de qc/N30 parte do valor de d50, (diâmetro tal que 50 % do solo, em massa,
têm diâmetros menores que ele), obtidos das curvas granulométricas correspondentes ao solo
na ponta das estacas.
MEYERHOF (1976) sugere que este método seja aplicado apenas para estacas
apoiadas em substrato arenoso. O valor da resistência de ponta, qp, pode ser definido em
termos do ensaio de resistência, SPT, utilizando-se da seguinte expressão:
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0,4 . N . D b
qp = ≤ 4 N , onde: N = média dos valores do SPT correspondente à profundidade da
d
ponta da estaca e à imediatamente inferior; Db = profundidade de embutimento dentro da
camada resistente; e d = largura ou diâmetro da estaca.
Meyerhof sugere um valor limite, ql, superior a 3N para siltes não plásticos e que se
adote um valor médio de SPT, numa faixa de B abaixo da ponta da estaca e 4B acima, caso o
solo apresente heterogeneidade. O valor de N deve ser corrigido segundo TERZAGHI e
N
PECK (1967). Daí, para as estacas cravadas a resistência lateral é dada por: fs = em que
50
N = valor do SPT médio na região de embutimento da estaca.
N
O atrito lateral unitário é dado por: f s = + 1 em que N = SPT médio ao longo do
3
fuste.
Para valores de N ≤ 3, adotar N = 3, e para valores > 50, adotar N = 50.
O método utilizado consiste, também, em se adotar coeficientes de segurança, F1 e F2,
relativos, respectivamente, ao atrito lateral e à ponta da estaca.
Qs Q p
Daí, a equação final para o cálculo da carga admissível será: Qadm = + .
F1 F2
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2.2.1 Generalidades
2.2.2 Nega
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por atrito, necessárias para vencer a inércia da estaca, introduzida na massa do solo, conforme
a seguinte equação: M . H = R d .s + perdas .
2.2.3 Repique
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E ⋅ Ω
2 – Redtenbacher 2 Ees 3,00
2 2⋅ M ⋅ H l
Rd = −s + s + ⋅
l M+ P E ⋅ Ω
2.3.1 Generalidades
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Para a realização deste trabalho foram executados dois furos de sondagens (SPT)
distantes de 1,00 m das estacas a serem ensaiadas (Figura 3). As amostras deformadas obtidas
deste ensaio foram utilizadas para os ensaios de granulometria.
4 ESTACAS ENSAIADAS
4 ESTACAS ENSAIADAS
4.1 Características da estaca ensaiada
Foram feitos ensaios sobre duas estacas, cujas características estão apresentadas na
Tabela 4, sendo uma estaca ensaiada para a carga de trabalho (400 kN) e a outra até à ruptura.
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5 PROVAS DE CARGA
A execução das provas de carga foram baseadas de acordo com a norma. As estacas
ensaiadas foram submetidas a carregamentos lentos.
Para se qualificar o comportamento elástico do solo, foram feitos, primeiramente, 5
estágios de carregamento com 80 kN em cada estágio, até 400 kN e 5 estágios de
descarregamento. Em seguida, iniciou-se um novo carregamento até a carga estimada de
ruptura, ou seja, 1040 kN (Figura 4).
6 RESULTADOS E ANÁLISES
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C a rg a (kN )
0 20 0 400 600 800 10 00 12 00
100 300 500 7 00 9 00 11 00
0 .0 0
A
C
2 .0 0
B
4 .0 0
D
6 .0 0
8 .0 0
R e c a lq u e (m m )
1 0 .0 0
1 2 .0 0 F
1 4 .0 0
1 6 .0 0
1 8 .0 0
2 0 .0 0
2 2 .0 0
E
2 4 .0 0
2 6 .0 0
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7 CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
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REFERÊNCIAS
AOKI, N., VELLOSO, D. A. An aproximate method to estimate the bearing capacity of piles.
In: CONGRESSO PANAMERICANO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA
DE FUNDAÇÕES, 5, 1975, Buenos Aires. Proceedings... Buenos Aires: General Report,
1975. v.1, p. 367-376.
DÉCOURT, L. Prediction of the bearing capacity of piles based exclusively on N values of the
SPT. In: EUROPEAN SIMPOSIUM OF PENETRATION TEST, 2, 1982, Amsterdam.
Proceedings... Amsterdam: [s.n.], 1982. p. 19-34.
TERZAGHI, K., PECK, R. B. Soil mechanics in engineering practice. New York: John
Wiley and Sons, 1967. 729 p.
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