Você está na página 1de 134

ESTACAS ESCAVADAS DE

GRANDE DIÂMETRO,
ESTACAS-BARRETE E
ESTACAS - RAIZ

Engº Frederico Falconi


MSc. Engª Marianna Silva Dias
INTRODUÇÃO

- O QUE É FUNDAÇÃO?
São elementos estruturais cuja função é transmitir para o terreno, as ações atuantes
na estrutura. Uma fundação deve transferir e distribuir seguramente as ações da
superestrutura ao solo, de modo que não cause recalques prejudiciais ao sistema
estrutural, ou ruptura do solo
A escolha do tipo de fundação deve considerar aspectos que vão desde a natureza
do solos até o orçamento completo da obra. Deverão ser conhecidos pelo menos:

Natureza e características do solo no local da obra


Posicionamento do lençol freático
Disposição, grandeza e natureza das cargas a serem transferidas ao subsolo
Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado e as restrições técnicas
impostas a cada tipo de fundação
Orçamento completo (material, mão-de-obra, transporte) das soluções possíveis
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE

DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS

Essas estacas são executadas geralmente quando se tem cargas


elevadas e condições adversas do subsolo que tornam difícil e/ou
antieconômico o o uso de outros tipos de fundação.

Trata- se de estacas moldadas in loco com uso de fluido estabilizante


(lama bentonítica ou polímero) cuja função é estabilizar as paredes das
escavações, garantir a boa qualidade das peças executadas por
concretagem submersa e manter resíduos da escavação em
suspensão, evitando sua deposição no fundo da escavação. Esse
tipo de estaca não causa vibração, porém necessita de área
relativamente grande para a instalação dos equipamentos e acessórios
necessários à sua execução.

Recentemente, devido a degradação ambiental, procura-se


desenvolver a utilização de polímeros para substituição total
ou parcial da lama bentonítica.
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Limites para as Características da Lama Bentonítica nas Estacas Escavadas:

• Densidade 1,025 a 1,10 g/cm³ - Balança de lama


• Viscosidade 30 a 90 seg – Funil de Marsh
• pH 7 a 11 – Papel pH
• Teor de areia < 3% - Baroid Sand Content

Características Concreto nas Estacas Escavadas:

• fck > 20 MPa


• Consumo mínimo de cimento = 400kg/m³
• Abatimento (“Slump-test”) 22 + 3cm

• Fator água/cimento = 0,6


• Diâmetro máximo do agregado não superior a 10% do
diâmetro interno do tubo tremonha. Recentemente
estabeleceu-se pedra 1, com dimensão máxima característica
19mm.
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE

Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo

42,0m de armação
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Procedimento em solo
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Exemplo obra
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Exemplo obra
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE

Exemplo obra
ESTACAS ESCAVADAS DE GRANDE DIÂMETRO E
BARRETE
Perfuração em solo e rocha alterada
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA

TESTEMUNHO DE SONDAGEM ROCHA ALTERADA


CASOS DE OBRA

ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA


CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA ALTERADA
CASOS DE OBRA
Boletim de concretagem
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
TESTEMUNHO DE SONDAGEM - ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA

ESTACÃO EM ROCHA SÃ
CASOS DE OBRA
ESTACÃO EM ROCHA SÃ
ESTACAS BARRETE

EQUIPAMENTO - PERFURAÇÃO EM SOLO


ESTACAS BARRETE
EQUIPAMENTO
PERFURAÇÃO EM SOLO
ESTACAS BARRETE
EQUIPAMENTO - PERFURAÇÃO
EM ROCHA
ESTACAS BARRETE
COMPOSIÇÕES DE ESTACAS BARRETE
CAPACIDADE DE CARGA DOS
SOLOS
σr é a tensão que aplicada ao solo mediante o carregamento de uma placa,
causa ruptura do mesmo. A tensão admissível é dada por:

sadm = sr/n, onde “n” = fator de segurança, geralmente 2 a 3

A tensão admissível no solo pode ser determinada por:

Fórmulas teóricas

Provas de carga

Experiência Acumulada

Fórmulas empíricas (Correlações SPT , CPT e outros)


CAPACIDADE DE CARGA DE
ESTACAS ISOLADAS
As estacas usuais podem ser classificadas em duas categorias:

Estacas de deslocamento – são aquelas introduzidas no terreno através de


algum processo que desloca lateralmente e não retire o solo, por ex. pré
moldadas, metálicas, Franki, ômega,
Estacas escavadas. São aquelas executadas “in situ” através da perfuração do
terreno com remoção de material com ou sem revestimento, com ou sem a
utilização de fluído estabilizante. Ex: strauss, barretes, estacões, estacas
escavadas com trado espiral de pequeno diâmetro, etc
Uma estaca submetida a um carregamento vertical irá resistira a essa solicitação
parcialmente pela resistência ao cisalhamento gerada o longo de seu fuste e
parcialmente pelas tensões normais geradas ao nível de sua ponta. Ou seja, a
capacidade de carga de uma estaca (Qr) é definida como:

Q r = Q s + Qp Para carga admissível


(QAD) acrescentar o fator de
segurança
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
O dimensionamento de fundações depende não só das propriedades do
solo, como também das características da estaca. Então a capacidade de
carga de uma estaca será :
Qp Qs
Qr = qp.Ap + qs.As

Existem diversos métodos para se determinar a capacidade de carga de


estacas. No Brasil, os mais utilizados são Aoki e Veloso (1975) e Décourt e
Quaresma (1978).

Importante ressaltar que raramente os autores definem claramente o que


entendem por ruptura. Para estacas escavadas a ruptura física jamais ocorre. A
ruptura considerada é a convencional, ou seja, a carga correspondente a um
deslocamento do topo da estaca de 10% de seu diâmetro para argilas e 30% de
seu diâmetro para solos granulares
Na ausência de alguma citação específica admitiremos por ruptura,
sempre a convencional
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
Aoki e Velloso
Para Aoki e Velloso,1975, tanto a resistência de ponta (qp) quanto o atrito lateral (qs)
são avaliados em função da tensão de ponta (qc) do ensaio de penetração do cone
(CPT)
Para se levar em conta as diferenças entre a estaca e o cone foram definidos os
coeficientes F1 e F2 onde:

qp= qc/F1 qs= qc/F2

Os valores padrão de F1 e F2 são:

F1 = 1,75 F2 = 3,5

O coeficiente a estabelecido por Begemann (1965), foi criado para correlacionar o


atrito local do cone com a tensão de ponta qc. Portanto teremos:

qp= qc/1,75 qs= a qc/3,5


CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
Aoki e Velloso
Na ausência de ensaio CPT, são utilizados os valores
de NSPT de acordo com a seguinte correlação:
qc= K*N
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS

Décourt e Quaresma
Décourt e Quaresma desenvolveram um método de capacidade de carga com
base nos valores de N SPT
Originalmente o método foi desenvolvido para estacas de deslocamento,
alguns estudos tentaram adequar o método a outros tipos de estacas e
também ao ensaio SPT-T
A tensão de ruptura de ponta é dada por :

qp = K*N
N = ao número de golpes
médio junto a ponta
O atrito lateral unitário é dado por:

qs = N/3 +1
N = ao número de golpes
médio ao longo do fuste
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
Onde K, é função do tipo de solo, Tabela abaixo

N = Nspt ou N = T(kgf.m)/1,2 (para ensaio SPT-T)

QAD = qs/1,3 + qp/4


CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS

Importante:
Qualquer que seja o método utilizado para o dimensionamento da estaca
padrão, é recomendável que para outros tipos de estacas sejam
considerados os coeficientes a e b.
Os coeficientes a e b, são coeficientes de majoração ou minoração para a reação
de ponta de ponta (qp) e atrito lateral unitário (qs), respectivamente. Esses
coeficientes permitem estender os cálculos efetuados para a estaca padrão para
outros tipos de estaca.

Por exemplo para o método de Décourt teríamos:

Qr = a qp.Ap + bqs.As
Os diversos valores de a e b sugeridos para os diversos tipos de estacas estão
apresentados nas tabelas a seguir
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS

Valores de a em função do tipo de estaca e Valores de b em função do tipo


do tipo de solo de estaca e do tipo de solo
EXEMPLO - OBRA ESTACÃO

Parte 1
EXEMPLO – OBRA ESTACÃO

Parte 2
EXEMPLO – OBRA ESTACÃO

Parte 3
EXEMPLO – OBRA ESTACÃO

Parte 4
80cm 140cm

80cm p/ 250tf
140cm p/ 769tf

516,4/2 = 258,2tf
2558/2 = 1276tf

290/1,3+133/4 626/1,3+1847/
= 256tf = 943tf

50
49
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar o comprimento mínimo de uma estaca escavada pelos métodos de Decourt
e Quaresma e Aoki e Velloso, para o perfil abaixo, dados:

Estaca circular f 80cm


Capacidade de carga estrutural da estaca
= 250tf
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Solução Parcela ponta Qp:
N = a(60+49+60) / 3 = 56,3
Decourt e Quaresma
Lembrando que: Qr = Qs + Qp = b.qs.As + a.qp.Ap Qp = 0,6x(3,14x0,82/4) x 56,3 x 25 = 424 tf

Parcela atrito lateral Qs: QAD = 225,2/1,3 + 424/4 = 279tf


N1 = (3+5+3+3+3)/5 = 3,4
P/ Décourt comp. mínimo = 16,0m
q1 = (3,4/3) + 1 = 2,13
Qs1 = 0,9 x 2,13 x (3,14 x 0,8) x 5,52 = 26,6tf

N2 = 15
q 2= (15/3) + 1 = 6
Qs2 = 0,6 x 6 x (3,14 x 0,8) x 1,39 = 12,6tf

N3 = (7+13+14+19+23+45+31+35+49+60) / 10 = 29,6
q 3= (29,5/3) + 1 = 10,86
Qs3 = 0,75 x 10,86 x (3,14 x 0,8) x 9,09 = 186tf

Qsf = 26,6 + 12,6 + 186 = 225,2tf


EXERCÍCIO RESOLVIDO
Solução Parcela ponta Qp: ( K x N )/F1

Aoki e Velloso Qp = (45 x 60) x (3,14x0,82/4) / 3,0 = 452,16tf


Lembrando que: Qr = Qs + Qp = qs.As + qp.Ap
QAD =(160,10 + 452,16)/2 = 306,12 tf
Parcela atrito lateral Qs: (a x K x N x As)/F2

N1 = (3+5+2+1+2)/5 = 2,6
P/ Aoki comp. Mínimo = 16m
Qs1 = (0,03 x 33 x 2,6 x (3,14 x 0,8) x 5,52) / 6,0 = 5,94tf

N2 = 15
Qs2 = (0,028 x 50 x 15 x (3,14 x 0,8) x 1,39) / 6,0 = 12,22tf

N3 = (7+13+14+19+23+45+31+35+49+60)/10 = 29,6
Qs3 = (0,028 x 45 x 29,6 x (3,14 x 0,8 ) x 9,09 ) / 6,0 = 141,93tf

Qsf = 5,94 + 12,22 + 141,93 = 160,10 tf


EXERCÍCIO P/ RESOLVER
Para o perfil geotécnico abaixo, determinar a carga de uma estaca escavada circular
Ø= 80 cm aos 21 m de profundidade. Utilizar os métodos de Decourt e Quaresma e Aoki
e Velloso
EXERCÍCIO P/ RESOLVER

Solução
Qsf = 23,43 + 3,61 + 6,10 + 193,8 = 226,95tf
Decourt e Quaresma
Lembrando que: Qr = Qs + Qp = b.qs.As + a.qp.Ap
Parcela ponta Qp:
Parcela atrito lateral Qs: N = 0,5 x 40 x( (23+30+60) / 3) x (3,14x0,82/4 =
378,5tf
N1 = (3+3+3+5)/4 =3,5
q1 = (3,5/3) + 1 = 2,16
QAD = 226,95/1,3 + 378,5/4 = 269,2tf
Qs1 = 0,9 x 2,16 x (3,14 x 0,8) x 4,80 = 23,43tf

N2 = 3
q 2= (3/3) + 1 = 2,0
Qs2 = 0,6 x 2,0 x (3,14 x 0,8) x 1,2 = 3,61tf

N3 = 6
q 3= (6/3) + 1 = 3
Qs3 = 0,9 x 3 x (3,14 x 0,8) x 0,9 = 6,10tf

N4 = (20+22+22+18+16+17+31+32+36+24+26+33+16+23+30)/15 = 24,4
q 3= (24,4/3) + 1 = 9,12
Qs3 = 0,6 x 9,12x (3,14 x 0,8) x 14,1 = 193,81tf
EXERCÍCIO P/ RESOLVER

Solução
Aoki e Veloso Qsf = 4,47 + 1,40 + 2,23 + 201,65 = 209,75tf
Lembrando que: Qr = Qs + Qp = qs.As + qp.Ap

Parcela ponta Qp: ( K x N )/3,0


Parcela atrito lateral Qs: (a x K x N x As)/6,0

N1 = (1+1+2+5)/4 = 2,25 Qp = (50 x 30) / 3,0 x (3,14x0,82/4) = 250tf

Qs1 = (0,03 x 33 x 2,25 x (3,14 x 0,8) x 4,8) / 6,0 = 4,47tf


QAD =( 209,75 + 250)/2 = 230tf
N2 = 2
Qs2 = (0,028 x 50 x 2 x (2 x 3,14 x 0,4) x 1,2) / 6,0 = 1,40tf

N3 = 6
Qs3 = (0,03 x 33 x 6 x (3,14 x 0,8) x 0,9) / 6,0 = 2,23tf

N4 = (20+22+22+18+16+17+31+32+36+24+26+33+16+23+30)/15 = 24,4

Qs3 = (0,028 x 50 x 24,4 x (3,14 x 0,8) x 14,1) / 6 = 201,65tf


CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS EM ROCHA
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS EM ROCHA
ESTACAS-RAIZ

DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES

Estaca-raiz é uma estaca escavada moldada "in-loco", injetada com argamassa e


considerada de pequeno diâmetro, entre 100mm e 450mm, elevada capacidade
de carga baseada essencialmente na resistência por atrito lateral do terreno.

Indicada para grande variedade de situações como locais de difícil acesso,


subsolo com presença de matacões, reforço de fundações existentes entre
outros.

Se constatada a presença de rocha na ponta , pode ser empregada também


como estaca com resistência de ponta. Em ambos os casos, o cálculo de
uma fundação em estacas-raiz é semelhante ao método clássico utilizado em
outros tipos de estacas e baseia-se na capacidade de carga da mesma
isoladamente.

As estacas-raiz tem a grande vantagem de atravessar qualquer tipo de terreno


inclusive rocha, matacão, concreto armado e alvenaria. Não causam vibração
nem descompressão no terreno
ESTACAS RAIZ
PROCEDIMENTO
1. Perfuração: é realizada por rotação de tubos auxiliada por cirulação de água. Na
extremidade do tubo é acoplada uma coroa de perfuração adequada às características
geológicas da obra.
ESTACAS RAIZ
ESTACAS RAIZ
Se necessário atravessar camadas de concreto, matacões ou rocha, utiliza-se
martelo de fundo com “bits”, acoplado a hastes com diâmetro inferior ao
diâmetro interno do tubo de revestimento
ESTACAS RAIZ
PROCEDIMENTO
2. Instalação da armação: após a perfuração, continua-se com a injeção de água sem
avançar a perfuração, para limpeza do furo. A seguir instala –se a armadura constante
ou variável, ao longo do fuste
ESTACAS RAIZ
PROCEDIMENTO
3. Preenchimento com argamassa: A injeção de argamassa é efetuada sob pressão
Inicialmente, coloca-se o tubo de injeção até o fundo da perfuração lançando a
argamassa de baixo para cima até que a argamassa atravesse pela boca do tubo de
revestimento, garantido que a água ou lama seja substituída pela argamassa

Tubo de injeção
ESTACAS RAIZ
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – NECESSIDADE DE ESTACA RAIZ
parte 1
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – NECESSIDADE DE ESTACA RAIZ
Parte 2
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – NECESSIDADE DE ESTACA RAIZ
Parte 3
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – NECESSIDADE DE ESTACA RAIZ

Matacão

Matacão

Rocha
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
David Cabral – estaca raiz
O método de David Cabral é utilizado na previsão de capacidade de carga de
estacas raiz, pois leva em conta a pressão de injeção da nata de cimento
durante o processo de execução, ele considera também a variação das
camadas atravessadas pela a estaca.
A tensão de ruptura de ponta é dada por :
Qr = ql + qp

O atrito lateral unitário é dado por:


Sendo que :
ql = b0 x b1 x Nspt x Al = a x Al a = b0 x b1 x Nspt < 0,2MPa ou 2,0kgf/cm2

A carga resistida na ponta é dada por:


Sendo que :
qp = b0 x b2 x Nspt x Ap = b x Ap
b = b0 x b2 x Nspt < 5MPa ou 50kgf/cm2

b0 = 1 + 0,10t – 0,01D
CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS
ISOLADAS
David Cabral – estacas raiz
Onde:
b1 e b2 = coeficientes em função do tipo de solo
D = diâmetro final da estaca
Al = área lateral
Ap = área de ponta
t = Pressão de injeção, normalmente varia de 1 a 4 kgf/cm2

Valores de b0 Coeficientes b1 e b2
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a capacidade de carga para uma estaca raiz f 410mm , aos 20,20m de
profundidade, no perfil abaixo. Utilizar o método de David Cabral, sendo a pressão de
injeção = 1,0kgf/cm2
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Solução Nspt médio = (23+29+32+4+20+5)/6 = 21,6
ql4 = 0,7 x 8 x 21,6 x ( 3,14 x 0,41) x 5,45
David Cabral
ql4= 848
Lembrando que: Qr = Ql + Qp
Parcela de atrito
ql = b0 x b1 x Nspt x Al em KN
p/ pressão de injeção = 1kgf/cm2 e
ql5 = 0,7 x 6 x 55 x (3,14 x 0,41) x 1,62
f = 410mm tem – se da tabela b0 = 0,70 ql5 = 481

ql1 = 0,7 x 8 x 1 x (3,14 x0,41) x 1,0 Nspt médio = (40+60+60+60+60)/5 = 56


ql1 = 7,2 ql5 = 0,7 x 8 x 56 x (3,14 x 0,41) x 4,63
ql2 = 0,7 x 4 x 1 x (3,14 x 0,41) x 1,7 ql5 = 1869
ql1 = 6,1 qlf = 7,2+6,1+292+848+481+1869 = 3503kN = 350tf
Nspt médio = (6+10+4+6+9+7)/6 = 7
ql3 = 0,7 x 8 x 7 x (3,14 x 0,41) x 5,8
ql3 = 292
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Solução
David Cabral

Parcela de ponta
qp = b0 x b2 x Nspt x Ap = b x Ap
b = 0,7 x 2,8 x 60 = 117kgf/cm2

Como 117 > 50 kgf/cm2, portanto qp será:

qp = 50 x (412 x 3,14/4) = 65979kgf = 660kN = 66tf

Qr = (350 + 66,0)/2 = 208 tf

A capacidade de carga dessa estaca poderá aumentar desde que a estaca penetre em
rocha sã.
Nesse caso: qp = 0,2 a 0,5 quc onde quc = resistência a compressão simples da rocha

ql = 0,05quc < 0,05 fcj onde fcj = resistência característica do concreto aos 28 dias (20 Mpa)

ql na rocha por metro será : 0,41 x 3,14 x 1 x 100 = 128tf


EXERCÍCIO P/ RESOLVER
Determinar a capacidade de carga para uma estaca raiz f 410mm aos 19,43m de
profundidade, no perfil abaixo. Admitir que não haverá pressão de injeção. Utilizar o
método de David Cabral
EXERCÍCIO P/ RESOLVER
Solução
David Cabral
Lembrando que: Qr = Ql + Qp
Parcela de atrito
Nspt médio = (22+30)/2 = 26
ql = b0 x b1 x Nspt x Al ql5 = 0,59 x 8,0 x 26 x (3,14 x 0,41) x 2,46
ql5 = 388,65
p/ pressão de injeção = 0kgf/cm2 e
f = 410mm tem – se da tabela b0 = 0,59
Nspt médio = (30+20+18+23+60)/5 = 30,2
ql1 = 0,59 x 8,0 x 1 x (3,14 x 0,41) x 1,9 ql7 = 0,59 x 8,0 x 30,2 x (3,14 x 0,41) x 4,47
ql1 = 11,54 ql7 = 820,29

ql2 = 0,59 x 4,0 x 1 x (3,14 x 0,41) x 0,8


qlf = 11,54+2,43+696,78+1,51+388,65+820,29 =
ql1 = 2,43 1921,2 kN = 192 tf
Nspt médio = (9+16+5+4+6+7+10+23+31)/9 = 12,33
ql3 = 0,59 x 8,0 x 12,33 x (3,14 x 0,41) x 9,3
ql3 = 696,78

ql4 = 0,59 x 4,0 x 1 x (3,14 x 0,41) x 0,5


ql4 = 1,51
EXERCÍCIO P/ RESOLVER
Solução
David Cabral

Parcela de ponta
b = b0 x b2 x Nspt x Ap = b x Ap
b = 0,7 x 2,8 x 60 = 117kgf/cm2

Como 117 > 50 kgf/cm2, portanto qp será:

qp = 50 x (412 x 3,14/4) = 65979kgf = 660kN = 66tf

Qr = (192 + 66,0)/2 = 129tf


ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – ESTACAO E ESTACA-RAIZ
parte 1
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – ESTACAO E ESTACA-RAIZ
Parte 2
ESTACAS RAIZ
SONDAGEM – ESTACAO E ESTACA-RAIZ
Parte 3
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASO DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
CASOS DE OBRA
OBRIGADO!
WWW.ZACLISFALCONI.COM.BR

AGRADECIMENTOS

Geofix
FAAP
Brasfix
Brasfond
Beter
Este

Você também pode gostar