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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO

Análise de Provas de Carga à Compressão à Luz


do Conceito de Rigidez

Bárbara Nardi Melo

Campinas

2009
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO

Análise de Provas de Carga à Compressão à Luz


do Conceito de Rigidez

Bárbara Nardi Melo

Orientador: Prof. Dr. Paulo José Rocha de Albuquerque

Dissertação de mestrado apresentada à Universidade


Estadual de Campinas para obtenção do grau de Mestre
em Engenharia Civil, na área de concentração de
Geotecnia.

Campinas

2009
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP

Melo, Bárbara Melo


M491a Análise de provas de carga à compressão à luz do
conceito de rigidez / Bárbara Nardi Melo. --Campinas,
SP: [s.n.], 2009.

Orientador: Paulo José Rocha de Albuquerque.


Dissertação de Mestrado - Universidade Estadual de
Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e
Urbanismo.

1. Fundações (Engenharia). 2. Prova de carga. 3.


Capacidade de carga. 4. Compressão axial. I.
Albuquerque, Paulo José Rocha de. II. Universidade
Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil,
Arquitetura e Urbanismo. III. Título.

Título em Inglês: Compression load test analyses based on concept of rigidity


Palavras-chave em Inglês: Static load test, Load failure, Extrapolation of the load,
Concept of rigidity
Área de concentração: Geotecnia
Titulação: Mestre em Engenharia Civil
Banca examinadora: David de Carvalho, Renato Cunha
Data da defesa: 18/02/2009
Programa de Pós Graduação: Engenharia Civil

iv
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E
URBANISMO

ANÁLISE DE PROVAS DE CARGA À COMPRESSÃO À


LUZ DO CONCEITO DE RIGIDEZ

Bárbara Nardi Melo

Dissertação de Mestrado aprovada pela Banca Examinadora, constituída por:

Campinas, 18 de Fevereiro de 2009

v
A Deus, pela sua presença constante na minha
vida, por toda proteção e inspiração
concedidas.
vii
À minha mãe Marlene e ao meu pai Orlando,
pelo amor e confiança que me dedicaram
durante toda a minha vida.

ix
Ao meu irmão Júnior e toda família, Eli, Anna e
Júlia pelo apoio incondicional.

xi
Ao meu companheiro Ederson por todo carinho,
incentivo e compreensão nesta etapa tão
importante da minha vida.

xiii
“É melhor tentar e falhar,
que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão,
que sentar-se fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar,
que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco,
que em conformidade viver ..."

Martin Luther King

xv
Agradecimentos

Ao orientador, Prof. Dr. Paulo José Rocha de Albuquerque, pela confiança


dedicada a mim, desde o início, pelos ensinamentos transmitidos e pela amizade.

Ao Prof. Dr. David de Carvalho por todo envolvimento, ensinamento, apoio e


amizade.

Ao Prof. Dr. Pérsio Leister de Almeida Barros pelo auxílio na tradução na fase de
qualificação.

Ao Prof. Dr. Cláudio Vidrih Ferreira por todo incentivo.

À Profa. Dra Mirian Gonçalves Miguel pelos ensinamentos recebidos e por toda
ajuda ao longo deste trabalho.

Aos meus amigos da UNICAMP, Anderson Pereira da Silva, Brunno Bonder,


Danilo Castro Rosendo, Emanuelle Fazendeiro Donadon, Marcella Maschietto Scallet,
Michelle Alves, Roberto Kassouf, Rogério Carvalho Ribeiro Nogueira, Tiago Garcia
Rodriguez, pela ajuda durante fases importantes do trabalho.

Aos funcionários do Departamento de Geotecnia e Transportes, Cipriano, Cleide,


Edson, Mayer, Reinaldo e Vagner, por toda ajuda e amizade.

Às funcionárias da secretaria de pós-graduação, Paula Maria da Conceição


Mendes, Ana Paula Faustino, Aline Gabriele Arcanjo, por toda atenção dedicada.

Ao engenheiro consultor, Luciano Décourt, pela enorme contribuição, essencial


para a elaboração da dissertação.

xvi
Ao Prof. Dr. Adriano Souza, da UNESP de Ilha Solteira, por todo incentivo e
amizade.

Ao Prof. Dr. Antônio Anderson da Silva Segantini, da UNESP de Ilha Solteira,


pela ajuda no levantamento de dados.

Ao Prof. Dr. Dib Gebara, da UNESP de Ilha Solteira, pelo apoio nos trabalhos
das disciplinas de pós-graduação.

Aos engenheiros William e Solange, da FUNDESP, pela atenção e pelo auxílio


no levantamento de dados.

À Profa. Evany Aun pelo auxílio na revisão do texto.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES, pelo


suporte financeiro através da bolsa de estudo.

Aos meus familiares e amigos que de alguma forma contribuíram para a


realização deste trabalho.

xvii
Sumário

Lista de Figuras....................................................................................................... xxi


Lista de Tabelas...................................................................................................... xxix
Lista de Símbolos.................................................................................................... xxxi
Lista de Abreviações............................................................................................... xxxiv
Resumo................................................................................................................... xxxvi
Abstract................................................................................................................... xxxvii
1. Introdução........................................................................................................... 01
2. Revisão bibliográfica........................................................................................... 03
2.1. Fundações profundas............................................................................ 03
2.2. Estacas.................................................................................................. 05
2.3. Provas de carga..................................................................................... 07
2.4. Prova de carga estática......................................................................... 9
2.4.1. Aparelhagem............................................................................ 13
2.4.2. Procedimentos de ensaio......................................................... 18
2.5. Capacidade de carga............................................................................. 25
2.6. Ruptura do elemento de fundação........................................................ 29
2.7. Curva carga vs recalque........................................................................ 33
2.8. Métodos de determinação da capacidade de carga através da
curva carga vs recalque......................................................................... 35
2.8.1. Terzaghi (1943)....................................................................... 36
2.8.2. Código de Boston e Código de Nova Iorque............................ 37
2.8.3. Van der Veen (1953)................................................................ 37

xviii
2.8.4. Housel (1956)........................................................................... 41
2.8.5. Brinch-Hansen (1963)………………………………...…………. 42
2.8.6. De Beer (1967) e De Beer & Wallays (1972)…………..……... 43
2.8.7. Fuller & Hoy (1970)………………………………...……......…... 44
2.8.8. Chin (1970; 1971).................................................................... 44
2.8.9. Mazurkiewcs (1972)................................................................. 46
2.8.10. Davisson (1972)..................................................................... 47
2.8.11. Butler & Hoy (1977)................................................................ 49
2.8.12. Massad (1986)....................................................................... 50
2.8.13. NBR 6122/1996...................................................................... 52
2.8.14. Conceito de Rigidez............................................................... 54
3. Materiais e métodos............................................................................................ 64
3.1. Análise estatística.................................................................................. 64
3.1.1. Análise de variância................................................................. 65
3.1.2. Teste t...................................................................................... 68
3.2. Dados das provas de carga estáticas.................................................... 70
3.2.1. Provas de carga em Campinas/SP.......................................... 72
3.2.1.1. Informações Gerais.................................................... 72
3.2.1.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 72
3.2.1.3. Detalhes das provas de carga.................................... 75
3.2.2. Provas de carga no Recife/PE................................................. 77
3.2.2.1. Informações Gerais.................................................... 77
3.2.2.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 77
3.2.2.3. Detalhes das provas de carga.................................... 79
3.2.3. Provas de carga em Vitória/ES................................................ 81
3.2.3.1. Informações Gerais.................................................... 81
3.2.3.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 81
3.2.3.3. Detalhes das provas de carga.................................... 84
3.2.4. Provas de carga em Londrina/PR............................................ 85
3.2.4.1. Informações Gerais.................................................... 85
3.2.4.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 85
xix
3.2.4.3. Detalhes das provas de carga.................................... 86
3.2.5. Provas de carga Ilha Solteira/SP............................................. 88
3.2.4.1. Informações Gerais.................................................... 88
3.2.4.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 88
3.2.4.3. Detalhes das provas de carga.................................... 91
3.2.5. Prova de carga Brasília/DF...................................................... 93
3.2.4.1. Informações Gerais.................................................... 93
3.2.4.2. Análise geológica e geotécnica.................................. 93
3.2.4.3. Detalhes da prova de carga....................................... 94
4. Apresentação, análise e discussão dos resultados........................................... 95
4.1. Aplicação do método............................................................................. 96
4.2. Previsão da carga limite......................................................................... 122
4.3. Provas de carga interrompidas prematuramente................................... 127
4.3.1. Análise estatística entre a limite calculada e a
obtida em campo........................................................................ 138
4.3.2. Análise estatística entre estacas de deslocamento e
sem deslocamento..................................................................... 139
4.3.3. Análise estatística entre tipos de carregamentos...................... 142
4.4. Análise do atrito lateral............................................................................ 145
5. Conclusões.......................................................................................................... 153
Referências............................................................................................................. 155
Apêndice A – Curva carga vs recalque................................................................... 167
Apêndice B – Dados de instrumentação................................................................. 179
Anexo A – Valores de “F”........................................................................................ 187
Anexo B – Valores de “t”......................................................................................... 189
Anexo C – Curvas carga vs recalque geradas pelas equações de regressão e os
limites do domínio do atrito lateral.......................................................... 191
Anexo D – Dados de carga e recalque das provas de carga.................................. 203
Anexo E – Cálculo detalhado da PC 25.................................................................. 209

xx
Lista de Figuras

Figura 2.1: Equilíbrio estático da superestrutura (AOKI et al 2002) 03


Figura 2.2: Equilíbrio estático da fundação (AOKI et al, 2002) 04
Figura 2.3: Classificação dos principais métodos executivos de estacas
(VELLOSO & LOPES, 2002) 05
Figura 2.4: Sistemas de reação (VELLOSO & LOPES, 2002) 16
Figura 2.5: Sistema de medição para prova de carga de compressão
(VELLOSO & LOPES, 2002) 17
Figura 2.6: Curvas carga vs tempo e recalque tempo em diferentes
procedimentos de aplicação de carga (VELLOSO & LOPES,
2002) 19
Figura 2.7: Curvas carga vs recalque com diferentes velocidades de tempo
(LOPES, 1989) 24
Figura 2.8: Capacidade de carga 25
Figura 2.9: Exemplo de ruptura nítida (NOGUEIRA, 2004, apud
MENEGOTTO et al, 2001) 29
Figura 2.10: Curvas carga vs recalque (ALONSO, 1991) 30
Figura 2.11: Gráfico carga vs recalque (VARGAS, 1977) 33
Figura 2.12: Alternativas da curva carga vs recalque em provas de carga
(MAGALHÃES, 2005) 34
Figura 2.13: Curva carga vs recalque de Van de Veen (1953) (CINTRA &
AOKI, 1999) 38

xxi
Figura 2.14: Solução gráfica da equação (ALONSO, 1991) 39
Figura 2.15: Gráfico para determinar o limite do “creep” (FELLENIUS, 2006) 41
Figura 2.16: Gráfico do critério dos 80% de Brinch-Hansen (NIYAMA et al,
1996) 43
Figura 2.17: Gráfico bi logarítmico do método de De Beer (FELLENIUS, 43
2006)
Figura 2.18: Carga de ruptura segundo o método de Chin (ALONSO, 1991) 45
Figura 2.19: Método de Mazurkiewics (ZAMMATARO, 2007) 46
Figura 2.20: Carga de ruptura segundo Davisson (ALONSO, 1991) 48
Figura 2.21: Carga de ruptura de acordo com os métodos de Fuller & Hoy
(1970) e Butler & Hoy (1977), (FELLENIUS, 1980) 49
Figura 2.22: Recalques igualmente espaçados e suas cargas
correspondentes (PRESA & POUSADA, 2004) 50
Figura 2.23: Carga de ruptura de Van der Veen pelo procedimento Massad
(1986) (PRESA & POUSADA, 2004) 52
Figura 2.24: Carga de ruptura convencional (NBR 6122/1996) 53
Figura 2.25: Curva carga vs recalque 54
Figura 2.26: Método de extrapolação de Décourt (FELLENIUS, 2000) 56
Figura 2.27: Domínio de ponta e de atrito lateral no Gráfico de Rigidez 57
Figura 2.28: Análise das diversas correlações para representar o domínio da
ponta (DÉCOURT, 2008) 58
Figura 2.29: Análise das diversas correlações para representar o domínio do
atrito lateral (DÉCOURT, 2008) 59
Figura 2.30: Exemplos de estacas com atrito lateral predominante
(DÉCOURT, 2008) 61
Figura 2.31: Exemplo de fundações que não rompem (a) e de fundações que
rompem (b) (CAMPOS, 2005) 62
Figura 2.32: Prova de carga em bloco quadrado de fundação (1,0 x 1,0 m)
(DÉCOURT, 2008, apud DÉCOURT, 2001) 63
Figura 3.1: Mapa do Brasil 70
Figura 3.2: Variações do NSPT e Tres no Campo Experimental (GARCIA,
xxii
2006) 73
Figura 3.3: Resistência de ponta e de atrito lateral do CPT do Campo
Experimental da UNICAMP (CAVALCANTE et al, 2006) 74
Figura 3.4: Localização das estacas e das sondagens no Campo
Experimental da UNICAMP (ALBUQUERQUE, 2001) 75
Figura 3.5: Perfil geotécnico da área experimental do SESI-IBURA
(SOARES, 2006) 79
Figura 3.6: Localização das estacas (SOARES, 2006) 80
Figura 3.7: Localização das estacas (ALLEDI, 2004) 84
Figura 3.8: Locação das estacas teste e das estacas de reação no
CEEG/UEL (CAMPOS, 2005) 87
Figura 3.9: Perfil do solo do Campo Experimental da FEIS (CAVALVANTE
et al, 2006) 89
Figura 3.10: Resultados de sondagens SPT no Campo Experimental da FEIS
(MENEZES, 1997, apud CAVALCANTE et al, 2006) 90
Figura 3.11: Resistência de ponta e de atrito lateral do CPT do Campo
Experimental da FEIS (MENEZES, 1997, apud CAVALCANTE et
al, 2006) 90
Figura 3.12: Esquema de implantação das estacas apiloadas (SEGANTINI,
2000) 92
Figura 3.13: Esquema de implantação das estacas escavadas (SEGANTINI,
2000) 92
Figura 3.14: Perfil de solo característico do Campo Experimental da UNB
(MOTA, 2003) 94
Figura 4.1: Programa computacional para a estimativa da carga de ruptura
(Parte 1) 96
Figura 4.2: Programa computacional para a estimativa da carga de ruptura
(Parte 2) 97
Figura 4.3: PC 1 – Estaca pré-moldada protendida 2 (Campinas/SP) 103
Figura 4.4: PC 2 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 1
(Campinas/SP) 103
xxiii
Figura 4.5: PC 3 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 2
(Campinas/SP) 104
Figura 4.6: PC 4 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 3
(Campinas/SP). 104
Figura 4.7: PC 5 - Hélice contínua 1 (Campinas/SP) 105
Figura 4.8: PC 6 - Hélice contínua 2 (Campinas/SP) 105
Figura 4.9: PC 7 - Hélice contínua 3 (Campinas/SP) 106
Figura 4.10: PC 8 - Ômega 2 (Campinas/SP) 106
Figura 4.11: PC 9 - Ômega 3 (Campinas/SP) 107
Figura 4.12: PC 10 - Metálica 15 (Campinas/SP) 107
Figura 4.13: PC 11 - Metálica 15 (Campinas/SP) 108
Figura 4.14: PC 12 - Metálica 15 (Campinas/SP) 108
Figura 4.15: PC 13 - Metálica 15 (Campinas/SP) 109
Figura 4.16: PC 14 - Metálica 15 (Campinas/SP) 109
Figura 4.17: PC 15 – Raiz 1 (Campinas/SP) 110
Figura 4.18: PC 16 – Raiz 2 (Campinas/SP) 110
Figura 4.19: PC 17 – Raiz 3 (Campinas/SP) 111
Figura 4.20: PC 18 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E1
(Recife/PE) 111
Figura 4.21: PC 19 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E2
(Recife/PE) 112
Figura 4.22: PC 20 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E3
(Recife/PE) 112
Figura 4.23: PC 21 - Hélice contínua EH1 (Vitória/ES) 113
Figura 4.24: PC 22 - Hélice contínua EH2 (Vitória/ES) 113
Figura 4.25: PC 23 - Apiloada com lançamento de concreto ACL3(1)
(Londrina/PR) 114
Figura 4.26: PC 24 - Apiloada com lançamento de concreto ACL3(2)
(Londrina/PR) 114
Figura 4.27: PC 25 - Apiloada com lançamento de concreto ACL3(3)
(Londrina/PR) 115
xxiv
Figura 4.28: PC 26 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(1)
(Londrina/SP) 115
Figura 4.29: PC 27 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(2)
(Londrina/SP) 116
Figura 4.30: PC 28 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(3)
(Londrina/SP) 116
Figura 4.31: PC 29 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA6(2)
(Londrina/SP) 117
Figura 4.32: PC 30 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA6(3)
(Londrina/SP) 117
Figura 4.33: PC 31 - Apiloada de concreto CON-2 (Ilha Solteira/SP) 118
Figura 4.34: PC 32 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-1 (Ilha
Solteira/SP) 118
Figura 4.35: PC 33 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-2 (Ilha
Solteira/SP) 119
Figura 4.36: PC 34 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-3 (Ilha
Solteira/SP) 119
Figura 4.37: PC 35 - Apiloada de solo-cimento plástico SCP-2 (Ilha
Solteira/SP) 120
Figura 4.38: PC 36 - Apiloada de solo-cimento plástico SCP-3 (Ilha
Solteira/SP) 120
Figura 4.39: PC 37 - Escavada de concreto CON-1 (Ilha Solteira/SP) 121
Figura 4.40: PC 38 - Escavada de concreto CON-2 (Ilha Solteira/SP) 121
Figura 4.41: PC 39 - Escavada de concreto CON-3 (Ilha Solteira/SP) 122
Figura 4.42: PC 40 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-1 (Ilha
Solteira/SP) 122
Figura 4.43: PC 41 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-2 (Ilha
Solteira/SP) 123
Figura 4.44: PC 42 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-3 (Ilha
Solteira/SP) 123
Figura 4.45: PC 43 - Escavada E1 (Brasília/DF) 121
xxv
Figura 4.46: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e
a carga estimada pelo método para as PCs de Campinas 124
Figura 4.47: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e
a carga estimada pelo método para as PCs de Recife e Vitória 124
Figura 4.48: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e
a carga estimada pelo método para as PCs de Londrina 124
Figura 4.49: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e
a carga estimada pelo método para as PCs de Ilha Solteira 125
Figura 4.50: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e
a carga estimada pelo método para as PCs de Brasília 125
Figura 4.51: Análise baseada no limite estipulado 126
Figura 4.52: Situações de limitação da curva carga vs recalque 127
Figura 4.53: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 1 130
Figura 4.54: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 2 130
Figura 4.55: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 3 130
Figura 4.56: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 4 130
Figura 4.57: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 5 130
Figura 4.58: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 6 130
Figura 4.59: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 7 131
Figura 4.60: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 8 131
Figura 4.61: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 9 131
Figura 4.62: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 10 131
Figura 4.63: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 11 131
Figura 4.64:: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 12 131
Figura 4.65: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 13 132
Figura 4.66: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 14 132
Figura 4.67: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 15 132
Figura 4.68: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 16 132
Figura 4.69: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 17 132
Figura 4.70: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 18 132
Figura 4.71: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 19 133
xxvi
Figura 4.72: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 20 133
Figura 4.73: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 21 133
Figura 4.74: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 22 133
Figura 4.75: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 23 133
Figura 4.76: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 24 133
Figura 4.77: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 25 134
Figura 4.78: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 26 134
Figura 4.79: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 27 134
Figura 4.80: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 28 134
Figura 4.81: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 29 134
Figura 4.82: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 30 134
Figura 4.83: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 31 135
Figura 4.84: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 32 135
Figura 4.85: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 33 135
Figura 4.86: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 34 135
Figura 4.87: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 35 135
Figura 4.88: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 36 135
Figura 4.89: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 37 136
Figura 4.90: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 38 136
Figura 4.91: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 39 136
Figura 4.92: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 40 136
Figura 4.93: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 41 136
Figura 4.94: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 42 136
Figura 4.95: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 43 137
Figura 4.96: Gráfico do atrito lateral 145
Figura 4.97: Exemplo de aplicação do método na estaca escavada
(DÉCOURT, 208) 147
Figura 4.98: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 2 147
Figura 4.99: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 3 147
xxvii
Figura 4.100: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 4 148
Figura 4.101: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 5 148
Figura 4.102: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 6 148
Figura 4.103: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 7 148
Figura 4.104: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 8 149
Figura 4.105: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 9 149
Figura 4.106: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 15 149
Figura 4.107: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 16 149
Figura 4.108: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 17 150
Figura 4.109: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 21 150
Figura 4.110: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação na PC 22 150
Figura 4.111: Curva de desenvolvimento do limite superior do atrito lateral com
a deformação (PC 43 – Escavada) 150
Figura 4.112: Domínios de atrito lateral e valores medidos na instrumentação 152

xxviii
Lista de tabelas

Tabela 2.1: Classificação das estacas 06


Tabela 2.2: Condições para realização de provas de carga (MARZIONNA,
2008) 12
Tabela 2.3: Probabilidade de escolher pelo menos 1 estaca defeituosa num
universo de 100 estacas, (FLEMING et al 1992, apud SANTOS
& PEREIRA, 2002) 13
Tabela 2.4: Principais alterações do item 3.2 “Aparelhagem” da NBR 12.131 14
Tabela 2.5: Coeficientes de ponderação da capacidade de carga de
fundações 28
Tabela 3.1: Análise de variância 68
Tabela 3.2: Relação dos dados levantados 71
Tabela 3.3: Características dos ensaios no CEMSF 75
Tabela 3.4: Provas de carga instrumentadas no Campo Experimental da
UNICAMP 76
Tabela 3.5: Carta Geotécnica do Recife (GUSMÃO FILHO, 1998,
apud SOARES, 2006) 78
Tabela 3.6: Características dos ensaios no SESI-IBURA 74
Tabela 3.7: Perfil geotécnico individual da sondagem SPT da estaca EH1
(ALLEDI, 2004) 82
Tabela 3.8: Perfil geotécnico individual da sondagem SPT da estaca EH2
(ALLEDI, 2004) 83
Tabela 3.9: Características dos ensaios 75

xxix
Tabela 3.10: Resultados de sondagem SPT-T no CEEG/UEL
(CAMPOS, 2005) 86
Tabela 3.11: Características dos ensaios no CEEG/UEL 87
Tabela 3.12: Parâmetros médios dos ensaios de penetração (SEGANTINI,
2000) 89
Tabela 3.13: Características dos ensaios no Campo Experimental 91
Tabela 4.1: Dados principais das estacas ensaiadas 98
Tabela 4.2: Resultados obtidos nos ensaios e pelo Conceito de Rigidez 100
Tabela 4.3: Cargas máximas atingidas nos ensaios (Pmáx), cargas limite (Qu)
e o intervalo de análise 123
Tabela 4.4: Cargas máximas dos ensaios, cargas limite estimadas e as
respectivas porcentagens 128
Tabela 4.5: Relação entre a carga máxima aplicada no ensaio (Pmáx.) e as
cargas limites (Qu) 129
Tabela 4.6: Porcentagem de resultados dentro do intervalo estipulado 137
Tabela 4.7: Análise de variância 1 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 138
Tabela 4.8: Resultados do Teste t para o nível de significância de 1% 138
Tabela 4.9: Classificação das estacas conforme sua instalação no terreno 139
Tabela 4.10: Valores de carga limite das estacas de deslocamento 140
Tabela 4.11: Análise de variância 2 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 140
Tabela 4.12: Valores de cargas limites das estacas sem deslocamento 141
Tabela 4.13: Análise de variância 3 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 141
Tabela 4.14: Valores de carga limite obtidos por ensaio lento 142
Tabela 4.15: Análise de variância 4 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 143
Tabela 4.16: Valores de carga limite obtidos por ensaio rápido 143
Tabela 4.17: Análise de variância 5 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 143
Tabela 4.18: Valores de carga limite obtidos por ensaio misto 144
Tabela 4.19: Análise de variância 6 (entre Pmáx, I, II, III e IV) 144
Tabela 4.20: Relação das estacas instrumentadas 146
Tabela 4.21: Valores medidos e calculados de Qsc 151

xxx
Lista de símbolos

∆Q - Acréscimo de carga
∆r - Acréscimo de recalque da ponta da estaca
∆s - Constante de deslocamentos por Massad
∆ρ - Constante de deslocamentos por Mazurkiewicz
A - Área da seção transversal da estaca
Al - Área lateral da estaca
Ap - Área da seção transversal da ponta da estaca
b - Representa o intercepto, no eixo dos recalques, da reta
obtida na escala semi-logarítmica no método de Van
der Veen modificado por Aoki
C - Valor de correção
C1 - Coeficiente angular da reta
C2 - Intercepto no eixo das ordenadas
d - Diâmetro do círculo circunscrito à estaca
dQ - Incrementos de carga
E - Módulo de elasticidade
F - Resultado do ANOVA
fck - Resistência característica
fsméd - Atrito unitário médio ou adesão média do solo ao longo
da estaca
gl - Graus de liberdade

xxxi
H0 - Hipótese da nulidade
H1 - Hipótese alternativa
k - Número de tratamentos
L - Comprimento da estaca
n - Número de dados
P - Carga na ponta da estaca por Van der Veen
P - Carga pelo método de Mazurkiewicz
Pmáx - Resistência última da estaca por Van der Veen
Pmáx. - Carga máxima atingida no ensaio
Pr - Carga de ruptura convencional pela NBR 6122/1996
Pu - Capacidade de carga de uma estaca isolada
Q - Carga
Qr - Carga de ruptura
Qs - Atrito lateral
Qsl - Limite superior (“upper bound”)
Qsu - Limite inferior (“lower bound”)
Qu - Carga de ruptura física ou carga limite
Quc - Carga de ruptura convencional da curva carga vs
recalque
(Qu)c - Carga de ruptura convencional do Gráfico de Rigidez
r - Recalque
R2 - Coeficiente de correlação
Rl - Atrito lateral
Rp - Resistência da ponta
2
s - Variância das diferenças
sel - Recalque elástico
t - Resultado do Teste t
z - Recalque da estaca causado por P pelo método de Van
der Veen
α - Coeficiente que define a forma da curva carga vs
recalque no método de Van der Veen
xxxii
α - Nível de siginificância
α' - Constante do método de Massad
β - Inclinação da reta por Massad
σp - Capacidade de carga da camada de solo que serve de
apoio a estaca
Ф - Diâmetro da estaca
Фeq - Diâmetro equivalente

xxxiii
Lista de abreviações

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANOVA - Analysis Of Variance
ASTM - American Society for Testing and Materials
CEEG - Campo Experimental de Engenharia Geotécnica
CEMSF - Campo Experimental de Mecânica dos Solos e Fundações
CLT - Cyclic Load test
CPT - Cone Penetration Test
CRCN - Centro Regional de Ciências Nucleares
CRP - Constant Rate of Penetration test
DMT - Flat Dilatometer Test
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
PC - Prova de carga
PMT - Pressiômetro Menard
QML - Quick Maintained Load test
QMR - Quadrado Médio do Total do Resíduo
QMTr - Quadrado Médio do Total do Resíduo
RIG - Rigidez
SCT - Swedish Cyclic Test
SML - Slow Maintained Load test
SPT - Standard Penetration Test
SPT-T - Standard Penetration Test with Torque Measurements

xxxiv
SQR - Soma dos Quadrados dos Resíduos
SQT - Soma dos Quadrados Total
SQTr - Soma dos Quadrados do Total de cada repetição

xxxv
Resumo

A dificuldade de se atingir a ruptura dos elementos de fundação nos ensaios


estáticos fez com que, ao longo de várias décadas, diversos métodos de extrapolação
da curva carga vs recalque fossem sugeridos por inúmeros pesquisadores, no intuito de
determinar a carga de ruptura, destacando-se os métodos propostos por Van der Veen
(1953), Mazurkiewics (1972), Décourt (1996) e NBR 6122/1996. Porém, a experiência
confirma que os resultados podem variar consideravelmente entre um método e outro.
Este trabalho destaca o Conceito de Rigidez proposto por Décourt (1996, 2008),
método que, nos últimos anos, vem sendo utilizado pela comunidade geotécnica e é
destacado pelo autor como um método que oferece informações de resistência de
ponta e atrito lateral, além da carga de ruptura em provas de carga comuns, ou seja,
sem instrumentação. Com a interpretação dos resultados, levantados em estacas do
tipo escavadas, hélice contínua, raiz, ômega, pré-moldadas, apiloadas e metálicas em
seis campos experimentais localizados nas cidades de Campinas/SP, Recife/PE,
Vitória/ES, Londrina/PR, Ilha Solteira/SP e Brasília/DF obtiveram-se valores
satisfatórios de carga de ruptura convencional em provas de carga levadas a grandes
deslocamentos e algumas restrições em provas de carga interrompidas
prematuramente. Os resultados de atrito lateral comparados com resultados de estacas
instrumentadas trazem valores satisfatórios, ou seja, dentro dos domínios.

Palavras Chave: Prova de carga estática; carga de ruptura; extrapolação da curva


carga vs recalque; Conceito de Rigidez.

xxxvi
Abstract

The difficulty of reaching the rupture of the foundation elements in the static
loading made that along several decades several methods of extrapolation of the load –
settlement curve were suggested by many researchers, with the intent of determining
the load failure, such as the methods proposed by Van der Veen (1953), Mazurkiewics
(1972), Décourt (1996) and NBR 6122/1996. But the experience confirms that the
obtained results can vary considerably from one method to another. This work details
the Concept of Rigidity, proposed by Décourt (1996, 2008), a method that in the last
years it has been used by the geotechnical community and which the author claims as a
method that provides information on tip resistance and lateral friction, along with the
load at failure in common load tests, it means, without instrumentation. Whit the
interpretation results raised in bored piles, continuous flight auger, root, omega, driven
concrete, "hamered" and metal pile in six experimental fields localized in Campinas/SP,
Recife/PE, Vitória/ES, Londrina/PR, Ilha Solteira/SP and Brasilia/DF got satisfactory
values of conventional load failure in load tests carried to big movements and some
restrictions in load tests not carried to failure. The lateral friction results compared with
load tests on instrumented piles results show satisfactory values, it means, in the
domains.

Keywords: Static load tests; load failure; extrapolation of the load – settlement curve;
Concept of Rigidity

xxxvii
1. Introdução

Num consenso geral, prever o comportamento de fundações profundas sempre


foi um desafio aos engenheiros geotécnicos, tornando-se foco de inúmeras pesquisas.

Ao longo dos anos, muitos métodos (teóricos, empíricos, semi-empíricos) de


previsão da capacidade de carga de estacas isoladas foram propostos por diversos
autores, para diferentes tipos de estacas e diferentes tipos de solos.

Dentre os métodos de previsão, os mais utilizados no Brasil são os estáticos


semi-empíricos, que se baseiam em ensaios in situ, destacando-se os ensaios CPT
(Cone Penetration Test) e SPT (Standard Penetration Test).

Porém, pode-se afirmar que, para a maioria dos pesquisadores, o modo mais
confiável para prever a capacidade de carga é através da análise do comportamento da
curva carga vs recalque, obtido a partir de uma prova de carga, que, segundo Yassuda
(1985), é uma técnica bem antiga.

As provas de carga estáticas foram introduzidas no Brasil por volta de 1928 e,


hoje, são consideradas como principais ensaios de campo. Destacam-se pela
vantagem de repercutir o complexo comportamento do conjunto solo-fundação, devido
ao grande número de parâmetros envolvidos e à interferência do processo executivo
(NIYAMA et al, 1996). Os esforços aplicados podem ser axiais (tração e compressão)
ou transversais, mas, de acordo com Stephan (2000), o carregamento vertical à
compressão corresponde ao tipo mais tradicional.

Ao interpretar os resultados de uma prova de carga estática, Campos (2005)


destaca que é possível obter outras informações mais profundas sobre os elementos
isolados de fundação, além da capacidade de carga, principal objetivo do ensaio. No
entanto, o custo elevado e o tempo de execução conduzem a um número muito limitado
1
de ensaios, gerando pouca representatividade e impossibilitando uma análise
estatística satisfatória.

De acordo com Garcia (2006), grande parte das provas de carga não é levada à
ruptura física, fazendo-se necessária a adoção de métodos de extrapolação da curva
carga vs recalque.

Entre os métodos de previsão de capacidade de carga, através da interpretação


da curva carga vs recalque, podem-se citar: os códigos de obras como de Boston e
Nova Iorque; os métodos de Terzaghi (1943), Van der Veen (1953), Brinch Hansen
(1963), De Beer (1967), Fuller e Hoy (1970), Chin (1970; 1971), Mazurkiewics (1972),
Davisson (1973), Butler e Hoy (1977), NBR 6122/1996 e o Conceito de Rigidez
proposto por Décourt (1996).

Segundo Décourt (2008) as provas de carga comum, ou seja, sem


instrumentação, podem oferecer muito mais informações do que as analisadas
habitualmente, pois através do Conceito de Rigidez podem-se estimar além da carga de
ruptura, os domínios (intervalos de variação) de ponta e de atrito lateral.

Logo, este trabalho apresenta um estudo, através de provas de carga à


compressão vertical realizadas em áreas experimentais localizadas nas cidades de
Campinas/SP, Recife/PE, Vitória/ES, Londrina/PR, Ilha Solteira/SP e Brasília/DF, com
características geológicas e geotécnicas diversas. E em diferentes tipos de estacas
(escavadas, raiz, hélice contínua, ômega, pré-moldadas, metálicas, apiloadas), no
intuito de analisar o método baseado no Conceito de Rigidez.

2
2. Revisão bibliográfica

Apresenta-se neste capítulo, uma abordagem geral sobre provas de carga,


enfatizando os princípios de execução dos ensaios estáticos e os principais métodos de
previsão da capacidade de carga de estacas por meio de extrapolação da curva carga
vs recalque.

2.1. Fundações profundas

De acordo com Crowther (1988), para se obter uma fundação eficiente, os


profissionais da área devem possuir conhecimento geotécnico e experiência em
construção.

Para definir e analisar o funcionamento de uma fundação, é necessário entender


a estrutura da obra civil que pode ser dividida em duas partes:
• Superestrutura – Formada por elementos estruturais (vigas, pilares, lajes,
paredes etc.), situados acima da superfície do terreno (Figura 2.1)
• Subestrutura – Constituída por elementos estruturais de fundação, com a
finalidade de transmitir as cargas da estrutura (superestrutura) ao maciço de
solo.

Figura 2.1: Equilíbrio estático da superestrutura (AOKI et al, 2002).


3
O elemento isolado de fundação, descrito na Figura 2.2, corresponde ao sistema
formado pela subestrutura (elemento estrutural de fundação) e pelo maciço de solo que
o envolve (AOKI & CINTRA, 2000).

Figura 2.2: Equilíbrio estático da fundação (AOKI et al, 2002).

Neste contexto, define-se fundação como um conjunto de elementos isolados de


fundação, que, convencionalmente, pode ser dividida em dois grandes grupos:
• Fundações superficiais ou rasas
• Fundações profundas.

A NBR 6122/1996 define fundação profunda como: “Elemento de fundação que


transmite a carga ao terreno pela base (resistência de solo), por sua superfície lateral
(resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, e que está assente em
profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3 m,
salvo justificativa. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os
caixões”.

4
2.2. Estacas

A fundação em estacas é uma das soluções mais antigas de suporte de


estruturas, utilizadas desde a pré-história com a construção de palafitas.

As estacas são elementos esbeltos, cuja relação entre o diâmetro e o


comprimento (Φ/L) é muito pequena. Estes elementos são executados com o auxílio de
equipamentos ou ferramentas, sem descida de operário em qualquer fase, utilizadas
para transmitir as cargas da superestrutura para as camadas profundas mais
resistentes, quando as camadas superficiais ao terreno não são suficientemente
resistentes.

Podem ser executadas em diversos materiais e por diferentes processos


executivos. A Figura 2.3 apresenta os principais tipos de estacas executadas no Brasil.

Figura 2.3: Classificação dos principais métodos executivos de estacas (VELLOSO &
LOPES, 2002).

5
A NBR 6122/1996 descreve alguns tipos de fundação profunda:
• Estacas cravadas por percussão
• Estacas cravadas por prensagem
• Estacas escavadas, com injeção
• Estacas tipo broca
• Estacas apiloadas
• Estacas tipo Strauss
• Estacas escavadas
• Estacas tipo Frank
• Estacas mistas
• Estacas “hélice contínua”.

Com base na classificação apresentada acima, as estacas podem ser separadas


em duas categorias como na Tabela 2.1.

Tabela 2.1: Classificação das estacas.


Estacas com deslocamento Estacas sem deslocamento
• Pré-moldadas de concreto • Escavadas
• Metálicas • Tipo broca
• Madeiras • Tipo Strauss
• Apiloadas de concreto • Barretes
• Tipo “Franki” • Estacões
• Ômega • Hélice contínua
• Injetadas

Segundo Vargas (1977), o estudo do comportamento das estacas deve envolver


a capacidade de carga de estacas isoladas, recalques de estacas isoladas e estes
mesmos fenômenos em grupo de estacas.

De acordo com Santos & Mota (2002), a qualidade de uma fundação em estacas
depende da integridade da estaca, assim como sua resistência estrutural e da
resistência do sistema solo-estaca.
6
2.3. Provas de carga

As provas de carga destacam-se por garantir o desempenho dos elementos de


fundação, conforme previsto em projeto, já que, esta confirmação, segundo Niyama et
al (1996), é mais difícil do que em qualquer outra fase da obra, pois não é possível
visualizar os elementos de fundação após a execução.

Segundo Medrano (2008), na construção civil, ou em qualquer outro segmento, o


“controle de qualidade” está ligado à segurança, à qualidade e à tranqüilidade que os
produtos ou serviços ofertados irão oferecer ao longo da vida útil.

De acordo com Aoki & Alonso (2004), o Código de Defesa do Consumidor, lei no
8.078 de 11 de setembro de 1990, exige a comprovação da eficiência de produtos e
serviços de qualquer área de atividade no Brasil, incluindo o campo de atividades da
construção civil na área de fundações, através da seção IV que trata do tema “Das
Práticas Abusivas” pelo Artigo 39 item IV e VIII.

Na literatura, há vários métodos para prever a capacidade de carga e o


desenvolvimento dos recalques (movimento vertical descendente) dos elementos de
fundação, tanto individualmente, como em grupo.

Entre os métodos de previsão existentes (estáticos, dinâmicos e provas de


carga), os estáticos semi-empíricos são os mais utilizados pelos projetistas de fundação
no Brasil, porém a melhor forma de analisar o comportamento de fundações profundas
carregadas é o ensaio de prova de carga (ALONSO, 1991; STEPHAN, 2000;
FRANCISCO et al, 2004).

No Brasil, poucas obras de engenharia geotécnica adotam provas de carga como


critério de projeto, por questões de custos e prazos envolvidos. Mas pode-se afirmar
que a complexidade dos mecanismos de transferência de carga da estaca, as
7
alterações das condições iniciais causadas pela execução do elemento de fundação e a
heterogeneidade dos solos justificam a utilização de provas de carga, considerada a
forma mais correta, eficiente e confiável na avaliação do comportamento da curva carga
vs recalque e determinação da carga de ruptura de estacas (DÉCOURT, 1995;
ALBUQUERQUE et al, 2004).

De acordo com Albuquerque (2001), os principais motivos de execução de


provas de carga são:
• Segurança contra a ruptura para certa carga de trabalho
• Análise da integridade estrutural do elemento de fundação
• Definição da carga de ruptura
• Obtenção do comportamento curva carga vs recalque.

A norma NBR 6122/1996 apresenta, como objetivo maior das provas de carga, a
avaliação da deformação e da resistência do solo devido ao efeito de um carregamento.

Segundo Milititsky (1991), as provas de carga devem reproduzir as condições


reais da fundação, nos aspectos referentes à geometria, à técnica construtiva, ao tipo
de carregamento e a outros. Assim, podem prever o comportamento do elemento de
fundação, depois de ser executado na obra.

Para interpretar uma prova de carga, a NBR 6122/1996 menciona que devem ser
avaliadas:
• A natureza do terreno
• A velocidade de carregamento
• A estabilização dos recalques.

As provas de carga podem ser divididas em três grupos:


• Prova de carga direta sobre a superfície do terreno (NBR 6489/1984)
• Prova de carga estática (estacas e tubulões) (NBR 12.131/2006)
• Ensaio de carregamento dinâmico (estacas) (NBR 13208/1994).
8
As provas de carga estáticas são destacadas por Niyama et al (1996) como um
dos principais ensaios de campo praticados na engenharia de fundações.

Os ensaios de carregamento dinâmico são definidos por Niyama (1991) como


um procedimento baseado na aplicação de golpes sucessivos de martelo, com energias
crescentes, a fim de se obter a resistência à cravação por meio de instrumentação.

A prova de carga pode ser realizada em um elemento estrutural de fundação


(estaca) que faz parte da obra, ou em um elemento executado especialmente para ser
testado, geralmente denominado “estaca teste” (NIYAMA et al, 1996).

2.4. Prova de carga estática

Provavelmente, a primeira utilização de provas de carga estáticas no Brasil


ocorreu por volta de 1928, no estudo das fundações do Edifício Martinelli em São
Paulo. Porém, de acordo com os registros do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas),
a primeira prova de carga documentada foi em fevereiro de 1936, adotada nas
fundações da estação da estrada de ferro Noroeste do Brasil em Bauru. A estaca
ensaiada era do “tipo Franki” e introduzida pela Companhia Internacional de Estacas
Armadas Franki-Ghoul e executada pelo IPT. Estas primeiras provas de carga foram
executadas adotando a norma alemã DIN 1054/1934 e, a partir de 1939, foram
influenciadas também pelo Código de Boston elaborado em 1936 e publicado em 1944
(MASSAD, 1985).

O trabalho de Vargas (1990) apresenta um breve histórico sobre a execução de


provas de carga no Brasil, citando o ensaio na estação da estrada de ferro Noroeste do
Brasil em Bauru realizado em 1936. A primeira prova de carga realizada no Rio de
Janeiro foi em abril de 1942 no Instituto de Resseguros do Brasil. O autor destaca o
trabalho de Costa Nunes, que propôs a “Norma para Prova de Carga em Estacas”,
9
apresentada e debatida na 6a Reunião da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas), realizada em 1945, porém somente em 1951, foi publicada a primeira norma
brasileira sobre o ensaio, a NB-20, que prescreveu os ensaios em incrementos lentos
de carga, permitindo a escolha das cargas admissíveis através da observação dos
recalques.

Com base neste breve histórico, pode-se afirmar que as técnicas deste ensaio
são executadas há quase 80 anos no Brasil. Atualmente, a metodologia está
normatizada pela NBR 12.131/2006 “Estacas – Prova de Carga Estática – Método de
ensaio”, edição que cancelou e substituiu a NBR 12.131/1992 “Estacas – Prova de
Carga Estática”. A norma atual pode ser aplicada a todos os tipos de estacas, verticais
ou inclinadas, independentemente do processo de execução e instalação no terreno.

Entre as normas internacionais estão as normas americanas ASTM


D1143/D1143M-07 “Standard Test Methods for Deep Foundations under Static Axial
Compressive Load” e ASTM D3689-07 “Standard Test Methods for Deep Foundations
under Static Axial Tensile Load” e a metodologia européia contida no Eurocode 7
“Geotechnical Design”.

Segundo Milititsky (1991), é fundamental que a execução dos ensaios siga


rigorosamente as orientações da norma, para permitir análises comparativas entre os
resultados.

As provas de carga estáticas são caracterizadas por Niyama et al (1996) como


um ensaio do tipo “tensão vs deformação”, utilizado na verificação de desempenho do
elemento de fundação, em relação à ruptura e aos recalques, com a grande vantagem
de considerar a interação solo-estaca, já que o conjunto solo-estaca pode sofrer
alterações influenciadas pelos trabalhos de infra-estrutura da obra, pela execução das
fundações e outros elementos.

10
De acordo com Aoki (1997 apud SOARES, 2006), um carregamento é
considerado estático quando se leva um tempo infinito para atingir a carga (Q) em
incrementos de carga (dQ).

Além de dados importantes analisados pelas provas de carga estáticas, como a


previsão do comportamento da capacidade de carga, da curva carga vs recalque, do
recalque associado à carga de trabalho e o coeficiente de segurança do
estaqueamento, outros dados importantes como a distribuição do atrito ao longo do
fuste e a resistência de ponta podem ser identificadas através de provas de carga
estáticas instrumentadas.

A instrumentação em estacas teve início entre 1975 e 1980 e permite melhor


análise da interação solo-estaca, tanto na cravação como nas provas de carga
estáticas. Consiste na medida dos deslocamentos e deformações em vários pontos da
estaca, através da instalação de extensômetros elétricos (“strain-gages”) e medidores
de deslocamento em profundidade (“tell-tales”), auxiliando no diagnóstico de qualidade
estrutural do elemento de fundação ensaiado (NUNES & FERNANDES, 1982;
BERNARDES & NORDAL, 1991; DÉCOURT (1995); PRESA & POUSADA, 2004).

De acordo com Santos & Pereira (2002), as questões básicas que envolvem uma
prova de carga estática é o número de ensaios a realizar, a escolha do sistema de
reação, o tipo de carregamento e outros.

Para definir o número de ensaios de carga adequados para um determinado


projeto de fundações, Fonseca (2006) prevê que se deve avaliar: a variabilidade dos
terrenos de fundação (em planta), as experiências documentadas do comportamento do
mesmo tipo de estacas em situações semelhantes, o número total de estacas e dos
tipos de fundação a dimensionar.

A NBR 6122/1996 prevê um número mínimo de ensaios apenas para as estacas


pré-moldadas e para as estacas escavadas com injeção. Esta norma recomenda que
11
nas estacas pré-moldadas devem ser executadas provas de carga estáticas em 1% do
conjunto de estacas de mesmas características na obra, respeitando-se o mínimo de
uma prova de carga. Já nas estacas escavadas com injeção devem-se fazer provas de
carga em 1% das estacas, sendo o número mínimo três estacas, e é recomendado
aumentar o número de provas de carga para 5% do número das estacas com carga de
trabalho entre 600 kN e 1000 kN e 10% para cargas de trabalho maiores que 1000 kN.

Marzionna (2008) destacou em seu trabalho as discussões envolvidas na revisão


da NBR 6122/1996, entre elas “as provas de carga estáticas”, resultando na Tabela 2.2.

Tabela 2.2: Condições para realização de provas de carga (MARZIONNA, 2008).


Tensões abaixo das quais não são obrigatórias provas Número de estacas na obra a
Tipo de estaca de carga desde que o número de estacas da obra seja partir do qual é obrigatória a
inferior ao da coluna à direita (MPa) realização de provas de carga
(1)
Pré-moldada 6,0 ou 8,0 100
Metálica ------ 100
Aço 0,5 fyk 75
Hélice e hélice de
5,0 75
deslocamento
Estacas escavadas
5,0 75
com fluido
Raiz 12,5 75
Microestaca 12,5 50
Trado segmentado 5,0 50
Franki 6,0 100
Escavadas sem lama 4,0 100
Strauss 4,0 100
(1)
Valor ainda em discussão no âmbito da comissão revisora.

No entanto, Aoki (2000) recomenda que a quantidade mínima seja entre 6 e 16


provas de carga para que os resultados sejam válidos em uma análise estatística.

Mesmo a prova de carga estática sendo considerada a forma mais confiável de


prever a capacidade de carga, o seu custo elevado proporciona um número muito

12
limitado de ensaios, gerando pouca representatividade. Analisando a Tabela 2.3, pode-
se verificar que a representatividade garante a qualidade da fundação.

Tabela 2.3: Probabilidade de escolher pelo menos 1 estaca defeituosa num universo de
100 estacas (FLEMING et al, 1992, apud SANTOS & PEREIRA, 2002).
Número de estacas Número de estacas Probabilidade de que pelo menos 1
defeituosas testadas estaca defeituosa seja escolhida
2 2 0,04 (1/25)
2 5 0,10 (1/10)
2 10 0,18 (1/5,5)
2 20 0,33 (1/3)
10 2 0,18 (1/5,5)
10 10 0,41/ (1/2,5)
10 10 0,65 (1/1,5)

Gotlieb (2008), no caso de estacas pré-moldadas (concreto, metálica e madeira),


moldadas in-loco por cravação de tubo de revestimento com ponta fechada (Franki e
tubada), recomenda dois ensaios estáticos em cada bitola das estacas, cujas cargas de
trabalho sejam iguais ou superiores a 900 kN. Para estacas moldadas in-loco de
pequeno diâmetro (≤ 410 mm), o autor recomenda pelo menos dois ensaios estáticos
em cada bitola das estacas, cujas cargas de trabalho sejam iguais ou superiores a 900
kN, e para as estacas moldadas in-loco de grande diâmetro (≥ 450 mm), pelo menos
dois ensaios estáticos em cada bitola das estacas, cujas cargas de trabalho sejam
iguais ou superiores a 1500 kN.

2.4.1. Aparelhagem

A norma atual para provas de carga, a NBR 12.131/2006 apresentou alterações


significativas nos itens referentes à aparelhagem em relação à antiga NBR
12.131/1992, conforme a Tabela 2.4.
13
Tabela 2.4: Principais alterações do item 3.2 “Aparelhagem” da NBR 12.131.
Alterações NBR 12.131/1992 NBR 12.131/2006
Ao menos 10% maior que o
Capacidade do Ao menos 20% maior que o máximo
máximo carregamento previsto
macaco carregamento previsto para o ensaio.
para o ensaio.
Compatível com os deslocamentos
Compatível com os deslocamentos
máximos esperados entre o topo da estaca
Curso de êmbolo máximos esperados entre o topo
e o sistema de reação, sendo, no mínimo,
da estaca e o sistema de reação.
igual a 10% do diâmetro da estaca.
A plataforma seja carregada com A plataforma seja carregada com material
Plataforma
material cuja massa total permita cuja massa total permita superar a carga
carregada
superar a carga máxima prevista máxima prevista para a prova em, ao
(cargueira)
para a prova em, ao menos, 15%. menos, 20%.
Caso os tirantes sejam ensaiados, antes
da realização da prova de carga, admite-se
Conjunto de tirantes Previamente ensaiados com, pelo
um fator de segurança de 1,2; caso
ancorados no menos, 1,2 vezes a máxima carga
contrário, os tirantes devem ser projetados
terreno prevista para cada tirante.
para suportar 1,5 vezes a máxima carga
prevista para cada tirante.
Em, pelo menos, 20%.
Distância mínima
Não cita a porcentagem. Quando as estacas tiverem comprimentos
entre o sistema
superiores a 25 m; e quando forem
reação e a estaca
Quando as estacas tiverem empregados tirantes injetados e o topo do
ensaiada deve ser
comprimentos superiores a 20 m. seu bulbo de ancoragem situar-se acima
majorada
da cota de ponta da estaca a ensaiar.
Aqueles com leitura máxima superior a 80
2
MPa (800 kgf/cm ) devem ser dotados de
Deve ter uma leitura máxima que
escala com leituras máximas de 1 MPa (10
Manômetros não ultrapasse 25% à máxima 2
kgf/cm ), e aqueles com leitura máxima
prevista na prova de carga.
abaixo de 80 MPa, de escala com leitura
2
máxima de 0,5 MPa (5 kgf/cm ).
A célula de carga ou o conjunto macaco
O conjunto macaco hidráulico- hidráulico-bomba-manômetro deve estar
bomba-manômetro deve estar calibrado por entidade reconhecida e
Calibração
calibrado e ter certificado de autorizada pelo INMETRO e ter certificado
calibração atualizado anualmente. de calibração com prazo de vigência não
superior a seis meses.
Os efeitos externos, tais como o
vento e a temperatura sobre a viga A prova de carga deve ser protegida de
de referência, devem ser modo a evitar a influência do vento e
Efeitos externos
considerados quando os minimizar os efeitos de variação de
deslocamentos por eles temperatura.
provocados forem significativos.

14
O sistema de reação deve ser montado sobre elemento de fundação, de modo a
permitir o apoio do dispositivo de aplicação de carga, que aplicará o carregamento na
direção desejada.

O dispositivo de aplicação de carga atua contra o sistema de reação através de


um ou mais macacos hidráulicos acionados por bombas elétricas ou manuais. Este
deve ser instalado de modo a não produzir choques ou trepidações.

O sistema de reação para provas de carga à compressão pode ser composto por
plataforma carregada (cargueira), por estruturas fixadas ao terreno através de
elementos tracionados (tirantes) ou por estacas de reação. Em provas de carga com
carregamentos transversais ou à tração, o sistema de reação pode ser de estruturas
existentes no próprio terreno ou outras estacas (estacas de reação).

A plataforma carregada, mais conhecida como cargueira, mostrada na Figura


2.4.a, consiste em um caixão preenchido com areia, blocos de concreto, chapas de aço
e outros.

As estacas de reação, apresentadas na Figura 2.4.b, são estacas armadas com


funcionamento semelhante ao dos tirantes.

E as estruturas fixadas no terreno, através de elementos tracionados, são


basicamente tirantes que utilizam uma viga metálica para transferir a carga da estaca
para si, como na Figura 2.4.c. Entretanto, Yassuda (1985) adverte que a interferência
do bulbo dos tirantes ao elemento ensaiado deve ser analisada com cautela.

A Figura 2.4.d mostra um processo no qual uma célula expansora, introduzida no


fuste da estaca, em geral próximo à ponta, é acionada carregando a ponta da estaca
em compressão e o fuste para cima, como um elemento comprimido.

15
A Figura 2.4.e e a Figura 2.4.f indicam sistemas de reação para provas de carga
à tração e horizontal, respectivamente.

Figura 2.4: Sistemas de reação (VELLOSO & LOPES, 2002).

Obter um sistema de reação compatível com a carga da fundação a ser


ensaiada, é um dos limitantes da adoção de provas de carga como critério de projeto,
devido ao custo elevado (ALBUQUERQUE, 2001).

Durante a prova de carga, são realizadas as leituras das cargas aplicadas, dos
deslocamentos e dos tempos correspondentes.

16
As cargas aplicadas no topo da estaca são medidas através de manômetro
instalado no sistema de alimentação do macaco hidráulico ou por uma célula de carga
que oferecem leituras mais precisas. A Figura 2.5 apresenta estes sistemas de
medição.

Figura 2.5: Sistema de medição para prova de carga de compressão (VELLOSO &
LOPES, 2002).

Os deslocamentos verticais (recalques) do topo da estaca (ou do bloco de


coroamento) são medidos por quatro deflectômetros mecânicos (instalados em dois
eixos ortogonais) fixados em vigas de referência.

Segundo Yassuda (1985), as vigas de referências devem ser instaladas com


antecedência e protegidas das intempéries (sol, chuva, vento) por uma lona, para evitar
variações oriundas de influência externa.

17
2.4.2. Procedimentos de ensaio

A prova de carga estática é um ensaio de campo que consiste basicamente na


aplicação de esforços estáticos em estágios sucessivos, adquirindo os valores da carga
aplicada no topo da estaca e dos seus respectivos deslocamentos (YASSUDA, 1985;
BURIN & MAFFEI, 1989; ALONSO, 1997).

De acordo com Stephan (2000), os esforços podem ser axiais (tração e


compressão) ou transversais, sendo o carregamento vertical à compressão o tipo mais
tradicional.

Segundo Velloso & Lopes (2002), a aplicação de carga no ensaio pode ser
dividido em três categorias:
• Carga controlada lenta (Figura 2.6.a) e rápida (Figura 2.6.b)
• Deformação controlada (Figura 2.6.c)
• Método do equilíbrio (Figura 2.6.d).

18
Figura 2.6: Curvas carga vs tempo e recalque tempo em diferentes procedimentos de
aplicação de carga (VELLOSO & LOPES, 2002).

A NBR 12.131/2006 aplica-se às provas de carga com carga controlada e as


divide em quatro tipos:
• Ensaio com carregamento lento
• Ensaio com carregamento rápido
• Ensaio com carregamento misto
• Ensaio com carregamento cíclico.

O trabalho de Alonso (1997) propôs alterações nos procedimentos de provas de


carga com carga controlada, referente aos ensaios lentos e rápidos, contidos na NBR
12.131/1992, substituída pela NBR 12.131/2006. O ensaio misto proposto por Alonso
(1997) é considerado vantajoso pelo autor, devido à diminuição do tempo gasto na

19
realização da prova de carga e por ser uma forma mais realista de prever a carga de
ruptura e o recalque.

Niyama et al (1996) afirma que, visando obter maior quantidade e melhor


qualidade das informações, as provas de carga estáticas vêm sofrendo evoluções nos
métodos executivos para aumentar a precisão, a rapidez e a economia. O ensaio lento
(SML – Slow Maintained Load test) é o mais antigo e convencional e, com o objetivo de
melhorar os dados das provas de carga, sofreu variações que deram origem a estes
outros tipos de ensaios:
• Ensaio de carregamento a uma velocidade de recalque constante (CRP –
Constant Rate of Penetration test)
• Ensaio de carregamento rápido em estágios (QML – Quick Maintained
Load test)
• Ensaio de carregamento em ciclos de carga e descarga (CLT – Cyclic
Load Test) ou ensaio de carregamento cíclico (SCT – Swedish Cyclic
Test).

O procedimento de execução dos ensaios citados acima:


a) SML – Denominado “ensaio com carregamento lento” pela NBR 12.131/2006.
Neste ensaio, os incrementos devem ser iguais e sucessivos, não superiores
a 20% da carga de trabalho. Cada incremento de carga deve ser mantido até
a estabilização dos deslocamentos, por um tempo mínimo de 30 min. Os
deslocamentos são medidos imediatamente, após cada aplicação de carga e
aos 2 min, 4 min, 8 min, 15 min, 30 min, 1 h, 2 h, 3 h, 4 h etc., até a
estabilização dos deslocamentos. A estabilização é avaliada através do
desempenho da curva tempo vs deslocamento, analisando o momento em
que a diferença entre as duas leituras consecutivas corresponder a, no
máximo, 5 % do deslocamento total do mesmo estágio. Se a estaca não
atingir a ruptura, o período entre a estabilização dos recalques e o início do
descarregamento não deve ser menor que 12 h. O descarregamento deve ser
realizado em, no mínimo, quatro estágios, respeitando a estabilização dos
20
deslocamentos em um tempo mínimo de 15 min. Mesmo após o
descarregamento total, deve-se prosseguir com as leituras até a
estabilização.

b) CRP – Este procedimento não é citado pela NBR 12.131/2006, mas é


mencionado em vários trabalhos. Neste ensaio, a velocidade de penetração
da estaca é constante e a medida aferida é a força necessária. O ensaio é
realizado até um nível de deslocamento entre 5,0 cm e 7,5 cm. O
carregamento é aplicado até atingir a capacidade limite da estaca, ou seja,
até o momento em que a carga não cresce com a penetração.

c) QML – Este ensaio é identificado como “ensaio com carregamento rápido”


pela NBR 12.131/2006. Baseia-se em incrementos iguais e sucessivos, não
superiores a 10% da carga de trabalho prevista para a estaca ensaiada.
Realizado em estágios de 10 min, independente da estabilização dos
deslocamentos, exceto em fundações de linhas de transmissão, no qual esse
tempo pode ser reduzido para 5 min. As leituras são realizadas no início e no
fim de cada estágio. Quando atingir a carga máxima do ensaio, devem ser
feitas leituras a 10 min, 30 min, 60 min, 90 min e 120 min, neste estágio. O
descarregamento deve ser realizado em cinco ou mais estágios, de 10 min
cada, com as leituras dos respectivos deslocamentos. Após 10 min do
descarregamento total, efetuam-se as leituras aos 30 min e aos 60 min.

d) Ensaio Misto (lento seguido de rápido) – Este ensaio foi proposto por Alonso
(1997) em um trabalho que apresentava uma revisão da norma NBR
12.131/1992 e incorporado à atual NBR 12.131/2006. Este ensaio consiste
em incrementos iguais e sucessivos, até a carga 1,2 vezes a carga de
trabalho. Cada incremento de carga deve ser mantido até a estabilização dos
deslocamentos, por um tempo mínimo de 30 min. Os deslocamentos são
medidos imediatamente após cada aplicação de carga e aos 2 min, 4 min, 8
min, 15 min, 30 min, 1 h, 2 h, 3 h, 4 h etc., até a estabilização dos
21
deslocamentos. A estabilização é analisada através do desempenho da curva
tempo vs deslocamento, observando o momento em que a diferença entre as
duas leituras consecutivas corresponder a, no máximo, 5 % do deslocamento
total do mesmo estágio. A seguir, executa-se o ensaio exatamente como o
procedimento do ensaio rápido QML.

e) CLT ou SCT – A NBR 12.131/2006 divide o ensaio cíclico em ensaio lento e


ensaio rápido. O ensaio cíclico lento baseia-se em incrementos de carga
iguais e sucessivos, com cargas não superiores a 20% da carga de trabalho
prevista para a estaca ensaiada, entre os ciclos sucessivos de carga-
descarga. Em cada ciclo de carga-descarga, apenas uma carga deve ser
aplicada e mantida em cada estágio até atingir a estabilização dos
deslocamentos por um tempo mínimo de 30 min. Em cada ciclo, as leituras
são feitas a partir do início do estágio em 2 min, 4 min, 8 min, 15 min, 30 min,
1 h, 2 h, 3 h etc., até atingir a estabilização. A estabilização é avaliada no
momento em que a diferença entre as duas leituras consecutivas
corresponder a, no máximo, 5 % do deslocamento total do mesmo estágio.
Se a estaca não atingir a ruptura, o período entre a estabilização dos
recalques e o início do descarregamento não deve ser menor que 12 h. Os
descarregamentos de cada ciclo devem ser feitos de uma só vez, um único
estágio por ciclo. Em cada ciclo, a carga nula no topo da estaca é mantida até
a estabilização dos deslocamentos. O ensaio cíclico rápido consiste em
incrementos de carga iguais e sucessivos, com cargas não superiores a 10%
da carga de trabalho prevista para a estaca ensaiada, entre os ciclos
sucessivos de carga-descarga. Em cada ciclo de carga-descarga, apenas
uma carga dever ser aplicada e mantida em cada estágio durante 10 min,
independente da estabilização dos deslocamentos. O recalque máximo do
topo deve ser, no mínimo, 10% a 20% o diâmetro da estaca. No último ciclo,
quando for atingida a carga máxima do ensaio, devem ser feitas leituras a 10
min, 30 min, 60 min, 90 min e 120 min. Os descarregamentos de cada ciclo
devem ser feitos de uma só vez, um único estágio por ciclo. Em cada ciclo, a
22
carga nula no topo da estaca é mantida por 10 min, com a leitura dos
respectivos deslocamentos. Após 10 min referentes ao descarregamento total
do último ciclo, é feita mais duas leituras em 30 min e 1 h.

Segundo Albuquerque (2001), apesar do ensaio lento (SML) possuir um


processo executivo longo, ele demonstra, de forma mais adequada, o comportamento
da fundação em determinada etapa de carregamento, através da curva carga vs
recalque.

Nogueira (2004) também considera o ensaio lento vantajoso devido ao


acompanhamento “passo a passo” oferecido, porém destaca a desvantagem do longo
tempo utilizado, fazendo-se necessário revezamento de equipes. No entanto, a
vantagem do ensaio rápido (QML) é justamente a economia de tempo, mas proporciona
pontos não estabilizados na formação da curva carga vs recalque.

De acordo com Fellenius (1980), o ensaio com carregamento a uma velocidade


de recalque constante (CRP) determina melhor a curva carga vs recalque do que o
ensaio rápido (QML). Este autor considera o ensaio rápido (QML) mais vantajoso no
ponto de vista técnico, prático e econômico do que o ensaio lento (SML).

A Figura 2.7 demonstra que a velocidade do carregamento influi nas


deformações e na resistência dos elementos ensaiados.

23
Figura 2.7: Curvas carga vs recalque com diferentes velocidades de tempo (LOPES,
1989).

A velocidade de carregamento é discutida em diversos trabalhos, no entanto


análises feitas em provas de carga executadas em vários tipos de estacas por Massad
& Winz (2000) concluem que a velocidade de carregamento influi pouco na
determinação da capacidade de carga, mas alertam que a velocidade de carregamento
deve ser analisada individualmente para cada tipo de solo.

De acordo com Milititsky (1991), velocidades de carregamentos altas,


proporcionam aumento de capacidade de carga e de rigidez do sistema solo-estaca.

Neste contexto, pode-se afirmar que a escolha do procedimento de


carregamento do ensaio deve estar intimamente ligada às necessidades do projeto,
considerando também, tempo e custo.

24
2.5. Capacidade de carga

A capacidade de carga de um elemento isolado (Pu) é o principal objetivo da


prova de carga e, conforme a Figura 2.8, é composta por duas parcelas de resistência,
pela resistência da ponta (Rp) e pelo atrito lateral (Rl), conforme as equações 2.1 e 2.2:

 =   +   (2.1)

 =
é ×   +  ×   (2.2)

Em que:
fs méd – Atrito unitário médio ou adesão média do solo ao longo da estaca
Al – Área lateral da estaca
σp – Capacidade de carga da camada de solo que serve de apoio à estaca
Ap – Área da seção transversal da ponta da estaca.

Figura 2.8: Capacidade de carga.

25
Em que:
Ф – Diâmetro da estaca
L – Comprimento da estaca.

A capacidade de carga não é uma grandeza própria do elemento estrutural


(estaca), pois, na análise da capacidade de carga da estaca, deve-se considerar o
maciço de solo e seus parâmetros de resistência (AOKI & CINTRA, 2000).

Segundo Aoki (2000), o comportamento e o tempo de resposta de um elemento


isolado de fundação são únicos, considerando que o maciço de solo é constituído por
camadas contínuas de formas indistintas, formadas por solos diversos, e que
dependem também das características do elemento estrutural após sua instalação.

Segundo NBR 6122/96 e Stephan (2000), existem três métodos de se prever a


capacidade de carga:
• Estáticos (teóricos e semi-empíricos)
• Dinâmicos
• Provas de carga.

Segundo Velloso & Lopes (2002), os métodos estáticos visam ao equilíbrio entre
a carga aplicada, o peso próprio do elemento de fundação e a resistência oferecida pelo
solo.

Os métodos estáticos teóricos ou racionais utilizam fórmulas da Mecânica dos


Solos e parâmetros obtidos em ensaios de laboratório e/ou de campo. Mas, segundo
Alcantara Junior et al (2004), são difíceis de serem aplicados na previsão da
capacidade de carga de elementos de fundação profunda.

Os métodos semi-empíricos, certamente os mais comuns no país, baseiam-se


em ensaios in situ de penetração como o SPT (Standard Penetration Test), o SPT-T
26
(Standard Penetration Test with Torque Measurements), o CPT (Cone Penetration
Test), DMT (Flat Dilatometer Test) e PMT (pressiômetro Menard). No entanto, estes
ensaios de campo possuem aspecto pontual e, dependendo da estratigrafia do terreno,
podem não indicar a presença de dobramentos importantes no perfil do solo
(CARVALHO et al, 2002).

Os métodos dinâmicos são baseados na previsão do comportamento dos


elementos de fundação sob a ação de carregamento dinâmico. Entre as fórmulas
dinâmicas, podem-se citar as baseadas na conservação de energia:
• Sanders
• Engineering News Record.

E as que incorporam a Lei do Choque de Newton:


• Holandesa
• Janbu
• Dinamarquesa
• Hiley.

Segundo Stephan et al (1998), os resultados dos ensaios de prova de carga


devem ser comparados com os resultados dos métodos anteriores.

Com a adoção de provas de carga, para determinação da capacidade de carga,


a NBR 6122/1996 permite uma redução do fator de segurança global mínimo, para a
determinação da capacidade de carga de 2,0 (sem prova de carga) para 1,6 (com prova
de carga, desde que o ensaio seja a priori na obra, e não a posteriori), com um número
adequado de provas de carga e em elementos representativos do conjunto da
fundação.

A NBR 6122/1996 também adota uma redução do coeficiente de ponderação da


capacidade de carga de fundações de 1,5 para 1,2, se forem realizadas as provas de
carga, conforme a Tabela 2.5.
27
Tabela 2.5: Coeficientes de ponderação da capacidade de carga de fundações (NBR
6122/1996).
Condição Coeficiente
Fundação superficial (sem prova de carga)* 2,2
Fundação profunda (sem prova de carga)* 1,5
Fundação com prova de carga 1,2
* Capacidade de carga obtida por método empírico ou semi-empírico

A norma NBR 6122/96 prevê que, a partir da capacidade de carga gerada por
provas de carga, obtém-se a carga admissível, aplicando o coeficiente de segurança
adequado. E define carga admissível sobre uma estaca isolada como “Força aplicada
sobre a estaca ou tubulão isolado, provocando apenas recalques que a construção
pode suportar sem inconvenientes e oferecendo, simultaneamente, segurança
satisfatória contra a ruptura ou o escoamento do solo ou do elemento estrutural de
fundação”.

Entretanto, Aoki e Cintra (2000) não aplicam o termo “carga admissível” a uma
estaca isolada, mas ao conjunto de todas as estacas de mesma seção transversal.

28
2.6. Ruptura do elemento de fundação

De acordo com Décourt (1996), há grande dificuldade de definir “ruptura”, assim


como as deformações necessárias para atingi-la.

Segundo a NBR 6122/1996, a capacidade de carga do elemento isolado de


fundação, prevista por provas de carga, deve ser definida quando ocorrer a ruptura
nítida, indicada por Qruptura no gráfico carga vs recalque da Figura 2.9. A ruptura nítida
também é conhecida como ruptura física ou carga última, que, intuitivamente, é
associada à ruína, a uma ruptura catastrófica.

Figura 2.9: Exemplo de ruptura nítida (MENEGOTTO et al, 2001, apud NOGUEIRA,
2004).

Pela visão geotécnica, a NBR 6122/1996 analisa os casos sem ruptura nítida de
estacas de três formas:
• Não houve pretensão de romper a estaca
• A estaca resiste a uma carga maior a que se pode aplicar na prova
• A curva carga vs recalque não apresenta uma carga de ruptura, mas
apresenta um crescimento contínuo do recalque com a carga.
29
Nos dois primeiros casos, adota-se a extrapolação da curva carga vs recalque,
para avaliar a carga de ruptura por critérios consagrados da Mecânica dos Solos na
curva de primeiro carregamento. Para o terceiro caso, a própria norma indica um
método para estimar a carga de ruptura.

De acordo com Alonso (1991), a curva carga vs recalque pode delinear curvas
diversas. Na Figura 2.10, constam duas formas:
• Ao atingir o valor PR, o recalque se torna contínuo, demonstrando uma
ruptura nítida (Figura 2.10.a)
• Não define claramente a carga de ruptura, representando uma ruptura
convencional (Figura 2.10.b).

Figura 2.10: Curvas carga vs recalque (ALONSO, 1991).

A definição de ruptura, segundo Fellenius (1980), deve ser baseada em regras


matemáticas, para gerar um valor que não dependa da variação da escala do gráfico e
da interpretação individual. E afirma ainda que considerar a ruptura através de
recalques excessivos pode não ser adequado.

30
Fellenius (1980) afirma que considerar a ruptura através de recalques excessivos
pode não ser adequado e em Fellenius (1999) afirma que a ruptura é limitada ao atrito
lateral da estaca, inclusive para estacas de deslocamento.

Segundo Cintra & Aoki (1999), a ruptura física é caracterizada pelos recalques
teoricamente infinitos e a ruptura convencional pela imposição de um recalque
arbitrário.

A ruptura física, na engenharia geotécnica, é considerada quando ocorre o


colapso do elemento estrutural e/ou do maciço de solo que lhe dá suporte, causando
recalques excessivos para pequenos ou para nenhum incremento de carga (SOARES &
COSTA FILHO, 1985; AMANN, 2008).

Segundo Fellenius (1980), em alguns casos, considerar a ruptura através de


recalques excessivos pode não ser adequado, pois grandes deformações podem estar
relacionadas ao sistema de aplicação de carga e não à interação solo-estaca.

De Beer (1988) define ruptura física a carga Qu correspondente ao limite da


relação entre o acréscimo do recalque da ponta da estaca (∆r) e o acréscimo de carga
(∆Q), tendendo ao infinito.

∆
 = ∆ = ∞ (2.3)

Este mesmo autor define ruptura convencional como a carga correspondente a


uma deformação da ponta da estaca de 10% do diâmetro para estacas cravadas, e de
25% a 30% do diâmetro para estacas escavadas.

Com base no Conceito de Rigidez, Décourt et al (1996) define ruptura física


como a carga (Qu) correspondente a um valor de rigidez nula, sendo a rigidez (RIG) a
relação entre a carga aplicada (Q) e o recalque (r) correspondente.

31
 =        → ∞ (2.4)
Sendo:


 = 
→  (2.5)

Segundo Décourt (2008), como a rigidez nula corresponde a deformação infinita,


conclui-se, então, com base no Conceito de Rigidez, que a ruptura física nunca foi
atingida, portanto, se faz necessário definir a ruptura convencional, que, na concepção
de Décourt (1996, 1998), no caso de estacas de seção circular, é a carga
correspondente a uma deformação de 10% do seu diâmetro (para estacas de
deslocamento e estacas escavadas em argila) e 30% do seu diâmetro (para estacas
escavadas em solos granulares). E, para estacas com outro tipo de seção considera-se
um diâmetro equivalente.

Ф = !" × /$ (2.6)

Em que (A) corresponde à área da seção transversal da estaca.

Mas, de acordo com Fellenius (1980), esta definição não considera a deformação
elástica da estaca, que pode ser considerável para estacas longas e insignificante para
estacas curtas.

As estacas com a relação (L/Φ) maior ou igual a 15 são consideradas longas e


as estacas com a relação (L/Φ) menor que 15 são consideradas curtas.

32
2.7. Curva carga vs recalque

O resultado de uma prova de carga sobre uma estaca isolada é interpretado


através da curva carga vs recalque, que transmite o comportamento da interação solo -
estaca.

Segundo Tanaka & Pereira (1996), a análise do comportamento da curva carga


vs recalque é um dos principais aspectos na elaboração do projeto de fundações.

Niyama et al (1996) divide a curva carga vs recalque obtida em prova de carga


em estacas isoladas em três regiões, representadas na Figura 2.11:
a) A primeira região é de quase proporcionalidade entre as cargas e os
recalques
b) A segunda é a de deformação viscoplástica. Nesta região, a velocidade de
carregamento influi muito sobre os recalques
c) A terceira corresponde à região de ruptura, é a parte da curva que define a
carga de ruptura (Qr).

Figura 2.11: Gráfico carga vs recalque (VARGAS, 1977).


33
Quando a ruptura não é definida, seja pela interrupção da prova de carga por
motivos de custo, prazo, sistema de reação insuficiente ou precaução, para não
danificar o elemento estrutural ensaiado, recomenda-se extrapolar a curva carga vs
recalque (ALONSO, 1991; PRESA & POUSADA, 2004).

Porém, Niyama et al (1996) adverte que o ideal é levar a prova de carga à


ruptura ou à ocorrência de grandes recalques.

A interrupção prematura da prova de carga estudada por Massad (1994) pode


resultar em curvas carga vs recalque limitadas para interpretação. Magalhães (2005)
apresenta três alternativas de curva carga vs recalque na Figura 2.12, em que:
• Prova de carga interrompida no trecho elástico (Figura 2.12.a): muito difícil de
determinar a carga última
• Prova de carga interrompida no início da plastificação do sistema solo-estaca
(Figura 2.12.b): é possível prever a carga última através de métodos de
extrapolação
• Prova de carga com grandes deformações para pequenos incrementos de
carga (figura 2.12.c): a carga última é evidente, não necessitando de métodos
de extrapolação.

Figura 2.12: Alternativas da curva carga vs recalque em provas de carga


(MAGALHÃES, 2005).
34
2.8. Métodos de determinação da capacidade de carga através
da curva carga vs recalque

Existe uma lista vasta e variada na bibliografia de processos para determinar a


carga de ruptura através da interpretação da curva carga vs recalque. Por este motivo,
é indispensável a referência do método utilizado, já que a análise de uma curva carga
vs recalque oferece valores diferentes em cada procedimento.

Segundo Campos (2005), estes métodos extrapolam ou convencionam a carga


de ruptura, nos casos que não apresentam ruptura nítida.

Deve-se realizar uma análise criteriosa na escolha do método de extrapolação da


curva carga vs recalque, pois, segundo Zammataro et al (2007), a utilização
indiscriminada dos métodos pode gerar grandes erros na interpretação dos resultados.

Segundo Niyama et al (1996), os métodos podem ser divididos em quatro


grupos:
a) Do recalque limite – nestes métodos, fixa-se a carga de ruptura em função de
um valor de recalque máximo. Exemplos: Davisson (1973), NBR 6122/96,
Brinch Hansen (1963), Terzaghi (1943) e alguns códigos de obras como de
Boston e Nova Iorque.
b) Da deformabilidade limite – nos quais a carga de ruptura corresponde a um
módulo de deformabilidade limite da estaca. Exemplo: Fuller & Hoy (1970).
c) Da interseção das fases pseudo-elástica e pseudoplástica – os métodos
deste grupo definem duas retas na curva carga vs recalque, cada reta
corresponde a uma das fases. A carga de ruptura define-se na interseção das
retas. Os métodos deste grupo permitem definir a carga de ruptura pela
extrapolação da curva carga vs recalque, mesmo se a carga de ruptura for

35
maior que a de ensaio, porém dependem da escala do gráfico e da
interpretação pessoal. Exemplo: Butler & Hoy (1977) e De Beer (1967).
d) Da forma matemática – que interpreta a curva carga vs recalque através de
formulação matemática. São os métodos mais utilizados e recomendados,
mesmo dependendo da interpretação pessoal. Exemplo: Van der Veen
(1953), Chin (1970), Mazurkiewics (1972) e Conceito de Rigidez apresentado
por Décourt (1996).

Segundo Amann (2008), os métodos que extrapolam a curva carga vs recalque


por ajuste matemático são muito usados no Brasil, mas necessitam de refinamento para
expressar o comportamento da estaca mais adequadamente.

De acordo com Alonso (1991), os métodos só devem ser adotados em curvas


carga vs recalque que resultaram em valores próximos à carga de ruptura, para evitar
resultados discrepantes.

Apresentam-se, a seguir, os principais critérios de ruptura baseados na


extrapolação, convenção ou interpolação da curva carga vs recalque.

2.8.1. Terzaghi (1942)

A definição proposta por Terzaghi e adotada pela Norma Inglesa, citada por
Niyama et al (1996), considera, através da curva carga vs recalque, a carga de ruptura
como a carga correspondente a 10% do diâmetro da ponta da estaca.

36
2.8.2. Código de Boston e Código de Nova Iorque

Segundo Niyama et al (1996), a carga de ruptura de acordo com estes códigos,


deve ser a máxima do ensaio. Desde que o recalque residual seja menor que 0,50 in
(12,70 mm) para o Código de Boston e 0,01 in/tf (0,28 mm/kN) para o Código de Nova
Iorque.

2.8.3. Van der Veen (1953)

O método proposto por Van der Veen (1953) utiliza a forma exponencial,
ajustando os pontos da curva a uma função matemática, analisando a ruptura física,
correspondendo a recalques teoricamente infinitos.

Esse método é muito utilizado no Brasil, para extrapolar as curvas obtidas em


provas de carga que não foram levadas à ruptura. Aoki (1989) afirma, através da
experiência, que a curva carga vs recalque é bem representada pelo método, através
da expressão 2.7:

 =  á& (( − *∝ ) (2.7)

Em que:
P – Carga na ponta da estaca
Pmáx – Resistência última da estaca
z – Recalque da estaca causado por P
α – Coeficiente que define a forma da curva carga vs recalque.

37
De acordo com Aoki & Alonso (1986), o coeficiente α depende das
características da estaca e da natureza do solo.

A assíntota da curva carga vs recalque caracteriza a ruptura (Pmáx), como na


Figura 2.13.

Figura 2.13: Curva carga vs recalque de Van der Veen (1953) (CINTRA & AOKI, 1999).

Adaptando a equação anterior, obtém-se uma reta que passa pela origem, se for
plotada em escala semilogarítmica de base neperiana (CINTRA & AOKI, 1999), a partir
de:


∝  = −  (( − ) (2.8)
 á&

O coeficiente “α” representa o coeficiente angular desta reta.

Através dos pontos (P; z) obtidos na prova de carga, deve-se encontrar por
tentativas, experimentando valores diferentes de Pmáx, até obter uma reta no gráfico z
vs - ln (1 – P/Pmáx) como na Figura 2.14.
38
Figura 2.14: Solução gráfica da equação (ALONSO, 1991).

Segundo Magalhães (2005), quando a prova de carga é interrompida no trecho


pseudoplástico da curva carga vs recalque, a extrapolação por Van der Veen (1953)
leva a valores exagerados da carga última.

De acordo com Carvalho et al (2002), o ajuste se dá na faixa final da curva carga


vs recalque, induzindo a definição teórica a uma boa simulação da fase de deformações
plásticas.

Segundo Velloso & Lopes (2002), as extrapolações pelo método de Van der
Veen (1953) são confiáveis apenas em casos que o recalque máximo alcançado na
prova de carga for, no mínimo, 1% da largura “B” da estaca.

O uso indiscriminado deste método, por profissionais brasileiros, alerta para a


falta de análise, tanto para aplicabilidade como para as limitações do método, já que
Guimarães et al (2002) afirma que, em muitos casos, o método não proporciona uma
boa extrapolação da curva carga vs recalque.

39
De acordo com Niyama & Décourt (1994), o método de Van der Veen (1953)
pode ser aplicado somente nas seguintes condições:
• Ensaios que atingiram pelo menos 2/3 da carga de ruptura
• Estacas de deslocamento, pois os resultados da carga de ruptura em estacas
escavadas são subestimados
• Carregamento monotônico (carregamento crescente e aplicado uma única vez).

No entanto, Vianna & Cintra (2000) destacam que, em provas de carga que não
atingiram a ruptura, é difícil afirmar a proporção da carga de ruptura atingida.

Aoki (1976, apud CINTRA & AOKI, 1999) propôs uma melhora da regressão,
através da observação de que a reta não necessita obrigatoriamente de passar pela
origem do gráfico e propõe uma modificação da expressão de Van der Veen (1953)
para:

 =  á& (( − *∝*- ) (2.9)

Em que “b” representa o intercepto, no eixo dos recalques, da reta obtida na


escala semilogarítmica.

40
2.8.4. Housel (1956)

O método de Housel (1956, apud FELLENIUS, 2006), citado por Burin & Maffei
(1989), foi desenvolvido para estágios de cargas aplicadas em intervalos de tempo
constantes, baseado no aumento significativo dos recalques medidos na cabeça da
estaca na segunda metade do estágio de carregamento denominados “creep”,
colocados no gráfico contra as cargas aplicadas. Este gráfico fornecerá duas retas,
apresentadas na Figura 2.15, cuja interseção corresponde ao valor da “carga creep” ou
carga limite.

Figura 2.15: Gráfico para determinar o limite do “creep” (FELLENIUS, 2006).

41
2.8.5. Brinch-Hansen (1963)

O método de Brinch-Hansen (1963 apud NIYAMA et al, 1996), baseado em um


recalque máximo, é dividido em dois critérios:
• Dos 90% de Brinch-Hansen
• Dos 80% de Brinch-Hansen.

No critério dos 90%, citado por Fellenius (1980), a carga limite é a carga que
corresponde ao dobro do recalque medido para 90% desta carga, analisados através
da curva carga vs recalque.

Já no critério dos 80%, também citado por Fellenius (1980, 2001, 2006), a carga
limite é a carga que corresponde a 4 vezes o recalque medido para 80% desta carga,
verificados pela curva traçada no gráfico [(r1/2) /Q vs r] onde (r) é o recalque e (Q) a
carga, demonstrado na Figura 2.16. A carga limite corresponde ao ponto da curva (Qu;
ru) calculado por:

(
 = (2.10)
..!0( ×0.

0
 = 0. (2.11)
(

Em que:
C1 – Coeficiente angular da reta
C2 – Intercepto no eixo das ordenadas, quando o ponto (0,80. Qu; 0,25. ru) estiver
próximo à curva carga vs recalque.

42
Figura 2.16: Gráfico do critério dos 80% de Brinch-Hansen (NIYAMA et al, 1996).

2.8.6. De Beer (1967) e De Beer & Wallays (1972)

O método De Beer (1967 apud FELLENIUS, 2006) e De Beer & Wallays (1972
apud FELLENIUS, 2006), citado também por Fellenius (1980, 2001), baseia-se em
plotar a curva carga vs recalque em escalas logarítmicas, cujos valores de carga mais
elevados tendem a cair sobre duas retas (uma pseudo-elástica e outra pseudoplástica),
mostradas na Figura 2.17. A interseção destas duas retas define a carga de ruptura.

Figura 2.17: Gráfico bilogarítmico do método de De Beer (FELLENIUS, 2006).


43
Segundo Fellenius (1980), este método foi proposto originalmente para ensaios
lentos.

2.8.7. Fuller & Hoy (1970)

O método de Fuller & Hoy (1970, apud FELLENIUS, 1980) propõe que a carga
de ruptura é a carga correspondente ao ponto da curva carga vs recalque tangente a
uma reta de inclinação 1,4 mm/kN (0,05 in/ton).

Burin & Maffei (1989) resumem o método em um sistema que apresenta uma
rigidez tangente menor que 7 kN/mm (20 ton/in).

De acordo com Niyama et al (1996), o método de Fuller & Hoy (1970) oferece
resultados subestimados para estacas longas.

2.8.8. Chin (1970, 1971)

O método de Chin (1970 apud ALONSO, 1991) e Chin (1971 apud ALONSO,
1991), citado por Fellenius (1980, 2001, 2006), Niyama et al (1996) considera que a
região próxima da ruptura da curva carga vs recalque seja hiperbólica.

Esse método representa o trecho final da curva carga vs recalque pela


expressão:


= 1- ×
(2.12)

44
Em que:
Q – Carga aplicada
r - Recalque
a – Interseção
b – Coeficiente angular da reta obtida no gráfico (r/Q vs r) da Figura 2.18.

Os valores de carga são divididos pelos valores de recalque correspondentes e


plotados em um gráfico versus recalque, como na Figura 2.18.

Figura 2.18: Carga de ruptura segundo o método de Chin (ALONSO, 1991).

A carga de ruptura (Qr) é o limite desta expressão, quando r → ∞, ou seja, é o


inverso do coeficiente angular da reta:

(
 = (2.13)
-

De acordo com Fellenius (1980), o método de Chin é aplicável tanto em ensaios


rápidos como nos lentos, desde que as cargas sejam aplicadas em tempos constantes.
45
2.8.9. Mazurkiewicz (1972)

O método de Mazurkiewics (1972 apud FELLENIUS, 1980), citado por Alonso


(1991) e Niyama et al (1996), considera que o trecho final da curva carga vs recalque
seja uma parábola.

A partir da curva carga vs recalque, conforme a Figura 2.19, estabelece-se


arbitrariamente uma constante para os deslocamentos (∆ρ) e considera-se uma série
de valores:

2 =  × ∆2 (2.14)

Em seguida, encontram-se os valores Pn correspondentes. Em cada ponto P


encontrado, traça-se uma reta a 45o, até que ocorra o encontro desta reta com o
prolongamento da reta (P + 1). Pela interseção das retas a 45o, traça-se uma reta
resultante, cuja carga de ruptura é o valor correspondente à interseção desta reta com
o eixo das cargas.

Figura 2.19: Método de Mazurkiewics (ZAMMATARO, 2007).


46
2.8.10. Davisson (1972)

O método de Davisson (1972 apud FELLENIUS, 1980), citado por Alonso (1991),
Niyama et al (1996), Fellenius (2001, 2006), é muito utilizado na América do Norte,
principalmente em estacas ensaiadas através de carregamento rápido.

De acordo com Silva et al (1986), este método é uma interpretação elastoplástica


da curva carga vs recalque.

O método é baseado no recalque limite, conforme a Figura 2.20, determina a


carga correspondente através do recalque calculado a partir da equação:

 ×9
 = 34, 6 + 8+ (2.15)
(.7 ×:

Em unidades compatíveis, em que:


r – Recalque de ruptura convencional
Q – Carga de ruptura convencional
L – Comprimento da estaca
A – Área da seção transversal da estaca
E – Módulo de elasticidade do material da estaca
d – Diâmetro do círculo circunscrito à estaca.

47
Figura 2.20: Carga de ruptura segundo Davisson (ALONSO, 1991).

Niyama et al (1996) apontam o bom desenvolvimento do critério de Davisson na


comparação da capacidade de carga obtida por provas de carga estáticas com a
prevista por provas de carga dinâmicas. É adequado para provas de carga com
carregamento do tipo CRP, mas conduz a valores reduzidos da carga limite nos ensaios
SML.

48
2.8.11. Butler & Hoy (1977)

No método de Butler & Hoy (1977 apud FELLENIUS, 1980), a carga de ruptura é
a carga resultante da interseção da reta da fase pseudo-elástica (paralela à linha de
compressão elástica da estaca) com a reta pseudoplástica, definida como a tangente à
curva com inclinação de 0,05 in/ton (1,4 mm/kN), conforme o exemplo apresentado na
Figura 2.21.

Figura 2.21: Carga de ruptura de acordo com os métodos de Fuller & Hoy (1970) e
Butler & Hoy (1977), (FELLENIUS, 1980).

49
2.8.12. Massad (1986)

O método proposto por Massad (1986) surgiu através da análise dos métodos
propostos por Van der Veen (1953) e por Mazurkiewicz (1972), na busca de um
procedimento livre dos inconvenientes de um e com a precisão do outro,
respectivamente.

O trabalho de Massad (1986) também demonstra que os métodos de Van der


Van de Veen (1953) e Mazurkiewicz (1972) são baseados nas mesmas suposições,
tornando a comparação dos resultados entre eles totalmente desnecessária.

Através da série de valores de Mazurkiewicz, que estabelece, a partir da curva


carga vs recalque, uma constante arbitrária para os deslocamentos (∆s) e, em seguida,
encontram-se os valores Qi correspondentes conforme a Figura 2.22.


 =  × ∆
(2.16)

Figura 2.22: Recalques igualmente espaçados e suas cargas correspondentes (PRESA


& POUSADA, 2004).
50
Se a equação 2.17 é verdadeira:

<
 =  (( − ;
 ) (2.17)

O gráfico torna-se uma reta com a inclinação (β) dada por:

>( * <


==  *?(
= ; ∆
(2.18)

Permitindo a obtenção da constante (α’) por:

=
;′ = (2.19)

A partir dos valores Qi encontrados, podem ser plotados em um gráfico Qi vs


Qi+1, como na Figura 2.23, para, então, determinar Qr, ajustando os pontos do gráfico Qi
vs Qi+1 a uma reta de equação:

1( = ;′ + =  (2.20)

Substituindo-se na equação (2.20) Qi e Qi+1 pelo limite Qr para i → ∞, tem-se:

;A
 = (1=
(2.21)

Em que (α’) e (β) são obtidos pela regressão linear dos pontos (Qi, Qi+1) de
acordo com a Figura 2.23.

51
Figura 2.23: Carga de ruptura de Van der Veen pelo procedimento Massad (1986)
(PRESA & POUSADA, 2004).

2.8.13. NBR 6122/1996

O método da norma baseia-se no recalque limite, previsto para provas de carga


carregadas até apresentar um recalque considerável e contínuo, nas quais a curva
carga vs recalque não indica a carga de ruptura.

Determina-se a carga limite ou carga de ruptura convencional, calculando o


recalque correspondente através da equação:

× 9
= + (2.22)
×B 47

Em unidades compatíveis, em que:


r – Recalque de ruptura convencional
52
Pr – Carga de ruptura convencional
L – Comprimento da estaca
A – Área da seção transversal da estaca
E – Módulo de elasticidade do material da estaca
d – Diâmetro do círculo circunscrito à estaca.

Com todos os parâmetros em unidades compatíveis, e, a partir de um valor


arbitrário de carga (P), calcula-se o recalque correspondente, obtendo um ponto (P; r).
Por este ponto, plota-se a reta que corta o eixo dos recalques em d/30. O ponto de
interseção entre essa reta e a curva carga vs recalque corresponde à carga de ruptura
convencional, como na Figura 2.24.

Figura 2.24: Carga de ruptura convencional (NBR 6122/1996).

De acordo com Campos (2005), o módulo de elasticidade (E) para estacas de


concreto pode ser calculado pela NBR 6118 “Projeto e execução de obras de concreto
armado – Procedimento”, em função da resistência característica (fck), ou, na falta de
informações, adotam-se valores conservadores de 20000 MPa (para estacas
escavadas) e 25000 MPa (para estacas pré-moldadas).

53
Segundo Almeida Neto (2002), o método da NBR 6122/1996 leva em
consideração as características da edificação através do seu recalque admissível, além
de considerar também as dimensões e a deformação elástica da fundação.

2.8.14. Conceito de Rigidez

O Conceito de Rigidez apresentado por Décourt (1996) conduz a resultados da


carga limite através do Gráfico de Rigidez, que permite a visualização da “distância” que
se está da ruptura e identifica o domínio de transferência de carga pela ponta e o
domínio de transferência pelo atrito lateral (DÉCOURT, 2008).

A curva carga vs recalque oferece algumas informações iniciais importantes para


a análise do Gráfico de Rigidez. Estas informações são obtidas através de uma reta
entre a o ponto de regressão escolhido e a carga de ruptura convencional (Quc). A
intercepção desta reta com o eixo das abscissas indica o limite inferior do domínio do
atrito lateral (Qsl), como apresentado na Figura 2.25.

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500
0

20
Pontos da curva carga vs recalque

40
Quc
r (mm)

60 Reta de regressão

80 Ponto de regressão

100 Qsl

120

Figura 2.25: Curva carga vs recalque.


54
Para determinar o ponto de regressão, são estabelecidas correlações lineares
entre Log Q e Log r, estes coeficientes de correlação (R) são elevados ao quadrado
para obter-se o R2. Analisando os dados de carga e recalque em ordem decrescente,
pode-se identificar pelo R2 uma alteração no comportamento da curva carga vs
recalque, que indica o ponto de regressão a ser adotado. Na maior parte das vezes
este ponto está em torno de um recalque correspondente a 2% do diâmetro da estaca.

A carga de ruptura convencional é determinada através da equação da curva


carga vs recalque e corresponde a carga relativa a um recalque de 10% do diâmetro.

Ф
CDE = (7FGHI(7JK*L (2.23)

Em que:
Ф – Diâmetro (mm)
a – Previsão da curva (Log Q vs Log r) no ponto de regressão
b – Inclinação da curva (Log Q vs Log r) no ponto de regressão.

Considerando a rigidez (RIG) como a razão entre a carga aplicada (Q) e o


recalque (r) correspondente, tem-se:

 =        → ∞ (2.24)

Considera-se ruptura física como sendo a rigidez de um elemento isolado de


fundação nula, pressupondo deformação infinita.


 = 
→  (2.25)

O gráfico de rigidez deve ser plotado com os valores de rigidez (RIG) em


ordenadas e os valores de carga (Q) em abscissas, como na Figura 2.26, para que se
determine a carga que leva à rigidez nula. Mas como a rigidez nula pressupõe

55
deformação infinita, a ruptura física nunca foi atingida. Portanto calcula-se a carga de
ruptura convencional no Gráfico de Rigidez (Qu)c (DÉCOURT, 2008).

Figura 2.26: Método de extrapolação de Décourt (FELLENIUS, 2006).

De acordo com Décourt (2008), em provas de carga levadas a grandes


carregamentos, o gráfico de Rigidez indica claramente os domínios de ponta e de atrito
lateral, como na Figura 2.27. A partir do ponto de regressão escolhido, a ponta deixa de
preponderar, constatada pela redução nítida de R2, neste ponto de transição separa-se
a parte do Gráfico de Rigidez correspondente ao domínio de ponta e ao domínio do
atrito lateral. A transição pode incluir alguns pontos até iniciar o domínio do atrito lateral.

Para estacas longas é importante analisar o recalque elástico (sel) durante a


definição do domínio do atrito lateral, já que as deformações neste trecho são da ordem
de grandeza dos recalques elásticos (DÉCOURT, 2006; 2008).

PQ
MNO = R ST (mm) Equação (2.26)

Em que:
Q – Carga equivalente a 1,0 MN
L – Comprimento da estaca (m)
56
E – Módulo de elasticidade (GPa)
A – Área da seção transversal da estaca (m2).

1,2

1 Pontos do Gráfico de Rigidez


Rigidez (MN/mm)

0,8 Domínio da ponta

0,6
Quc
0,4
Domínio do atrito lateral
0,2

0
0 0,5 1 1,5
Q (MN)

Figura 2.27: Domínio de ponta e de atrito lateral no Gráfico de Rigidez.

Para definir os pontos dos domínios adota-se a correlação que abrange o maior
número de pontos e o maior valor de R2, como na Figura 2.28 e 2.29.

Segundo Décourt (2008), dados de boa qualidade apresentam coeficientes de


correlação iguais ou superiores a 0,99.

57
Figura 2.28: Análise das diversas correlações para representar o domínio da ponta
(DÉCOURT, 2008).

58
Figura 2.29: Análise das diversas correlações para representar o domínio do atrito
lateral (DÉCOURT, 2008).

59
Décourt (2006) afirma que a carga definida como a carga correspondente a
rigidez nula, somente será aproximada em dois casos:
• Por atrito lateral, correspondente a relação linear (todas as estacas)
• Por ponta, linear para estacas de deslocamento e Log vs Log para estacas
escavadas (estacas de deslocamento).

O cálculo da carga limite (Qu)c por ponta define-se como:

(CD )E = (7FGH(UVW)K*L (2.27)

E para rupturas por atrito lateral:

(CD )E = L + K × UVW (2.28)

Em que:
a – Intercepção do gráfico
b – Inclinação da curva.

É importante ressaltar que em alguns casos, a ruptura por atrito lateral


corresponde a estacas que só apresentam relação linear entre a carga e a rigidez como
na Figura 2.30 (DÉCOURT, 2008).

No Anexo E pode-se acompanhar uma sequência de cálculo completa utilizando


o método baseado no Conceito de Rigidez.

60
Figura 2.30: Exemplos de estacas com atrito lateral predominante (DÉCOURT, 2008).

Segundo Décourt (1998, 2008), o gráfico de rigidez mostra duas situações típicas
distintas:
• As fundações que praticamente não rompem (estacas escavadas) (Figura
2.31.a)
• As fundações que rompem (estacas de deslocamento) que neste caso
definem claramente tanto a ruptura convencional quanto a ruptura física
(Figura 2.32.b).

61
Figura 2.31: Exemplo de fundações que não rompem (a) e de fundações que rompem
(b) (CAMPOS, 2005).

As estacas de deslocamento, tais como as pré-moldadas de concreto, as do tipo


Franki e os perfis metálicos, permitem ao método uma avaliação razoavelmente precisa
da carga de ruptura física e da carga de ruptura convencional, que, segundo Décourt
(2008), a diferença entre elas é da ordem de 20%.

Nas fundações que não apresentam ruptura física, como as estacas escavadas
(estacões, barretes, Strauss e hélices contínuas), o gráfico de rigidez assume um
comportamento assintótico hiperbólico e a ruptura física é determinada através da
extrapolação.

Fellenius (2001) define a carga limite extrapolada (Qu) por Décourt (1996) como a
relação entre a interseção da reta com o eixo y (C2) e a inclinação da reta (C1).

0
 = 0. (2.29)
(

A equação da curva “ideal” é dada por:

0 
 = (*0. (2.30)
( 

62
Em que:
Q – Carga aplicada
r – Recalque.

Se a prova de carga for levada a pequenos valores de RIG, pode ser usada
extrapolação linear ou logarítmica para estimar a ruptura física.

Quanto menor for a rigidez no ensaio, mais precisa será a estimativa da carga de
ruptura.

Similarmente ao método de Chin (1970, 1971) e ao de Brinch Hansen (1963),


uma curva é determinada e comparada a curva carga vs recalque do ensaio.

Segundo Décourt (2008), existe uma limitação na utilização do método aos


ensaios realizados com carregamentos mistos, pois conduz a resultados que tendem
contra a segurança (Figura 2.32).

Figura 2.32: Prova de carga em bloco quadrado de fundação (1,0 x 1,0 m) (DÉCOURT,
2008).
63
3. Materiais e métodos

Apresentam-se neste capítulo as informações preliminares dos dados de ensaios


estáticos envolvidos neste estudo, assim como o procedimento de interpretação,
baseado na avaliação da significância estatística de diferenças entre grupos.

Os ensaios estáticos realizados nos campos experimentais nas cidades de


Campinas/SP, Recife/PE, Vitória/ES, Londrina/PR, Ilha Solteira/SP e Brasília DF, serão
analisados pelo método baseado no Conceito de Rigidez, que definirá a carga limite e
os domínios de ponta e de atrito lateral. Os resultados obtidos pelo método, passarão
por uma análise estatística para serem observados de um modo geral.

3.1. Análise estatística

A análise estatística baseada na avaliação da significância estatística de


diferenças entre grupos deve ser adequada ao número de variáveis utilizadas no
estudo. Partindo deste princípio, podem-se considerar três tipos de análises:
• Análise univariada – estuda a distribuição de apenas uma variável
• Análise bivariada – quando o estudo envolve duas variáveis
• Análise multivariada – nos casos de mais de duas variáveis.

Os testes estatísticos utilizados nas análises podem ser separados em dois:


• Paramétricos – calculam as diferenças entre os resultados
• Não Paramétricos – analisam se os resultados são superiores ou inferiores a
outros resultados.

64
Neste trabalho, serão utilizados os testes paramétricos para comparação de
resultados, através do teste t (Student’s t-test) e da análise de variância.

3.1.1. Análise de variância

A análise de variância denominada na literatura como ANOVA (ANalysis Of


VAriance) é um tipo de análise univariada que permite comparar mais de dois grupos
de interesse, que é realizado através das variâncias dentro e entre os conjuntos
envolvidos.

É um procedimento capaz de identificar se o erro relativo médio dos tratamentos


são significativamente diferentes ou não. Duas hipóteses são testadas:
• Hipótese da nulidade (H0);
• Hipótese alternativa (H1).

A hipótese da nulidade considera que as médias entre os grupos são iguais,


portanto, a diferença entre elas é zero, a hipótese alternativa indica que as médias são
diferentes. A hipótese define o nível de significância (α), que é a probabilidade de
rejeitar H0, quando H0 é verdadeira. Tradicionalmente, adotam-se arbitrariamente
valores de α entre 0,01 e 0,05, considerando que:
• α = 0,01 ou 1% – resultado altamente significante indicado por **
• α = 0,05 ou 5% – resultado significante indicado por *.

Segundo Hair et al (2005), ANOVA é considerada univariada, pois é utilizada


para avaliar diferenças de grupos em uma única variável métrica.

X(
( éY)
= &((ã
1&. 1&4 1⋯1&
éY
)
(3.1)

65
Na análise de variância para grupos de mesmo tamanho (distribuição normal),
aplica-se o teste F a partir dos seguintes passos:

1o Passo:
a) Determinam-se os graus de liberdade (gl) dos grupos:

\\ = ] − ( (3.2)

Em que “k” é o número de tratamentos e o tratamento é a variável independente


manipulada sobre as variáveis dependentes.

b) Determina-se o grau de liberdade (gl) do total:

\ =  − ( (3.3)

Em que “n” é o número de dados.

c) Determina-se o grau de liberdade (gl) dos resíduos:

\
  = ( − () − (] − () =  − ] (3.4)

2o passo:
a) Cálculo do valor de correção (C):

.
(∑ &)
0= (3.5)


Em que “x” é o valor de cada unidade.

b) Cálculo da Soma dos Quadrados Total (SQT):

66
.
_` = ∑ & − 0 (3.6)

c) Cálculo da Soma dos Quadrados do Total de cada repetição (SQTr):

∑ `.
_` = 
−0 (3.7)

Em que “T” é o valor total de cada tratamento.

d) Cálculo da Soma dos Quadrados dos Resíduos (SQR):

_ = _` − _` (3.8)

e) Cálculo do Quadrado Médio do Total de cada repetição (QMTr):

_`
a` = ]*(
(3.9)

f) Cálculo do Quadrado Médio do Total do Resíduo (QMR):

_
a = *] (3.10)

g) Cálculo do valor F:

a`
b= (3.11)
a

3o Passo:
Comparar o F calculado apresentado na Tabela 3.1 com o valor Fcrit dado nas
Tabelas 1, 2 e 3 do Anexo A, no nível de significância estabelecida, observando os (k-1)
graus de liberdade no numerador e os (n –k) graus de liberdade no denominador.

67
Se F < Fcrit então aceito H0.
Se F > Fcrit então aceito H1.

Tabela 3.1: Análise de variância (VIEIRA, 2006).


Causas de variação GL SQ QM F
Tratamentos (k-1) SQTr QMTr Ftr
Resíduo (n-k) SQR QMR
Total (n-1) SQT

A análise de variância, através do teste F testará a igualdade entre os resultados


das cargas de ruptura obtidas na ruptura de cada elemento de fundação.

3.1.2. Teste t

Segundo Hair et al (2005), o teste t (Student’s t-test) é um procedimento


univariado (caso especial de ANOVA), utilizado para comparar uma variável
dependente ao longo de dois grupos.

De acordo com Vieira (2006), o teste t também é utilizado para decidir entre a
hipótese da nulidade (H0) e a hipótese alternativa (H1) no estudo.

Este teste pode ser utilizado na comparação de dois grupos independentes (ou
seja, quando foi feito um experimento inteiramente ao acaso), ou nos estudos com
dados pareados (ou seja, quando foi feito um experimento em blocos).

Na análise deste trabalho, será adotado o teste t com dados pareados que
utilizam as unidades em blocos. Considera-se como dado pareado quando cada
unidade for utilizada duas vezes.
68
Este procedimento segue os seguintes passos:
a) Cálculo das diferenças (d) entre as observações pareadas:
= X( − X. (3.12)

c
b) Cálculo da média das diferenças ( ):

c =


(3.13)

Em que “n” é o número de unidades do estudo.

c) Cálculo da variância (s2) dessas diferenças:

(∑ ).
∑ *

=
. 
(3.14)
*(

d) Cálculo do valor de t, que está associado a n-1 graus de liberdade, pela


fórmula:

c
= .
(3.15)
d

e) Comparação do valor absoluto de t calculado com o valor crítico dado na


Tabela 1 do Anexo B, utilizando o nível de significância estabelecido e com os
mesmos graus de liberdade.

Quando o valor t calculado for igual ou maior que o valor crítico dado pela Tabela
1 do Anexo B, a hipótese de que as médias em comparação são iguais ao nível
considerado de significância é rejeitada.

69
3.2. Dados das provas de carga estáticas

Os dados levantados para este estudo são oriundos de ensaios estáticos com
carregamentos verticais à compressão, executados em solo na umidade natural e
levadas à que indicasse ruptura.

As provas de carga selecionadas para o estudo foram realizadas em áreas


experimentais distintas, localizadas em diferentes cidades do Brasil, apresentadas na
Figura 3.1.

Figura 3.1: Mapa do Brasil.


70
Vários tipos de estacas foram ensaiados em cada área experimental. Os ensaios
adotados estão enumerados na Tabela 3.2 junto com o tipo de estaca e a cidade
referente à localização da área experimental.

Tabela 3.2: Relação dos dados levantados.


Numeração PC* Tipo L(m) Ф(m) Cidade/Estado
1 Pré-moldada protendida 14 0,18 Campinas/SP
2 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Campinas/SP
3 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Campinas/SP
4 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Campinas/SP
5 Hélice contínua 12 0,40 Campinas/SP
6 Hélice contínua 12 0,40 Campinas/SP
7 Hélice contínua 12 0,40 Campinas/SP
8 Ômega 12 0,40 Campinas/SP
9 Ômega 12 0,40 Campinas/SP
10 Metálica 18 0,138*** Campinas/SP
11 Metálica 18 0,195*** Campinas/SP
12 Metálica 12 0,205*** Campinas/SP
13 Metálica 18,40 0,219*** Campinas/SP
14 Metálica 12 0,195*** Campinas/SP
15 Raiz 12 0,40 Campinas/SP
16 Raiz 12 0,40 Campinas/SP
17 Raiz 12 0,40 Campinas/SP
18 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Recife/PE
19 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Recife/PE
20 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Recife/PE
21 Hélice contínua 8 0,40 Vitória/ES
22 Hélice contínua 12 0,40 Vitória/ES
23 Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
24 Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
25 Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
26 Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
27 Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
28 Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Londrina/PR
29 Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 Londrina/PR
30 Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 Londrina/PR
31 Apiloada de concreto 6 0,20 Ilha Solteira/SP
32 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Ilha Solteira/SP
33 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Ilha Solteira/SP
34 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Ilha Solteira/SP
35 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 Ilha Solteira/SP
36 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 Ilha Solteira/SP
37 Escavada de concreto 10 0,32 Ilha Solteira/SP
38 Escavada de concreto 10 0,32 Ilha Solteira/SP
39 Escavada de concreto 10 0,32 Ilha Solteira/SP
40 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Ilha Solteira/SP
41 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Ilha Solteira/SP
42 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Ilha Solteira/SP
43 Escavada 7,65 0,30 Brasília/DF
* Prova de carga

71
3.2.1. Provas de carga em Campinas/SP

3.2.1.1. Informações Gerais

O local específico dos ensaios estáticos, na cidade de Campinas/SP,


corresponde ao Campo Experimental de Mecânica dos Solos e Fundações (CEMSF),
localizado na Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual
de Campinas (UNICAMP). Implantado desde 1990, foi fundamental na elaboração de
diversos trabalhos.

3.2.1.2. Análise geológica e geotécnica

As características geológicas e geotécnicas da área de estudo foram obtidas


através dos trabalhos de Albuquerque (2001), Albuquerque et al (2004) e Cavalcante et
al (2006).

O subsolo da região de Campinas é formado por migmatitos básicos, ocorrendo


rochas intrusivas básicas da Formação Serra Geral (diabásio), do Grupo São Bento.
Esta região também possui corpos de diabásio encaixados na Formação Itararé e no
Complexo Cristalino, sob formas de sills e diques.

Os diabásios apresentam-se bastante fraturados, formando pequenos blocos,


cujas fraturas, ou se encontram abertas, ou preenchidas por materiais argilosos. Esses
materiais são pedologicamente classificados como Latossolos Vermelhos Distroférricos
e constituídos pelos minerais: quartzo, ilmenita, magnetita, caulinita, gibsita, óxidos e
hidróxidos de ferro.

72
O perfil geotécnico do Campo Experimental é composto de solo proveniente de
diabásio, coluvionar, diferenciado por uma camada superficial de argila silto-arenosa,
de alta porosidade, laterítica e colapsível de espessura média de 6,5 m. Pode-se
relacionar a porosidade ao intenso processo de intemperização desta camada,
ocorrendo o carreamento dos finos para os horizontes mais profundos, pelo processo
de lixiviação, seguida por uma camada composta por silte argilo-arenoso, residual de
diabásio, até 19 m de profundidade. O nível d’água encontra-se a cerca de 17,7 m de
profundidade. Entre 2,5 m e 6,0 m, o perfil apresenta uma camada constituída de uma
areia argilo-siltosa, fina a média, pouco compacta, marrom amarelada (laterita).

O perfil geotécnico apresentado na Tabela 3.3 e o gráfico apresentado na Figura


3.2 correspondem a valores típicos de sondagens de simples reconhecimento, com
medidas de toque (SPT-T), da área do Campo Experimental.

Figura 3.2: Variações do NSPT e Tres no Campo Experimental (GARCIA, 2006).

A Figura 3.3 apresentam os resultados dos ensaios de penetração do cone


(CPT) realizados no Campo Experimental da UNICAMP.

73
0 200 400 600 800
0 10 20 30
0
0

5
5

10
10

Profundidade (m)
Profundidade (m)

15
15

20
20

25
25

30
30
qc (MPa) - média fs (kPa) - média

Figura 3.3: Resistência de ponta e de atrito lateral do CPT do Campo Experimental da


UNICAMP (CAVALCANTE et al, 2006).

74
3.2.1.3. Detalhes das provas de carga

Os ensaios estáticos demonstrados na Tabela 3.3 foram executados conforme a


NBR 12.131/1992.

Tabela 3.3: Características dos ensaios no CEMSF.


Dimensões Tipo de Sistema de
PC* Estaca Tipo
L (m) Ф(m) carregamento reação
1 2 Pré-moldada protendida 14 0,18 Lento Estacas de reação
2 1 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Lento Estacas de reação
3 2 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Lento Estacas de reação
4 3 Escavada convencional (sem lama bentonítica) 12 0,40 Lento Estacas de reação
5 1 Hélice contínua 12 0,40 Lento Estacas de reação
6 2 Hélice contínua 12 0,40 Lento Estacas de reação
7 3 Hélice contínua 12 0,40 Lento Estacas de reação
8 2 Ômega 12 0,40 Lento Estacas de reação
9 3 Ômega 12 0,40 Lento Estacas de reação
10 15 Metálica (TR-37) 18 0,138** Misto Estacas de reação
11 16 Metálica (TR-37 duplo) 18 0,195** Misto Estacas de reação
12 17 Metálica (W200 x 35,9) 12 0,205** Misto Estacas de reação
13 18 Metálica (W250 x 32,7) 18,40 0,219** Misto Estacas de reação
14 20b Metálica (TR-37 duplo) 12 0,195** Misto Estacas de reação
15 1 Raiz 12 0,40 Lento Estacas de reação
16 2 Raiz 12 0,40 Lento Estacas de reação
17 3 Raiz 12 0,40 Lento Estacas de reação
* Prova de carga ** Diâmetro equivalente

A Figura 3.4 mostra a distribuição das estacas teste (exceto das metálicas e
raiz), das estacas de reação e das sondagens no Campo Experimental da UNICAMP.

75
Figura 3.4: Localização das estacas e das sondagens no Campo Experimental da
UNICAMP (ALBUQUERQUE, 2001).

Na Tabela 3.4, estão relacionadas as provas de carga instrumentadas no Campo


Experimental da UNICAMP e os resultados da instrumentação estão apresentados no
Apêndice B.

Tabela 3.4: Provas de carga instrumentadas no Campo Experimental da UNICAMP.


PC* Estaca Tipo
2 1 Escavada convencional (sem lama bentonítica)
3 2 Escavada convencional (sem lama bentonítica)
4 3 Escavada convencional (sem lama bentonítica)
5 1 Hélice contínua
6 2 Hélice contínua
7 3 Hélice contínua
8 2 Ômega
9 3 Ômega
15 1 Raiz
16 2 Raiz
17 3 Raiz
* Prova de carga
76
3.2.2. Provas de carga no Recife/PE

3.2.2.1. Informações Gerais

As provas de carga estudadas por Soares (2006) na cidade de Recife/PE, foram


realizadas em duas áreas experimentais:
• Campo Experimental da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ou
SESI-IBURA - localizado na Avenida Dois Rios, n0 128, Bairro do Ibura de
Baixo. É um local bem caracterizado e documentado em vários trabalhos
• CRCN - Centro Regional de Ciências Nucleares (CRCN) localizado na
Avenida Prof. Luiz Freire, esquina com a rodovia BR 101, no Bairro Cidade
Universitária. Trata-se de uma área que não havia sido estudada até a
execução das provas de carga.

Porém, neste estudo, adotou-se apenas as provas de carga realizadas no


Campo Experimental da UFPE, conhecido também por SESI-IBURA.

3.2.2.2. Análise geológica e geotécnica

O subsolo típico de Recife é muito variado. A Tabela 3.5 apresenta a Carta


Geotécnica da cidade do Recife, que contém informações gerais sobre a geologia e
geotecnia da região.

77
Tabela 3.5: Carta Geotécnica do Recife (GUSMÃO FILHO, 1998, apud SOARES,
2006).
UNIDADES
IDADES LITOLOGIAS
LITOESTRATIGRÁFICAS
Areias quartzosas acidentadas
Aluviões
Intercaladas com argilas
Areias quartzosas brancas, com
HOLOCENO Terraço Marinho Holocênico
conchas
Argilas/silte cinza-escuro, com
Mangues
matéria orgânica
Areias quartzosas brancas com
PLEISTOCENO Terraço Marinho Pleistocênico
matéria orgânica na base
Areias feldspáticas avermelhadas
PLIOCENO - PLEISTOCENO Formação Barreiras intercaladas a argilas variegadas/
areias feldspáticas amareladas
Calcarenitos e calcários
CRETÁCIO SUPERIOR Formação Gramame
Dolomíticos creme/cinza
Arcósios conglomeráticos
CRETÁCIO INFERIOR Formação Cabo esverdeados intercalados a argilitos
verdes/vermelhos
PRÉ-CAMBRIANO Embasamento Cristalino Gnaisses graníticos e cataclasitos

De acordo com Soares (2006), a região do SESI-IBURA é formada em ambiente


flúviolagunar e de mangue. Está localizada geologicamente entre dois terraços
marinhos, originados durante a última transgressão do mar (Holoceno) e da penúltima
transgressão do mar (Pleistoceno). A Figura 3.5 apresenta o perfil geotécnico da área
do SESI-IBURA.

78
Figura 3.5: Perfil geotécnico da área experimental do SESI-IBURA (SOARES, 2006).

3.2.2.3. Detalhes das provas de carga

Os ensaios apresentados na Tabela 3.6 foram realizados após 30 horas da


cravação. As provas de carga seguiram as recomendações da antiga NBR
12.131/1992, exceto pela estabilização do deslocamento nas provas de carga com
carregamento lento. A NBR 12.131/1992 prevê que “a estabilização dos deslocamentos
é determinada através da avaliação do desempenho da curva tempo vs deslocamento,
sendo admitida, quando a diferença entre as leituras realizadas nos tempos t e t/2
79
corresponder a, no máximo, 5% do deslocamento havido no mesmo estágio...”. Esta
recomendação permanece na NBR 12.131/2006. No ensaio, adotou-se passar para o
próximo estágio no final de 30 min de carregamento.

Tabela 3.6: Características dos ensaios no SESI-IBURA.


Dimensões Tipo de
PC* Estacas Tipo Sistema de reação
L (m) Ф(m) carregamento
18 E1 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Rápido Estacas de reação
19 E2 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Rápido Estacas de reação
20 E3 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 11,20 0,35 Lento Estacas de reação
* Prova de carga

A Figura 3.6 mostra a localização das estacas testes e das estacas de reação.

Figura 3.6: Localização das estacas (SOARES, 2006).

80
3.2.3. Provas de carga de Vitória/ES

3.2.3.1. Informações Gerais

A área experimental neste estudo trata-se de um canteiro de obras de um edifício


localizado na Avenida Nicolau Von Schilgen, no Bairro Mata da Praia na cidade de
Vitória/ES.

3.2.3.2. Análise geológica e geotécnica

O subsolo da região da área experimental, segundo Alledi (2004) é formado por


solos sedimentares de origem marinha, predominantemente arenosos, pertencentes ao
período Quaternário. Apresenta morros com afloramento de rochas graníticas e
gnáissicas.

O perfil geotécnico obtido por sondagem de simples reconhecimento, com


medidas de torque (SPT-T), referente à estaca EH1, está descrito na Tabela 3.7 e a
Tabela 3.8 mostra o perfil geotécnico da estaca EH2.

81
Tabela 3.22: Perfil geotécnico individual da sondagem SPT da estaca EH1 (ALLEDI,
2004).

82
Tabela 3.23: Perfil geotécnico individual da sondagem SPT da estaca EH2 (ALLEDI,
2004).

83
3.2.3.3. Detalhes das provas de carga

As provas de carga da Tabela 3.24 foram executadas de acordo com as


recomendações da NBR 12.131/1992, exceto no ensaio lento da estaca EH1, na qual a
carga aplicada em cada estágio foi superior a 20% da carga de trabalho e a Norma
recomenda que “... a carga aplicada em cada estágio não deve ser superior a 20% da
carga de trabalho...”.

Tabela 3.24: Características dos ensaios.


Dimensões Tipo de
PC* Estaca Tipo Sistema de reação
L (m) D(m) carregamento
21 EH1 Hélice contínua 8 0,40 Lento Estacas de reação
22 EH2 Hélice contínua 12 0,40 Lento Estacas de reação
* Prova de carga

A Figura 3.7 mostra a distribuição das estacas testes e das estacas de reação no
canteiro de obra.

Figura 3.7: Localização das estacas (ALLEDI, 2004).

Os dois ensaios foram instrumentados, os resultados da instrumentação estão no


Apêndice B.
84
3.2.4. Prova de carga de Londrina/PR

3.2.4.1. Informações Gerais

O Campo Experimental de Engenharia Geotécnica “Prof. Saburo Morimoto” da


Universidade Estadual de Londrina (CEEG/UEL), implantado em 1998, contribui na
elaboração de pesquisas, voltadas principalmente ao comportamento de fundações
assentes em solos lateríticos e colapsíveis da região.

3.2.4.2. Análise geológica e geotécnica

A região de Londrina possui geologia caracterizada por extensos derrames de basalto


da Formação Serra Geral, correspondente à área central da Bacia sedimentar do Paraná. O
perfil do subsolo é constituído por uma camada superficial de argila siltosa madura (bem
intemperizada), porosa, laterizada e colapsível, com espessura média de 10 m de profundidade.
Apresenta o nível d’água a aproximadamente 15 m de profundidade do terreno (CAMPOS,
2005; BRANCO, 2006; CAMPOS et al, 2008).

A Tabela 3.10 descreve o perfil geotécnico do Campo Experimental obtido


através de sondagem de simples reconhecimento, com medidas de torque (SPT-T).

85
Tabela 3.10: Resultados de sondagem SPT-T no CEEG/UEL (CAMPOS, 2005).
Profundidade (m) NSPT TMÁXIMO TMÍNIMO Tipo de solo
0–1 3 2 2
1–2 3 2 2
2–3 2 2 2 ARGILA SILTOSA POROSA MOLE
3–4 4 4 2 Vermelho escura
4–5 5 5 2
5–6 6 6 4
6–7 11 12 10
7–8 11 13 10
8–9 9 12 8
9 – 10 12 16 14 ARGILA SILTOSA POROSA MÉDIA a DURA
10 – 11 16 18 16 Vermelho escura
11 – 12 15 18 14
12 – 13 23 26 22
13 – 14 20 26 24
14 – 15 22 28 26
ARGILA SILTOSA RESIDUAL DURA
15 – 16 19 26 22
Variegada (vermelho claro)
16 – 17 31 40 40
17 – 18 28 24 22
ARGILA SILTOSA RESIDUAL DURA
18 – 19 21 20 18
Variegada (vermelho amarelado)
19 – 20 18 18 16

3.2.4.3. Detalhes das provas de carga

As estacas ensaiadas no CEEG/UEL descritas na Tabela 3.11 foram ensaiadas


seguindo as orientações da NBR 12.131/1992. Porém foram submetidas ao
carregamento misto proposto por Alonso (1997), que foi normalizado apenas na NBR
12.131/2006.

86
Tabela 3.11: Características dos ensaios no CEEG/UEL.
Dimensões Tipo de
PC* Estacas Tipo Sistema de reação
L (m) Ф(m) carregamento
23 ACL3(1) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
24 ACL3(2) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
25 ACL3(3) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
26 ACA3(1) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
27 ACA3(2) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
28 ACA3(3) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 Misto Estacas de reação
29 ACA6(2) Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 Misto Estacas de reação
30 ACA6(3) Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 Misto Estacas de reação
* Prova de carga

A distribuição das estacas teste e das estacas de reação no CEEG/UEL está


apresentada na Figura 3.8.

Figura 3.8: Locação das estacas teste e das estacas de reação no CEEG/UEL
(CAMPOS, 2005).

87
3.2.5. Provas de carga Ilha Solteira/SP

3.2.5.1. Informações Gerais

Os ensaios de carga realizados na cidade de Ilha Solteira, situada na Região


Noroeste do Estado de São Paulo, foram realizados no Campo Experimental da
Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira (FEIS) da Universidade Estadual Paulista
(UNESP), implantado desde maio de 1993, teve o subsolo caracterizado em parceria
com o Laboratório Central de Engenharia Civil da CESP (LCECC).

3.2.5.2. Análise geológica e geotécnica

As características geológicas e geotécnicas da cidade de Ilha Solteira/SP são


baseadas nos trabalhos de Segantini (2000) e Cavalcante et al (2006).

A região de Ilha Solteira tem origem geológica vinculada às atividades vulcânicas


e sedimentares da Bacia do Paraná, está situada sobre rochas sedimentares
(predominantemente arenitos da Formação Santo Anastácio do Grupo Bauru) e
materiais derivados de rochas intrusivas básicas (basaltos da Formação Serra Geral).

O solo arenoso do Campo Experimental é equivalente aos encontrados no


interior do Estado de São Paulo e em outras regiões do Brasil. O solo superficial da
região é muito poroso (pouco compacto) devido à sua origem recente, ao intenso
processo de laterização, tornando-se colapsível quando inundado sob carregamentos
(SEGANTINI, 2000; CAVALCANTE et al, 2006).

88
A Figura 3.9 apresenta o perfil geotécnico do Campo Experimental da FEIS. Os
resultados médios dos ensaios SPT-T e CPT são apresentados na Tabela 3.12.
99,37m 99,54m 99,88m 99,89m
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Profundidade (m)

9
10
11
12
13 Areia fina e média, argilosa,
com raízes
14 Aterro de areia fina e média,
argilosa
15
Aterro de areia fina e média,
16 argilosa, com raízes

17 Areia fina e média, argilosa

18 Areia fina e média, argilosa,


pouco siltosa
19 Areia fina e média, argilosa
pouco siltosa
20

Figura 3.9: Perfil do solo do Campo Experimental da FEIS (CAVALVANTE et al, 2006).

Tabela 3.12: Parâmetros médios dos ensaios de penetração (SEGANTINI, 2000).


Profundidade (m) N T (N.m) T/N (N.m) qc (MPa) fc (kPa) fst (kPa)
1 6 32 5 4,7 60,7 17,6
2 2 22 11 1,7 40,1 12,2
3 2 13 7 1,9 40,6 6,8
4 3 19 6 2,9 47,7 10,2
5 4 31 8 3,4 66,3 16,8
6 5 29 6 3,5 85,7 16,0
7 6 31 5 4,5 99,6 16,8
8 6 32 5 4,8 119,4 17,6
9 7 45 6 4,8 114,0 24,6
10 9 67 7 6,0 165,2 36,3
11 9 78 9 6,8 228,4 42,6
12 9 67 7 6,9 285,1 36,3
13 10 82 8 6,7 314,5 44,5
14 12 90 8 6,7 291,9 49,0
15 10 54 5 6,9 269,1 29,2
16 10 63 6 7,0 261,4 34,2

89
A Figura 3.10 mostra as curvas com valores mínimos, médios e máximos dos
ensaios SPT e a Figura 3.11 dos ensaios CPT respectivamente.

Figura 3.10: Resultados de sondagens SPT no Campo Experimental da FEIS


(MENEZES, 1997, apud CAVALCANTE et al, 2006).

Figura 3.11: Resistência de ponta e de atrito lateral do CPT do Campo Experimental da


FEIS (MENEZES, 1997, apud CAVALCANTE et al, 2006).
90
3.2.5.3. Detalhes das provas de carga

As provas de carga realizadas no Campo Experimental da FEIS são descritas na


Tabela 3.13 e foram ensaiadas seguindo as orientações da NBR 12.131/1992.

Tabela 3.13: Características dos ensaios no Campo Experimental.


Dimensões Tipo de
PC* Estacas Tipo Sistema de reação
L (m) Ф(m) carregamento
31 CON-2 Apiloada de concreto 6 0,20 Lento Estacas de reação
32 SCC-1 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Lento Estacas de reação
33 SCC-2 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Lento Estacas de reação
34 SCC-3 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 Rápido Estacas de reação
35 SCP-2 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 Lento Estacas de reação
36 SCP-3 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 Rápido Estacas de reação
37 CON-1 Escavada de concreto 10 0,32 Lento Estacas de reação
38 CON-2 Escavada de concreto 10 0,32 Rápido Estacas de reação
39 CON-3 Escavada de concreto 10 0,32 Rápido Estacas de reação
40 SCP-1 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Lento Estacas de reação
41 SCP-2 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Rápido Estacas de reação
42 SCP-3 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 Rápido Estacas de reação
* Prova de carga

O esquema de localização das estacas teste e das estacas de reação para as


estacas apiloadas está detalhado na Figura 3.12 e a distribuição das estacas
escavadas na Figura 3.13.

91
Figura 3.12: Esquema de implantação das estacas apiloadas (SEGANTINI, 2000).

Figura 3.13: Esquema de implantação das estacas escavadas (SEGANTINI, 2000).


92
3.2.6. Prova de carga Brasília/DF

3.2.6.1. Informações Gerais

O local do ensaio executado em Brasília/DF situa-se no Campo Experimental de


fundações e Ensaios de Campo do Programa de Pós-Graduação em Geotecnia da
Universidade de Brasília (UNB) no Campus Darcy Ribeiro, Asa Norte.

3.2.6.2. Análise geológica e geotécnica

Segundo Cavalcante et al (2006), a região de Brasília que compreende o Campo


Experimental da UNB predomina as rochas do Grupo Paranoá com um grau de
metamorfismo menor, apresentando uma alternância de estratos de quartezitos com
granulometria fina à média, metassiltitos argilosos, metarritmitos arenosos,
metarritmitos argilosos e ardósias.

O Campo Experimental possui um perfil típico da camada de solo laterítico


vermelho argiloso, denominado de “argila porosa”. A estrutura do solo é altamente
instável quando há um aumento da umidade e/ou a alteração do estado de tensões
devido a alta porosidade e tipo de ligações cimentíceas, pois este material é
sobrejacente a uma camada de solo residual proveniente da alteração de ardósias
denominado de silte argiloso de comportamento extremamente anisotrópico (MOTA,
2003; ANJOS, 2006).

A Figura 3.14 mostra o perfil geotécnico do solo e os parâmetros médios dos


ensaios de penetração.

93
Figura 3.14: Perfil de solo característico do Campo Experimental da UNB (MOTA,
2003).

3.2.6.3. Detalhes da prova de carga

A prova de carga realizada no Campo Experimental da UNB está descrita na


Tabela 3.14 e foi ensaiada conforme as orientações da NBR 12.131/1992. Este ensaio
possui dados de instrumentação localizados no Apêndice B.

Tabela 3.14: Característica dos ensaio no Campo Experimental da UNB.


Dimensões Tipo de
PC* Estaca Tipo Sistema de reação
L (m) D(m) carregamento
43 E1 Escavada 7,65 0,30 Lento Estacas de reação

94
4. Apresentação, análise e discussão dos resultados

Neste capítulo, são apresentados os resultados obtidos por meio do método


proposto, inicialmente por Décourt (1996) e detalhado em Décourt (2008), baseado no
Conceito de Rigidez, aplicado nos dados do primeiro carregamento de 42 provas de
carga. Todos os ensaios adotados neste estudo apresentaram valores de deslocamento
que caracterizaram a carga limite da interação solo-estaca.

Os dados de carga e recalque do primeiro carregamento de parte dos 42 ensaios


são apresentados no Anexo D e as curvas carga vs recalque de todos os ensaios no
Apêndice A.

A apresentação, análise e discussão dos resultados estão divididas em quatro


partes: Aplicação do método, previsão da carga limite, provas de carga interrompidas
prematuramente e previsão do atrito lateral.

No item “aplicação do método” pode-se observar as curvas carga vs recalque


com as principais informações das estacas e os Gráficos de Rigidez com as equações
dos domínios de ponta e de atrito lateral.

Já no item “previsão da carga limite”, a carga de ruptura convencional obtida


(Qu)c por meio do Gráfico de Rigidez é analisada através de um intervalo estipulado
(0,80 ≤ (Qu)c ≤ 1,20).

Em “provas de carga interrompidas prematuramente” as cargas de ruptura


convencionais (Qu)c são calculadas em situações que simulam ensaios interrompidos
antes da ruptura.

E na “previsão do atrito lateral” os resultados dos ensaios estáticos são


comparados aos resultados de instrumentação.
95
4.1. Aplicação do método

A estimativa da carga de ruptura convencional (Qu)c com base no Conceito de


Rigidez deu-se através dos gráficos formados por um programa computacional, cedido
pelo Engenheiro Luciano Décourt, no dia 29 de outubro de 2008, no intuito de garantir o
padrão dos resultados.

A Figura 4.1 apresenta a curva carga vs recalque formada por correlações


lineares entre log Q e log s, os respectivos coeficientes de correlação, recalque elástico
e a carga de ruptura convencional obtida na curva carga vs recalque Quc. A figura
mostra também as equações de regressão (ponta e atrito) e os respectivos coeficientes
de correlação (R2).

Figura 4.1: Estimativa da carga limite (Parte 1).

96
A Figura 4.2 apresenta o Gráfico de Rigidez, com a relação linear referente ao
domínio do atrito lateral, a parte curva correspondente ao domínio de ponta, os valores
a e b das duas equações e os coeficientes de correlação de cada ajuste. A carga de
ruptura convencional (Qu)c representada no quadro apresentado na Figura 4.2, é
estimada no Gráfico de Rigidez.

Figura 4.2: Estimativa da carga limite (Parte 2).

A Tabela 4.1 apresenta os principais dados necessários para a aplicação do


método como: o tipo, as dimensões (comprimento, diâmetro e diâmetro equivalente), o
módulo de elasticidade do material da estaca (E) e a cidade correspondente a cada
ensaio.

A adoção de valores para o módulo de elasticidade dos materiais das estacas


com base no trabalho de Campos (2005) que, na falta de informações, se adotam
valores conservadores de 20,0 GPa (para estacas escavadas) e 25,0 GPa (para
estacas pré-moldadas). Para as estacas metálicas, adotou-se um módulo de
elasticidade de 210,0 GPa.

O diâmetro equivalente utilizado nas estacas metálicas foi calculado de acordo


com a Equação 2.6 apresentada anteriormente, considerando a área circunscrita.

97
Tabela 4.1: Dados principais das estacas ensaiadas.
PC* Estaca Tipo L(m) Ф(m) E(GPa) Cidade/Estado
1 2 Pré-moldada protendida 14 0,18 25,0** Campinas/SP
2 1 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 12 0,40 20,0** Campinas/SP
3 2 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 12 0,40 20,0** Campinas/SP
4 3 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 12 0,40 20,0** Campinas/SP
5 1 Hélice contínua 12 0,40 20,0** Campinas/SP
6 2 Hélice contínua 12 0,40 20,0** Campinas/SP
7 3 Hélice contínua 12 0,40 20,0** Campinas/SP
8 2 Ômega 12 0,40 25,0** Campinas/SP
9 3 Ômega 12 0,40 25,0** Campinas/SP
10 15 Metálica (TR-37) 18 0,138*** 210** Campinas/SP
11 16 Metálica (TR-37 duplo) 18 0,195*** 210** Campinas/SP
12 17 Metálica (W200 x 35,9) 12 0,205*** 210** Campinas/SP
13 18 Metálica (W250 x 32,7) 18,40 0,219*** 210** Campinas/SP
14 20b Metálica (TR-37 duplo) 12 0,195*** 210** Campinas/SP
15 1 Raiz 12 0,40 20,0** Campinas/SP
16 2 Raiz 12 0,40 20,0** Campinas/SP
17 3 Raiz 12 0,40 20,0** Campinas/SP
Pré-moldada centrifugada de ponta
18 E1 11,20 0,35 20,9 Recife/PE
fechada
Pré-moldada centrifugada de ponta
19 E2 11,20 0,35 20,9 Recife/PE
fechada
Pré-moldada centrifugada de ponta
20 E3 11,20 0,35 20,9 Recife/PE
fechada
21 EH1 Hélice contínua 8 0,40 20,0** Vitória/ES
22 EH2 Hélice contínua 12 0,40 20,0** Vitória/ES
23 ACL3(1) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
24 ACL3(2) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
25 ACL3(3) Apiloada com lançamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
26 ACA3(1) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
27 ACA3(2) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
28 ACA3(3) Apiloada com apiloamento de concreto 3 0,20 24,0 Londrina/PR
29 ACA6(2) Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 24,0 Londrina/PR
30 ACA6(3) Apiloada com apiloamento de concreto 6 0,20 24,0 Londrina/PR
31 CON-2 Apiloada de concreto 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
32 SCC-1 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
33 SCC-2 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
34 SCC-3 Apiloada de solo-cimento compactado 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
35 SCP-2 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
36 SCP-3 Apiloada de solo-cimento plástico 6 0,20 25,0** Ilha Solteira/SP
37 CON-1 Escavada de concreto 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
38 CON-2 Escavada de concreto 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
39 CON-3 Escavada de concreto 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
40 SCP-1 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
41 SCP-2 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
42 SCP-3 Escavada de solo-cimento plástico 10 0,32 31,4 Ilha Solteira/SP
43 E1 Escavada 7,65 0,30 24,4 Brasília/DF
* Prova de carga ** Valores adotados *** Diâmetro equivalente

98
Pela Tabela 4.2 podem-se observar os valores das cargas máximas atingidas
nos ensaios (Pmáx.), o tipo de carregamento adotado no ensaio e a relação L/Φ
indicando que todas as estacas envolvidas na pesquisa são consideradas longas (L/Φ ≥
15).

Tabela 4.2: Resultados obtidos nos ensaios e pelo Conceito de Rigidez.


PC* Tipo Pmáx. Ensaio Ф/L Cidade/SP
1 Pré-moldada protendida 2 262 Lento 78 (longa) Campinas/SP
2 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 1 684 Lento 30 (longa) Campinas/SP
3 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 2 670 Lento 30 (longa) Campinas/SP
4 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 3 693 Lento 30 (longa) Campinas/SP
5 Hélice contínua 1 960 Lento 30 (longa) Campinas/SP
6 Hélice contínua 2 975 Lento 30 (longa) Campinas/SP
7 Hélice contínua 3 720 Lento 30 (longa) Campinas/SP
8 Ômega 2 1420 Lento 30 (longa) Campinas/SP
9 Ômega 3 1320 Lento 30 (longa) Campinas/SP
10 Metálica (TR-37) 15 380 Misto 130 (longa) Campinas/SP
11 Metálica (TR-37 duplo) 16 450 Misto 92 (longa) Campinas/SP
12 Metálica (W200 x 35,9) 17 380 Misto 58 (longa) Campinas/SP
13 Metálica (W250 x 32,7) 18 810 Misto 84 (longa) Campinas/SP
14 Metálica (TR-37 duplo) 20b 240 Misto 61 (longa) Campinas/SP
15 Raiz 1 980 Lento 30 (longa) Campinas/SP
16 Raiz 2 980 Lento 30 (longa) Campinas/SP
17 Raiz 3 980 Lento 30 (longa) Campinas/SP
18 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E1 124 Rápido 32 (longa) Recife/PE
19 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E2 129 Rápido 32 (longa) Recife/PE
20 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E3 115 Lento 32 (longa) Recife/PE
21 Hélice contínua EH1 720 Lento 20 (longa) Vitória/ES
22 Hélice contínua EH2 1100 Lento 30 (longa) Vitória/ES
23 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(1) 137 Misto 15 (longa) Londrina/PR
24 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(2) 104 Misto 15 (longa) Londrina/PR
25 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(3) 96 Misto 15 (longa) Londrina/PR
26 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(1) 110 Misto 15 (longa) Londrina/PR
27 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(2) 168 Misto 15 (longa) Londrina/PR
28 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(3) 150 Misto 15 (longa) Londrina/PR
29 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA6(2) 250 Misto 30 (longa) Londrina/PR
30 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA6(3) 117 Misto 30 (longa) Londrina/PR
31 Apiloada de concreto CON-2 150 Lento 30 (longa) Ilha Solteira/SP
32 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-1 96 Lento 30 (longa) Ilha Solteira/SP
33 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-2 76 Lento 30 (longa) Ilha Solteira/SP
34 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-3 88 Rápido 30 (longa) Ilha Solteira/SP
35 Apiloada de solo-cimento plástico SCP-2 108 Lento 30 (longa) Ilha Solteira/SP
36 Apiloada de solo-cimento plástico SCP-3 92 Rápido 30 (longa) Ilha Solteira/SP
37 Escavada de concreto CON-1 570 Lento 31 (longa) Ilha Solteira/SP
38 Escavada de concreto CON-2 520 Rápido 31 (longa) Ilha Solteira/SP
39 Escavada de concreto CON-3 620 Rápido 31 (longa) Ilha Solteira/SP
40 Escavada de solo-cimento plástico SCP-1 390 Lento 31 (longa) Ilha Solteira/SP
41 Escavada de solo-cimento plástico SCP-2 320 Rápido 31 (longa) Ilha Solteira/SP
42 Escavada de solo-cimento plástico SCP-3 300 Rápido 31 (longa) Ilha Solteira/SP
43 Escavada 270 Lento 25 (longa) Brasília/DF
* Prova de carga

99
As Figuras 4.3 a 4.44 apresentam as curvas carga vs recalque (a) e os Gráficos
de Rigidez (b) obtidos para cada prova de carga.

Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 1,2
0
1

Rigidez (MN/mm)
20
0,8 Q = 0,298 - 1,242 RIG
40 0,6 R2 = 0,9999
s(mm)

60 L = 14,00 m 0,4 Quc = 0,277 MN


Ф = 0,18 m
80 sel = 11,00 mm 0,2

100 0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.3: PC 1 – Estaca pré-moldada protendida 2 (Campinas/SP).

Q (MN) 2,5
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800
Q (MN) = 0,738 - 0,441 RIG
0 2 R2 = 0,9906
Rigidez (MN/mm)

20
1,5
40 LOG (Q) = - 0,256 - 0,041 LOG (RIG)
R2 = 1,0000
60 1 Quc = 0,657 MN
s(mm)

80
L = 12,00 m 0,5
100 Ф = 0,40 m
120 sel = 2,39 mm 0
Quc = 0,657 MN 0 0,2 0,4 0,6 0,8
140 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.4: PC 2 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 1 (Campinas/SP).

100
Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,6
LOG (Q) = - 0,193 - 0,008 LOG (RIG)
0 1,4 R2 = 1,0000
20 1,2 Quc = 0,664 MN

Rigidez (MN/mm)
1
40
Q = 0,669 - 1,007 RIG
0,8
60 R2 = 0,9917
s(mm)

0,6
80 L = 12,00 m
0,4
Ф = 0,40 m
100 sel = 2,39 mm 0,2
120 Quc = 0,664 MN 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
140 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.5: PC 3 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 2 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 35
0 30
10 Q (MN) = 0,669 - 1,007 RIG
Rigidez (MN/mm)

25
20
20 R2 = 0,9917
30 Quc = 0,682 MN
15
s(mm)

40
50 LOG (Q) = - 0,227 - 0,094 LOG (RIG)
L = 12,00 m 10
R2 = 0,9849
60 Ф = 0,40 m 5
70 sel = 2,39 mm
Quc = 0,682 MN 0
80
0 0,2 0,4 0,6 0,8
90 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.6: PC 4 - Estaca escavada (sem lama bentonítica) 3 (Campinas/SP).

101
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 20
0 18
10 16

Rigidez (MN/mm)
20 14
30 12
10 Q (MN) = 0,974 - 0,747 RIG
40 R2 = 0,9988
s(mm)

8
50
L = 12,00 m 6 LOG (Q) = -0,074 - 0,029 LOG (RIG)
60
Ф = 0,40 m 4 R2 = 1,0000
70
sel = 2,39 mm 2 Quc = 0,941 MN
80
Quc = 0,941 MN 0
90
0 0,5 1 1,5
100 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.7: PC 5 - Hélice contínua 1 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 3,5
0 3
Rigidez (MN/mm)

20 2,5
Q = 0,995 - 0,810 RIG
2 R2 = 0,9918
40
1,5
s(mm)

LOG (Q) = -0,026 - 0,008 LOG (RIG)


60
1 R2 = 1,0000
L = 12,00 m Quc = 0,969 MN
80 Ф = 0,40 m 0,5
sel = 2,39 mm
100 0
Quc = 0,969 MN
0 0,5 1 1,5
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.8: PC 6 - Hélice contínua 2 (Campinas/SP).

102
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 3,5
0 3
10

Rigidez (MN/mm)
2,5
20 LOG (Q) = - 0,205 - 0,030 LOG (RIG)
30 2
40 R2=1,0000
1,5
s(mm)

50 Quc = 0,704 MN
60 L = 12,00 m 1
70 Ф = 0,40 m 0,5 R2 = 0,9959
sel = 2,39 mm
80 Q (MN) = 0,698 - 0,536 RIG
Quc = 0,704 MN 0
90
0 0,2 0,4 0,6 0,8
100 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.9: PC 7 - Hélice contínua 3 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 7
0 6
10
Rigidez (MN/mm)

5
20
4
Q (MN) = 1,451 - 1,301 RIG R2 = 0,9917
30
3
s(mm)

40 LOG (Q) = 0,072 - 0,049 LOG (RIG)


2
50 L = 12,00 m R2 = 1,0000 Quc = 1,391 MN
1
60 Ф = 0,40 m
70
sel = 1,91 mm 0
Quc = 1,391 MN 0 0,5 1 1,5 2
80 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.10: PC 8 - Ômega 2 (Campinas/SP).

103
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,5
0
5 2
LOG (Q) = 0,006 - 0,093 LOG (RIG)

Rigidez (MN/mm)
10
15 L = 12,00 m 1,5
R2 = 1,0000 Quc = 1,386 MN
20 Ф = 0,40 m Q (MN) = 1,470 - 1,684 RIG
s(mm)

sel = 1,91 mm 1
25
30 Quc = 1,386 MN
0,5 R2 = 0,9944
35
40
0
45
0 0,5 1 1,5 2
50 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.11: PC 9 - Ômega 3 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 1,2
0
1
10
Rigidez (MN/mm)

0,8 Q = 0,596 - 3,390 RIG


20
L = 18,00 m 0,6 R2 = 0,9958
30
s(mm)

Фeq = 0,138 m
0,4 Quc = 0,478 MN
40 sel = 2,87 mm
50 0,2

60 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.12: PC 10 - Metálica (TR–37) 15 (Campinas/SP).

104
Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 1,2
0
1
10

Rigidez (MN/mm)
0,8
20 Q = 0,728 - 3,305 RIG
0,6
30
s(mm)

R2 = 0,9147
0,4
40
L = 18,00 m
0,2 Quc = 0,623 MN
50 Фeq = 0,195 m
sel = 1,44 mm
60 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.13: PC 11 - Metálica (TR-37 duplo) 16 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 1,2
0 LOG (Q) = - 0,618 - 0,089 LOG (RIG)
1
R2 = 0,9995
10
Rigidez (MN/mm)

0,8 Quc = 0,347 MN


20
0,6 Q (MN) = 0,394 - 1,030 RIG
30
s(mm)

L = 12,00 m 0,4 R2 = 0,9999


40
Фeq = 0,205 m
sel = 0,87 mm 0,2
50
Quc = 0,347 MN
60 0
0 0,2 0,4 0,6
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.14: PC 12 - Metálica (W200 x 35,9) 17 (Campinas/SP).

105
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 1,2
0
1
5 LOG (Q) = - 1,811 - 1,323 LOG (RIG)

Rigidez (MN/mm)
0,8
10 L = 18,40 m R2 = 0,6065 Quc = 0,963 MN
Фeq = 0,219 m 0,6
15
s(mm)

sel = 1,16 mm Q (MN) = 0,933 - 9,497 RIG


0,4
20 Quc = 1,084 MN
R2 = 1,000
25 0,2

30 0
0 0,5 1 1,5
35 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.15: PC 13 - Metálica (W250 x 32,7) 18 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 1,2 LOG (Q) = -0,800 - 0,085 LOG (RIG)
0
1
R2 = 1,0000 Quc = 0,231 MN
5
Rigidez (MN/mm)

0,8
10
0,6 Q (MN) = 0,230 - 0,392 RIG
15
s(mm)

0,4
20
R2 = 1,0000
L = 12,00 m 0,2
25
Фeq = 0,195 m
30 sel = 0,96 mm 0
Quc = 0,231 MN 0 0,1 0,2 0,3
35 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.16: PC 14 - Metálica (TR-37 duplo) 20b (Campinas/SP).

106
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 1,2 LOG (Q) = - 0,070 - 0,036 LOG (RIG)
0
1 R2 = 1,0000 Quc = 0,973 MN

Rigidez (MN/mm)
10
0,8
L = 12,00 m
20 Ф = 0,40 m 0,6 Q (MN) = 0,444 - 0,449 RIG
s(mm)

sel = 2,39 mm
30 0,4
Quc = 0,973 MN R2 =0,2800
40 0,2

50 0
0 0,5 1 1,5
60 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.17: PC 15 - Raiz 1 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 10
0 9
8
10
Rigidez (MN/mm)

7
L = 12,00 m 6
20
Ф = 0,40 m 5 Q (MN) = 0,890 - 0,252 RIG
30 sel = 2,39 mm R2 = 0,9660
s(mm)

4
Quc = 0,968 MN
40 3
LOG (Q) = - 0,077 - 0,039 LOG (RIG)
2 R2 = 1,000 Quc = 0,968 MN
50 1
60 0
0 0,5 1 1,5
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.18: PC 16 - Raiz 2 (Campinas/SP).

107
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 10
0 9
8 Q (MN) = 0,930 - 0,468 RIG
10

Rigidez (MN/mm)
L = 12,00 m 7
20
Ф = 0,40 m 6 R2 = 0 9918
sel = 2,39 mm 5
30 Quc = 0,967 MN LOG (Q) = - 0,084 - 0,043 LOG (RIG)
s(mm)

4
40 3
R2 = 1,0000 Quc = 0,967 MN
2
50 1
60 0
0 0,5 1 1,5
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.19: PC 17 - Raiz 3 (Campinas/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0
1
10
Rigidez (MN/mm)

20 0,8
30 0,6 Q = 0,155 - 1,935 RIG
L = 11,20 m
s(mm)

40
Ф = 0,35 m 0,4 R2 = 0,9371 Quc = 0,146 MN
50
Sel = 2,78 mm
60 0,2
70
0
80
0 0,05 0,1 0,15 0,2
90 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.20: PC 18 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E1 (Recife/PE).

108
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 LOG (Q) = - 0,993 - 0,042 LOG (RIG)
1 R2 = 1,0000
5

Rigidez (MN/mm)
10 0,8 Quc = 0,129 MN
15 0,6
L = 11,20 m Q = 0,134 - 0,774 RIG
s(mm)

20
Ф = 0,35 m R2 = 0,9931
25 0,4
sel = 2,78 mm
30 Quc = 0,129 MN 0,2
35
0
40
0 0,05 0,1 0,15
45 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.21: PC 19 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E2 (Recife/PE).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,6
0 1,4
10 1,2
Rigidez (MN/mm)

20 1
Q = 0,176 - 5,763 RIG
30 0,8
s(mm)

40 0,6 R2 = 0,9913
50 L = 11,20 m 0,4
Quc = 0,151 MN
Ф = 0,350 m 0,2
60
Sel = 2,78 mm
0
70
0 0,05 0,1 0,15 0,2
80 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.22: PC 20 - Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E3 (Recife/PE).

109
Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 1,2
0 LOG (Q) = - 0,748 - 0,355 LOG (RIG)
1

Rigidez (MN/mm)
10 R2 = 0,8270
0,8
20 Quc = 0,737 MN
L = 8,00 m 0,6
s(mm)

Ф = 0,40 m
30 0,4
sel = 1,59 mm Q = 1,262 - 17,749 RIG
40
Quc = 0,718 MN
0,2
R2 = 0,9473
50 0
0 0,5 1 1,5
60 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.23: PC 21 - Hélice contínua EH1 (Vitória/ES).

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 1,2 LOG (Q) = - 0,203 - 0,135 LOG (RIG)
0 R2 = 1,0000
1
Rigidez (MN/mm)

20 Quc = 1,029 MN
0,8
40 0,6
Q(MN) = 1,463 - 12,347 RIG
s(mm)

60 0,4 R2 = 0,9976
L = 12,00 m
80 Ф = 0,40 m 0,2
sel = 2,39 mm
100 Quc = 1,029 MN 0
0 0,5 1 1,5 2
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.24: PC 22 - Hélice contínua EH2 (Vitória/ES).

110
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 1,4
0 1,2 LOG (Q) = - 1,098 - 0,091 LOG (RIG)
10
R2 = 1,0000

Rigidez (MN/mm)
1
20
30 0,8 Quc = 0,127 MN
40 0,6
s(mm)

50
L = 3,00 m 0,4 Q = 0,158 - 3,602 RIG
60 Ф = 0,20 m R2 = 0,9917
70 sel = 1,99 mm 0,2
80 Quc = 0,127 MN 0
90
0 0,05 0,1 0,15 0,2
100 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.25: PC 23 - Apiloada com lançamento de concreto ACL3(1) (Londrina/PR).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 LOG (Q) = - 1,094 - 0,042 LOG (RIG)
1 R2 = 1,0000
10
Rigidez (MN/mm)

Quc = 0,100 MN
0,8
20
30 0,6
s(mm)

40 0,4 Q = 0,115 - 2,892 RIG


L = 3,00 m
R2 = 0,9910
50 Ф = 0,20 m
0,2
60 sel = 1,99 mm
Quc = 0,100 MN 0
70
0 0,05 0,1 0,15
80 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.26: PC 24 - Apiloada com lançamento de concreto ACL3(2) (Londrina/PR).

111
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2 LOG (Q) = - 1,243 - 0,083 LOG (RIG)
0 R2 = 1,0000
1
10

Rigidez (MN/mm)
Quc = 0,089 MN
0,8
20
0,6
30
s(mm)

0,4 Q (MN) = 0,105 - 2,913 RIG


40
R2 = 0,9979
L = 3,00 m 0,2
50 Ф = 0,20 m
60 sel = 1,99 mm 0
Quc = 0,089 MN 0 0,05 0,1 0,15
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.27: PC 25 - Apiloada com apiloamento de concreto ACL3(3) (Londrina/PR).

Q (MN)
LOG (Q) = - 1,184 - 0,084 LOG (RIG)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 R2 = 0,9998
1
10
Rigidez (MN/mm)

Qu = 0,102 MN
0,8
20
30 0,6
s(mm)

L = 3,00 m Q (MN) = 0,109 - 1,379 RIG


40 0,4
Ф = 0,20 m
50 sel = 1,99 mm R2 = 0,9908
0,2
60 Quc = 0,102 MN
0
70
0 0,05 0,1 0,15
80 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.28: PC 26 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(1) (Londrina/SP).

112
Q (MN)
LOG (Q) = - 1,039 - 0,115 LOG (RIG)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 1,2
0 R2 = 1,0000
1

Rigidez (MN/mm)
10 Quc = 0,160 MN
0,8
20
0,6
Q (MN) = 0,175 - 2,166 RIG
s(mm)

30 0,4
L = 3,00 m R2 = 0,9976
40 0,2
Ф = 0,20 m
50
sel = 1,99 mm
0
Quc = 0,160 MN
0 0,05 0,1 0,15 0,2
60 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.29: PC 27 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(2) (Londrina/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 3,5
0 3
10
Rigidez (MN/mm)

2,5
Q (MN) = 0,150 - 0,596 RIG
20 2 R2 = 1,0000
30 1,5
s(mm)

LOG (Q) = - 1,169 - 0,170 LOG (RIG)


L = 3,00 m R2 = 0,9488 Quc = 0,147 MN
40 1
Ф = 0,20 m
50 sel = 1,99 mm 0,5
Quc = 0,147 MN 0
60
0 0,05 0,1 0,15 0,2
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.30: PC 28 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA3(3) (Londrina/SP).

113
Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 1,2
0
1

Rigidez (MN/mm)
20
0,8
40 0,6 Q (MN) = 0,299 - 2,382 RIG
R2 = 0,9975
s(mm)

60 L = 6,00 m 0,4
Ф = 0,20 m Quc = 0,267 MN
80 sel = 3,98 mm 0,2

100 0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.31: PC 29 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA6(2) (Londrina/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,4
0 1,2
LOG (Q) = - 0,978 - 0,017 LOG (RIG)
Rigidez (MN/mm)

10 1
R2 = 1,0000
0,8
20
0,6 Quc = 0,115 MN
s(mm)

30 L = 6,00 m
0,4
Ф = 0,20 m
40
sel = 3,98 mm 0,2 Q (MN) = 0,110 - 0,088 RIG
50 Quc = 0,115 MN 0 R2 = 0,9738
0 0,05 0,1 0,15
60 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.32: PC 30 - Apiloada com apiloamento de concreto ACA6(3) (Londrina/SP).

114
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 1,2
0 LOG (Q) = - 1,423 - 0,242 LOG (RIG)
1
R2 = 1,0000
10

Rigidez (MN/mm)
0,8
20 Quc = 0,128 MN
0,6
30
s(mm)

0,4 Q (MN) = 0,137 - 3,928 RIG


40 L = 6,00 m R2 = 1,0000
50 Ф = 0,20 m 0,2
sel = 3,82 mm
60 Quc = 0,128 MN 0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.33: PC 31 - Apiloada de concreto CON-2 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 LOG (Q) = - 1,484 - 0,173 LOG (RIG)
1 R2 = 1,0000
10
Rigidez (MN/mm)

0,8 Quc = 0,084 MN


20
0,6
30
s(mm)

L = 6,00 m 0,4
40 Q (MN) = 0,078 - 0,575 RIG
Ф = 0,20 m R2 = 1,0000
0,2
50 sel = 3,82 mm
Quc = 0,084 MN 0
60
0 0,05 0,1 0,15
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.34: PC 32 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-1 (Ilha Solteira/SP).

115
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 1,2
0 LOG (Q) = - 1,372 - 0,093 LOG (RIG)
1 R2 = 1,0000
5

Rigidez (MN/mm)
10 0,8
Quc = 0,072 MN
15
0,6
s(mm)

20
25 0,4 Q (MN) = 0,074 - 0,863 RIG
L = 6,00 m
30 R2 = 1,0000
Ф = 0,20 m 0,2
35 sel = 3,82 mm
Quc = 0,072MN 0
40
0 0,02 0,04 0,06 0,08
45 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.35: PC 33 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-2 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 LOG (Q) = - 2,068 - 0,393 LOG (RIG)
1
R2 = 1,0000
10
Rigidez (MN/mm)

0,8
20 Quc = 0,076 MN
0,6
30
s(mm)

0,4 Q (MN) = 0,081 - 0,666 RIG


40 R2 = 0,9986
L = 6,00 m 0,2
50 Ф = 0,20 m
60 sel = 3,82 mm 0
Quc = 0,076MN 0 0,05 0,1
70 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.36: PC 34 - Apiloada de solo-cimento compactado SCC-3 (Ilha Solteira/SP).

116
Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2 LOG (Q) = - 1,548 - 0,221 LOG (RIG)
0
1 R2 = 0,9949

Rigidez (MN/mm)
10
0,8 Qu = 0,093 MN
20 0,6
R2 = 0,9796
s(mm)

30 0,4
L = 6,00 m
Ф = 0,20 m Q (MN) = 0,048 - 0,088 RIG
40 0,2
sel = 3,82 mm
50 Quc = 0,093 MN 0
0 0,05 0,1 0,15
60 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.37: PC 35 - Apiloada de solo-cimento plástico SCP-2 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 1,2
0 LOG (Q) = - 1,731 - 0,277 LOG (RIG)
1
5
Rigidez (MN/mm)

R2 = 0,9582
10 0,8
15 Quc = 0,084 MN
0,6
s(mm)

20
Q (MN) = 0,072 - 0,859 RIG
25 0,4

30 L = 6,00 m 0,2 R2 = 0,9917


35 Ф = 0,20 m
sel = 3,82 mm 0
40
Quc = 0,088 MN 0 0,05 0,1 0,15
45 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.38: PC 36 - Apiloada de solo-cimento plástico SCP-3 (Ilha Solteira/SP).

117
Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 3,5
0 3

Rigidez (MN/mm)
20 2,5 LOG (Q) = - 0,416 - 0,079 LOG (RIG)
R2 = 0,9903
2 Quc = 0,531 MN
40
1,5
s(mm)

L = 10,00 m Q (MN) = 0,574 - 1,627 RIG


60
Ф = 0,32 m 1
80 sel = 1,98 mm R2 = 0,9901
Quc = 0,531 MN 0,5
100 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.39: PC 37 - Escavada de concreto CON-1 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 2,5
0
2
20
Rigidez (MN/mm)

LOG (Q) = - 0,437 - 0,068 LOG (RIG)


40 1,5
R2 = 0,9930 Qu = 0,486 MN
60 L = 10,00 m
s(mm)

1
Ф = 0,32 m Q (MN) = 0,502 - 1,671 RIG
80
sel = 1,98 mm 0,5
100 Quc = 0,486 MN R2 = 1,0000
120 0
0 0,2 0,4 0,6
140 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.40: PC 38 - Escavada de concreto CON-2 (Ilha Solteira/SP).

118
Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 4,5
0 4
3,5 LOG (Q) = - 0,443 - 0,108 LOG (RIG)
20

Rigidez (MN/mm)
3 R2 = 0,9986 Quc = 0,558 MN
40 2,5
60 2 Q (MN) = 0,565 - 1,554 RIG
s(mm)

L = 10,00 m 1,5
80 Ф = 0,32 m 1 R2 = 0,9953
100 sel = 1,98 mm 0,5
Quc = 0,558 MN
120 0
0 0,2 0,4 0,6 0,8
140 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.41: PC 39 - Escavada de concreto CON-3 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 1,2 LOG (Q) = - 0,627 - 0,095 LOG (RIG)
0
1
10 R2 = 0,9879 Qu = 0,361 MN
Rigidez (MN/mm)

20 0,8
30
0,6
40 Q (MN) = 0,369 - 1,929 RIG
s(mm)

50 L = 10,00 m 0,4
60 Ф = 0,32 m R2 = 0,9919
70 0,2
sel = 1,98 mm
80 Quc = 0,361 MN 0
90 0 0,2 0,4 0,6
100 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.42: PC 40 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-1 (Ilha Solteira/SP).

119
Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 2,5
0
2
LOG (Q) = - 0,750 - 0,104 LOG (RIG)

Rigidez (MN/mm)
20
1,5 R2 =0,9908 Qu = 0,290 MN
40
s(mm)

1
60 L = 10,00 m Q (MN) = 0,333 - 4,564 RIG
Ф = 0,32 m
80 0,5
sel = 1,98 mm R2 = 0,9991
Quc = 0,290 MN
100 0
0 0,1 0,2 0,3 0,4
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.43: PC 41 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-2 (Ilha Solteira/SP).

Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 2,5
0
2
Rigidez (MN/mm)

20 LOG (Q) = - 0,804 - 0,114 LOG (RIG)


1,5
40 R2 = 1,0000 Qu = 0,288MN
s(mm)

1
60
Q (MN) = 0,325 - 4,944 RIG
80 L = 10,00 m 0,5
Ф = 0,32 m R2 = 0,9971
100 sel = 1,98 mm 0
Quc = 0,288 MN 0 0,1 0,2 0,3 0,4
120 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.44: PC 42 - Escavada de solo-cimento plástico SCP-3 (Ilha Solteira/SP).

120
Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 1,2
0 LOG (Q) = - 0,811 - 0,137 LOG (RIG)
1
R2 = 1,0000 Quc = 0,291 MN
5

Rigidez (MN/mm)
0,8
10
15 L = 7,65 m 0,6
s(mm)

20 Ф = 0,30 m 0,4 Q (MN) = 0,330 - 2,256 RIG


sel = 2,22 mm
25 R2 = 1,0000
Quc = 0,291 MN 0,2
30
0
35
0 0,1 0,2 0,3 0,4
40 Q (MN)

a) Ponto de regressão da curva carga b) Gráfico de Rigidez.


vs recalque.
Figura 4.45: PC 43 - Escavada E1 (Brasília/DF).

Analisando as provas de carga executadas em Campinas, o solo da cota de


apoio das estacas é um silte argilo-arenoso mole a médio, o que traduz a uma baixa
resistência de ponta conferida nos Gráficos de Rigidez.

Nas provas de carga 18, 19 e 20 (pré-moldadas centrifugadas de ponta fechada)


de Recife, o solo da cota de apoio é uma argila orgânica siltosa muito mole, o que
indica uma baixa resistência de ponta e que os dados se ajustam na relação linear do
Gráfico de Rigidez de forma mais adequada.

O solo da cota de apoio da PC 21 (hélice contínua) de Vitória é uma areia média


a fina, argilosa, fofa, preta, o que indica a uma baixa resistência de ponta e o solo da
cota de apoio da PC 22 (hélice contínua) é uma areia média a fina, com fragmentos de
conchas, medianamente compacta, cinza amarelada. Porém a PC 21 indica maior
resistência de ponta.

No caso das apiloadas de Londrina (provas de carga 23, 24, 28 e 29) e de Ilha
Solteira (PC 31), mesmo o solo da cota de apoio das estacas, ser em uma argila siltosa

121
porosa mole e uma areia fina e média grossa respectivamente, indicando uma baixa
resistência de ponta, os gráficos ajustaram-se bem na parte curva do gráfico (domínio
de ponta).

4.2. Previsão da carga de ruptura convencional

As cargas de ruptura convencional (Qu)c são apresentadas na Tabela 4.3


juntamente com as cargas máximas atingidas nos ensaios (Pmáx), considerando um
intervalo aceitável de 0,80. Pmáx. ≤ (Qu)c ≤ 1,20. Pmáx. A comparação entre as cargas
máximas atingidas no ensaio e as cargas estimadas são apresentadas nas Figuras 4.46
à 4.50.

122
Tabela 4.3: Cargas máximas atingidas nos ensaios (Pmáx), cargas estimadas pelo
método (Qu)c e os intervalos de análise.
PC* Tipo Ensaio Pmáx. (kN) 0,80. Pmáx. ≤ (Qu)c ≤ 1,20. Pmáx. Qu (kN)
1 Pré-moldada protendida Lento 262 209,6 ≤ (Qu)c ≤ 314,4 277
2 Escavada convencional Lento 684 547,2 ≤ (Qu)c ≤ 820,8 657
3 Escavada convencional Lento 670 536,0 ≤ (Qu)c ≤ 804,0 664
4 Escavada convencional Lento 693 554,4 ≤ (Qu)c ≤ 831,6 682
5 Hélice contínua Lento 960 768,0 ≤ (Qu)c ≤ 1152,0 941
6 Hélice contínua Lento 975 780,0 ≤ (Qu)c ≤ 1170,0 969
7 Hélice contínua Lento 720 576,0 ≤ (Qu)c ≤ 864,0 704
8 Ômega Lento 1420 1136,0 ≤ (Qu)c ≤ 1704,0 1391
9 Ômega Lento 1320 1056,0 ≤ (Qu)c ≤ 1584,0 1386
10 Metálica (TR-37) Misto 380 304,0 ≤ (Qu)c ≤ 456,0 478**
11 Metálica (TR-37 duplo) Misto 450 360,0 ≤ (Qu)c ≤ 540,0 623**
12 Metálica (W200 x 35,9) Misto 380 304,0 ≤ (Qu)c ≤ 456,0 347
13 Metálica (W250 x 32,7) Misto 810 648,0 ≤ (Qu)c ≤ 972,0 963
14 Metálica (TR-37 duplo) Misto 240 192,0 ≤ (Qu)c ≤ 288,0 231
15 Raiz Lento 980 784,0 ≤ (Qu)c ≤ 1176,0 973
16 Raiz Lento 980 784,0 ≤ (Qu)c ≤ 1176,0 968
17 Raiz Lento 980 784,0 ≤ (Qu)c ≤ 1176,0 967
18 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada Rápido 124 99,2 ≤ (Qu)c ≤ 148,8 146
19 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada Rápido 129 103,2 ≤ (Qu)c ≤ 154,8 129
20 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada Lento 115 92,0 ≤ (Qu)c ≤ 138,0 151**
21 Hélice contínua Lento 720 576,0 ≤ (Qu)c ≤ 864,0 737
22 Hélice contínua Lento 1100 880,0 ≤ (Qu)c ≤ 1320,0 1029
23 Apiloadas com lançamento de concreto Misto 137 109,6 ≤ (Qu)c ≤ 164,4 127
24 Apiloadas com lançamento de concreto Misto 104 83,2 ≤ (Qu)c ≤ 124,8 100
25 Apiloadas com lançamento de concreto Misto 96 76,8 ≤ (Qu)c ≤ 115,2 89
26 Apiloadas com apiloamento de concreto Misto 110 88,0 ≤ (Qu)c ≤ 132,0 102
27 Apiloadas com apiloamento de concreto Misto 168 134,4 ≤ (Qu)c ≤ 201,6 160
28 Apiloadas com apiloamento de concreto Misto 150 120,0 ≤ (Qu)c ≤ 180,0 147
29 Apiloadas com apiloamento de concreto Misto 250 200,0 ≤ (Qu)c ≤ 300,0 267
30 Apiloadas com apiloamento de concreto Misto 117 93,6 ≤ (Qu)c ≤ 140,4 115
31 Apiloada de concreto Lento 150 120,0 ≤ (Qu)c ≤ 180,0 128
32 Apiloada de solo-cimento compactado Lento 96 76,8 ≤ (Qu)c ≤ 115,2 84
33 Apiloada de solo-cimento compactado Lento 76 60,8 ≤ (Qu)c ≤ 91,2 72
34 Apiloada de solo-cimento compactado Rápido 88 70,4 ≤ (Qu)c ≤ 105,6 76
35 Apiloada de solo-cimento plástico Lento 108 86,4 ≤ (Qu)c ≤ 129,6 93
36 Apiloada de solo-cimento plástico Rápido 92 73,6 ≤ (Qu)c ≤ 110,4 84
37 Escavada de concreto Lento 570 456,0 ≤ (Qu)c ≤ 684,0 531
38 Escavada de concreto Rápido 520 416,0 ≤ (Qu)c ≤ 624,0 486
39 Escavada de concreto Rápido 620 496,0 ≤ (Qu)c ≤ 744,0 558
40 Escavada de solo-cimento plástico Lento 390 312,0 ≤ (Qu)c ≤ 468,0 361
41 Escavada de solo-cimento plástico Rápido 320 256,0 ≤ (Qu)c ≤ 384,0 290
42 Escavada de solo-cimento plástico Rápido 300 240,0 ≤ (Qu)c ≤ 360,0 288
43 Escavada Lento 270 216,0 ≤ (Qu)c ≤ 324,0 291
* Prova de carga **Resultados superestimados

123
Campinas/SP
1500

Carga limite (kN)


1250
1000
750
500
250
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Provas de carga (PC)
Carga máxima atingida Carga estimada

Figura 4.46: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e a carga
estimada pelo método para as PCs de Campinas.

Recife/PE Vitória/ES
200 1500
Carga limite (kN)

Carga limite (kN)


150
1000
100
500
50

0 0
19 20 18 21 22
Provas de carga (PC) Provas de carga (PC)
Carga máxima atingida Carga estimada Carga máxima atingida Carga estimada

Figura 4.47: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e a carga
estimada pelo método para as PCs de Recife e Vitória.

Londrina/PR
300
Carga limite (kN)

200

100

0
23 24 25 26 27 28 29 30
Provas de carga (PC)
Carga máxima atingida Carga estimada

Figura 4.48: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e a carga
estimada pelo método para as PCs de Londrina.
124
Ilha Solteira/SP
800

Carga limite (kN)


600

400

200

0
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42
Provas de carga (PC)
Carga máxima atingida Carga estimada

Figura 4.49: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e a carga
estimada pelo método para as PCs de Ilha Solteira.

Brasília/DF
300
Carga limite (kN)

290
280
270
260
250
43
Provas de carga (PC)
Carga máxima atingida Carga estimada

Figura 4.50: Comparação gráfica entre a carga máxima atingida no ensaio e a carga
estimada pelo método para as PCs de Brasília.

A Figura 4.51 indica que a maior parte dos resultados de carga limite (40 provas
de carga) apresentaram valores dentro do intervalo estipulado e o restante (3 provas de
carga) apresentou resultados acima do limite de 20%.

125
Cargas limite das 42 Provas de Carga

7%
Dentro do intervalo

93% Acima do limite de


20%

Figura
ura 4.51: Análise baseada no limite estipulado.

Das três provas de carga que apresentaram resultados acima do limite de 20%, a
PC 10 (metálica TR-37)
37) excedeu o limite do intervalo em 5%, a PC 11 (metálica TR-37
TR
duplo) excedeu em 15% e a PC 20 (pré
(pré-moldada centrifugada de ponta fechada)
excedeu em 9%.

Analisando os valores que se situaram dentro do intervalo determinado, verificou-


verificou
se que 77% dos resultados foram inferiores àqueles obtidos na prova de carga. Deve se
ressaltar que essa diferença não é elevada. Presume
Presume-se
se que um dos fatores que pode
justificar
icar esse fato é o critério de carga máxima adotado na prova de carga.

Verificou-se
se também que a velocidade de carregamento não influenciou os
resultados, pois as provas de carga 10 e 11 foram ensaiadas, com carregamento misto
e a prova de carga 20 com ccarregamento lento.

126
4.3. Provas de carga interrompidas prematuramente

Como a maior parte das provas de carga não é levada a grandes deslocamentos
que indiquem ruptura, o estudo de provas de carga interrompidas prematuramente é
essencial para avaliar o método em condições variadas de projetos.

Para simular os ensaios interrompidos prematuramente, as curvas carga vs


recalque foram limitadas em pontos antecedentes correspondentes aos intervalos
estabelecidos em quatro situações (Figura 4.52):
• Situação I: O cálculo da carga de ruptura convencional baseia-se na curva
carga vs recalque completa, ou seja, com 100% de Pmáx.
• Situação II: Curva carga vs recalque incompleta, limitada ao ponto localizado
entre 90 a 99% de Pmáx.
• Situação III: Curva carga vs recalque incompleta, limitada ao ponto localizado
entre 80 a 89% de Pmáx.
• Situação IV: Curva carga vs recalque incompleta, limitada ao ponto localizado
entre 70 a 79% de Pmáx..

Figura 4.52: Situações de limitação da curva carga vs recalque.

127
A Tabela 4.4 apresenta a carga máxima aplicada na prova de carga (Pmáx.), as
cargas calculadas (Qu)c correspondentes as quatro situações e as porcentagens
correspondentes às cargas dos pontos limitados em relação a Pmáx..

Tabela 4.4: Cargas máximas dos ensaios, cargas estimadas e as respectivas


porcentagens.

Carga de ruptura estimada (kN)


PC Pmáx. (kN)
I %Pmáx. II %Pmáx. III %Pmáx. IV %Pmáx.
1 262 277 100 277 91,6 275 76,3* 190 61,1*
2 684 657 100 730 87,7* 730 78,9* 791 70,2
3 670 664 100 658 98,5 636 89,6 636 80,6*
4 693 682 100 660 95,2 602 86,6 532 77,9
5 960 941 100 963 93,8 956 87,5 1282 75,0
6 975 969 100 1165 92,3 906 86,2 881 73,8
7 720 704 100 742 91,7 790 83,3 689 75,0
8 1420 1391 100 1553 93,0 1405 84,5 1356 76,1
9 1320 1386 100 1491 90,9 1437 81,8 1502 72,7
10 380 478 100 579 94,7 602 89,5 612 78,9
11 450 623 100 658 94,4 734 83,3 949 77,8
12 380 347 100 347 94,7 344 84,2 383 78,9
13 810 963 100 1248 95,1 1217 86,4 1198 77,8
14 240 231 100 307 81,3* 345 75,0* 302 68,8*
15 980 973 100 3433 92,9 3214 85,7 273 64,3*
16 980 968 100 1111 92,9 1128 85,7 1149 78,6
17 980 967 100 1037 92,9 920 85,7 906 78,6
18 124 146 100 106 96,8 99 85,5 99 75,0
19 129 129 100 133 93,0 137 82,2 137 72,1
20 115 151 100 128 92,2 113 80,9 82 69,6*
21 720 737 100 814 97,2 1048 83,3 923 69,4*
22 1100 1029 100 1135 90,9 1279 81,8 1251 72,7
23 137 127 100 132 94,2 147 88,3 150 76,6
24 104 100 100 100 92,3 113 84,6 125 76,9
25 96 89 100 91 91,7 102 83,3 103 75,0
26 110 102 100 104 90,9 109 81,8 96 72,7
27 168 160 100 169 95,2 157 85,7 152 76,2
28 150 147 100 157 93,3 147 83,3 134 76,7
29 250 267 100 306 92,0 325 80,0 232 72,0
30 117 115 100 124 92,3 110 84,6 110 76,9
31 150 128 100 130 83,3* 93 66,7* 80 50,0*
32 96 84 100 83 83,3* 93 66,7* 53 50,0*
33 76 72 100 81 78,9* 58 63,2* 50 47,4*
34 88 76 100 80 90,9 86 81,8 90 72,7
35 108 93 100 93 94,4 94 83,3 96 72,2
36 92 84 100 86 91,3 89 82,6 97 73,9
37 570 531 100 534 94,7 585 84,2 544 73,7
38 520 486 100 488 92,3 484 84,6 465 73,1
39 620 558 100 558 93,5 598 85,5 531 74,2
40 390 361 100 366 92,3 414 84,6 339 76,9
41 320 290 100 291 93,8 317 81,3 321 75,0
42 300 288 100 288 93,3 347 80,0 435 73,3
43 270 291 100 307 89,0 584 78,0 584 67,0
* Porcentagens fora dos intervalos das situações

128
Com base nos resultados de carga de ruptura obtidos nas situações I, II, III e IV e
adotando-se como parâmetro de análise que a relação entre a carga máxima aplicada
no ensaio (Pmáx.) e as cargas de ruptura estimadas (Qu)c deve estar entre 0,80 ≤ Pmáx./
(Qu)c ≤ 1,20, obtém-se os valores expostos na Tabela 4.5 e os histogramas das Figuras
4.63 a 4.104.

Tabela 4.5: Relação entre a carga máxima aplicada no ensaio (Pmáx.) e as cargas
estimadas (Qu)c.
PC Tipo Pmáx./(Qu)c(I) Pmáx./(Qu)c(II) Pmáx./(Qu)c(III) Pmáx./(Qu)c(IV)
1 Pré-moldada protendida 2 0,95 0,95 0,95 1,38*
2 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 1 1,04 0,94 0,94 0,86
3 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 2 1,01 1,02 1,05 1,05
4 Escavada conv. (sem lama bentonítica) 3 1,02 1,05 1,15 1,30*
5 Hélice contínua 1 1,02 1,00 1,00 0,75*
6 Hélice contínua 2 1,01 0,84 1,08 1,11
7 Hélice contínua 3 1,02 0,97 0,91 1,04
8 Ômega 2 1,02 0,91 1,01 1,05
9 Ômega 3 0,95 0,89 0,92 0,88
10 Metálica (TR-37) 15 0,79* 0,66* 0,63* 0,62*
11 Metálica (TR-37 duplo) 16 0,72* 0,68* 0,61* 0,47*
12 Metálica (W200 x 35,9) 17 1,10 1,10 1,10 0,99
13 Metálica (W250 x 32,7) 18 0,84 0,65* 0,67* 0,68*
14 Metálica (TR-37 duplo) 20b 1,04 0,78* 0,70* 0,79*
15 Raiz 1 1,01 0,29* 0,30* 3,59*
16 Raiz 2 1,01 0,88 0,87 0,85
17 Raiz 3 1,01 0,95 1,07 1,08
18 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E1 0,85 1,17 1,25* 1,25*
19 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E2 1,00 0,97 0,94 0,94
20 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada E3 0,76* 0,90 1,02 1,40*
21 Hélice contínua EH1 0,98 0,88 0,69* 0,78*
22 Hélice contínua EH2 1,07 0,97 0,86 0,88
23 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(1) 1,08 1,04 0,93 0,91
24 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(2) 1,04 1,04 0,92 0,83
25 Apiloadas com lançamento de concreto ACL3(3) 1,08 1,05 0,94 0,93
26 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(1) 1,08 1,06 1,01 1,15
27 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(2) 1,05 0,99 1,07 1,11
28 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA3(3) 1,02 0,96 1,02 1,12
29 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA6(2) 0,94 0,82 0,77* 1,08
30 Apiloadas com apiloamento de concreto ACA6(3) 1,02 0,94 1,06 1,06
31 Apiloada de concreto CON-2 1,17 1,15 1,61* 1,88*
32 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-1 1,14 1,16 1,03 1,81*
33 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-2 1,06 0,94 1,31* 1,52*
34 Apiloada de solo-cimento compactado SCC-3 1,16 1,10 1,02 0,98
35 Apiloada de solo-cimento plástico SCP-2 1,16 1,16 1,15 1,13
36 Apiloada de solo-cimento plástico SCP-3 1,10 1,07 1,03 0,95
37 Escavada de concreto CON-1 1,07 1,07 0,97 1,05
38 Escavada de concreto CON-2 1,07 1,07 1,07 1,12
39 Escavada de concreto CON-3 1,11 1,11 1,04 1,17
40 Escavada de solo-cimento plástico SCP-1 1,08 1,07 0,94 1,15
41 Escavada de solo-cimento plástico SCP-2 1,10 1,10 1,01 1,00
42 Escavada de solo-cimento plástico SCP-3 1,04 1,04 0,86 0,69*
43 Escavada 0,93 0,88 0,46* 0,46*
* Valores fora do intervalo 0,80 ≤ Pmáx./(Qu)c ≤ 1,20

129
Pré-moldada protendida 2 Escavada convencional 1
I II III IV I II III IV
1,60 1,20
1,40 1,00
1,20
0,80
1,00
0,80 0,60
0,60 0,40
0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.63: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 1. Figura 4.64: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 2.

Escavada convencional 2 Escavada convencional 3


I II III IV I II III IV
1,20 1,40
1,00 1,20
0,80 1,00
0,80
0,60
0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.65: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 3. Figura 4.66: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 4.

Hélice contínua 1 Hélice contínua 2


I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40
0,40
0,20
0,20
0,00
0,00 Pmáx/Pestimado
Pmáx/Pestimado

Figura 4.67: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 5. Figura 4.68: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 6.

130
Hélice contínua 3 Ômega 2
I II III IV I II III IV
1,10 1,10
1,05 1,05
1,00 1,00
0,95 0,95
0,90 0,90
0,85 0,85
0,80 0,80
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.69: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 7. Figura 4.70: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 8.

Ômega 3 Metálica 15
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.71: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 9. Figura 4.72: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


10.
Metálica 16 Metálica 17
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.73: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.74: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


11. 12.

131
Metálica 18 Metálica 20b
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40

0,20 0,20

0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.75: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.76: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


13. 14.

Raiz 1 Raiz 2
I II III IV I II III IV
4,00 1,20
1,00
3,00
0,80
2,00 0,60
0,40
1,00
0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.77: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.78: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


15. 16.

Raiz 3 Pré-moldada centrifugada de ponta


I II III IV fechada E1
1,10 I II III IV
1,20
1,05
1,00
1,00 0,80
0,95 0,60
0,40
0,90
0,20
0,85 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.79: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.80: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


17. 18.
132
Pré-moldada centrifugada de ponta Pré-moldada centrifugada de ponta
fechada E2 fechada E3
I II III IV I II III IV
1,20 1,60
1,00 1,40
1,20
0,80
1,00
0,60 0,80
0,40 0,60
0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.81: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.82: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


19. 20.

Hélice contínua EH1 Hélice contínua EH2


I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.83: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.84: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


21. 22.

Apiloada com lançamento de Apiloada com lançamento de


concreto ACL3(1) concreto ACL3(2)
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.85: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.86: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


23. 24.
133
Apiloada com lançamento de Apiloada com apiloamento de
concreto ACL3(3) concreto ACA3(1)
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.87: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.88: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


25. 26.

Apiloada com apiloamento de Apiloada com apiloamento de


concreto ACA3(2) concreto ACA3(3)
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.89: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.90: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


27. 28.

Apiloada com apiloamento de Apiloada com apiloamento de


concreto ACA6(2) concreto ACA6(3)
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.91: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.92: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


29. 30.
134
Apiloada de concreto CON-2 Apiloada de solo-cimento
I II III IV compactado SCC-1
2,00 I II III IV
1,80 2,00
1,60 1,80
1,40 1,60
1,20 1,40
1,00 1,20
0,80 1,00
0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.93: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.94: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


31. 32.

Apiloada de solo-cimento Apiloada de solo-cimento


compactado SCC-2 compactado SCC-3
I II III IV I II III IV
1,60 1,20
1,40 1,00
1,20
0,80
1,00
0,80 0,60
0,60 0,40
0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.95: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.96: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


33. 34.

Apiloada de solo-cimento plástico Apiloda de solo-cimento plástico


SCP-2 SCP-3
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.97: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.98: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


35. 36.
135
Escavada de concreto CON-1 Escavada de concreto CON-2
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.99: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.100: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


37. 38.

Escavada de concreto CON-3 Escavada de solo-cimento plástico


I II III IV SCP-1
1,20
I II III IV
1,00 1,20

0,80 1,00
0,80
0,60
0,60
0,40
0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.101: Relação Pmáx/ Qu da PC Figura 4.102: Relação Pmáx/ Qu da PC


39. 40.

Escavada de solo-cimento plástico Escavada de solo-cimento plástico


SCP-2 SCP-3
I II III IV I II III IV
1,20 1,20
1,00 1,00
0,80 0,80
0,60 0,60
0,40 0,40
0,20 0,20
0,00 0,00
Pmáx/Pestimado Pmáx/Pestimado

Figura 4.103: Relação Pmáx/(Qu)c da PC Figura 4.104: Relação Pmáx/(Qu)c da PC


41. 42.
136
Escavada
I II III IV
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
Pmáx/Pestimado

Figura 4.104: Relação Pmáx/(Qu)c da PC 43.

O número de resultados de carga de ruptura obtido pelo método nas quatro


situações é distribuído com as respectivas porcentagens em relação ao número total de
provas de carga estudadas na Tabela 4.6.

Tabela 4.6: Porcentagem de resultados dentro do intervalo estipulado.


Situações I II III IV
Número de resultados dentro do intervalo 40 38 32 27
Porcentagem % 93 88 74 63

As porcentagens da Tabela 4.7 reforçam que provas de cargas interrompidas


prematuramente devem ser analisadas com atenção, no que se refere ao limite do
ponto de interrupção, pois se o ensaio for interrompido no trecho “elástico”, a aplicação
de qualquer método de extrapolação é comprometida.

Nota-se que na maior parte (cerca de 70%) dos resultados fora do intervalo
proposto (0,8 ≤ Pmáx/(Qu)c ≤ 1,2) tendeu a relação Pmáx/(Qu)c < 1, que indica resultados a
favor da segurança.

O melhor desenvolvimento dos resultados deu-se nas estacas escavadas,


principalmente nas provas de carga 37, 38 e 39 (escavadas de concreto de Ilha
Solteira).
137
4.3.1. Análise estatística entre a carga de ruptura calculada
e a carga máxima obtida em ensaio

A princípio a Análise de Variância ANOVA baseou-se em comparar a igualdade


entre os resultados de carga de ruptura obtidos pelo Conceito de Rigidez (situações I,
II, III e IV), com a carga máxima atingida no ensaio (Pmáx), apresentados anteriormente
na Tabela 4.4.

Os resultados da ANOVA 1 (entre Pmáx, I, II, III e IV) e a comparação entre o


valor de F com o valor de Fcrit estão detalhados na Tabela 4.7.

O Teste t foi utilizado para confirmar os resultados obtidos pela ANOVA


analisando a igualdade de dois em dois grupos, no caso, entre Pmáx e I, Pmáx e II, Pmáx e
III, Pmáx e IV, denominados Teste t 1, 2, 3 e 4 respectivamente, cujo resultado está na
Tabela 4.8.

Tabela 4.7: Análise de variância 1 (entre Pmáx, I, II, III e IV).


Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 53235384,53 13308846,13 0,10 3,32 aceito
Resíduo 210 28329571517,00 134902721,50
Total 214 28382806902,00

No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do


ANOVA 1 são iguais deve ser aceita.

Tabela 4.8: Resultados do Teste t para o nível de significância de 1%.


Teste t t tcrit H0
1 0,157 2,702 aceito
2 0,212 2,702 aceito
3 0,217 2,702 aceito
4 0,030 2,702 aceito

138
Pelo Teste t, pode-se considerar que os resultados das situações I, II, III e IV são
iguais a Pmáx.

4.3.2. Análise estatística entre estacas de deslocamento e


sem deslocamento

A análise estatística entre estacas classificadas conforme sua instalação no


terreno, de acordo com a Tabela 4.9, baseou-se na Análise de Variância para testar a
igualdade entre os resultados obtidos nas estacas de deslocamento e sem
deslocamento.

Tabela 4.9: Classificação das estacas conforme sua instalação no terreno.


Estacas de deslocamento Estacas sem deslocamento
PC* Tipo PC* Tipo
1 Pré-moldada protendida 2 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
8 Ômega 3 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
9 Ômega 4 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
10 Metálica 5 Hélice contínua
11 Metálica 6 Hélice contínua
12 Metálica 7 Hélice contínua
13 Metálica 15 Raíz
14 Metálica 16 Raíz
18 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 17 Raíz
19 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 21 Hélice contínua
20 Pré-moldada centrifugada de ponta fechada 22 Hélice contínua
23 Apiloadas com lançamento de concreto 37 Escavada de concreto
24 Apiloadas com lançamento de concreto 38 Escavada de concreto
25 Apiloadas com lançamento de concreto 39 Escavada de concreto
26 Apiloadas com apiloamento de concreto 40 Escavada de solo-cimento plástico
27 Apiloadas com apiloamento de concreto 41 Escavada de solo-cimento plástico
28 Apiloadas com apiloamento de concreto 42 Escavada de solo-cimento plástico
29 Apiloadas com apiloamento de concreto 43 Escavada
30 Apiloadas com apiloamento de concreto
31 Apiloada de concreto
32 Apiloada de solo-cimento compactado
33 Apiloada de solo-cimento compactado
34 Apiloada de solo-cimento compactado
35 Apiloada de solo-cimento plástico
36 Apiloada de solo-cimento plástico * Prova de carga

139
Os resultados de carga limite das estacas de deslocamento, apresentadas na
Tabela 4.10, são analisados na ANOVA 2 (entre Pmáx, I, II, III e IV). Os resultados e a
comparação entre o valor de F com o valor de Fcrit estão detalhados na Tabela 4.11.

Tabela 4.10: Valores de carga de ruptura das estacas de deslocamento.


Décourt (1996)
PC* Pmáx. (kN) (kN)
I II III IV
1 262 277 277 275 190
8 1420 1391 1553 1405 1356
9 1320 1386 1491 1437 1502
10 380 478 579 602 612
11 450 623 658 734 949
12 380 347 347 344 383
13 810 963 1248 1217 1198
14 240 231 307 345 302
18 133 146 106 99 99
19 129 129 133 137 137
20 124 151 128 113 82
23 137 127 132 147 150
24 104 100 100 113 125
25 96 89 91 102 103
26 110 102 104 109 96
27 168 160 169 157 152
28 150 147 157 147 134
29 250 267 306 325 232
30 117 115 124 110 110
31 150 128 130 93 80
32 96 84 83 93 53
33 76 72 81 58 50
34 88 76 80 86 90
35 108 93 93 94 96
36 92 84 86 89 97
* Prova de carga

Tabela 4.11: Análise de variância 2 (entre Pmáx, I, II, III e IV).


Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 40668,53 10167,13 0,06 3,48 aceito
Resíduo 120 19999513,20 166662,61
Total 124 20040181,73

140
No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do
ANOVA 2 são iguais deve ser aceita.

Os resultados de carga de ruptura das estacas sem deslocamento, apresentadas


na Tabela 4.12, são analisados na ANOVA 3 (entre Pmáx, I, II, III e IV) e a comparação
entre o valor de F com o valor de Fcrit estão detalhados na Tabela 4.13.

Tabela 4.12: Valores de carga de ruptura das estacas sem deslocamento.


Décourt (1996)
PC* Pmáx. (kN) (kN)
I II III IV
2 684 657 730 730 791
3 670 664 658 636 636
4 693 682 660 602 532
5 960 941 963 956 1282
6 975 969 1165 906 881
7 720 704 742 790 689
15 980 973 3433 3214 273
16 980 968 1111 1128 1149
17 980 967 1037 920 906
21 720 737 814 1048 923
22 1100 1029 1135 1279 1251
37 570 531 534 585 544
38 520 486 488 484 465
39 620 558 558 598 531
40 390 361 366 414 339
41 320 290 291 317 321
42 300 288 288 347 435
43 270 291 307 584 584
* Prova de carga

Tabela 4.13: Análise de variância 3 (entre Pmáx, I, II, III e IV).


Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 627594,84 156898,71 0,68 3,59 aceito
Resíduo 85 19637537,11 231029,85
Total 89 20265131,96

No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do


ANOVA 3 são iguais deve ser aceita.

141
4.3.3. Análise estatística entre tipos de carregamentos

A análise estatística entre os tipos de carregamento baseou-se na Análise de


Variância para testar a igualdade entre os resultados obtidos nas estacas ensaiadas
com carregamento lento, rápido e misto.

Os valores de carga ruptura obtidos pelo ensaio lento, mostrados na Tabela 4.14,
são analisados pelo ANOVA 4 (entre Pmáx, I, II, III e IV) e a comparação entre o valor de
F com o valor de Fcrit estão detalhados nas Tabelas 4.15.

Tabela 4.14: Valores de carga de ruptura obtidos por ensaio lento.


Décourt (1996)
PC* Pmáx. (kN) (kN)
I II III IV
1 262 277 277 275 190
2 684 657 730 730 791
3 670 664 658 636 636
4 693 682 660 602 532
5 960 941 963 956 1282
6 975 969 1165 906 881
7 720 704 742 790 689
8 1420 1391 1553 1405 1356
9 1320 1386 1491 1437 1502
15 980 973 3433 3214 273
16 980 968 1111 1128 1149
17 980 967 1037 920 906
20 115 151 128 113 82
21 720 737 814 1048 923
22 1100 1029 1135 1279 1251
31 150 128 130 93 80
32 96 84 83 93 53
33 76 72 81 58 50
35 88 76 80 86 90
37 108 93 93 94 96
40 390 361 366 414 339
43 270 291 307 584 584
* Prova de carga

142
Tabela 4.15: Análise de variância 4 (entre Pmáx, I, II, III e IV).
Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 577961,31 144490,33 0,43 3,54 aceito
Resíduo 105 35374812,05 336902,97
Total 109 35952773,35

No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do


ANOVA 4 são iguais deve ser aceita.

Os valores de carga de ruptura obtidos pelo ensaio rápido, mostrados na Tabela


4.16, são analisados pelo ANOVA 5 (entre Pmáx, I, II, III e IV) e a comparação entre o
valor de F com o valor de Fcrit estão detalhados na Tabela 4.17.

Tabela 4.16: Valores de carga de ruptura obtidos por ensaio rápido.


Décourt (1996)
PC* Pmáx. (kN) (kN)
I II III IV
18 124 146 106 99 99
19 129 129 133 137 137
34 88 76 80 86 90
36 92 84 86 89 97
38 520 486 488 484 465
39 620 558 558 598 531
41 320 290 291 317 321
42 300 288 288 347 435
* Prova de carga

Tabela 4.17: Análise de variância 5 (entre Pmáx, I, II, III e IV).


Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 2720,40 680,10 0,02 3,92 aceito
Resíduo 35 1295764,00 37021,83
Total 39 1298484,40

No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do


ANOVA 5 são iguais deve ser aceita.

143
Os valores de carga de ruptura obtidos pelo ensaio misto, mostrados na Tabela
4.18, são analisados pelo ANOVA 6 (entre Pmáx, I, II, III e IV) e a comparação entre o
valor de F com o valor de Fcrit estão detalhados na Tabela 4.19.

Tabela 4.18: Valores de carga de ruptura obtidos por ensaio misto.


Décourt (1996)
PC* Pmáx. (kN) (kN)
I II III IV
10 380 478 579 602 612
11 450 623 658 734 949
12 380 347 347 344 383
13 810 963 1248 1217 1198
14 240 231 307 345 302
23 137 127 132 147 150
24 104 100 100 113 125
25 96 89 91 102 103
26 110 102 104 109 96
27 168 160 169 157 152
28 150 147 157 147 134
29 250 267 306 325 232
30 117 115 124 110 110
* Prova de carga

Tabela 4.19: Análise de variância 6 (entre Pmáx, I, II, III e IV).


Causas de variação GL SQ QM F Fcrit H0
Tratamentos 4 76635,75 19158,94 0,21 3,65 aceito
Resíduo 60 5461841,23 91030,69
Total 64 5538476,98

No nível de significância de 1%, a hipótese de que as cargas de ruptura do


ANOVA 6 são iguais deve ser aceita.

144
4.4. Análise do atrito lateral

A proposta feita por Décourt (2006, 2008) consiste em estimar domínios de


resistência de ponta e de atrito lateral (Qs) em provas de carga comuns (sem
instrumentação).

A finalidade desta análise foi verificar se os resultados da instrumentação


pertencem a estes intervalos. Décourt (2008) afirma que, para os trechos serem
identificados, os carregamentos devem ser conduzidos até grandes deformações.

Através da Figura 4.96 pode-se observar o gráfico do atrito lateral, os três pontos
indicados correspondem ao recalque igual à 10, ao recalque igual à 10% do diâmetro e
ao recalque igual à 100. O limite superior do atrito lateral (Qsu) é a carga
correspondente ao deslocamento referente a 0,1.D no gráfico (Qs vs s).

Figura 4.96: Gráfico do atrito lateral.

145
As figuras que representam a curva carga vs recalque gerada pelas equações de
regressão obtidas a partir do Gráfico de Rigidez e que apresentam os limites do
domínio do atrito lateral (Qsl ≤ Qs ≤ Qsu) estão ilustradas no Anexo C, sendo:

• Qsl – Limite superior (“upper bound”)


• Qsu – Limite inferior (“lower bound”).

Os resultados de instrumentação utilizados neste estudo são das estacas


descritas na Tabela 4.20.

Tabela 4.20: Relação das estacas instrumentadas.


PC* Estaca Tipo
2 1 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
3 2 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
4 3 Escavada conv. (sem lama bentonítica)
5 1 Hélice contínua
6 2 Hélice contínua
7 3 Hélice contínua
8 2 Ômega
9 3 Ômega
15 1 Raiz
16 2 Raiz
17 3 Raiz
21 EH1 Hélice contínua
22 EH2 Hélice contínua
43 E1 Escavada

A partir das equações lineares de regressão, pode-se traçar a curva Qs vs s para


qualquer nível de deformação, como na Figura 4.97.

As Figuras 4.98 a 4.111 mostram o desenvolvimento do limite superior do atrito


lateral com a deformação.

146
Figura 4.97: Exemplo de aplicação do método na estaca escavada (DÉCOURT, 208).

Qs (MN) Qs (MN)
0 0,2 0,4 0,6 0,8 0 0,2 0,4 0,6 0,8
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)

60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.98: Curva de desenvolvimento do Figura 4.99: Curva de desenvolvimento do


limite superior do atrito lateral com a limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 2 - Escavada deformação (PC 3 – Escavada
convencional). convencional).
147
Qs (MN) Qs (MN)
0 0,2 0,4 0,6 0,8 0 0,5 1 1,5
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)
60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.100: Curva de desenvolvimento Figura 4.101: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 4 – Escavada deformação (PC 5 – Hélice contínua).
convencional).

Qs (MN) Qs (MN)
0 0,5 1 1,5 0 0,2 0,4 0,6 0,8
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)

60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.102: Curva de desenvolvimento Figura 4.103: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 6 – Hélice contínua). deformação na PC 7 (Hélice contínua).

148
Qs (MN) Qs (MN)
0 0,5 1 1,5 2 0 0,5 1 1,5 2
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)
60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.104: Curva de desenvolvimento Figura 4.105: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 8 - Ômega). deformação (PC 9 - Ômega).

Qs (MN) Qs (MN)
0 0,2 0,4 0,6 0 0,5 1
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)

60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.106: Curva de desenvolvimento Figura 4.107: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 15 – Raiz). deformação (PC 16 – Raiz).

149
Qs (MN) Qs (MN)
0 0,5 1 0 0,5 1 1,5
0 0

20 20

40 40
s(mm)

s(mm)
60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.108: Curva de desenvolvimento Figura 4.109: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 17 – Raiz). deformação (PC 21 – Hélice contínua).

Qs (MN) Qs (MN)
0 0,5 1 1,5 0 0,1 0,2 0,3 0,4
0 0

20 20

40 40
s(mm)
s(mm)

60 60

80 80

100 100

120 120

Figura 4.110: Curva de desenvolvimento Figura 4.111: Curva de desenvolvimento


do limite superior do atrito lateral com a do limite superior do atrito lateral com a
deformação (PC 22 – Hélice contínua). deformação (PC 43 – Escavada).

150
Os dados de instrumentação fornecidos pela Tabela 4.21 são utilizados como
parâmetros para analisar os intervalos de variação do atrito lateral (Qsl ≤ Qs ≤ Qsu),
fornecidos pelo método em questão.

Tabela 4.21: Valores medidos e calculados de Qsc.


Qsc (kN)
Qsc (kN) Valor calculado
PC* Tipo
Valor medido Intervalos
Valor central Observação
de variação
2 Escavada convencional 635 590 ≤ Qs ≤ 730 660 Ok
3 Escavada convencional 600 650 ≤ Qs ≤ 660 655 Ok
4 Escavada convencional 620 600 ≤ Qs ≤ 670 635 Ok
5 Hélice contínua 903 890 ≤ Qs ≤ 960 925 Ok
6 Hélice contínua 951 950 ≤ Qs ≤ 980 965 Ok
7 Hélice contínua 734 650 ≤ Qs ≤ 690 670 Não ok
8 Ômega 1199 1290 ≤ Qs ≤ 1400 1345 Não ok
9 Ômega 1235 1160 ≤ Qs ≤ 1410 1285 Ok
15 Raiz 1000 440 ≤ Qs ≤ 900 670 Não ok
16 Raiz 1009 880 ≤ Qs ≤ 900 890 Não ok
17 Raiz 988 890 ≤ Qs ≤ 920 905 Não ok
21 Hélice contínua 680 420 ≤ Qs ≤ 870 645 Ok
22 Hélice contínua 914 890 ≤ Qs ≤ 1120 1005 Ok
43 Escavada 251 227 ≤ Qs ≤ 307 267 Ok
* Prova de carga

Analisando a Tabela 4.22, tem-se que nove resultados obtidos por meio de
instrumentação (64%) condizem com os resultados obtidos pelo método e cinco
resultados não correspondem aos intervalos, como apresentado no histograma da
Figura 4.112.

151
1500
1400
1300
1200
1100
1000
Carga (MN)

900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2 3 4 5 6 7 8 9 15 16 17 21 22 43
Provas de carga
Limite inferior do intervalo Valor medido na instrumentação Limite superior do intervalo

Figura 4.112: Domínios de atrito lateral e valores medidos na instrumentação.

A maior parte dos ensaios nos quais os valores medidos por instrumentação
ficaram fora do domínio de atrito (4 ensaios), pode-se constatar que o valor medido
ficou acima do limite superior do domínio. Destes quatro ensaios, três são estacas raiz.

Pode-se verificar que todas as estacas escavadas indicaram valores de atrito


lateral dentro do intervalo. As estacas raiz foram as únicas em que em nenhum caso o
atrito lateral obtido na instrumentação correspondeu ao intervalo.

Mesmo com alguns valores fora dos intervalos, ficou claro que os limites de atrito
lateral e de ponta são indicativos aproximados, que podem tanto verificar resultados de
instrumentação como fornecer informações em projetos através de provas de carga
comuns.

152
5. Conclusões

Neste capítulo, serão apresentadas as principais conclusões obtidas com esta


pesquisa.

A escolha do ponto de regressão é a decisão mais importante na aplicação do


método baseado no Conceito de Rigidez. Esta decisão e a escolha dos pontos de
ajuste dos domínios de ponta e de atrito lateral dependem muito da interação da
pessoa que está utilizando o método, que deve estar atenta a mudança de
comportamento dos dados de carga e recalque, aos coeficientes de correlação, ao
recalque elástico (para estacas longas) e as experiências anteriores de aplicação do
método.

Neste contexto, é evidente que o número razoável de dados de provas de carga


analisados neste estudo, foi imprescindível para entender com clareza as
características do método.

Em relação à estimativa da carga limite, o método apresentou resultados


satisfatórios, pois 88% dos ensaios utilizados nesta pesquisa demonstraram valores
dentro do intervalo estipulado (0,8 ≤ Pmáx. ≤ 1,2) e o restante indicou valores acima,
lembrando que, mesmo partindo do princípio de que todos os ensaios foram levados a
deslocamentos que caracterizaram ruptura, os valores estimados pelo método, de
alguma forma, diferem do aferido em campo. Talvez seja porque realmente não seja
adequado considerar ruptura através da análise das deformações (FELLENIUS, 1980).

Outro fato que possivelmente pode ter influenciado é que dos três ensaios que
mostraram resultados fora do intervalo, dois possuem relação Ф/L de 130 e 92
respectivamente.

153
Na análise das provas de carga interrompidas prematuramente, verificou-se que
as porcentagens de resultado dentro dos intervalos decresciam conforme diminuía a
extensão da curva carga vs recalque. Na pior situação, com as curvas limitadas entre
70 e 79% da carga máxima atingida no ensaio, 37% dos resultados apresentam-se fora
do intervalo e a maior parte com a carga estimada maior que a obtida no ensaio. Mas a
grande maioria dos resultados dentro do intervalo apresentaram carga estimada menor
que a máxima atingida no ensaio, o que pode ser um fator positivo com relação à
segurança.

Mas de modo geral, para as cargas de ruptura estimadas, em provas de carga


interrompidas a cargas acima de 80% da carga máxima, nenhuma das análises (gráfica,
estatística) indicou diferenças significativas, nem limitações à aplicação do método
entre tipos de estacas, nem entre os campos experimentais.

Os limites de atrito lateral e de ponta são indicativos aproximados, que podem


ser aplicados tanto para verificar resultados de instrumentação como fornecer
informações em projetos através de provas de carga comuns. Os domínios de atrito
lateral, calculados pelo método, quando comparados à quatorze ensaios
instrumentados, apresentaram quatro fora do domínio, mas destes, três são estacas
raiz do mesmo campo experimental, portanto pode-se a hipótese de ter havido
transtornos durante a execução da prova de carga como recarregamentos. Neste
contexto não é possível atribuir a falha ao método.

O método demonstrou-se adequado às propostas de determinação da carga


limite, à separação aproximada entre a carga de ponta e o atrito lateral, à avaliação da
qualidade da prova de carga e ao depurar dados de ensaios. É importante para a
eficácia da ferramenta que as provas de carga sejam feitas com o máximo de estágios
de carregamento possíveis, que não apresentem problemas em sua execução e que se
deva tomar muito cuidado com a manipulação e interpretação dos valores obtidos no
ensaio.

154
Referências

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ROM.

166
Apêndice A

Curvas carga vs recalque

167
Carga (kN) Carga (kN)
0 100 200 300 0 200 400 600 800
0 0
10 20
Recalque (mm)

Recalque (mm)
20 40
30 60
40 80
50 100
60 120

Carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.1: PC 1 - Curva carga vs Figura A.2: PC 2 - Curva carga vs


recalque (pré-moldada protendida 2) recalque (escavada convencional 1)
(ALBUQUERQUE, 1996). (ALBUQUERQUE, 2001).

Carga (kN) Carga (kN)


0 200 400 600 800 0 200 400 600 800
0 0
20 20
Recalque (mm)
Recalque (mm)

40 40
60 60
80 80
100 100
120 120

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.3: PC 3 - Curva carga vs Figura A.4: PC 4 - Curva carga vs


recalque (escavada convencional 2) recalque (escavada convencional 3)
(ALBUQUERQUE, 2001). (ALBUQUERQUE, 2001).

168
Carga (kN) Carga (kN)
0 500 1000 1500 0 500 1000 1500
0 0
10 10
20 20
Recalque (mm)

Recalque (mm)
30 30
40 40
50 50
60 60
70 70
80 80
90 90

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.5: PC 5 - Curva carga vs Figura A.6: PC 6 - Curva carga vs


recalque (hélice contínua 1) recalque (hélice contínua 2)
(ALBUQUERQUE, 2001). (ALBUQUERQUE, 2001).

Carga (kN) Carga (kN)


0 200 400 600 800 0 500 1000 1500
0 0
10
20
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20
40 30
60 40
50
80
60
100 70

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.7: PC 7 - Curva carga vs Figura A.8: PC 8 - Curva carga vs


recalque (hélice contínua 3) recalque (ômega 2) (ALBUQUERQUE,
(ALBUQUERQUE, 2001). 2001).

169
Carga (kN) Carga (kN)
0 500 1000 1500 0 100 200 300 400
0 0
5
5
Recalque (mm)

Recalque (mm)
10
10 15
15 20
25
20
30
25 35

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.9: PC 9 - Curva carga vs Figura A.10: PC 10 - Curva carga vs


recalque (ômega 3) (ALBUQUERQUE, recalque da PC 10 (metálica 15).
2001).

Carga (kN) Carga (kN)


0 200 400 600 0 100 200 300 400
0 0
5 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

10 20
15 30
20 40
25 50
30 60
35 70

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.11: PC 11 - Curva carga vs Figura A.12: PC 12 - Curva carga vs


recalque (metálica 16). recalque (metálica 17).

170
Carga (kN) Carga (kN)
0 500 1000 0 100 200 300
0 0
5 5
Recalque (mm)

Recalque (mm)
10 10
15 15
20 20
25 25
30 30
35 35

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.13: PC 13 - Curva carga vs Figura A.14: PC 14 - Curva carga vs


recalque da PC 13 (metálica 18). recalque (metálica 20b).

Carga (kN) Carga (kN)


0 500 1000 1500 0 500 1000 1500
0 0
10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20 20
30 30
40 40
50 50
60 60

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.15: PC 15 - Curva carga vs Figura A.16: PC 16 - Curva carga vs


recalque (raiz 1) (NOGUEIRA, 2004). recalque (raiz 2) (NOGUEIRA, 2004).

171
Carga (kN) Carga (kN)
0 500 1000 1500 0 50 100 150
0 0
5
10
10
Recalque (mm)

Recalque (mm)
20 15
20
30
25
40 30
35
50
40
60 45

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.17: PC 17 - Curva carga vs Figura A.18: PC 18 - Curva carga vs


recalque (raiz 3) (NOGUEIRA, 2004). recalque (pré-moldada centrifugada de
ponta fechada E1) (SOARES, 2006).

Carga (kN) Carga (kN)


0 50 100 150 0 50 100 150
0 0
5 10
10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20
15
30
20
40
25
30 50
35 60
40 70

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.19: PC 19 - Curva carga vs Figura A.20: PC 20 - Curva carga vs


recalque (pré-moldada centrifugada de recalque (pré-moldada centrifugada de
ponta fechada E2) (SOARES, 2006). ponta fechada E3) (SOARES, 2006).

172
Carga (kN) Carga (kN)
0 200 400 600 800 0 500 1000 1500
0 0
5 10
10 20
Recalque (mm)

Recalque (mm)
15 30
20
40
25
30 50
35 60
40 70
45 80

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.21: PC 21 - Curva carga vs Figura A.22: PC 22 - Curva carga vs


recalque (hélice contínua EH1) (ALLEDI, recalque (hélice contínua EH2) (ALLEDI,
2004). 2004).

Carga (kN) Carga (kN)


0 50 100 150 0 50 100 150
0 0
10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20 20
30 30
40 40
50 50
60 60

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.23: PC 23 - Curva carga vs Figura A.24: PC 24 - Curva carga vs


recalque (apiloada com lançamento de recalque (apiloada com lançamento de
concreto ACL3(1)) (CAMPOS, 2005; concreto ACL3(2)) (CAMPOS, 2005;
GONÇALVES, 2006). GONÇALVES, 2006).

173
Carga (kN) Carga (kN)
0 50 100 150 0 50 100 150
0 0
10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)
20 20
30 30
40 40
50 50
60 60

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.25: PC 25 - Curva carga vs Figura A.26: PC 26 - Curva carga vs


recalque (apiloada com lançamento de recalque (apiloada com apiloamento de
concreto ACL3(3)) (CAMPOS, 2005; concreto ACA3(1)) (CAMPOS, 2005;
GONÇALVES, 2006). GONÇALVES, 2006).

Carga (kN) Carga (kN)


0 50 100 150 200 0 50 100 150 200
0 0
10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20 20
30 30
40 40
50 50
60 60

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.27: PC 27 - Curva carga vs Figura A.28: PC 28 - Curva carga vs


recalque (apiloada com apiloamento de recalque (apiloada com apiloamento de
concreto ACA3(2)) (CAMPOS, 2005; concreto ACA3(3)) (CAMPOS, 2005;
GONÇALVES, 2006). GONÇALVES, 2006).

174
Carga (kN) Carga (kN)
0 100 200 300 0 50 100 150
0 0
10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)
20 20
30 30
40 40
50 50
60 60

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.29: Curva carga vs recalque Figura A.30: PC 30 - Curva carga vs


(apiloada com apiloamento de concreto recalque (apiloada com apiloamento de
ACA6(2)) (CAMPOS, 2005; concreto ACA6(3)) (CAMPOS, 2005;
GONÇALVES, 2006). GONÇALVES, 2006).

Carga (kN) Carga (kN)


0 50 100 150 200 0 50 100 150
0 0

10 10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20 20

30 30

40 40

50 50

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.31: PC 31 - Curva carga vs Figura A.32: PC 32 - Curva carga vs


recalque (apiloada de concreto CON-2) recalque (apiloada de solo-cimento
(SEGANTINI, 2000). compactado SCC-1) (SEGANTINI,
2000).

175
Carga (kN) Carga (kN)
0 20 40 60 80 0 50 100
0 0
5 5
10
Recalque (mm)

Recalque (mm)
10
15
20 15
25 20
30
25
35
40 30
45 35

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.33: PC 33 - Curva carga vs Figura A.34: PC 34 - Curva carga vs


recalque (apiloada de solo-cimento recalque (apiloada de solo-cimento
compactado SCC-2) (SEGANTINI, compactado SCC-3) (SEGANTINI,
2000). 2000).

Carga (kN) Carga (kN)


0 50 100 150 0 50 100
0 0
10 5
10
Recalque (mm)

Recalque (mm)

20 15
30 20
40 25
30
50 35
60 40

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.35: PC 35 - Curva carga vs Figura A.36: PC 36 - Curva carga vs


recalque (apiloada de solo-cimento recalque (apiloada de solo-cimento
plástico SCP-2) (SEGANTINI, 2000). plástico SCP-3) (SEGANTINI, 2000).

176
Carga (kN) Carga (kN)
0 200 400 600 0 200 400 600
0 0

20 20
Recalque (mm)

Recalque (mm)
40 40

60 60

80 80

100 100

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.37: PC 37 - Curva carga vs Figura A.38: PC 38 - Curva carga vs


recalque (escavada de concreto CON-1) recalque (escavada de concreto CON-2)
(SEGANTINI, 2000). (SEGANTINI, 2000).

Carga (kN) Carga (kN)


0 200 400 600 800 0 200 400 600
0 0
10
20
20
Recalque (mm)

Recalque (mm)

40 30
40
60
50
80 60
70
100
80
120 90

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.39: PC 39 - Curva carga vs Figura A.40: PC 40 - Curva carga vs


recalque (escavada de concreto CON-3) recalque (escavada de solo-cimento
(SEGANTINI, 2000). plástico SCP-1) (SEGANTINI, 2000).

177
Carga (kN) Carga (kN)
0 100 200 300 400 0 100 200 300 400
0 0

20 20
Recalque (mm)

Recalque (mm)
40 40

60 60

80 80

100 100

Curva carga vs recalque Curva carga vs recalque

Figura A.41: PC 41 - Curva carga vs Figura A.42: PC 42 - Curva carga vs


recalque (escavada de solo-cimento recalque (escavada de solo-cimento
plástico SCP-2) (SEGANTINI, 2000). plástico SCP-3) (SEGANTINI, 2000).

Carga (kN)
0 100 200 300
0
1
Recalque (mm)

2
3
4
5
6
7

Curva carga vs recalque

Figura A.42: PC 43 - Curva carga vs


recalque (escavada) (MOTTA, 2003).

178
Apêndice B

Dados de Instrumentação

179
Dados de instrumentação das estacas de Campinas/SP

Tabela B.1: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 2 - Escavada 1
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
80 43,5 7,2 2,4 0,0 0,0
240 145,4 24,0 8,1 0,0 0,0
320 208,4 36,1 13,5 2,3 0,7
400 268,4 48,2 19,3 4,6 1,2
* Valor extrapolado

Tabela B.2: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 3 - Escavada 2
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 42,4 7,0 2,4 0,0 0,0
120 74,8 13,3 5,3 1,1 0,9
240 182,1 33,2 13,7 3,7 1,5
360 296,9 52,8 20,8 4,4 1,2
480 412,9 72,9 28,3 5,5 1,1
600 484,0 85,8 33,6 6,9 1,2
660 532,6 96,8 40,2 11,4 1,7
670 542,6 100,8 42,9 13,3 2,0
* Valor extrapolado

Tabela B.3: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 4 - Escavada 3
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 48,0 7,9 2,7 0,0 0,0
120 93,6 15,5 5,2 0,0 0,0
240 169,1 28,0 9,5 0,0 0,0
360 244,7 47,6 21,8 8,6 2,4
480 320,3 65,8 32,5 15,4 3,2
600 406,7 83,9 41,6 19,9 3,3
660 443,9 95,2 47,0 23,5 3,6
693 475,1 99,5 50,2 25,1 3,6
* Valor extrapolado

180
Tabela B.4: Valores de atrito lateral unitário máximo das estacas escavadas 1, 2 e 3
(ALBUQUERQUE, 2001).
Atrito lateral unitário máximo (kPa)
PC* Estaca
0–5m 5 – 12 m
2 1 39,0 44,3
3 2 20,5 53,5
4 3 35,0 45,5
Média 31,5 47,8
* Prova de carga

Tabela B.5: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 5 – Hélice contínua 1
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 32,0 5,7 2,3 0,5 0,8
120 59,3 10,9 4,5 1,3 1,1
240 115,1 20,6 8,2 1,9 0,8
360 173,3 33,9 15,6 6,3 1,8
480 242,1 48,7 23,4 10,4 2,2
600 308,6 72,7 41,8 26,0 4,3
720 380,9 98,8 61,8 42,9 6,0
840 454,5 134,3 92,4 70,9 8,4
900 478,3 151,8 108,9 85,7 9,5
960 516,0 170,3 125,0 101,8 10,6
* Valor extrapolado

Tabela B.6: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 6 – Hélice contínua 2
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 29,7 6,7 3,7 2,2 3,7
120 56,0 12,3 6,6 3,7 3,1
240 112,0 23,7 12,1 6,2 2,6
360 178,3 36,4 17,8 8,3 2,3
480 251,4 51,7 25,6 12,2 2,5
600 323,4 68,9 35,6 18,5 3,1
720 394,2 89,8 49,9 29,5 4,1
840 452,1 112,4 67,3 44,3 5,3
900 469,9 132,7 84,1 59,4 6,6
975 536,0 147,9 97,1 71,0 7,3
* Valor extrapolado

181
Tabela B.7: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de
ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 6 – Hélice contínua 3
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 18,8 2,2 0,7 0,0 0,0
120 43,8 5,9 2,2 0,0 0,0
240 97,0 16,1 5,5 0,0 0,0
360 159,7 28,6 11,4 2,6 0,7
480 230,1 44,9 20,6 8,2 1,7
600 288,0 58,1 28,0 12,6 2,1
660 317,0 66,5 34,3 17,9 2,7
720 342,0 76,1 41,2 23,0 3,2
* Valor extrapolado

Tabela B.8: Valores de atrito lateral unitário máximo das estacas hélice contínuas 1, 2 e
3 (ALBUQUERQUE, 2001).
Atrito lateral unitário máximo (kPa)
PC* Estaca
0–5m 5 – 12 m
5 1 80,4 47,1
6 2 79,5 52,8
7 3 68,5 36,3
Média 76,1 45,4
* Prova de carga

Tabela B.9: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 8 – Ômega 2
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
120 74,0 12,9 4,9 0,0 0,0
240 148,8 27,7 11,8 3,7 1,5
480 299,3 59,5 28,0 11,9 2,5
720 461,9 119,1 74,2 51,2 7,1
960 630,4 192,8 135,7 106,1 11,1
1200 803,7 277,4 208,4 173,1 14,4
1320 897,4 348,7 264,9 233,6 17,7
1420 984 405,1 329,2 290,4 20,5
* Valor extrapolado

182
Tabela B.10: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de
ponta (ALBUQUERQUE, 2001).
PC 9 – Ômega 3
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5m 11,1m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
120 84,0 17,8 7,7 3,2 2,7
360 240,0 42,9 17,1 3,9 1,1
600 408,0 83,6 41,1 19,4 3,2
840 618,0 140,3 77,7 45,7 5,4
1080 835,0 217,7 136,8 95,4 8,8
1200 950,0 257,8 166,2 114,3 9,5
1320 1064,0 291,0 189,7 137,8 10,4
* Valor extrapolado

Tabela B.11: Valores de atrito lateral unitário máximo das estacas ômega 2 e 3
(ALBUQUERQUE, 2001).
Atrito lateral (kPa)
PC* Estaca
0 – 5 m 5 – 12 m
8 2 79,5**
9 3 45,4 107,9
* Prova de carga ** Trecho de 0 – 12m

Tabela B.12: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (NOGUEIRA, 2004).
PC 15 – Raiz 1
Carga no topo Carga no nível (kN) % de ponta
(kN) 5m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0
70 19,7 0,0 0,0 0,0
140 48,7 0,0 0,0 0,0
210 138,8 0,0 0,0 0,0
280 169,9 3,1 0,0 0,0
350 213,4 6,2 0,0 0,0
420 258,0 11,4 0,3 0,1
490 293,2 13,5 0,8 0,2
560 366,8 22,8 7,3 1,3
630 406,2 24,9 7,7 1,2
840 495,3 33,9 13,0 1,5
910 544,0 37,3 14,4 1,6
980 597,9 54,5 30,0 3,1
* Valor extrapolado

183
Tabela B.13: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de
ponta (NOGUEIRA, 2004).
PC 16 – Raiz 2
Carga no topo Carga no nível (kN) % de ponta
(kN) 5m 11,7m Ponta*
0 ---** 0,0 0,0 0,0
70 ---** 0,7 0,0 0,0
140 ---** 2,2 0,0 0,0
210 ---** 5,8 0,0 0,0
280 ---** 8,0 0,0 0,0
350 ---** 8,7 0,0 0,0
420 ---** 10,2 0,0 0,0
490 ---** 12,3 0,0 0,0
560 ---** 13,1 0,0 0,0
630 ---** 13,1 0,0 0,0
700 ---** 16,7 0,0 0,0
770 ---** 18,1 0,0 0,0
840 ---** 21,0 0,0 0,0
910 ---** 29,7 5,7 0,6
980 ---** 47,1 21,7 2,2
* Valor extrapolado ** Instrumentação perdida

Tabela B.14: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (NOGUEIRA, 2004).
PC 17 – Raiz 3
Carga no topo Carga no nível (kN) % de ponta
(kN) 5m 11,7m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0
70 33,3 0,8 0,0 0,0
140 74,0 4,2 1,0 0,7
210 117,2 6,7 1,7 0,8
280 156,3 10,0 3,4 1,2
350 200,3 14,1 5,7 1,6
420 251,1 17,5 6,9 1,6
490 294,3 20,8 8,4 1,7
560 336,7 24,1 10,0 1,8
630 379,1 27,4 11,6 1,8
700 430,6 30,8 12,7 1,8
770 491,3 37,4 16,9 2,2
840 532,0 42,4 20,3 2,4
910 583,6 45,7 21,4 2,4
980 607,7 66,5 42,1 4,3
* Valor extrapolado

184
Tabela B.15: Valores de atrito lateral unitário máximo das estacas hélice contínuas 1, 2
e 3 (NOGUEIRA, 2004).
Atrito lateral unitário máximo (kPa)
PC* Estaca
0–5m 5 – 12 m 0 – 12***
15 1 69,1 64,5 66,3
16 2 66,9** 66,9
17 3 67,3 64,3 65,5
* Prova de carga
** Trecho 0 – 12 m (instrumentação perdida)
*** Média ponderada entre os dois trechos

Dados de instrumentação das estacas de Vitória/ES

Tabela B.16: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALLEDI, 2004).
PC 21 – Hélice contínua EH 1
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 3,7m 6,8m 7,4m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
100 57,4 35,3 20,6 13,2 13,2
200 113,3 54,4 35,3 25,8 12,9
300 179,5 64,7 45,6 36,1 12,0
400 248,7 73,6 53,0 42,7 10,7
500 320,8 79,5 63,3 55,2 11,0
600 398,8 88,3 73,6 66,2 11,0
700 454,6 103,3 89,6 82,7 11,8
770 458,8 111,6 97,8 90,9 12,6
* Valor extrapolado

Tabela B.17: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (ALLEDI, 2004).
PC 22 – Hélice contínua EH 2
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 5,85m 10,95m 11,55m Ponta*
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
100 73,2 10,8 3,2 0,0 0,0
200 148,6 26,9 15,1 9,2 4,6
300 200,3 35,5 22,6 16,2 5,4
400 247,7 44,1 29,1 21,5 5,4
500 296,1 51,7 35,5 27,5 5,5
600 346,7 61,4 43,1 33,9 5,7
700 408,1 73,2 50,6 39,3 5,6
800 471,6 88,3 62,5 49,5 6,2
900 537,3 107,7 76,5 60,8 6,8
1000 611,6 143,2 113,1 98,0 9,8
1100 698,8 217,5 210,0 206,2 18,7
* Valor extrapolado
185
Tabela B.18: Valores de atrito lateral unitário máximo da estaca hélice contínua EH1
(ALLEDI, 2004).
Atrito lateral unitário máximo (kPa)
PC* Estaca
0,60 – 3,70 m 3,70 – 7,7 m
21 EH1 64,3 70,3
* Prova de carga

Tabela B.19: Valores de atrito lateral unitário máximo da estaca hélice contínua EH2
(ALLEDI, 2004).
Atrito lateral unitário máximo (kPa)
PC* Estaca
0,60 – 5,85 m 5,85 – 11,85 m
22 EH2 58,3 62,7
* Prova de carga

Dados de instrumentação das estacas de Brasília/DF

Tabela B.20: Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de


ponta (MOTTA, 2003).
PC 2 - Escavada 1
Carga no topo Carga no nível (kN)
% de ponta
(kN) 0,4 m 1,4 m 2,4 m 3,4 m 5,4 m 7,4 m Ponta
0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
60 59,9 51,2 42,4 39,4 15,0 5,2 0,2 0,3
120 119,9 106,2 84,9 78,8 59,9 20,7 0,9 0,7
180 174,2 142,1 119,9 105,0 82,4 51,8 0,9 0,5
240 242,5 194,2 164,4 147,4 132,6 72,5 2,1 0,9
270 266,2 218,3 186,8 159,7 138,5 77,7 1,3 0,5

186
Anexo A

Valores de “F”

187
Tabela A.1: Valores de F para o nível de significância de 1% segundo o número
de graus de liberdade do numerador e do denominador
(SCHEFFÉ, 1959, apud VIEIRA, 2006).
o
N de gl do No de graus de liberdade (gl) do numerador
denomina-
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 15 20 24 30 40 60 120 ∞
dor
1 4052 5000 5403 5625 5764 5859 5928 5982 6022 6056 6106 6157 6209 6235 6261 6287 6313 6339 6366

2 98,5 99,0 99,2 99,2 99,3 99,3 99,4 99,4 99,4 99,4 99,4 99,4 99,4 99,5 99,5 99,5 99,5 99,5 99,5
3 34,1 30,8 29,5 28,7 28,2 27,9 27,7 27,5 27,3 27,2 27,1 26,9 26,7 26,6 26,5 26,4 26,3 26,2 26,1
4 21,2 18,0 16,7 16,0 15,5 15,2 15,0 14,8 14,7 14,5 14,4 14,2 14,0 13,9 13,8 13,7 13,7 13,6 13,5
5 16,3 13,3 12,1 11,4 11,0 10,7 10,5 10,3 10,2 10,1 9,89 9,72 9,55 9,47 9,38 9,29 9,20 9,11 9,02
6 13,7 10,9 9,78 9,15 8,75 8,47 8,26 8,10 7,98 7,87 7,72 7,56 7,40 7,31 7,23 7,14 7,06 6,97 6,88
7 12,2 9,55 8,45 7,85 7,46 7,19 6,99 6,84 6,72 6,62 6,47 6,31 6,16 6,07 5,99 5,91 5,82 5,74 5,65
8 11,3 8,65 7,59 7,01 6,63 6,37 6,18 6,03 5,91 5,81 5,67 5,52 5,36 5,28 5,20 5,12 5,03 4,95 4,86
9 10,6 8,02 6,99 6,42 6,06 5,80 5,61 5,47 5,35 5,26 5,11 4,96 4,81 4,73 4,65 4,57 4,48 4,40 4,31
10 10,0 7,56 6,55 5,99 5,64 5,39 5,20 5,06 4,94 4,85 4,71 4,56 4,41 4,33 4,25 4,17 4,08 4,00 3,91
11 9,65 7,21 6,22 5,67 5,32 5,07 4,89 4,74 4,63 4,54 4,40 4,25 4,10 4,02 3,94 3,86 3,78 3,69 3,60
12 9,33 6,93 5,95 5,41 5,06 4,82 4,64 4,50 4,39 4,30 4,16 4,01 3,86 3,78 3,70 3,62 3,54 3,45 3,36
13 9,07 6,70 5,74 5,21 4,86 4,62 4,44 4,30 4,19 4,10 3,96 3,82 3,66 3,59 3,51 3,43 3,34 3,25 3,17
14 8,86 6,51 5,56 5,04 4,69 4,46 4,28 4,14 4,03 3,94 3,80 3,66 3,51 3,43 3,35 3,27 3,18 3,09 3,00
15 8,68 6,36 5,42 4,89 4,56 4,32 4,14 4,00 3,89 3,80 3,67 3,52 3,37 3,29 3,21 3,13 3,05 2,96 2,87
16 8,53 6,23 5,29 4,77 4,44 4,20 4,03 3,89 3,78 3,69 3,55 3,41 3,26 3,18 3,10 3,02 2,93 2,84 2,75
17 8,40 6,11 5,18 4,67 4,34 4,10 3,93 3,79 3,68 3,59 3,46 3,31 3,16 3,08 3,00 2,92 2,83 2,75 2,65
18 8,29 6,01 5,09 4,58 4,25 4,01 3,84 3,71 3,60 3,51 3,37 3,23 3,08 3,00 2,92 2,84 2,75 2,66 2,57
19 8,18 5,93 5,01 4,50 4,17 3,94 3,77 3,63 3,52 3,43 3,30 3,15 3,00 2,92 2,84 2,76 2,67 2,58 2,49
20 8,10 5,85 4,94 4,43 4,10 3,87 3,70 3,56 3,46 3,37 3,23 3,09 2,94 2,86 2,78 2,69 2,61 2,52 2,42
21 8,02 5,78 4,87 4,37 4,04 3,31 3,64 3,51 3,40 3,31 3,17 3,03 2,88 2,80 2,72 2,64 2,55 2,46 2,36
22 7,95 5,72 4,82 4,31 3,99 3,76 3,59 3,45 3,35 3,26 3,12 2,98 2,83 2,75 2,67 2,58 2,50 2,40 2,31
23 7,88 5,66 4,76 4,26 3,94 3,71 3,54 3,41 3,30 3,21 3,07 2,93 2,78 2,70 2,62 2,54 2,45 2,35 2,26
24 7,82 6,61 4,72 4,22 3,90 3,67 3,50 3,36 3,26 3,17 3,03 2,89 2,74 2,66 2,58 2,49 2,40 2,31 2,21
25 7,77 5,57 4,68 4,18 3,85 3,63 3,46 3,32 3,22 3,13 2,99 2,85 2,70 2,62 2,54 2,45 2,36 2,27 2,17
26 7,72 5,53 4,64 4,14 3,82 3,59 3,42 3,29 3,18 3,09 2,96 2,81 2,66 2,58 2,50 2,42 2,33 2,23 2,13
27 7,68 5,49 4,60 4,11 3,78 3,56 3,39 3,26 3,15 3,06 2,93 2,78 2,63 2,55 2,47 2,38 2,29 2,20 2,10
28 7,64 5,45 4,57 4,07 3,75 3,53 3,36 3,23 3,12 3,03 2,90 2,75 2,60 2,52 2,44 2,35 2,26 2,17 2,06
29 7,60 5,42 4,54 4,04 3,73 3,50 3,33 3,20 3,09 3,00 2,87 2,73 2,57 2,49 2,41 2,33 2,23 2,14 2,03
30 7,56 5,39 4,51 4,02 3,70 3,47 3,30 3,17 3,07 2,98 2,84 2,70 2,55 2,47 2,39 2,30 2,21 2,11 2,01
40 7,31 5,18 4,31 3,83 3,51 3,29 3,12 2,99 2,89 2,80 2,66 2,52 2,37 2,29 2,20 2,11 2,02 1,92 1,80
60 7,08 4,98 4,13 3,65 3,34 3,12 2,95 2,82 2,72 2,63 2,50 2,35 2,20 2,12 2,03 1,94 1,84 1,73 1,60
120 6,85 4,79 3,95 3,48 3,17 2,96 2,79 2,66 2,56 2,47 2,34 2,19 2,03 1,95 1,86 1,79 1,66 1,53 1,38
∞ 6,63 4,61 3,78 3,32 3,02 2,80 2,64 2,51 2,41 2,32 2,18 2,04 1,88 1,79 1,70 1,59 1,47 1,32 1,00

Interpolações devem ser feitas com base nos recíprocos dos graus de liberdade
(interpolação harmônica).

188
Anexo B

Valores de “t”

189
Tabela B.1: Valores de t segundo o nível de significância e os graus de liberdade do
resíduo (THEIL, 1971, apud VIEIRA, 2006).
Número de graus Nível de significância para o teste bilateral (α)
de liberdade 0,01 0,05 0,10
1 63,657 12,706 6,314
2 9,925 4,303 2,920
3 5,841 3,182 2,353
4 4,604 2,776 2,132
5 4,032 2,571 2,015
6 3,707 2,447 1,943
7 3,499 2,365 1,895
8 3,355 2,306 1,860
9 3,250 2,262 1,833
10 3,169 2,228 1,812
11 3,106 2,201 1,796
12 3,055 2,179 1,782
13 3,012 2,160 1,771
14 2,977 2,145 1,761
15 2,947 2,131 1,753
16 2,921 2,120 1,746
17 2,898 2,110 1,740
18 2,878 2,101 1,734
19 2,861 2,093 1,729
20 2,845 2,086 1,725
21 2,831 2,080 1,721
22 2,819 2,074 1,717
23 2,807 2,069 1,714
24 2,797 2,064 1,711
25 2,787 2,060 1,708
26 2,779 2,056 1,706
27 2,771 2,052 1,703
28 2,763 2,048 1,701
29 2,756 2,045 1,699
30 2,750 2,042 1,697
40 2,704 2,021 1,684
60 2,660 2,000 1,671
120 2,617 1,980 1,658
∞ 2,576 1,960 1,645
Interpolações devem ser feitas com base nos recíprocos dos graus de liberdade
(interpolação harmônica).

190
Anexo C

Curvas carga vs recalque geradas pelas equações de regressão e os


limites do domínio do atrito lateral

191
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,000 0,200 0,400 0,600 0,800
0 0

10 20
0,594 ≤ Qs ≤ 0,730
20 40
s(mm)

Qs = (Qsl + Qsu) / 2

s(mm)
30 60 Qs = (0,594 + 0,730) / 2 = 0,662 MN
Qs ≈ 0,277 MN

40 80

50 100

60 120

Figura C.1: Curva carga vs recalque Figura C.2: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
1. 2.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 0,000 0,200 0,400 0,600 0,800
0 0

20 10

20
40
30
s(mm)

s(mm)

60 0,602 ≤ Qs ≤ 0,664
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 40
Qs = (0,650 + 0,656) / 2 = 0,653 MN Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,602 + 0,664) / 2
80
50 Qs = 0,633 MN

100 60

120 70

Figura C.3: Curva carga vs recalque Figura C.4: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
3. 4.

192
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 0,000 0,500 1,000 1,500
0 0
10 10
20 20
30 30
0,956 ≤ Qs ≤ 0,975
0,889 ≤ Qs ≤ 0,956
s(mm)

s(mm)
40 40
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
50 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = 50 (0,956 + 0,975) / 2 =
60 (0,889 + 0,956) / 2 = 60
Qs = 0,965 MN
70 Qs = 0,922 MN 70
80 80
90 90

Figura C.5: Curva carga vs recalque Figura C.6: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pela equação de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
5. 6.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 0,000 0,500 1,000 1,500
0 0
10
10
20
30 20
0,655 ≤ Qs ≤ 0,689
40 30
s(mm)

s(mm)

Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,655+0,689) / 2 1,286 ≤ Qs ≤ 1,405


50
60 40 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (1,286 +1,405) / 2
Qs = 0,672 MN
70 50 Qs = 1,345 MN
80
60
90
100 70

Figura C.7: Curva carga vs recalque Figura C.8: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
7. 8.

193
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400
0 0

5
5
10 Qs ≈ 0,478 MN
10 1,158 ≤ Q ≤ 1,410
15
s(mm)

s(mm)
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (1,158 + 1,410) / 2
15 20
Qs = 1,284 MN
25
20
30

25 35

Figura C.9: Curva carga vs recalque Figura C.10: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pela equação de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
9. 10.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400
0 0

5 10

10 20
Qs ≈ 0,623 MN
15 30
s(mm)

s(mm)

0,303 ≤ Q ≤ 0,371
20 40
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,291+0,375) / 2
25 50
Qs = 0,333 MN
30 60

35 70

Figura C.11: Curva carga vs recalque Figura C.12: Curva carga vs recalque
gerada pela equação de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral – PC limites do domínio do atrito lateral - PC
11. 12.

194
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000 0,000 0,100 0,200 0,300
0 0

5 5

10 10

15 15
s(mm)

s(mm)
0,065 ≤ Q ≤ 0,360
20 20 0,190 ≤ Q ≤ 0,225
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,065+0,360) / 2 = 0,212 MN
25 25 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =

30 30 (0,190+0,225) / 2 = 0,207 MN

35 35

Figura C.13: Curva carga vs recalque Figura C.14: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
13. 14.

Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500
Q (MN)
-30 0
-20
10
-100,000 0,500 1,000 1,500
0 20
0,885 ≤ Q ≤ 0,896
s(mm)

s(mm)

10
30
20 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
(0,885 + 0,896) / 2 =
30 40
40 Qs = 0,890 MN
0,439 ≤ Q ≤ 0,899 50
50
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,439+0,899) / 2 = 0,669 MN
60 60

Figura C.15: Curva carga vs recalque Figura C.16: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
15. 16.

195
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,500 1,000 1,500 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0
5
10
10
20 15
0,893 ≤ Q ≤ 0,920
s(mm)

s(mm)
20
30 Qs ≈ 0,146 MN
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = 25
(0,893 + 0,920) / 2 =
40 30
Qs = 0,906 MN 35
50
40
60 45

Figura C.17: Curva carga vs recalque Figura C.18: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pela equação de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
17. 18.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0
5 10
10
20
15 0,118 ≤ Q ≤ 0,131 Qs ≈ 0,151 MN
30
s(mm)

s(mm)

20 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
(0,118 + 0,131) / 2 =
40
25
Qs = 0,120 MN
50
30
35 60

40 70

Figura C.19: Curva carga vs recalque Figura C.20: Curva carga vs recalque
gerada pela equação de regressão e gerada pela equação de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
19. 20.

196
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 0,000 0,500 1,000 1,500
0 0
5 10
10 20
15
30
s(mm)

s(mm)
20 0,893 ≤ Q ≤ 1,118
0,416 ≤ Q ≤ 0,874 40
25
50 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
30 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
(0,893+1,118) / 2 =
(0,416 + 0,874) / 2 =
35 60
Qs = 0,100 MN
40 Qs = 0,645 MN 70
45 80

Figura C.21: Curva carga vs recalque Figura C.22: Curva carga vs recalque
gerada pela equação de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
21. 22.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0

10 10

20 20
0,096 ≤ Q ≤ 0,101
0,119 ≤ Q ≤ 0,134
s(mm)

s(mm)

30 30 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,119 + 0,134) / 2
(0,096 + 0,101) / 2 =
40 40
Qs = 0,126 MN
Qs = 0,098 MN
50 50

60 60

Figura C.23: Curva carga vs recalque Figura C.24: Curva carga vs recalque
gerada pela equação de regressão e gerada pela equação de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
23. 24.

197
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0

10 10

20 20

s(mm)
s(mm)

30 30

40 40
0,082 ≤ Q ≤ 0,091 0,093 ≤ Q ≤ 0,102
50 50
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,082 + 0,091) / 2 = 0,090 MN Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,093+0,102) / 2 = 0,097 MN
60 60

Figura C.25: Curva carga vs recalque Figura C.26: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
25. 26.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200
0 0

5 10
10
20
0,148 ≤ Q ≤ 0,158
15 0,142 ≤ Q ≤ 0,146
s(mm)

s(mm)

30
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,148+0,158) / 2 = 0,153 MN
20 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
40 (0,142 + 0,146) / 2 =
25
Qs = 0,144 MN
30 50

35 60

Figura C.27: Curva carga vs recalque Figura C.28: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
27. 28.

198
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0

10 10

20 20
0,108 ≤ Q ≤ 0,110
s(mm)

s(mm)
30 Qs ≈ 0,267 MN 30
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,108+0,110) / 2 = 0,109 MN

40 40

50 50

60 60

Figura C.29: Curva carga vs recalque Figura C.30: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
29. 30.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,000 0,050 0,100 0,150
0 0
5 5
10 10
15 15
20 0,102 ≤ Q ≤ 0,115 20
s(mm)

s(mm)

25 25 0,070 ≤ Q ≤ 0,076
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
30 (0,102 + 0,115) / 2 = 30
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 =
35 35 (0,070+0,076) / 2 =
Qs = 0,108 MN
40 40
Qs = 0,073 MN
45 45
50 50

Figura C.31: Curva carga vs recalque Figura C.32: Curva carga vs recalque
gerada pela equação de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
31. 32.

199
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,000 0,050 0,100
0 0
5 5
10
10
15
15 0,057 ≤ Q ≤ 0,078
s(mm)

s(mm)
20 0,058 ≤ Q ≤ 0,071
25 20 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,057+0,078) / 2 =
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,058+0,071) / 2 =
30 Qs = 0,067 MN
Qs = 0,064 MN 25
35
40 30

45 35

Figura C.33: Curva carga vs recalque Figura C.34: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
33. 34.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,050 0,100 0,150 0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100
0 0
5
10
10
20 15
s(mm)

0,052 ≤ Q ≤ 0,069
s(mm)

30 20
0,047 ≤ Q ≤ 0,048 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,052 + 0,069) / 2 =
25
40
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,058+0,069) / 2 30 Qs = 0,060 MN
50
Qs = 0,047 MN 35
60 40

Figura C.35: Curva carga vs recalque Figura C.36: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
35. 36.

200
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,000 0,200 0,400 0,600
0 0
10 10
20 20
30 30
40 0,461 ≤ Q ≤ 0,546 40
s(mm)

s(mm)
50 50
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,461+0,546) / 2 =
60 60
70 Qs = 0,503 MN 70
0,446 ≤ Q ≤ 0,478
80 80
90 90 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,446+0,478) / 2 = 0,462 MN
100 100

Figura C.37: Curva carga vs recalque Figura C.38: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
37. 38.

Q (MN) Q (MN)
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 0,000 0,200 0,400 0,600
0 0
10
20
20
40 30
s(mm)

s(mm)

40
60 0,311 ≤ Q ≤ 0,348
50
80 60 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,311+0,348) / 2 = 0,329 MN
0,496 ≤ Q ≤ 0,539 70
100
Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,496+0,539) / 2 = 0,517 MN 80
120 90

Figura C.39: Curva carga vs recalque Figura C.40: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
39. 40.

201
Q (MN) Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400
0 0
10 10
20 20
30 30
40 40
s(mm)

s(mm)
0,255 ≤ Q ≤ 0,292 0,244 ≤ Q ≤ 0,301
50 50
60 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,255 + 0,292) / 2 = 0,273 MN 60 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,244+0,301) / 2 = 0,272 MN
70 70
80 80
90 90
100 100

Figura C.41: Curva carga vs recalque Figura C.42: Curva carga vs recalque
gerada pelas equações de regressão e gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC limites do domínio do atrito lateral - PC
41. 42.

Q (MN)
0,000 0,100 0,200 0,300
0
2
4
6
0,227 ≤ Q ≤ 0,307
s(mm)

8
10 Qs = (Qsl + Qsu) / 2 = (0,227+0,307) / 2

12 Qs = 0,267 MN
14
16
18

Figura C.43: Curva carga vs recalque


gerada pelas equações de regressão e
limites do domínio do atrito lateral - PC
43.

202
Anexo D

Dados de carga e recalque das provas de carga

203
Tabela D.1: Dados das provas de carga de Campinas/SP (ALBUQUERQUE, 1996).
Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 1
Pré-moldada protendida 2
Carga Recalque
(kN) (mm)
0 0
0 0,07
40 0,27
80 0,37
120 0,53
160 1,56
200 2,77
240 5,58
262 54,13

Tabela D.2: Dados das provas de carga de Campinas/SP (ALBUQUERQUE, 2001).


Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 2 PC 3 PC 4 PC 5 PC 6 PC 7 PC 8 PC 9
Escavada Escavada Escavada
Hélice Hélice Hélice
convencional convencional convencional Ômega 2 Ômega 3
contínua 1 contínua 2 contínua 3
1 2 3
Q r Q r Q r Q r Q r Q r Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
60 0,03 60 0,04 60 0,04 60 0 60 0,03 60 0,02 120 0,02 120 0,06
120 0,10 120 0,20 120 0,20 120 0,01 120 0,05 120 0,08 240 0,04 240 0,13
180 0,13 180 0,39 180 0,39 180 0,01 180 0,06 180 0,12 360 0,15 360 0,49
240 0,16 240 0,55 240 0,55 240 0,02 240 0,19 240 0,22 480 0,30 480 0,60
300 0,36 300 0,80 300 0,8 300 0,05 300 0,27 300 0,34 600 0,73 600 1,19
360 0,52 360 1,11 360 1,11 360 0,08 360 0,41 360 0,57 720 1,28 720 1,63
420 0,59 420 1,71 420 1,71 420 0,13 420 0,58 420 0,79 840 1,77 840 2,21
480 0,80 480 2,68 480 2,68 480 0,28 480 0,88 480 1,18 960 2,65 960 3,20
540 1,22 540 4,51 540 4,51 540 0,5 540 1,18 540 1,56 1080 3,66 1080 4,09
600 4,05 600 8,11 600 8,11 600 0,78 600 1,53 600 2,34 1200 5,18 1200 7,33
684 112,48 660 18,02 660 18,02 660 1,34 660 2,14 660 4,38 1320 12,98 1320 22,52
670 107,70 693 107,70 720 2,13 720 2,77 720 88,23 1420 61,83
780 2,97 780 2,91
840 4,73 840 4,59
900 8,26 900 7,43
960 80,24 960 10,85
975 85,62

204
Tabela D.3: Dados das provas de carga de Campinas (NOGUEIRA, 2004).
Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 15 PC 16 PC 17
Raiz 1 Raiz 2 Raiz 3
Q r Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0 0 0
70 0 70 0 70 0,03
140 0,23 140 0 140 0,03
210 1,41 210 0 210 0,03
280 2,82 280 0,03 280 0,03
350 2,84 350 0,04 350 0,04
420 2,91 420 0,07 420 0,39
490 3,07 490 0,07 490 0,51
560 3,12 560 0,17 560 0,71
630 3,46 630 0,64 630 0,94
840 5,33 700 0,84 700 1,59
910 5,79 770 1,85 770 2,30
980 48,77 840 3,66 840 3,74
910 7,71 910 9,21
980 54,96 980 55,42

Tabela D.4: Dados das provas de carga de Recife/PE (SOARES, 2006).


Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 18 PC 19 PC 20
Pré-moldada centrifugada de Pré-moldada centrifugada de Pré-moldada centrifugada de
ponta fechada E1 ponta fechada E2 ponta fechada E3
Q r Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0 0 0
13 0,11 13 0,05 27 0,02
27 0,11 27 0,09 27 0,13
40 0,30 40 0,27 40 0,86
53 0,59 53 0,54 53 1,92
67 1,05 67 0,77 67 3,15
80 2,05 80 1,19 80 4,78
93 3,11 93 1,70 93 6,62
106 4,01 106 2,98 106 8,51
120 4,61 120 6,14 115 60,34
124 38,60 129 36,94

205
Tabela D.5: Dados das provas de carga de Vitória/ES (ALLEDI, 2004).
Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 21 PC 22
Hélice contínua EH1 Hélice contínua EH2
Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0
100 0,97 100 0,26
200 3,32 200 1,55
300 5,69 300 2,94
400 8,07 400 4,61
500 11,10 500 6,52
600 15,82 600 8,56
700 27,12 700 11,24
720 41,99 800 15,05
900 19,61
1000 31,44
1100 69,97

206
Tabela D.6: Dados das provas de carga de Ilha Solteira/SP (SEGANTINI, 2000).
Valores de Carga (Q) e recalque (r)
PC 31 PC 32 PC 33 PC 34 PC 35 PC 36
Apiloada de solo- Apiloada de solo- Apiloada de solo- Apiloada de solo- Apiloada de solo-
Apiloada de
cimento cimento cimento cimento plástico cimento plástico
concreto CON-2
compactado SCC-1 compactado SCC-2 compactado SCC-3 SCP-2 SCP-3
Q r Q r Q r Q r Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
25 0,04 16 0,08 12 0,22 4 0,13 12 0,03 4 0,15
50 0,62 32 0,40 24 0,30 8 0,14 24 0,08 8 0,15
75 4,75 48 0,92 36 0,82 12 0,14 36 0,27 12 0,28
100 10,61 64 1,39 48 1,60 16 0,14 48 0,59 16 0,36
125 17,41 80 13,82 60 2,50 20 0,17 60 1,77 20 0,39
150 44,33 96 47,57 76 40,23 24 0,18 66 2,89 24 0,44
28 0,22 72 4,24 28 0,56
32 0,26 78 7,52 32 0,70
36 0,33 84 12,37 36 0,84
40 0,44 90 16,10 40 1,04
44 0,58 96 22,11 44 1,3
48 0,74 102 36,27 48 1,75
52 0,91 108 48,35 52 2,33
56 1,14 56 3,24
60 1,45 60 4,49
64 2,19 64 6,19
68 3,47 68 7,35
72 5,45 72 9,04
76 10,00 76 12,20
80 20,69 80 15,33
84 28,01 84 17,89
88 33,03 88 21,20
92 36,05

207
Tabela D.7: Dados das provas de carga de Ilha Solteira/SP (SEGANTINI, 2000).
PC 37 PC 38 PC 39 PC 40 PC 41 PC 42
Escavada de solo- Escavada de solo- Escavada de solo-
Escavada de Escavada de Escavada de
cimento plástico cimento plástico cimento plástico
concreto CON-1 concreto CON-2 concreto CON-3
SCP-1 SCP-2 SCP-3
Q r Q r Q r Q r Q r Q r
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
30 0 20 0,01 20 0 30 0,04 20 0,01 20 0,01
60 0,02 40 0,03 40 0,01 60 0,17 40 0,10 40 0,41
90 0,06 60 0,05 60 0,04 90 0,40 60 0,22 60 0,54
120 0,18 80 0,09 80 0,10 120 0,62 80 0,40 80 1,10
150 0,37 100 0,17 100 0,13 150 0,89 100 0,66 100 1,74
180 0,55 120 0,29 120 0,19 180 1,59 120 1,06 120 2,49
210 0,92 140 0,42 140 0,28 210 2,50 140 1,75 140 3,78
240 1,20 160 0,56 160 0,38 240 3,68 160 3,44 160 4,77
270 1,40 180 0,75 180 0,45 270 5,38 180 4,71 180 6,01
300 1,83 200 0,97 200 0,6 300 7,98 200 6,33 200 7,89
330 2,32 220 1,37 220 0,79 330 12,03 220 8,83 220 10,15
360 2,80 240 1,50 240 0,98 360 27,62 240 11,82 240 14,25
390 3,34 260 1,76 260 1,19 390 81,80 260 16,09 260 21,94
420 4,27 280 2,13 280 1,44 280 22,62 280 45,49
450 6,80 300 2,59 300 1,71 300 42,00 300 88,99
480 8,83 320 3,02 320 2,04 320 92,00
510 17,44 340 3,60 340 2,39
540 36,91 360 4,31 360 2,82
570 91,44 380 5,13 380 3,32
400 6,26 400 3,90
420 7,75 420 4,59
440 11,77 440 5,52
460 18,10 460 6,82
480 27,33 480 8,57
500 47,43 500 11,18
520 95,11 520 15,68
540 22,82
560 34,22
580 47,00
600 66,83
620 96,37

208
Anexo E

Cálculo detalhado da PC 25

209
PC 25 - Estaca ACL3(3) – Apiloada com apiloamento de concreto

1. Inserir os dados da estaca

L = 6,00 m
D = 200 mm
Com base no fck do material da estaca encontra-se o módulo de elasticidade (E):
E = 25 GPa

2. Cálculo do módulo de elasticidade

(ef)(g) (ef)(g)
MNO = → MNO = R (lmmmef/gk )(gk ) = mm → Sel = 3,82 mm (E.1)
R (hij)(gk )

3. Dados do ensaio estático

Os dados do ensaio estático, apresentados na Tabela E.1, são inseridos para


obter a curva carga vs recalque da Figura E.1.

Tabela E.1: Dados de carga e recalque.


Ponto Carga (MN) Recalque (mm)
1 0,096 50,43
2 0,092 28,72
3 0,088 16,14
4 0,084 11,58
5 0,080 9,04
6 0,076 7,64
7 0,072 6,39
8 0,068 5,32
9 0,064 4,5
10 0,060 3,59
11 0,056 2,92
12 0,052 2,32
13 0,048 1,7
14 0,044 1,29
15 0,040 1,17
16 0,032 0,66
17 0,024 0,15
18 0,016 0,03
19 0,008 0,01

210
Carga (MN)
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
0
10

Recalque (mm)
20
30
40
50
60

Figura E.1: Curva carga vs recalque da PC 35.

4. Escolha do ponto de regressão da curva

Para determinar o ponto de regressão, são estabelecidas correlações lineares


entre Log Q e Log s (Tabela E.2), estes coeficientes de correlação R são elevados ao
quadrado para se obter R2 (Tabela E.3).

Tabela E.2: Log Q, Log s e Coeficiente de correlação R.


Ponto Log da Carga Q (MN) Log do Recalque s (mm) Coeficiente de correlação R
1 -1,01772877 1,70268897 ----
2 -1,03621217 1,45818444 1
3 -1,05551733 1,20790353 0,99998
4 -1,07572071 1,06370856 0,99112
5 -1,09691001 0,95616843 0,98007
6 -1,11918641 0,88309336 0,96644
7 -1,1426675 0,80550086 0,95713
8 -1,16749109 0,72591163 0,95206
9 -1,19382003 0,65321251 0,94867
10 -1,22184875 0,55509445 0,95031
11 -1,25181197 0,46538285 0,95286
12 -1,28399666 0,36548798 0,95646
13 -1,31875876 0,23044892 0,96243
14 -1,35654732 0,11058971 0,96757
15 -1,39794001 0,06818586 0,96755
16 -1,49485002 -0,18045606 0,96795
17 -1,61978876 -0,82390874 0,97928
18 -1,79588002 -1,52287875 0,98764
19 -2,09691001 -2 0,98683

211
Tabela E.3: Coeficiente de correlação ao quadrado R2.
2
Ponto Coeficiente de correlação (R )
2 1,0000
3 1,0000
4 0,9823
5 0,9605
6 0,9340
7 0,9161
8 0,9064
9 0,9000
10 0,9031
11 0,9079
12 0,9148
13 0,9263
14 0,9362
15 0,9362
16 0,9369
17 0,9590
18 0,9754
19 0,9738

A partir do ponto 3 nota-se a queda do R2, que demonstra uma mudança de


comportamento. Portanto o ponto de regressão escolhido é o ponto 3.

Através da correlação linear entre Log Q e Log s é possível definir a equação a


partir do ponto de regressão, calculando a previsão e a inclinação da curva no ponto de
regressão (Tabela E.4).

Tabela E.4: Inclinação e previsão dos pontos da curva Log Q vs Log s.


Ponto Inclinação Previsão
2 0,075595 -1,14644
3 0,076377 -1,14771
4 0,087824 -1,16557
5 0,101233 -1,18577
6 0,116331 -1,20787
7 0,131882 -1,22988
8 0,147511 -1,25125
9 0,163354 -1,27222
10 0,178364 -1,29128
11 0,192902 -1,30908
12 0,206673 -1,32531
13 0,218312 -1,33838
14 0,229085 -1,35001
15 0,242623 -1,3644
16 0,261464 -1,38286
17 0,266434 -1,38712
18 0,267013 -1,38757
19 0,292344 -1,40576

212
Tem-se que a equação é:

FGH C = −(, ("6 + 7, 7no FGH p (E.2)

5. Determinação da carga de ruptura convencional da curva carga vs recalque

A carga de ruptura convencional (Quc) é a carga correspondente a um recalque


de 10% do diâmetro. A partir da equação definida anteriormente, calcula-se Quc.

.77
CDE = (7FGHI (7 J7,7no*(,("6 (E.3)

Portanto tem-se que Quc = 0,089 MN.

A reta entre o ponto de regressão e Quc fornece algumas informações como as


apresentadas na Figura E.2.

Na interseção da reta com o eixo das cargas tem-se Qsl = 0,08187 MN. Em que
Qsl é o limite inferior do domínio do atrito lateral.

Carga (MN)
0 0,05 0,1 0,15 Linha entre o ponto 3 e Quc

0
Q vs s
10
20 Pontos da Curva Carga vs recalque
Recalque (mm)

30
Ponto de regressão
40
50 Quc
60
70 Qsl

80

Figura E.2: Curva carga vs recalque.

213
6. Determinação do Gráfico de Rigidez

A Rigidez (RIG) é definida por: RIG = Q (carga) /s (recalque), a partir dos valores
na Tabela E.5, pode-se determinar os pontos do Gráfico de Rigidez (Figura E.3).

Tabela E.5: Valores de carga Q e rigidez RIG.


Ponto Carga (MN) Rigidez (MN/mm)
1 0,096 0,0019036
2 0,092 0,0032033
3 0,088 0,0054523
4 0,084 0,0072539
5 0,080 0,0088496
6 0,076 0,0099476
7 0,072 0,0112676
8 0,068 0,012782
9 0,064 0,0142222
10 0,060 0,0167131
11 0,056 0,0191781
12 0,052 0,0224138
13 0,048 0,0282353
14 0,044 0,0341085
15 0,040 0,034188
16 0,032 0,0484848
17 0,024 0,16
18 0,016 0,5333333
19 0,008 0,8

Gráfico de Rigidez
1
Rigidez RIG (MN/mm)

0,8
0,6
0,4
0,2
0
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
Carga (MN)

Figura E.3: Pontos do Gráfico de Rigidez.

A partir do ponto de regressão escolhido, a ponta deixa de preponderar,


constatada pela redução nítida de R2, neste ponto de transição separa-se a parte do

214
gráfico de Rigidez correspondente ao domínio de ponta e ao domínio do atrito lateral. A
transição pode incluir alguns pontos até iniciar o domínio do atrito lateral.

Ponta → Do ponto 1 até o ponto de regressão (1 a 3).

Através da correlação linear entre Log Q e Log RIG (Tabela E.6) é possível
definir a equação da curva correspondente ao domínio de ponta, representado na
Figura E.4, calculando a intercepção (a) e a inclinação (b) da curva.

Tabela E.6: Log da carga Q e Log da rigidez RIG.


Ponto Log Q Log Rig
1 -1,017728767 -1,017728767
2 -1,036212173 -1,036212173
3 -1,055517328 -1,055517328

Para estes pontos tem-se que:

a – intercepção do gráfico = -1,243


b – inclinação da curva = -0,083

Portanto a equação da curva correspondente ao domínio de ponta é:

FGH C = −(, ."4 − 7, 764 FGH UVW (E.4)

215
Gráfico de Rigidez
1,2

0,8
Gráfico de Rigidez
0,6 Ponto 1 ao Ponto 3
Domínio de ponta
0,4

0,2

0
0,000 0,050 0,100 0,150

Figura E.4: Domínio de ponta no Gráfico de Rigidez.

Atrito → Escolhe-se os pontos que se ajustam melhor na reta, e que


proporcionam o maior valor de R2 (4 a 9) como na Figura E.5. Os valores de carga e
recalque destes pontos estão na Tabela E.7.

Tabela E.7: Valores de carga e rigidez.


Ponto Q (MN) RIG (MN/mm)
4 0,084 0,0072539
5 0,080 0,0088496
6 0,076 0,0099476
7 0,072 0,0112676
8 0,068 0,012782
9 0,064 0,0142222

Para estes pontos tem-se que:

a – intercepção do gráfico = 0,105


b – inclinação da curva = -2,913
Portanto a equação da curva correspondente ao domínio de ponta é:

C = 7, (7q − ., r(4 UVW (E.5)

216
Gráfico de Rigidez
0,9
0,8
Rigidez RIG (MN/mm) 0,7
0,6 Gráfico de Rigidez
0,5
0,4 Ponto 4 ao Ponto 9
0,3
0,2 Domínio do atrito lateral
0,1
0
0,000 0,050 0,100 0,150
Carga (MN)

Figura E.5: Domínio do atrito lateral no Gráfico de Rigidez.

7. Determinação da carga de ruptura convencional do Gráfico de Rigidez

A carga de ruptura convencional do Gráfico de Rigidez (Qu)c é a carga


correspondente à rigidez do recalque de 10% do diâmetro, representada na Figura E.6.

(CD )E = (7\(UVW).(*(,."4)*7,764 (E.6)

Portanto tem-se que a carga limite (Qu) é 0,089 MN.

Gráfico de Rigidez
1,2
1
Rigidez (MN/mm)

0,8
Gráfico de Rigidez
0,6
Carga de ruptura
0,4
Domínio de ponta
0,2
0
0,000 0,050 0,100 0,150
Carga (MN)

Figura E.6: Representação da carga de ruptura (Qu)c.

217
8. Gráfico de atrito lateral

Através dos coeficientes da equação linear referente ao domínio do atrito lateral


pode-se formar um gráfico de atrito lateral (Qs vs s) como na Figura E.7.

7,(7q
Cp = (*(*.,r(4⁄p) (E.7)

O limite superior do atrito lateral (Qsu) é a carga correspondente ao deslocamento


referente a 0,1.D no gráfico (Qs vs s).

Qs (MN)
0,044 0,045 0,046 0,047 0,048 0,049
0
Atrito lateral
20
Qs correspondente a s = 10 mm
40
s (mm)

60 Qs correspondente a s = 0,1.D

80 Qs correspondente a s = 100 mm
100

120

Figura E.7: Gráfico do atrito lateral.

Cpt 1CpD
Cp = (E.8)
.

9. Curva carga vs recalque

Através das equações abaixo se pode representar os domínios de ponta e de


atrito lateral na curva carga vs recalque como na Figura E.8.

C×K
p = C*L (E.9)

218
L
p = (7\ C*(K) (E.10)

Curva carga vs recalque

Carga Q (MN)
0,000 0,020 0,040 0,060 0,080 0,100 0,120
0
10 Q vs s
Recalque s (mm)

20 Atrito

30 Ponta

40
50
60

Figura E.8: Curva carga vs recalque e os domínios de atrito lateral e de ponta.

219

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