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SUBESTAÇÕES
ÍNDICE
1. Sistema Eléctrico
2. Subestações Eléctricas – SE
2.1. As funções de uma Subestação
2.2. Tipos de Subestações
2.3. Termos usados para definir partes de uma SE
2.4. Localização dos vários setores de uma SE
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Planeamento de Redes eléctricas
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A energia eléctrica para ser encaminhada desde a geração até a distribuição, tem que ter
meios de dirigi-la adequadamente através de conexões, para que permitam manobrar as linhas
de transmissão e os alimentadores da forma mais confiável possível. Além das manobras,
temos que ter meios de modificar a tensão e regular seus níveis visando melhor atender as
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necessidades dos vários consumidores. Essa variação e regulação dos níveis de tensão são
obtidas através das subestações, que possibilitam enviar adequadamente esses blocos de
energia de um ponto a outro.
- Algumas subestações, além das funções acima, possuem uma quarta que é a de modificar
os característicos originais da energia eléctrica. Estas subestações são denominadas de
conversoras e destinam-se a modificar a frequência ou a corrente alternada para contínua e
vice-versa. Exemplo, subestação da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) em Songo.
- Tipos de Subestações
Considerando que as subestações podem interligar sistemas eléctricos (duas ou mais fontes),
distribuir energia na tensão de transmissão para outros centros consumidores, ou para
distribuição local em tensões de sub-transmissao e distribuição, podemos considerar os
seguintes tipos de subestações:
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Para que uma subestação possa realizar as funções anteriormente descritas, ela e composta de
transformadores, dispositivos para controlo da tensão, disjuntores e chaves seccionadoras,
alem dos dispositivos de controlo comandos e medição) e protecção (reles, fusíveis, pára-
raios, etc.).
- "Bay-pass": e uma chave seccionadora destinada a oferecer uma alternativa provisória para
o fluxo de energia, enquanto o equipamento principal (disjuntor) esta fora de operação.
Em geral, em uma subestação, os sectores são bem definidos e podem ser identificados como:
Os sectores de tensão mais alta e média, deve localizar-se de forma a permitir a entrada e
saída de novas linhas de transmissão, acessos para os equipamentos pesados. O sector de
tensão mais baixa, deve localizar-se de modo a permitir a fácil saída de alimentadores de
distribuição. Assim, deve estar sempre voltado para uma rua ou estrada que permita instalar
todos os alimentadores possíveis (não mais de oito). Também não deve estar muito distante
dos transformadores de forca (principalmente se houver cabos de energia).
A casa de comando deve estar localizada de tal forma que permita uma boa visibilidade das
instalações externas da subestação. Alem disso, deve ser construída em um plano um pouco
superior ao pátio externo. Suas dimensões devem comportar adequadamente os painéis de
comando, protecção, sala de comunicações, sala de baterias, escritório, cozinha, sanitários a
almoxarifado. Sob os painéis podemos ter o porão, mini porões ou canaletas para permitir a
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3- DIAGRAMAS
O diagrama deve possibilitar absoluta clareza a seus usuários, facilitando a sua interpretação.
Procurar fazer traços bem definidos, usando sempre ângulos rectos nas derivações de
barramentos, linhas de alimentação e actuação.
Os diagramas podem ser unifilares, onde todos os condutores são representados por um único
traço e multifilares onde cada condutor será representado por um traço.
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- BARRAMENTOS
E um dispositivo eléctrico cuja finalidade e receber energia eléctrica de uma ou mais fontes
na mesma tensão, e distribuir para uma ou mais cargas na mesma tensão. E através do
barramento que são feitas as conexões entre as linhas de transmissão ou distribuição. Podem
ser de tubos, barras metálicos ou cabos de alumínio.
- DISJUNTORES
- Tipos de disjuntores:
- Disjuntor com grande volume de óleo
- Disjuntor com volume reduzido de óleo
- Disjuntor a gás
Os dois primeiros diferem em vários aspectos, a começar pelas suas dimensões. O disjuntor a
volume reduzido de óleo possui uma tecnologia mais sofisticada, sendo seu tempo de
abertura dos contactos menor que o de grande volume. Possui ainda a vantagem da facilidade
de manutenção e manuseio podendo ser extraível. Com desvantagem em relação ao de grande
volume, estão as manutenções que devem ser feitas com maior frequência. O disjuntor a gás,
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utiliza o gás SF6 como elemento para eliminar o arco voltaico na chave. Trabalharemos
somente com esses tipos de disjuntores, por serem os mais utilizados, apesar de existir outros
modelos no mercado.
- Disjuntor de transferência
Em geral nas Subestações de grande porte, cujo fornecimento de energia eléctrica não deve
ser interrompido, mesmo em caso de avaria no disjuntor, justifica-se a utilização de
disjuntores de transferência.
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Tendo somente um disjuntor de transferência no barramento, ele deve ser utilizado somente
no período de manutenção de um outro disjuntor do barramento, devendo estar sempre
disponível para o uso.
Supondo-se que o disjuntor 52-01 esteja ligado, para desligá-lo para uma eventual
manutenção, a sequência de operações utilizando-se o disjuntor de transferência 52-04, seria:
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Para fechar novamente o disjuntor 52-01, a operação deve ser inversa (da 5ª para a 1ª
operação, trocando o abrir por fechar e vice-versa), lembrando que nessa operação de
manobra, a tensão deve sempre passar pelo disjuntor devido ao arco voltaico, sendo que as
chaves seccionadoras devem ser operadas sempre sem tensão e após abertura do disjuntor.
Utilizando-se do mesmo diagrama, abrir o disjuntor 52-03, mantendo em operação essa saída
da subestação, utilizando-se do disjuntor de transferência 52-04. Após feita essa operação,
voltar a religar o disjuntor 52-03.
Abrir o 52 - 03:
Fechar o 52 - 03:
Disjuntor Extraível: São utilizados em tensão até 69 kV, e são facilmente removíveis do
circuito. No símbolo as setas indicam que o equipamento pode ser retirado do circuito, pois
não possuem ligações permanentes. Para esse caso não há necessidade de chaves
seccionadoras para isolar o disjuntor. Em caso de manutenção basta remove-lo do circuito.
- RELIGADOR AUTOMATICO
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Como o religador possui um relé de religamento (geralmente ajustado para três religamentos
de 3 segundos), num curto-circuito rápido, por exemplo, ocasionado por um galho de árvore
que venha a cair sobre os cabos de um alimentador num dia de chuva com vento, e sair de
cima dos cabos nesse período de ajuste dos três religamentos, evita que o alimentador seja
desligado e a equipe de manutenção seja chamada, privando com isso que os consumidores
fiquem sem energia eléctrica por um período de tempo maior.
- TRANSFORMADORES
- Tipos de Transformadores:
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Importante: Esse equipamento e indispensável a protecção das redes 13,8 kV que são ligadas
em triangulo, pois se o cabo da rede cair ao chão, o mesmo iria permanecer energizado e uma
falta a terra não seria detectada colocando em riscos a vida humana.
- CHAVES DE OPERACAO
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- Chave fusível: e uma chave seca acoplada a um elemento fusível. Serve tanto para
protecção quanto para manobra, sendo usada principalmente na tensão de distribuição 13,8
kV.
- Chave de aterramento: e uma chave seca que serve para ligar uma linha de transmissão a
terra todas as vezes que ela for desligada para manutenção, fazendo com que haja protecção
contra a tensão que aparece nas linhas desenergizadas, devido a electrização por fricção
causada pelo vento e devido ao efeito capacitivo da linha. Também dentro da área de
segurança e de uso obrigatório todas as vezes que a rede for desligada para manutenção e o
pessoal estiver trabalhando nas torres, evitando com isso que a mesma seja ligada causando
um serio acidente. Normalmente esta intertravada com a chave seca situada no barramento.
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-PARÁ-RAIO
Exercício 1:
Desenhar o diagrama unifilar de uma subestação que recebe uma tensão de 230 kV e que
deverá conter no seu barramento os seguintes equipamentos: 3 pára-raios, chave de
aterramento rápido, disjuntor com seccionadoras e Bay-passe, sendo que o disjuntor esta
ligado ao barramento principal e o Bay-passvai ligado ao barramento de transferência, ambos
de 230 kV. Do barramento principal saem um circuito com disjuntor, seccionadoras e Bay-
passe, 3 pára-raios, transformador de forca de três enrolamentos ligado em
estrela/estrela/triangulo, tensão superior - 230 kV, tensão média - 69 kV e tensão inferior -
13,8 kV. Após o transformador tem 3 pára-raios, disjuntor e seccionadoras e os barramentos
principal e de transferência de 69kV. Logo após os barramentos tem o disjuntor e as
seccionadoras e o Bay-passe na saída 3 pára-raios. Nos barramentos de 230 kV e 69 kV estão
instalados os disjuntores de transferências, que vão interligar o barramento principal com o de
transferência. Ligado no terciário do transformador temos um reactor trifásico de aterramento.
5 - ARRANJOS DE BARRAMENTOS
Como vimos nas funções da subestação, para que aquelas sejam completas em uma SE, se faz
necessário estudar a disposição eléctrica relativa das barras, entre si, e em relação aos
dispositivos de manobra dos circuitos. Esta forma de realizar a conexão eléctrica entre os
vários circuitos e representada pelo Arranjo de Barramento.
Para seleccionar o arranjo mais adequado a cada SE e conveniente levar em conta alguns
- Flexibilidade de operação
- Segurança do sistema eléctrico
- Simplicidade do sistema de protecção
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- Facilidade de manutenção
- Possibilidade de limitação do nível de curto-circuito
- Possibilidade de fácil expansão
E obvio que associado aos critérios acima, devemos ter sempre em mente o aspecto custo da
instalação. Todavia, o custo (economia) não deve interferir no aspecto técnico a ponto de
prejudicar o desempenho da instalação.
Este custo não e apenas o custo de implantação da SE, mas deve-se considerar o custo de uma
interrupção no fornecimento de energia, as despesas com manutenção e os custos devido a
impossibilidade de operação do sistema em condições económicas óptimas.
Este sistema de arranjo apresenta uma boa confiabilidade, permite manobrar qualquer um dos
disjuntores (LT ou transformador), sem que haja necessidade de interromper o fornecimento.
Embora mais caro, o arranjo com barra de transferência ou auxiliar ou "by-pass" e uma
solução intermediaria que satisfaz as necessidades operacionais da maioria das SE`s. Vamos
analisar a figura abaixo para se ter uma boa compreensão do sistema.
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- BARRAS DUPLAS
De um modo geral, este tipo de arranjo e utilizado onde há necessidade de varias conexões de
fontes ou linhas. Esta flexibilidade e exigida nas SE`s importantes onde os valores de
corrente são elevados.
Embora a manutenção de uma barra não cause grandes transtornos, a manutenção das
seccionadoras e bastante difícil, exigindo em alguns casos o desligamento do circuito. Uma
variação deste sistema, e também mais cara, e a utilização de uma barra auxiliar, mostrada a
seguir.
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- BARRAMENTO EM ANEL
E fácil observar que. Este arranjo obriga que todos os equipamentos inseridos no anel, sejam
dimensionados para a máxima corrente prevista na instalação. Este aspecto, limita o número
de circuitos a serem conectados no anel. Um bom numero e de seis a oito conexões. Sob o
ponto de vista de manutenção, o sistema permite faze-la sem interrupção, já que haverá
sempre uma segunda alternativa para o fluxo de energia, para cada uma das conexões. Porem
uma falta em um trecho do barramento, terá o efeito semelhante ao de uma barra simples,
muito embora esta falta, na maioria dos casos, possa ser isolada. Para ampliações, o sistema
em anel não e muito flexível, razão pela qua1 e1e deve ser adoptado para SE`s onde o
numero de conexões e definido e as ampliações previsíveis. O anel e solução bastante
utilizada para SE`s tipo distribuição, onde uma LT e seccionada para sua energizacao. O
sistema de protecção e relativamente simples quando restrito as LT`s e/ou conexões,
tornando-se mais complexo quando se deseja proteger o barramento.
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Este sistema combina as caracteristicas vantajosas dos arranjos em anel e de barra dupla. O
nome deve-se ao fato de que para cada duas conexoes a barra, necessitamos de 3 disjuntores
ou seja,para cada conexao um disjuntor e meio. A figura a seguir mostra esse tipo de arranjo.
Um disjuntor e meio:
Com este arranjo, e possível seleccionar a barra adequada, alem de dispor de um disjuntor
reserva para cada par de conexão. Como o arranjo necessita de um grande número de
disjuntores, seccionadoras e de outros equipamentos, todos dimensionados para suportar pelo
menos a carga total de dois circuitos, o seu custo e elevado e a instalação e complexa.
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6 - SISTEMAS DE MEDICAO
- TRANSFORMADOR DE CORRENTE – TC
Os transformadores para instrumentos são usados para medição de grandezas básicas, como:
Tensão, corrente, frequência, factor de potência, potência activa e reactiva, etc. Estas medidas
são feitas através da redução dos valores primários das correntes e tensões, uma vez que
medidas directas em circuitos de alta tensão ou alta corrente implicariam em:
Quanto a ligação, os TC`s são sempre monofásicos e dispõem, em geral, de dois terminais
primários ligados ao circuito cuja corrente desejamos utilizar. O TC e instalado em serie com
a linha, ligando-se cada um dos seus terminais primários a uma das extremidades da trecho
seccionado.
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Ao contrário dos transformadores comuns, o TC, por ser ligado em serie com a linha, não
sofre efeitos prejudiciais ao serem curto-circuitos seus terminais secundários. A corrente
secundaria, dependendo apenas da corrente primaria e da relação de transformação, não será
influenciada por essa ligação, que equivale a aplicação de uma carga de impedância nula no
Secundário. Por outro lado, a abertura do circuito secundário (que equivale a uma carga de
impedância infinita) acarreta graves consequências. No havendo amperes-espiras secundários
para compensar os amperes-espiras primários, toda a corrente primaria age como corrente de
magnetização do núcleo. Nessas condições a densidade de fluxo no núcleo pode atingir
valores que excedem o nível de saturação. Surge então, entre os terminais secundários uma
tensão de valor elevado, que pode danificar o transformador e por em perigo o operador. Por
essa razão os transformadores de corrente nunca devem ser ligados com o secundário aberto.
O secundário e previsto para uma corrente normalizada de 5 amperes, quando no primário
circular a corrente nominal do transformador. Essa relação, em geral, e um numero inteiro
que pode ser especificado em valores concretos, por exemplo, 600/5A.
- Transformador de corrente tipo barra - E aquele cujo enrolamento primário e constituído por
uma barra fixada através do núcleo do transformador, cuja simbologia e demonstrada no
quadro anterior
- Transformadores de corrente tipo bucha - Possuem características físicas especiais, pois são
construídos para serem instalados imersos dentro de disjuntores ou transformadores, usando o
condutor que vem da bucha primária desse equipamento como seu primário, e a bobina do
seu secundário fica em torno desse condutor utilizando-se do seu campo magnéticas demais
finalidades são idênticas ao TC instalado na linha. Observe a simbologia no quadro abaixo:
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- TRANSFORMADOR DE POTENCIAL – TP
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São chaves destinadas a medição de tensão e corrente nas 3 fases do circuito utilizando-se de
somente um medidor de tensão e um de corrente.
- INSTRUMENTOS DE MEDICAO
Tipos:
a - Gráficos
b - Indicadores
c – Totalizadores
Indicativos:
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Exercício 2:
Desenhar o diagrama de uma subestação, que devera possuir seguintes equipamentos: 3 pára-
raios, chaves seccionadoras, disjuntor com 3 TC's instalado nas suas buchas cuja relação e de
200-5A. Os TC's da entrada do disjuntor alimentam um wattímetro, um varímetro e um
amperímetro de 0-200A e sua chave comutadora amperimétrica. Logo após o disjuntor, estão
ligados dois TP's, ligação em V protegidos por chaves fusíveis de 6 A, ligados a uma chave
Comutadora voltimetrica e esta a um voltímetro de 0-40 KV. Após o TP temos um
transformador 5 MVA, cujas tensões são 34,5 kV / 13,8 kV, ligação estrela/triangulo. A
conexão do secundário do transformador ao barramento de 13,8 KV e feita através de um
disjuntor extraível. Do barramento, saem dois circuitos alimentadores, contendo cada um,
medição de corrente com TC's de 100-5A, ligação ARON. Os TC' s alimentam, por meio de
uma chave comutadora amperimétrica um amperímetro de 0-100 A. Os alimentadores
deverão conter religadores automáticos com chaves seccionadoras e Bay-pass três pára-raios.
No barramento estão conectados dois TP's com ligação em V no primário e V aterrado no
secundário, protegido por chaves fusíveis de 6A. Ligado aos TP's
por meio de uma chave comutadora voltimetrica, esta um voltímetro de 0-18 kV.
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7 - SISTEMAS DE PROTECAO
Como o nome específica, a sua finalidade e a protecção dos circuitos através de diversos
dispositivos chamados Reles. O relé e um dispositivo destinado a protecção, sinalização e
comando de circuitos, podendo ser electromecânico ou electrónico. Basicamente todo relé
mecânico possui:
- Órgão Motor: e aquele que impulsiona os demais mecanismos do relé podendo este ser
mecânico, pressão de nível, indução magnética, temperatura, etc.
- Órgão Antagónico: e o elemento que se opõe ao movimento do relé e faz com que, uma vez
terminado a actuação de órgão motor, volte a sua posição normal. Estes órgãos podem ser
molas, pesos, etc.
Os reles electrónicos evidentemente não possuem órgão antagónico e voltam a sua posição
normal por um dispositivo de reset. Os reles são representados traves de numerus e a
numeração usada e padronizada pela ASA e adoptada no Brasil, e que estão representados a
seguir:
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Para representar as ligações de reles dentro do esquema unifilar usaremos duas linhas, que
representaram a alimentação e a actuação do reles. A linha de alimentação traz ao relé a
informação do circuito, e a linha de actuação indica onde o relé vai actuar depois de receber a
informação.
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A seguir daremos algumas aplicações dentro do diagrama unifilar dos relés mais usados em
subestações:
1 - Aplicação dos relés de distância (121 de 1ª zona e 221 de 2ª zona), direccional de sobre
corrente (67), bloqueio de fechamento de barramento (86B), relé de tempo de parada ou de
abertura (62X de secundário ou 62B de barramento), de controlo selectivo ou de transferência
(83T) e abertura do disjuntor (94).
2 - Aplicação dos reles temporizados de corrente de CA (51 para fase e 51N para neutro),
detector de corrente (95.
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3 - Aplicação dos reles de recepção por onda portadora (85) e de bloqueio de abertura (68).
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Exercício 3:
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8 - SISTEMA DE COMUNICACAO
Hoje a comunicação entre as centrais e subestações se da por meio do cabo OPGW, que e um
cabo de alumínio que tem dentro de si os pares de fibra óptica. Esse cabo esta situado em
cima das torres, substituindo o cabo guarda ou cabo pára-raios. Algumas subestações mais
antigas utilizam-se do sistema de ondas portadoras de rádio frequência (RF), o "carrier". Este
sistema utiliza-se do próprio condutor da linha de transmissão, sendo indispensável linha
própria.
Esta corrente de "RF" e injectada na LT não se misturando com a corrente da AT, por terem
tensões e frequências diferentes. A tensão e a frequência do carrier dependem de uma serie de
factores, mas em geral são inferiores a 10V e da ordem de 100 kHz. Para separar a corrente
de "RF" da corrente de baixa frequência (50-60 Hz) da AT, lança-se das propriedades dos
capacitores e das bobinas (sistema ressonante), que e calculado para bloquear a corrente de
alta frequência. Uma bobina de baixa indutância não oferecera reactância considerável a uma
corrente de 50-60 Hz, já em corrente de alta frequência (100kHz) a reactância torna-se tão
elevada que impede a passagem da corrente, veja a fórmula: XL = 2πfl. Para os capacitores, a
propriedade e ao contrario pois:
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Exercício 4:
Desenhar uma parte de um diagrama unifilar completo de uma SE, que deverá conter os
seguintes equipamentos: Três pára-raios, conjunto de comunicação carrier, chave de
aterramento intertravada com a seccionadoradora do disjuntor, seccionadoras, disjuntor (52-
01) e “Bay-pass”, ligados nos barramentos principais (BP) e de transferência (BT) de 230 kV.
Interligando ambos os barramentos (BP e BT) temos um disjuntor de transferência (52-02). O
disjuntor da entrada (52-01) e o disjuntor de transferência (52-02) dos barramentos BP e BT,
possuem nas buchas de entrada e saída, dois TCs de bucha cuja relação de transformação de
todos e 1200-5A.Antes da ligação do “Bay-pass” no barramento principal temos TPs de três
enrolamentos de 230000V - 115V para sincronismo/medição e protecção.
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Saindo desses barramentos tem-se um circuito com seccionadoras, disjuntor (52-06), Bay-
passe, dois TCs de bucha do 52-06, sendo um na entrada e o outro na saída cuja relação de
transformação e 300-600-5A, TP de três enrolamentos de 138000V/115V para
sincronismo/medição e protecção, conjunto de comunicação carrier e três pára-raios. No
barramento principal de 138 kV, tem-se TPs de três enrolamentos de 138000V/115V para
sincronismo/medição e protecção.
Nas buchas de saída desse disjuntor, o primeiro TC alimenta reles de distância de 1ª zona
(21/1a zona) e 2a zona (21/2a zona), relé direccional de sobre corrente de CA de neutro (67N)
e relé detector de corrente (95). O relé 21/1a zona actua nos reles de abertura do disjuntor (94)
e relé de tempo do terciário (62Y). O relé 94 actua no disjuntor 52-01. O relé 62Y actua no
relé de tempo (62B) no barramento de 230 kV e este vai ao relé de bloqueio do barramento
(86B) que desliga todos os disjuntores de 230 kV. O relé 21/2a zona actua no 21X e este usa
a linha de actuação que vem do relé 21/1a zona que vai aos reles 94 e 62Y. O relé 67N
também usa essa mesma linha de actuação para os reles 94 e 62Y.
O segundo TC desse disjuntor alimenta os reles de distância (21P), relé de distância (21S),
relé direccional de sobrecorrente de CA (67NT) e relé de bloqueio de abertura (68) por faltas
externas em uma linha de transmissão. Os relés 21P, 21S e 67NT vão actuar num relé de
recepção por onda portadora, e esse vai actuar num relé de tempo do secundário (62X) e no
disjuntor 52-01, através da linha de actuação que sai do relé 94. O relé 62X usa a mesma
linha de actuação que sai do relé 62Y e que actua no relé de tempo (62B) no barramento de
230 kV e depois no de bloqueio 86B.
O segundo TC da entrada do disjuntor 52-03 não possui ligação, portanto a sua saída do seu
secundário e curto-circuitada. O mesmo deve ser feito com o primeiro TC da saída desse
disjuntor, pois não possui ligação. O segundo TC de saída desse disjuntor alimenta os reles:
de sobrecorrente de fase temporizado (51), de sobrecorrente de fase instantâneo e
temporizado de neutro (50/51N) e detector de corrente (95). Desse TC também saem
alimentação para os seguintes medidores: amperímetro, wattímetro, varimetro e cosefimetro.
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O relé de bloqueio desse barramento, desliga todos os disjuntores de 138 kV, inclusive o
disjuntor de transferência (52-05). O segundo TC da saída do disjuntor, alimenta os seguintes
instrumentos de medição: cosefimetro, chave comutadora amperimétrica, amperímetro,
wattímetro e varimetro.
9 - "LAY-OUT" DE SUBESTACOES
- ESCOLHA DE TERRENOS
Definido o tipo de SE, o diagrama unifilar (arranjo) e seus principais objectivos, o passo
seguinte e a escolha do local mais adequado para sua construção. Para esta escolha e
importante observar os seguintes pontos:
- Dimensão e tipos de terrenos: o tamanho do terreno deve permitir a construção da SE, não
só para sua fase inicial, mas também prever, as ampliações futuras.
- Características do solo - as características do solo devem ser:
- Alto se possível
- Seco e firme
- Possibilite o escoamento das 'aguas pluviais
- O mais plano possível
- Não possuir rochas que dificultem a terraplenagem
- Acessos para a SE - Os acessos para as SEs devem possuir características que permitam o
transporte de grandes e pesados equipamentos em carretas. Os principais pontos a serem
observados nos acessos são:
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A comparação do custo de uma SE com o de outra e praticamente impossível, uma vez que,
alem dos equipamentos, os custos de aquisição do terreno, mão-de-obra de montagem,
transporte dos transformadores e equipamentos e parte de construção civil são variáveis.
Assim, uma comparação valida e aquela na qual se compara apenas os equipamentos de alta
tensão em função dos tipos de arranjos adoptados, as estruturas e obras civis necessárias e
excluindo os transformadores.
Para que se tenha ideia dos custos dos módulos de uma SE, damos abaixo, um quadro com os
valores em US$ 1000.
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Planeamento de Redes eléctricas
Em geral, em uma SE, os sectores são bem definidos e podem ser identificados conforme
abaixo:
Os sectores da tensão mais alta e media devem localizar-se de forma a permitir a entrada e
saida de novas LT`s, acessos para os equipamentos pesados.
O sector de tensao mais baixa, deve localizar-se de modo a permitir a facil saida de
alimentadores. Assim, deve estar sempre voltado para uma rua ou estrada que permita instalar
todos os alimentadores possiveis (nao mais que oito). Tambem nao deve estar muito distante
dos transformadores de forca ( principalmente se houver cabos de energia).
A casa de comando deve estar localizada de tal forma que permita uma boa visibilidade das
instalacoes externas da SE. Alem disto, deve ser construida em um plano um pouco superior
ao do patio externo. Suas dimensoes devem comportar adequadamente a sala de comando
propriamente dita (com os paineis de comando, protecao, servicos auxiliares, etc...), sala de
comunicacoes, sala de
baterias (bem arejada, com as baterias e carregadores), escritorio, pequena cantina, sanitarios
e almoxarifado.
Sob os paineis, poderemos ter poroes, miniporoes ou canaletas, para permitir a instalacao e
manutencao da cablagem de controle ( protecao, medicao, sinalizacao, etc...).
- ARRANJO FISICO
Definido o tipo de arranjo do barramento temos que dar uma disposicao fisica nos
equipamentos de forma ordenada, respeitada as suas funcoes e relacoes eletricas. Neste caso,
os aspectos de espacamentos, tanto para a correta operacao dos equipamentos, tanto para a
seguranca do pessoal da operacao e manutencao, e de fundamental importancia. Respeitando
os aspectos mencionados, o melhor arranjo sera aquele que necessite a menor area possivel.
Para que possamos verificar a melhor area para o arranjo, precisamos desenhar a planta de
barramentos, corte e vistas parciais, tendo com isso uma melhor visualizacao da SE.
E uma vista de cima da SE, onde deve aparecer os principais equipamentos, estruturas, etc...
E nesta fase que a padronizacao torna-se interessante, principalmente quanto as dimensões e
espaçamentos.
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Esquema unifilar:
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forma com que os equipamentos sao conectados entre si. Tambem alguns detalhes
importantes merecem um desenho especifico esclarecedor.
A planta e o corte com as vistas parciais apresentam uma nocao de espacamento entre os
equipamentos, para que se possa determinar o tamanho da area a ser utilizada. Os
equipamentos indicados servem para dar uma ideia de grandeza. A distancia entre fases e
neste caso 4 m por ser uma subestacao de 230 kV, conforme tabela
Supondo um arranjo em anel, veja como fica a representacao da planta e da vista lateral de
uma subestacao de 138 kV:
Esquema unifilar:
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Esquema unifilar:
Planta de Barramentos:
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Corte A-A´:
Exercício completo:
Confeccionar o diagrama unifilar completo de uma subestacao que atende Serra Negra que
devera conter os seguintes equipamentos operacionais e de controle e medicao.
1- Diagrama Operacional:
- 2a. entrada e igual a 1a. e no BP ( barramento principal) de 230 kV instalar uma chave
seccionadora que vai separar a la. entrada da 2a. entrada em duas partes ( parte A e parte B ).
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- O 1°. circuito alimentador desse BP e igual ao 1°. circuito da parte A, tambem ligado ao BP
de 69 kV ( parte B ). No BP de 69 kV encontra-se uma chave seccionadora para separar parte
A da parte B.
As 2 entradas possuem as mesmas ligacoes nas protecoes que sao: Os TC's de 600-5 A ligam
os reles (21P e 21S), rele direcional de sobrecorrente de neutro (67NT), rele de recepcao por
onda portadora ou por fio piloto (85) e a um rele de bloqueio de abertura (68). O rele 21P e
67NT estao ligados ao rele 85 atraves da linha de atuacao que vem do RCVR do carrier e o
rele 21 S e rele 85
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vao atuar no XMTR do carrier e do rele 67NT vai uma ligacao para polarizacao. O rele 85 vai
com uma linha de atuacao no disjuntor de 230 kV e no 62X e 62B e apos ao rele 86B do BP
230 kV. Nos TC's de 1200-5 A estao ligados os reles 121,221, 67N e rele detector de corrente
(95). Do rele 221 sai uma linha de atuacao ate ao rele 21X e apos aos reles 62Y que vai ao
62B e 86B e ao de
abertura (94) que ira atuar no disjuntor de 230 kV da entrada e no disjuntor de transferencia
do BP de 230 kV . O rele 121 vai atuar no rele 94 e no rele 62Y. O rele 67N vai atuar no rele
de abertura (94) e no rele de tempo de parada ou de abertura (62Y).
Os transformadores dos dois circuitos possuem protecao atraves dos seguintes reles: chave de
nivel (71C e 71T), chave de pressao (63S, 63C e 63T), rele de imagem termica (49H, 49X e
49Y) e rele dispositivo termico de equipamento (26), o rele de imagem termica possui uma
chave de bloqueio para atuacao do rele (49S). Todos esses reles vao para o rele de bloqueio
(86TA ou 86TB)
e ao alarme. O TC's de 300-5 A estao ligados a um Amperimetro, Wattimetro e Varimetro.
Os TC's de 600-5 A vao ligados aos reles de sobrecorrente de fase temporizado (51) e de
sobrecorrente de neutro temporizado (51N) e ao rele detector de corrente (95). O rele 51 e
51N vao atuar no rele de abertura (94) e ao rele de tempo de parada ou de abertura (62X). O
rele 94 atua no disjuntor de entrada desse circuito e no disjuntor de transferencia do BP de
230 kV e o rele 62X vai atuar no 62B do barramento de 230 kV . Nos TP's com 3
enrolamentos do BP de 230 kV estao ligados na saida da medicao/sincronismo um voltimetro
analogico e um registrador com chave comutadora (CV).
Os TC's de 400-5 A estao com o seu secundario fechado. Os TC's de 1600-5 A estao ligados
aos instrumentos de medicao que sao um Amperimetro, um voltimetro e um varimetro.
Nas saidas do H0 e X0 dos 2 transformadores estao ligados 3 TC's de bucha, sendo 600-5 A
no H0 e 2000-5 A no X0, e nesses TC's indicar que eles vao atuar no rele 67N. Na saida do
terciario dos transformadores, colocar 3 para-raios.
Nos TC's de 600-5 A estao ligados os reles 121, 221, 67N e 95. O rele 121 vai atuar no rele
62X e no rele 94. O rele 221 vai atuar no rele 21X e dele nos reles 62X e 94. O rele 67N vai
atuar nos reles 62X e 94, alem de tambem ir para a polarizacao. O rele 94 vai atuar no
disjuntor de 69 kV da entrada do alimentador e no disjuntor de transferencia. do barramento.
Os disjuntores da entrada dos alimentadores que saem do BP de 69 kV possuem a atuacao de
um rele de religamento e o bloqueio automatico.
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Planeamento de Redes eléctricas
Os transformadores de 50 MVA possuem protecao atraves de reles 71T, 71C, 63S, 63C, 63T,
26, 49H, 49X e 49Y que possuem chave de bloqueio 49S. Esses reles atuam no alarme e no
rele de bloqueio ( 86Tl do transformador T1 e 86T2 do transformador T2 ). O rele de
bloqueio (86Tl) atua tambem no rele 86T2 e vise e versa. Esse reles, cada qual atua no seu
disjuntor de entrada de 69 kV.
Todos os alimentadores que saem do BP de 13,8 kV , possuem ligados nos seus TC's de 50-
100-200-400-5 A, um amperimetro, um wattimetro e um varimetro.
Na parte B do BP de 13,8 kV, os seus TP's estao ligados a um voltimetro com chave
comutadora. No secundario do reator trifasico de aterramento encontra-se ligado um TC de
bucha de 1000-5 A ligado a um rele 51 que atua num rele de bloqueio (86T2).
10 - DISTANCIAS DE SEGURANCA
Alem das distancias ( espacamento ) que serao vistas a seguir e necessario levar em
consideracao as condicoes de operacao e manutencao dos equipamentos. Assim sendo e
fundamental analisar cada um dos equipamentos e as atividades previstas para serem
executadas nas suas imediacoes e partes energizadas. Entende-se como distancia de
seguranca a minima distancia a ser mantida, no ar, entre a parte energizada do equipamento
ou condutor e o solo ou qualquer outra parte do equipamento ou condutor no qual possa ser
necessario realizar algum trabalho. Assim sendo, a distancia de seguranca e a soma dos
seguintes valores:
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- Valor Basico (Zona Base) : ou distancia basica, depende da tensao de ruptura do isolamento
definido para a SE, que e a tensao que determina ima zona de guarda em torno das partes
energizadas. db = zona de guarda
- DIMENSOES CONSERVATIVAS
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Planeamento de Redes eléctricas
11 - ATERRAMENTO EM SUBESTAÇÕES
A principal preocupação e a protecção do ser humano, razão pela qual vamos analisar alguns
aspectos relacionados ao corpo humano, em presença de correntes eléctricas. Dados
estatísticos determinaram que o corpo humano fica vulnerável a correntes para a faixa de
frequência menor do que 60 Hz e maior do que 25 Hz. Por outro lado, frequências altas de
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500 Hz ou superiores, não apresentam grandes perigos ao ser humano. Assim, a frequência da
ordem de 60 Hz e a que em geral, traz como consequência a fibrilação ventricular (batimento
cardiáco desordenado, de difícil recuperação). O maior perigo para o ser humano é a
intensidade de corrente que circula pelo seu corpo, e esta, depende da resistência eléctrica da
pele e interna do individuo, bem como do valor da tensão aplicada nos pontos de contacto.
Inúmeros valores de resistência eléctrica do corpo humano foram medidos, variando de 500
Ohms até 10000 Ohms. Os valores médios aceites são 2300 Ohms entre as mãos e 1100
Ohms entre mãos e pés.
Todavia, para os calculos, estabeleceu-se como valor razoável em 50 e 60 Hz, 1000 Ohms
(mãos, pés e entre pés).
Também foi estabelecido que o limiar da percepção de uma corrente eléctrica (formigueiro)
surge quando a intensidade é de 1 mA, sendo que acima deste valor, poderá representar
algum perigo. Foi constatado que uma corrente de 100 mA, com duração de 3 segundos,
percorrendo um corpo humano, pode provocar fibrilaçao. Pelas experiencias feitas em
animais, determinou a seguinte expressão para os seres humanos [Francis Dalziel]:
Esta é a corrente mínima capaz de produzir a fibrilação cardíaca em 0,5 % dos casos
observados, válida para 0,03s < t <3s.
O Dalziel determinou também que, o tempo limite para a duração da corrente, deve ficar
entre 0,03 a 3 segundos. A definição deste tempo, esta relacionado com o sistema de
eliminação das faltas na SE, dependendo das características dos relés e dispositivos de
interrupção dos circuitos.
Para se ter um bom aterramento dos equipamentos de uma SE e manter as várias tensões que
surgem durante uma falta, dentro de limites toleráveis, toma-se necessário construir um
sistema de aterramento dentro da SE, denominado de " Malha de terra ".
Dois aspectos principais devem ser considerados em estudos de aterramento de SE, a saber:
- O Comportamento do Sistema: quando da ocorrência de uma corrente de falta para a terra
na SE, a corrente, inicialmente injectada na malha de aterramento, se divide por todo este
sistema interligado, cabendo então a cada um dos seus componentes, a função de dissipar
uma fracção da corrente de falta para o solo.
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A área a ser abrangida pela malha da SE deve ser, em princípio, a mais ampla possível,
considerando-se as restrições existentes (topografia e localização do terreno, instalações
vizinhas, etc.) Nesta etapa, deve ser elaborada uma estratégia prévia de aterramennto da SE
como um todo, com a avaliação do inter-relacionamento da malha com outras estruturas, tais
como edificações,
Torres, cercas, portões, etc...
O ideal seria elimina-los, porem, não sendo possível, procura-se manter estas diferenças de
potencial dentro de valores abaixo dos admissíveis, afim de não oferecer qualquer risco as
pessoas que trabalham ou circulam dentro das SE's e imediações. Além do aspecto de
segurança, cabe também ao projectista não esquecer os aspectos de custos da malha, que
adoptando critérios muito conservadores, poderá honerar demasiadamente esta parte da SE,
desnecessariamente.
- RESISTIVIDADE DO SOLO
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Para medirmos a resistividade do solo no caso das malhas de terra, convêm tomarmos
algumas precauções, já que o valor de ρ(resistividade) e de importância fundamental:
Efectuar as medições em duas direcções segundo um eixo X e outro Y (referencias da SE).
Deverão ser medidos no mínimo seis pontos, com quatro pontos na periferia e dois na região
central.
As medições devem ser efectuadas quando o terreno estiver bem seco (pior caso).
Preferencialmente efectuar as medições no terreno após feita a terraplanagem.
Tomar cuidados em utilizar aparelhos de medida que possuam filtros que nao permitam
interferências nas medições, devido a correntes externas.
Procurar efectuar o máximo números de medições para ter-se um valor médio, o mais
próximo possível da realidade.
Nos pontos onde serão instalados equipamentos cujos aterramentos são fundamentais para o
seu desempenho (transformador). Pára-raios, reactores, etc.), deve-se tomar o máximo
cuidado com as medições.
O solo e um elemento totalmente heterogéneo, de modo que seu valor de resistividade varia
de uma direcção a outra, conforme o material de que e composto, segundo a profundidade de
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suas camadas e idade de sua formação geológica. O solo varia a sua resistividade com a
humidade, salinidade e temperatura.
- No caso de áreas para construção de SE`s com dimensão ate 100 X 100, deverão ser
efectuadas pelo menos medidas em 6 pontos, com prospecção de resistividade ate 64 metros.
- Caso os valores de resistividade encontrados para uma mesma separação entre eléctrodos,
variem mais que 50 % com relação ao valor médio aritmético, devem ser feitas medições em
maiores números de pontos (isto e indicio de variações de tipo de solo, inclinação das
camadas, altura diferente do lençol freático, presença de pedra, etc.
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Planeamento de Redes eléctricas
Feitas todas medidas de resistência, calcula-se os respectivos valores para ρ relativo a cada
ponto, segundo eixos "x" e "y" com a fórmula:
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O método considera que praticamente 50% da distribuição de corrente que passa entre hastes
externas ocorre a uma profundidade igual ao espaçamento entre hastes.
A corrente atinge uma profundidade maior, com uma correspondente área de dispersão
grande, tendo em consequência, um efeito que pode ser desconsiderado. Portanto, para efeito
de Método de Wenner, considera-se que o valor da resistência eléctrica lida no aparelho e
relativa a uma profundidade "a" do solo. Devem ser feitas diversas leituras, para vários
espaçamentos, como as hastes sempre alinhadas.
Para uma determinada direcção devem ser usadas os espaçamentos recomendados na tabela
abaixo:
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Planeamento de Redes eléctricas
Durante a ocorrência de uma falta, principalmente curto fase terra, o fluxo da corrente que
penetra no solo, provoca gradientes de potencial em volta do ponto de penetração, que podem
assumir valores elevados. Estes gradientes na superfície do solo, podem trazer perigo as
pessoas que trabalham na SE ou que transitam nas suas imediações. Embora seja impossível
eliminar estas tensões, e possível dimensionar uma malha para mantê-las dentro de valores
aceitáveis.
A Tensão Máxima de Passo e a diferença de potencial que pode surgir entre os pés de uma
pessoa que toca o solo simultaneamente (considerando que o passo possui 1 metro), durante a
ocorrência de uma corrente de falta. Nessas condições, teremos uma circulação de corrente
pelo corpo do indivíduo, que devera ficar a níveis toleráveis.
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Planeamento de Redes eléctricas
Para 70 kg
Para 50 kg
O tempo para eliminação da corrente de falta pelos dispositivos de protecção, foi considerado
como sendo de 0,5 segundos, que será adoptado, doravante, para todos os nossos cálculos.
Esta tensão e a diferença de potencial que pode surgir entre um ponto não energizado
(intencionalmente) de material condutor e aterrado (estruturas, equipamentos, etc.), ao
alcance das mãos de uma pessoa em pé, em um ponto do solo distante de 1 (um) metro da
estrutura de referência, devido as correntes de falta que pode circularem através do corpo.
Também nestas condições, a corrente que circula pelo corpo humano, devera ficar dentro de
valores toleráveis. Para calcular a Tensão de Contacto ou Toque (Ec) considera-se que os pés
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Planeamento de Redes eléctricas
Esta tensão, que e um caso particular da tensão de toque, e a diferença de potencial que pode
surgir durante a ocorrência de uma falta, entre um ponto remoto, ligado a malha e o ponto
onde há injecção da Icc (pode ser um eléctrodo ou a própria malha). Assim, podemos melhor
definir a tensão de transferência como sendo a elevação total de potencial da malha (p/ SE's),
a que uma pessoa poderá ficar sujeita, estando em um ponto remoto e toque um elemento
metálico conectado a malha de aterramento no momento que a corrente de falta esta sendo
dispersada por esta malha. A pessoa poderá tocar um condutor aterrado em um ponto remoto,
estando ela no interior da malha conforme a figura abaixo:
Como já vimos, e a tensão a que fica submetido um individuo, quando toca dois pontos
simultaneamente, espaçados de um metro, dentro da malha de terra.
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Planeamento de Redes eléctricas
malhas já implantadas indicam que o valor de Ki fica entre 1,5 e 2,5, sendo que normalmente
em malhas com mais de 10 condutores paralelos, pode-se adoptar o valor de Ki = 2.
A primeira medida a ser tomada, e a determinação do pior caso de curto-circuito fase e terra,
ou seja, a maior corrente que poderá fluir para a terra. E fácil compreender que no caso de um
curto, a corrente que atinge a malha, subdivide-se em pelo menos dois sentidos. Admite-se
que 65 % desta corrente tenha um sentido e 35 % outro.
Nesta condição, podemos adoptar para o calculo da secção do condutor de aterramento (na
malha) o valor dado por: Ia = 0,65. Icc [A] (Ia = corrente aparente e Icc = corrente de curto
circuito ou corrente de falta)
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Planeamento de Redes eléctricas
Na malha, a pior hipótese e a de que toda a corrente Ia circulara apenas em um ramo dos
condutores da malha, sabendo-se que na realidade ela será distribuída entre todos os
condutores.
A secção do condutor pode ser obtida (inclusive para os cabos de descida dos equipamentos):
com:
A = secção do condutor em circular mil (CM)
Ia = parcela da corrente de curto-circuito que flui para a malha (A)
σ = densidade de corrente no condutor.
Para obtermos a secção do condutor em circular mil (CM), temos que determinar o valor de σ.
Geralmente o cálculo da bitola dos condutores destina-se apenas como uma verificação, pois
por questões de padronização, não se adopta bitolas muito diferentes p/ cada SE. A bitola
mínima, normalmente aceita e 2/0 A WG.
Como orientação, damos algumas bitolas de cabos utilizadas em malhas de terra de SE's:
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Para tal, faz-se uma hipótese de configuração da rede, e como valor prático, costuma-se
iniciar com espaçamentos da ordem de 10 % dos comprimentos dos lados (para SE's de
dimensões de ate 60m).
Assim sendo, na figura abaixo, o numero de condutores principais, será dado por:
Nx = Ny = 11 condutores
Deve ser verificado o comprimento mínimo para as duas direcções de malha, e em ambos os
casos, o comprimento real deve ser superior ao calculado pela expressão:
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Caso não se verifique alguma destas condições, devemos recomeçar o projecto, adoptando
outros valores de espaçamento ou profundidade ou bitola do cabo, etc.; ate verificar-se as
condições acima.
Estas correntes devem ser inferiores as correntes perigosas para o ser humano, e suficientes
para sensibilizar os reles de terra. Para tal, e necessário que:
Rc = resistência do corpo humano [Ω]. Obs: para efeito de cálculo, adopta-se Rc = 1000 Ω,
considerando a situação do corpo humano submetido a um potencial.
Lt = comprimento total dos condutores da malha [m]
ρa = resistividade media ou aparente [Ω.m]
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- CORRENTE DE CHOQUE ( Ik )
E a máxima corrente que pode circular pelo corpo humano sem causar fibrilação. É dada por:
Em geral, a área a ser coberta pela malha de terra, e conhecida previamente, mesmo que com
valor aproximado, pois normalmente já se tem disponível o “lay-out” da SE. É possível,
portanto, estimar o comprimento dos cabos a serem enterrados para a malha, sabendo-se o
limite desejado para o valor da resistência de terra e a resistividade do solo. O procedimento
normalmente adoptado e o de determinar um raio de um circulo cuja área seja equivalente a
área de cobertura da malha.
Assim temos:
S= área total coberta pela malha na SE (m2)
r = raio de um circulo de área equivalente (m)
A Resistência da Malha pode ser determinada por:
Sendo:
Rm = resistência da malha (Ω) Deve ser inferior a 2 Ω.
ρa = resistividade media ou aparente considerada para o solo da SE (Ω.m)
Lt = e o comprimento total dos cabos da malha (m)
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Planeamento de Redes eléctricas
E a diferença entre dois pontos no solo separados de 1 metro, na periferia da malha. É dado
por:
E a diferença de potencial a que será submetida uma pessoa que estando dentro da rede, no
centro de uma sub-malha, tocar com as mãos em uma estrutura aterrada a malha.
É dada por:
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Onde:
ρa = resistividade da primeira camada do solo ( Ω.m ) Para cerca sobre o perímetro da rede (x
= 0): Kc e obtido praticamente da fig. 83 e tabela XVII.
Para cerca fora do perímetro da rede (x = 1), não interligada a malha: Kc e obtido
praticamente pela diferença: Kc(x) - Kc(x - l) obtidos das fig. 83 a 85.
Deve-se ter Ec ≤ Et
As vezes, não se verifica a condição acima, sendo necessário a locação da cerca fora do
perímetro da rede ou lançamento de esteiras de aterramento superficiais (até 20 cm de
profundidade) ao longo da cerca, com 1 m de largura no mínimo e interligada a cerca.
Exercício resolvido:
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Planeamento de Redes eléctricas
Obs: Os desvios obtidos encontram-se dentro dos limites aceitáveis (50 %), portanto todos os
valores serão considerados. Caso sejam encontrados alguns valores discrepantes de
resistividade, deverão ser projectados sistemas de aterramentos especiais para esses pontos,
ou conforme a percentagem desses valores no total do levantamento, poderão ser desprezados
e adoptado o valor médio, visando a estabelecer um único padrão para o local.
A primeira medida a ser tomada, e a determinação do pior caso de curto-circuito fase e terra,
ou seja, a maior corrente que poderá fluir para a terra. E fácil compreender que no caso de um
curto, a corrente que atinge a malha, subdivide-se em pelo menos dois sentidos. Admite-se
que 65 % desta corrente tenha um sentido e 35 % outro.
Nesta condição:
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Planeamento de Redes eléctricas
Neste caso, adoptaremos porem, um condutor de bitola maior que a mínima determinada,
porem no projecto, dependera das bitolas padronizadas pela concessionaria local desde que
maior que a bitola mínima. Num cálculo de malha de terra de subestação, adoptar sempre a
bitola máxima.
O cálculo visa determinar um espaçamento máximo entre condutores, que nos forneça
potenciais de toque, passo, etc., dentro dos valores admissíveis. O processo e interactivo,
visando uma solução económica e necessita de um valor inicial de espaçamento. Para tal, faz-
se uma hipótese de configuração de rede, e como valor prático, costuma-se iniciar com
espaçamentos da ordem de 10 % dos comprimentos dos lados para subestações de dimensões
de ate 60 metros.
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Assim sendo, na área da SE acima, o numero de condutores principais, será dado por:
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Planeamento de Redes eléctricas
Exercício proposto:
1- Calcular as tensões de passo "Ep" e contacto "Ec", bem como a resistência da malha de
terra, dar parecer se a malha está bem dimensionada ou não, sabendo-se:
a) Condutor da malha: 250 kCM; d = 0,014 m;
b) Espaçamento médio dos cabos: D = 3,83 m (usar o mesmo valor para os dois sentidos)
c) Profundidade da malha: h = 0,60 m
d) Condutores paralelos do eixo XX’: Nx = 12
e) Condutores paralelos ao eixo TI’: Ny = 13
f) Resistividade média do solo: pm = 122 Q.m
g) Área coberta pela malha: S = 7952 mz
h) Comprimento total previsto p/ a malha: L = 2600 fi
i) Tensão nominal do sistema = 69 kV
j) Corrente de curto monofásica: Icc = 10 kA (considerar Ia = Icc)
k) Cobertura da SE: brita ps = 3000 Q.m
CURVAS PADRÃO
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Papel bilogarítmico semi-transparente com módulos de escala iguais aos das curvas padrão
ou auxiliar.
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1. Dados de entrada:
- Resistência medida
- Dados complementares
2. Determinar a Resistividade media do solo:
- Área da SE
- Desvios em relação aos valores médios
3. Construir o gráfico ρ x a e fazer a estratificação do solo em duas camadas.
4. Determinar a resistividade aparente do solo.
5. Dimensionamento da secção dos condutores da malha de terra:
- Secção mínima do condutor
- Secção máxima do condutor
6. Determinação do número de condutores:
- No de condutores principais
- No de condutores da junção
- Cálculo do comprimento dos condutores da malha
- Resistência estimada da malha
7. Determinação do coeficiente da malha (km):
- Determinação do coeficiente de correcção de irregularidades
- Cálculo do comprimento mínimo de condutores necessários
8. Determinação dos valores máximos permissíveis:
- Potencial de passo admissível e o calculado
- Potencial de contacto admissível e o calculado
- Potencial de passo na periferia
- Potencial da malha
- Corrente de choque
9. Verificação da corrente de pick-up.
10. Verificação da corrente de choque que passa pelo corpo humano devido ao potencial de
passo na periferia.
11. Verificação da corrente de choque que passa pelo corpo humano devido ao potencial da
malha.
12. Verificação da tensão de toque na cerca.
13. Cálculo da resistência da malha.
14. Conclusão final.
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Planeamento de Redes eléctricas
11 - DIMENSIONAMENTO DE BATERIAS
- INTRODUÇÃO
- CAPACIDADE DO SISTEMA
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Planeamento de Redes eléctricas
instalada: central telefónica, rádio, lâmpadas etc), número de bancos de baterias, capacidade
do banco (dado em Ampere hora/10 horas), condição da capacidade da bateria (se a mesma
está em condições de fornecer 100% de sua capacidade).
Algumas localidades possuem uma variação muito grande de corrente, e se deve considerar a
corrente de HMM (Horário de Maior Movimento), para se determinar a autonomia do sistema.
- CAPACIDADE DA BATERIA
Considera-se uma bateria ideal a que possui 100% de sua capacidade nominal. Com o passar
dos anos, devido ao número cargas, descargas e cargas incompletas, ocorre perda da
capacidade total do banco, considerando que quando a bateria chega a 80% da sua capacidade,
chega-se o fim da vida útil da bateria.
Para se determinar a capacidade da bateria, deve-se aplicar um teste, para se analisar a curva
característica de descarga. Este teste se constitui em desconectar a bateria e efectuar uma
descarga, com o auxílio de uma carga externa, ate a tensão de 1,75V/elemento. Para isso e
essencial a curva característica da bateria, que pode ser encontrada no manual do fabricante.
A descarga deve ser realizada com o auxílio de uma carga externa resistiva.
Pode-se utilizar diversos tipos de descargas, de acordo com cada bateria, por exemplo, uma
bateria que apresenta a tabela abaixo:
CAPACIDADE EM Ah -
BATERIA Descarga de 1,75V/elem.ref.25°C
QUALQUER
10h 8h 5h 3h 1h
150Ah/10h 150A 144A 129A 106A 72A
Interpretando a tabela:
Para uma descarga de 10h, necessita-se consumir 150A, ou 15A por hora;
Para uma descarga de 5h, necessita-se consumir 129A, ou 25,8A por hora;
Para uma descarga de 1h, necessita-se consumir 72A em uma hora.
Para se calcular a capacidade, deve-se medir a tensão em um determinado tempo, por
exemplo, no teste de 10h, pode-se medir a tensão em cada hora e então comparar com a curva
característica do manual, que apresenta o valor de tensão para cada tipo de descarga em cada
hora. Assim e possível calcular a sua capacidade, dividindo-se a tensão real, pela tensão da
curva.
A autonomia e o tempo durante o qual pode-se usar a bateria de serviço antes de carrega-la,
ou o tempo decorrendo entre duas operações de carga. Depende, evidentemente do tipo(s)
da(s) fontes(s), da sua potencia e da capacidade da bateria. A escolha da(s) fonte(s) depende
da potencia requerida, sendo que cada tipo de fonte possui limites específicos.
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Planeamento de Redes eléctricas
O sistema varia de um fabricante para outro, onde existem diferenças importantes que
modificam os cálculos de dimensionamento das baterias, como por exemplo, a quantidade de
elementos interligados em serie e que determinam a tensão do barramento CC do
equipamento.
Os principais dados para o cálculo e dimensionamento do banco de baterias são:
• Potencia Aparente de Saída do Sistema de Potencia Ininterrupto (VA)
• Factor de Potencia de Saída do Sistema (fp)
• Rendimento do Inversor (Rinv)
• Numero de elementos interligados em serie (n)
Será usado como método para o dimensionamento do banco de baterias, o cálculo da corrente
de descarga da bateria (Ib), conforme a fórmula abaixo:
onde:
(Pap) Potencia Aparente de Saída (VA)
(n inv) Rendimento do Inversor
(fp) Factor de Potencia de Saída
(n) Número de elementos
(Tf) Tensão final de descarga (Vcc) (vide tópico para a determinação deste parâmetro)
Este método e interessante para os casos onde a corrente de descarga e constante; o que não e
a situação dos Sistemas Ininterruptos de Energia, onde a medida que a tensão da bateria
diminui, a corrente aumenta. Desta forma, e recomendado utilizar o valor de tensão final de
descarga no calculo, onde a corrente será a maior possível e o banco de baterias terá uma
pequena reserva adicional de autonomia.
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Planeamento de Redes eléctricas
Como num UPS, a descarga da bateria ocorre com potencia constante, o método mais
recomendado para optimizar o dimensionamento do banco, e dado por.
onde:
(Pap) Potencia Aparente de Saída (VA)
(n inv) Rendimento do Inversor
(fp) Fator de Potencia de Saída
(n) Numero de elementos
O limite de descarga da bateria é monitorado pelo seu nível de tensão, para preserva-la, e com
isso, procurar obter o máximo de sua vida útil.
O limite de descarga da bateria, também denominado de tensão final de descarga, para uma
mesma bateria pode ser alterado em função de tempo de descarga implementado, ou seja,
quanto menor for o tempo de autonomia do UPS, mais profunda pode ser a descarga.
Vemos por exemplo, uma mesma bateria que para uma autonomia de 15 minutos, pode ser
descarregada ate o limite de 1,65Vcc por elemento, deve ser limitada a 1,8Vcc por elemento
quando o tempo de descarga e superior a 5 horas.
Os parâmetros acima devem ser obtidos directamente do fabricante das baterias, mas em
geral, as baterias para autonomias ate 30 minutos podem ser limitadas a 1,65Vcc por
elemento.
- DADOS DE CRITICIDADE
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Planeamento de Redes eléctricas
deve ter autonomia suficiente para manter o consumidor em funcionamento por um tempo
mínimo para o seu desligamento programado.
Neste caso, o banco de baterias e simples o suficiente para garantir ao Sistema uma
confiabilidade na qualidade de energia, com autonomia mínima.
Cada uma tem características específicas que determinam a sua melhor aplicação.
Actualmente, a tendência Mundial, pelas suas características técnicas e mecânicas, e a
utilização de baterias reguladas a válvula (VRLA), que simplificam muito as instalações e
manutenções, reduzindo custos e atendendo plenamente as necessidades do UPS.
10 anos - High Performance - Em termos gerais, esse grupo de baterias tem um desempenho
de expectativa de vida comparável a do grupo de mais de 10 anos - High Integrity.
Contudo, as exigências para desempenho e segurança, em alguns casos, não são tão severos.
5 a 8 anos - General Purpose. O desempenho desse produto e o mesmo do grupo de 10 anos –
High
Performance. Em alguns casos, os critérios para exigências de segurança não são tão
rigorosos. 3 a 5 anos - Standard Comercial - Esse grupo de baterias e geralmente indicado
para aplicações de baixa criticidade e uso geral, onde as exigências de segurança e
confiabilidade não são determinantes.
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Planeamento de Redes eléctricas
- DADOS DE CRITICIDADE
Aplicação em um Sistema de Potencia Ininterrupto para uma sala cirúrgica (UTI), onde
requer 100% de disponibilidade de qualidade e continuidade de energia, portanto e uma
aplicação de criticidade Alta. Desta forma, e indicado a utilização de uma bateria de Alta
Integridade, para uma autonomia de 5 horas, com 1 nível de redundância.
Após determinar a potência activa por elemento e a autonomia e tipo de bateria necessária,
pode-se dimensionar a capacidade da bateria cruzando estas informações com as
especificações dos fabricantes das baterias, conforme segue:
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Planeamento de Redes eléctricas
Para a coluna de 5 horas, observamos que a bateria de 2Vcc 600Ah tem condições de
fornecer 226 W/elemento, ate uma tensão final de descarga de 1,75Vcc. Como, pelos cálculos,
necessitamos de apenas 179,2 W/elemento, este modelo atende com muita segurança.
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Planeamento de Redes eléctricas
Observamos, que o UPS devera ser configurado para uma tensão final de descarga de
1,75Vcc por elemento, mesmo tendo condições de funcionar em valores menores, pois pelas
recomendações do fabricante da bateria, este e o valor mínimo que o elemento pode atingir,
para estas condições de uso, sem prejudicar sua vida útil.
Vemos pela tabela de descarga, que para autonomias menores, a profundidade de descarga
pode ser maior, variando de um modelo de bateria para outra.
Considerando-se baterias de 150 Ah e um factor de carga de 60% (este factor indica que a
bateria só será descarregada em ate 60% do valor nominal), pode-se determinar o número de
baterias através da equação (3.12).
Já que a amplitude da tensão de saída do inversor de excitação do gerador pode ser ajustada
pelo circuito de controlo, estas baterias foram associadas em serie de forma a obter-se uma
tensão cc de 84 Volts.
12 - DIMENSIONAMENTO DO RETIFICADOR
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