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Capítulo 1 - Introdução

Capítulo 1
INTRODUÇÃO

1.CONCEITOS BÁSICOS

O objetivo principal de um sistema elétrico de potência é transferir toda energia elétrica


gerada por fontes primárias de energia (hidráulica, térmica, nuclear, etc) para os seus
consumidores, garantindo qualidade e confiabilidade.
Para atingir este objetivo, o sistema elétrico de potência é dividido em partes
qualitativamente distintas que se interagem formando o sistema elétrico como um todo: Geração,
Transmissão, Seccionamento e Distribuição/Alimentação.
Sem sombra de dúvidas, uma das “partes” mais importante de um sistema elétrico de
potência é a subestação.
É possível, portanto definir a SUBESTAÇÃO como um conjunto de equipamentos
usados para controlar, modificar, comandar, distribuir e direcionar o fluxo de energia
elétrica em um sistema elétrico.
Segundo a IEC, a SUBESTAÇÃO é a parte do Sistema de Potência, concentrada em
um determinado ponto, incluindo os terminais de linha de transmissão, distribuição, os
módulos de manobra, encapsulamentos, podendo inclusive incluir os transformadores.

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Capítulo 1- Subestações

2. CLASSIFICAÇÃO DAS SUBESTAÇÕES:

Existem várias formas de classificar as subestações:

2.1. QUANTO À FUNÇÃO DA SUBESTAÇÃO:

Elas têm uma ou mais das seguintes funções:

ƒ Manobra, permitindo manobrar os fluxos de potência do sistema elétrico de


potência, conectando e desconectando os equipamentos elétricos. Segundo a
IEC, denomina-se subestação de manobra, aquela que inclui chaves de
manobra e seleção, e normalmente duas barras, mas nenhum transformador de
Força.

ƒ Transformação, permitindo elevar ou baixar a tensão quando for mais


conveniente para a operação do sistema elétrico. Segundo a IEC, uma
subestação de transformação, é aquela que contém transformadores de Força
que interconectam duas ou mais redes de diferentes nível de Tensão. Ainda
segundo, a IEC ela pode ser ELEVADORA, OU ABAIXADORA.

ƒ Seccionamento é uma subestação que permite limitar os comprimentos dos


trechos de linhas de transmissão e cabos, controlando a operação e os reativos
do sistema elétrico de potência.

ƒ Distribuição, permitindo a subdivisão do fluxo de potência para atender a


diversos alimentadores. É possível pela IEC, classificar uma subestação em de
distribuição, quando está em um Sistema de Distribuição.
.

ƒ De Conversão, é, segundo a IEC, uma subestação que tem a função principal


de converter corrente alternada em corrente contínua ou vice-versa.

ƒ De conversão de freqüência segundo a IEC, é uma subestação na qual um


sistema a.c. atual está a uma determinada freqüência e é convertido em outro
sistema a.c. com outra freqüência.

Uma subestação pode ser associada a uma central geradora, controlando diretamente o
fluxo de potência num sistema ou com transformadores de força, convertendo a tensão de
fornecimento a um nível mais alto, mais baixo ou, ainda, conectar um número de rotas de
fornecimento em um mesmo nível de tensão. Algumas vezes a subestação preenche duas ou
mais dessas funções.

2.2.QUANTO AO SISTEMA DA SE.

Ainda a norma IEC permite que as subestações possam ser quanto à natureza do
sistema do qual a SE faz parte:

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Capítulo 1- Subestações

ƒ Transmissão são aquelas que estão inseridas no sistema de transmissão. Com


a criação da Rede Básica, as subestações da rede básica são subestações de
distribuição. Também podem ser denominadas subestações de transmissão,
aquelas que tem tensão igual ou superior a 230 kV, mesmo que não seja da
rede básica.

ƒ Distribuição são aquelas que estão inseridas em um sistema de distribuição.

ƒ Consumidor são aquelas responsáveis por interligar um consumidor com um


sistema elétrico de potência.

Ë possível ainda serem encontradas as subestações de subtransmissão ou de


geradores.

2.3.QUANTO AO NÍVEL DE TENSÃO DA SE.

Neste caso, a classificação ocorre pelo maior nível de tensão encontrado na


SUBESTAÇÃO:

ƒ Baixa tensão: até 1 KV;

ƒ Média tensão: entre 1 KV e 66 KV;

ƒ Alta tensão: entre 69 KV e 230 KV;

ƒ Exta Alta tensão entre 231 KV e 800 KV;

ƒ Ultra Alta tensão acima de 800 KV.

As tensões empregadas no Brasil para transmissão, subtransmissão e distribuição são


13.8KV, 34.5 KV, 69 KV, 88 KV, 138 KV, 230 KV, 345 KV, 440KV, 500 KV e 765 KV. Na região
Nordeste, as tensões empregadas para distribuição secundária são 380V entre fases e 220V
entre fase e neutro e para distribuição primária, 13,8 KV.

2.4.QUANTO À INSTALAÇÃO:

ƒ Ao tempo: sujeita às intempéries.


ƒ Abrigadas: não sujeita às intempéries.

Figuras 07 e 08 - Fotos de uma subestação ao tempo (dir.) e abrigada em sala (esq.)

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Capítulo 1- Subestações

2.5.QUANTO AO TIPO DE ISOLAMENTO:

• AÉREAS – São subestações onde o meio isolante que separa as linhas com
diferentes níveis de potencial elétrico é o ar. Como exemplo temos a figura 08 de uma
subestação ao tempo. É a subestação de menor custo, porém necessita normalmente de
bastante espaço. Também denominadas de A.I.S. (Air Insulated Substation).

• BLINDADAS - Devido às suas características particulares de encapsulamento e às


suas dimensões reduzidas, são especialmente indicadas para instalações em regiões com
elevado custo do terreno, ou onde a questão "espaço" é determinante. Também possuem
grande aplicação para instalações em regiões com condições ambientais severas (salinidade,
poluição, alto índice de interferência eletromagnética, etc.) ou onde o fator "urbanização" é
determinante. Todos os envoltórios são de alumínio, significando elevada resistência à corrosão,
peso reduzido e economia no investimento com fundações. O elevado padrão de desempenho e
qualidade dos componentes garante a longa vida útil da GIS, praticamente livre de manutenção.
São denominadas de G.I.S. (Gas Insulated Substation).

Figuras 09 - Fotos de uma subestação blindada

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• Híbridas – São as subestações que têm o ar e também o gás como meio isolante em
pontos distintos, a fim de reduzir a área ocupada. Constituem a tecnologia mais moderna para
compactar as subestações de energia elétrica. São denominadas de H.I.S.( Hibrid Insulated
Substation).

ƒ Comparação GIS x HIS

Nas figuras a seguir mostramos um comparativo entre as duas tecnologias,


vemos que a principal vantagem está na economia de espaço, redução do impacto
visual e tempo de instalação.

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3.INFRA-ESTRUTURA DE UMA SUBESTAÇÃO

Toda subestação é composta por diversos setores, que juntos, são responsáveis por sua
operação.
Em uma planta situacional, podemos verificar a existência de diversas obras civis, desde
a construção dos seus acessos internos e externos (pavimentação), até mesmo suas instalações
elétricas e setores de administração da operação e controle.
A área de uma subestação sempre é isolada do ambiente externo, através de muros,
grades ou telas. Ainda, esta deverá possuir ótima drenagem e preferencialmente ser plana.
Internamente é dividida em pátios (com diferentes níveis de tensão) onde poderemos
encontrar os Bay’s dos equipamentos. Tais pátios são compostos por um solo em cascalho
(brita) a fim de que se obtenha uma maior resistência de contato.

Figura 01 – Planta situacional de uma subestação de 230 kV

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Figura 02 – Foto de uma subestação exemplificando o pátio, os bay’s dos equipamentos e a sala de comando e
operação.

Figura 03 – Vista de um pátio de uma subestação de 69 kV

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4.FUNÇÕES DE UMA SUBESTAÇÃO

Basicamente está associada à classificação das subestações quanto à função no


sistema elétrico de potência, das quais destacamos as mais comuns.:

• Transformação: Modificar as grandezas características do fluxo de energia elétrica,


pela passagem do mesmo em transformadores (abaixadores e elevadores ou de usina).

Figura 04 – Vista de um bay de transformador

• Manobra: Redistribuição do fluxo de energia elétrica pela alteração da configuração do


Sistema;

Figura 05 – Vista de um bay de manobra

• Seccionamento: Limitar o comprimento dos trechos de linha de transmissão, com o


objetivo de aumentar a confiabilidade do Sistema.

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Figura 06 – Vista das chaves seccionadoras do bay de seccionamento

• Distribuição: Subdivisão do fluxo de energia elétrica que chega a um ponto do Sistema,


pôr diversos circuitos de saída, destinados a alimentação de consumidores industriais ou
residenciais. A nomenclatura de distribuição esta associada a níveis de tensão inferiores
a 69 kV.

5. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DE UMA SUBESTAÇÃO.

De um ponto de vista geral, as subestações são divididas em pátios, e estes são


formados pelas barras (a depender do arranjo elétrico, poderemos ter uma, duas, ou mesmo três
barras na subestação e pelos “bays” ou vãos).
Os principais Bays (também chamados de “células”) são:
• Bay de Linha
Parte da Subestação representada pelo local e equipamentos responsáveis pela
conexão de uma Linha de transmissão ao barramento da subestação.
• Bay de Transformação
Parte da Subestação representada pelo local, materiais e equipamentos responsáveis
pela conexão do transformador ao barramento da subestação.
• Bay de Interligação de Barras
Parte da Subestação representada pelo local, materiais e equipamentos responsáveis
pela interligação às barras da subestação.

É comum chamarmos o conjunto dos elementos de um equipamento e os espaços por


eles ocupados, de Bay do referido equipamento. Estes conceitos têm muito haver com a
definição dos custos de uma instalação, utilizando os “Buildings Blocks” ou Blocos Construtivos.
Também é comum chamar o bay de módulo de manobra.
As Barras (ou Barramentos) são os pontos de encontro dos bays de uma subestação.

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6. CONCEPÇÃO, PLANEJAMENTO DE UMA SUBESTAÇÃO E MELHORAMENTO DO


IMPACTO VISUAL DAS SUBESTAÇÕES NO MEIO AMBIENTE.

As subestações geralmente contém dispositivos elétricos, transformadores, linhas de


chegada e saída. Seu tamanho depende do nível de tensão de operação e do número de linhas
de transmissão que chegam e saem da subestação.
Subestações convencionais isoladas a ar (AIS), por exemplo, devem ocupar uma área
de dezenas de hectares, inclui grandes estruturas metálicas de mais de 30 metros, o que
significa um impacto visual negativo na paisagem ao redor.
Medidas para melhorar a estética das subestações já existentes podem ser reunidas
como as seguintes abaixo:

-Métodos Convencionais;
-Métodos Criativos.
Esses métodos visam reduzir o impacto visual da subestação ocultando sua visão para o
público.

Existem outros meios de substituição das subestações AIS por projetos mais compactos,
como as subestações isoladas a gás SF6(GIS) usada em ambientes externos ou internos.
O custo é um fator importante a considerar. A melhoria na estética das subestações
existentes está diretamente influenciada pela economia e necessidades ambientais do local.
Para minimizar esses custos, deverão ser previstos novas implementações estéticas durante a
fase de desenvolvimento da subestação. Novas opções para melhorar o impacto visual são
freqüentemente postas de lado, o que trás prejuízos a visibilidade do ambiente.
Em suma, a melhoria estética das subestações existentes é influenciada pela localização
da subestação, paisagem local, arquitetura existente e necessidades locais via legislação
ambiental pertinente onde está inserida a subestação.

ANÁLISE DO AMBIENTE CIRCUNVIZINHO:

O primeiro passo a ser considerado quando se planeja promover melhorias no impacto


visual de uma subestação e analisar o ambiente ao redor ao qual está inserida a subestação.

Aspectos específicos que devem ser estar inclusos no planejamento:

a)Estilo da arquitetura local com particular ênfase nas cores e tipo de material utilizado
na sua construção;
b)Distância da subestação até o mias próximo centro urbano ou populacional;
c)Determinação do local de onde a subestação é mais visível;
d)Vegetação ou solo ao redor: plantações versus áreas densamente povoadas;

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e)Planejamentos futuros.

As exigências estéticas de uma subestação rodeada por um parque ou reserva natural,


por exemplo, devem estar sujeitas as especificações dos órgãos governamentais. Nesta
situação, o tipo de perímetro escolhido deve ser um importante fator a considerar.
Uma cerca de plantação dever ser uma opção prática para minimizar o impacto visual de
uma subestação de modo que a localização ajude a combinar a subestação com a paisagem
local.

ESTUDO DE PLANEJAMENTO DE UMA SUBESTAÇÃO

Para efeito de planejamento, o Sistema ou Rede Elétrica, pode ser representado por
uma malha ou “árvore”, na qual as linhas de transmissão seriam os ramos e as subestações os
“nós”.
Determinar qual a malha mais econômica é o problema básico do planejamento. Uma
malha que permita a partir dos nós de geração, suprir a demanda requerida pelos nós de carga.

CONCEPÇÃO BÁSICA DO PROJETO DE SUBESTAÇÃO

Conceber uma subestação requer uma integração de três diferentes aspectos:


- Seleção de Tecnologia(T);
- Configuração simples do Diagrama(D);
- Lay-out físico da subestação(L)

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A aplicação comumente aplicada leva em consideração um ou dois aspectos das


diferentes alternativas de projeto da subestação. O caminho para se obter uma correta solução é
considerar os três aspectos juntos. Um dos enganos mais comuns é “copiar e colar” os
diagramas elaborados de soluções AIS em soluções GIS.
O esquema abaixo mostra a dependência dos custos disponíveis e falhos nos projetos
de subestação: Como alcançar elevada confiabilidade em subestação.

• Aproximação convencional
Meta: Alta disponibilidade – Alta redundância – Mais dispositivos – Menor confiabilidade
para uma subestação completa – Alto Custo.

• Aproximação Inovativa
Meta: Alta disponibilidade – Baixa redundância – Menos dispositivos – Maior
confiabilidade para uma subestação completa – Baixo Custo.

A meta é utilizar confiável tecnologia para que seja atingida uma alta confiabilidade com
uma menor quantidade de dispositivos. O uso da tecnologia de dispositivos manobráveis com
componentes GIS atende aos três aspectos citados anteriormente:
- A mais alta segurança, conseqüentemente uma menor redundância é requerida;
- Fácil substituição por arranjos modulares em falhas inesperadas, conseqüentemente
uma menor redundância é requerida;
- Uma direta conexão dos módulos devido ao sistema modular, conseqüentemente sem
barramentos ou qualquer outro componente passivos são requeridos (ver figura abaixo)

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A menor redundância resulta em menores equipamentos aos quais significa menor


investimento, taxa de falha e manutenção de acordo com a tabela abaixo:

AIS GIS convencional GIS modular


Maiores Falhas
Taxa de Falhas 1,00 0,52 0,52
Duração da 36h 90h 6h
indisponibilidade
Menores Falhas
Taxa de Falhas 7,08 3,95 3,95
Tabela comparativa da taxa de falhas e duração de indisponibilidade.
*Fonte: Cigré

Temos acompanhado uma crescente demanda por soluções compactas para aplicações
compactas internas e externas. Isso tem sido percebido que, em acréscimo às necessidades de
menores espaços, muitas soluções compactas oferecem padronização e intercambialidade dos
módulos chaveáveis atendendo às necessidades de flexibilidade e confiabilidade.
Estas soluções são disponibilizadas como módulos pré-fabricados, o que reduz
dramaticamente o tempo de instalação em comparação com subestações isoladas a ar (AIS),
onde componentes individuais tem de ser pesquisados, instalados, comissionados e mantidos.
Uma outra vantagem da pré-fabricação é o reduzido risco de faltas na instalação.
Este tipo de solução é baseada na tecnologia GIS com o encapsulamento de todos os
dispositivos manobráveis. Isto nos dá uma alta confiabilidade quando comparada às soluções
AIS e seus derivados.
As novas soluções desenvolvidas com a ajuda de usuários e fabricantes estão
mostrando as vantagens dos equipamentos GIS em conjunto com a flexibilidade e
manutenibilidade das instalações AIS, enquanto estiver oferecendo custos competitivos.
Entre as soluções criativas, destaca-se a da REE - REDE ELÉCTRICA DE ESPAÑA
tem definido um número de soluções que são designadas como NSR ou Anéis Segregados. Este
tipo de solução promove uma aplicação uniforme para subestações internas e externas com as
seguintes características de acordo com a tecnologia requerida (TDL):

ƒ (T) – Tecnologia GIS Modular

As vantajosas características da tecnologia GIS são:


-Os componentes GIS são otimizados para usos externos;
-Partes móveis são protegidas contra impactos ambientais;
-Simples encapsulamento das fases (para aplicações em EAT);
-Interconexão dos circuitos de baixa tensão por meio de conectores apropriados.

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(D) – Diagrama: Anel ou Malha


A concepção Anel ou Malha promove as seguintes vantagens comparadas ao Lay-out
simples AIS:
- Operações dos dispositivos são menores ou iguais quando comparadas com o arranjo
‘disjuntor e meio’;
-Simplicidade devido a não-necessidade de barramento;
-Disponibilidade/Confiabilidade é maior ou igual quando comparada com o arranjo
‘disjuntor e meio’.

– Lay-out físico
O arranjo físico tipo Anel Segregado é aplicável para orientações horizontal e vertical
dos anéis malhados. Abaixo temos alguns dos possíveis lay-outs de Anéis Segregados com
segregação das fases:

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Capítulo 1- Subestações

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

1. Subestaciones de Alta y Extra Alta tencíon – Carlos Ramírez.

2. Transitórios eletromagnéticos e Coordenação de Isolamento, Furnas, 1987

3. Estudo comparativo entre subestações blindadas isoladas a gás SF6


e subestações convencionais.
XVI SNPTEE/2001 – Grupo de Estudos de Subestações e Equipamentos Elétricos.
Autores: Ricardo Silva Jacobsen; Nelson Shingo Nakano; José Mauro B. Fernandes;
Gilson Máximo de Sá Leitão.

4. Rede Eléctrica de España.


www.ree.es

5.Improving The Visual Impact of Existing Substations on Enviroment


Artigo Cigré B3-201 session 2004.

6. Mixed technology HV Switchgear and Substations: Optimized Service Strategies


Artigo Cigré B3-204 session 2004

7.The Gas Insulated Switchgear Rated for 800kV.


Artigo Cigré B3-216 session 2004

8.Future Technical Perspectives for electric Power Equipment in Substations


Atigo Cigré SC A3 & B3 session 2005

9.Norma IEC-60050-605

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