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Regulação da Transmissão
SUMÁRIO
6. Realização de estudos.............................................................................................I-12
7. O Processo de Comercialização.............................................................................I-13
8. Tarifa e Contratos.....................................................................................................I-14
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1 . Modelo do Setor Elétrico
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A ANEEL foi criada pela Lei 9.427 de 26 de Dezembro de 1996. Tem como atribuições:
regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização da energia
elétrica, atendendo reclamações de agentes e consumidores com equilibrio entre as partes e em
beneficio da sociedade; mediar os conflitos de interesses entre os agentes do setor elétrico e
entre estes e os consumidores; conceder, permitir e autorizar instalações e serviços de energia;
garantir tarifas justas; zelar pela qualidade do serviço; exigir investimentos; estimular a
competição entre os operadores e assegurar a universalização dos serviços.
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A Empresa de Pesquisa Energética - EPE tem por finalidade prestar serviços na área de
estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, tais como
energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados , carvão mineral, fontes energéticas
renováveis e eficiência
Este critérios tem por objetivo apresentar diretrizes para a definição das instalações que
compõem as redes do sistema elétrico interligado (SIN), a serem adotadas pelo ONS no controle
da operação em tempo real, na supervisão da operação, nos estudos de programação e
planejamento da operação e nos estudos para proposição de ampliações e reforços em
instalações da Rede Básica.
Agentes Envolvidos
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Com o objetivo de permitir que o ONS cumpra suas atribuições conferidas pela Lei 9.648
de 27 de maio de 1998 e atenda ao estabelecido no MPO (Módulo 10 dos Procedimentos de
Rede), foram conceituadas as seguintes Redes:
(a) Rede Básica - Rede definida de acordo com os critérios estabelecidos pela ANEEL.
(b) Rede Complementar - Conjunto de instalações não integrantes da Rede Básica,
porém com influência significativa na operação daquela rede. A composição da Rede
Complementar será periodicamente atualizada, em função da evolução do sistema elétrico.
(c) Rede de Operação - União da Rede Básica, Rede Complementar e Usinas
submetidas ao despacho centralizado.
(d) Rede de Supervisão - Rede de operação e outras instalações cuja monitoração via
sistema de supervisão é necessária para a tomada de decisões em tempo real, pelo ONS,
relativas à Rede de Operação.
(e) Rede de Simulação - Rede composta pelas instalações integrantes da Rede de
Supervisão, acrescida de outras instalações que devam ser individualizadas na modelagem do
sistema para estudos do ONS, porque sua representação por modelos equivalentes levaria a
imprecisões significativas de resultados ou porque a operação dessas instalações deva ser
coordenada com a de instalações da Rede de Operação.
Considerações Básicas
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Rede Complementar
(a) valor absoluto da variação de tensão nos barramentos da Rede Básica superior a 2%
(se esta variação estiver compreendida na faixa de 1,5% a 3%, a inclusão da instalação na Rede
Complementar será avaliada pelo ONS e o Agente proprietário da mesma);
(b) valor absoluto da variação de potência ativa nos circuitos da Rede Básica superior a
15 MW ou 5% da capacidade nominal do circuito (se esta variação estiver compreendida na faixa
de 10 a 20 MW ou 4% a 06%, a inclusão da instalação na Rede Complementar será avaliada
pelo ONS e o Agente proprietário da mesma).
Rede de Supervisão
(1) Aos Centros do ONS, tanto ao Centro Nacional de Operação do Sistema – CNOS,
quanto aos Centros de 2o nível (COSR/COS):
(i) O processamento das funções avançadas de tempo real;
(ii) A realização de estudos elétricos que podem abranger todo o Sistema Elétrico
Brasileiro ou partes dele;
Permitir aos sistemas de supervisão e controle dos Centros do ONS suprir os dados
necessários à modelagem do sistema para a realização dos diferentes estudos de planejamento,
programação e análise da operação. Manter a observabilidade e controlabilidade do sistema em
caso de eventuais perdas de medidas.
Rede de Simulação
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Considerações Básicas
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6. Realização de estudos
avaliar o impacto da instalação sobre o sistema, feita por meio de estudos pré-
operacionais;
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Para a liberação de uma instalação para operação integrada ao SIN, o ONS, dentro de
suas responsabilidades legais, verifica se a integração dessa instalação atende às condições
contratuais e aos requisitos estabelecidos – incluindo observabilidade e controlabilidade –, além
de verificar se os testes de comissionamento foram realizados sem restrições.
7. O Processo de Comercialização
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8. Tarifa e Contratos
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energia dos sistemas interligados, não negociados através de contratos bilaterais –, que será
administrado pela Administradora dos Serviços do Mercado Atacadista de Energia Elétrica
(ASMAE).
O preço da energia no mercado spot é calculado com base na demanda residual – a demanda
prevista menos a oferta das centrais inflexíveis – e na disponibilidade do parque hidrotérmico
formado pelas centrais hidrelétricas e pelas térmicas flexíveis. Esse preço será calculado em
dois momentos: antes e após a operação efetiva. O preço ex-ante é somente uma expectativa
que desempenha o papel de sinalizador para que os agentes do mercado possam melhor definir
suas decisões de oferta e demanda. O preço ex-post é usado para calcular os fluxos financeiros
entre os agentes em função da produção ou consumo de energia não contratada.
Devido ao modo de operação centralizada, inerente do sistema hidrotérmico brasileiro, o "preço
spot" apresenta uma alta correlação com a hidrologia afluente, refletindo esta característica
estocástica dos preços do mercado de curto prazo. Períodos com grandes afluências (período
úmido) levam os "preços spot" a valores muito baixos devido a não necessidade de geração com
usinas térmicas flexíveis, que operam em modo de complementação térmica. Entretanto, em
períodos com baixa hidrologia (período seco), o "preço spot" é elevado. Logo, os riscos
financeiros para transações no mercado de curto prazo são elevados, devido a esta dependência
da hidrologia atual e futura e do "mix" de oferta de energia – distribuído em usinas térmicas e
hidrelétricas.
Para se proteger dos riscos econômicos da volatilidade dos preços e lograr estabilidade nos
fluxos financeiros, geradores e comercializadores podem assinar contratos bilaterais de caráter
exclusivamente financeiro – os contratos não acarretam em garantia física de suprimento elétrico
– que estabelecem quantidades e preços. Apesar de não existir um modelo padrão para esses
contratos, no mercado internacional os contratos por diferença – contra o preço de mercado spot
são predominantes.
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condução dos estudos permitiu manter a continuidade histórica do processo participativo das
empresas, necessário para conferir a qualidade, eficiência e eficácia necessárias aos resultados
obtidos.
Assim, na conclusão desse processo de planejamento energético, que culminou com a
Consulta Pública sobre o PDEE, aberta no período de 14 de março a 28 de abril de 2006,
destaca-se o alto nível das contribuições recebidas no processo de Consulta Pública, sendo que,
algumas delas por exigirem um maior grau de detalhamento, serão avaliadas durante a
realização dos trabalhos do próximo ciclo de planejamento.
No processo de expansão do parque gerador e das instalações de transmissão no novo
Modelo Institucional do Setor Elétrico, os agentes privados e públicos decidem o montante de
energia elétrica a contratar e os investimentos a realizar a partir da participação em leilões de
usinas geradoras e sistemas de transmissão.
De fato, são os agentes de distribuição que decidem e se comprometem a pagar, por
meio de contratos, resultantes de leilões, montantes de energia elétrica provenientes de novas
instalações de geração de energia elétrica a serem entregues a partir do terceiro ou quinto ano
futuro. Estes leilões estão estabelecidos na legislação nacional (Lei 10.848, de 15 de março de
2004), onde são denominados de leilões de A-3 e A-5. Com a informação das distribuidoras, os
geradores podem então decidir que novos empreendimentos de geração desejam construir,
apresentando, nos leilões, propostas de preços de venda de sua energia elétrica, competindo
por contratos de compra de energia das concessionárias distribuidoras. Adicionalmente, os
geradores podem ainda contratar direta e livremente com consumidores livres.
Uma vez definidas as novas usinas geradoras e conhecido o crescimento das cargas, é
estabelecida a expansão do sistema de transmissão (novas linhas de transmissão e subestações
da rede básica) necessária para o transporte de energia elétrica desde as fontes de produção
até o local de consumo, atendendo a critérios de confiabilidade, continuidade e segurança no
abastecimento.
Assim, os principais papéis na expansão do sistema de energia elétrica pertencem aos
agentes, tanto de geração e transmissão, quanto de distribuição, responsáveis, respectivamente,
pelos investimentos e pela contratação da maior parcela de energia, com antecedência
necessária a implantação dos novos empreendimentos.
Contudo, para expandir o Sistema Interligado Nacional (SIN), por suas características
ímpares, é indispensável a existência de um processo de planejamento que possa orientar
futuras ações governamentais e fornecer uma correta sinalização a todos os agentes do setor
elétrico brasileiro, para induzir uma alocação eficiente dos investimentos, base para a
modicidade tarifária futura.
Enquanto o planejamento da expansão fornece sinais para minimizar os custos totais
futuros da energia elétrica para a sociedade como um todo, o objetivo de cada um dos agentes,
é, principalmente, a maximização de seus resultados. Desta forma, os agentes tomam decisões
de investimentos baseados em suas estratégias e aspirações de taxas de retorno. Além disto,
como efeito da globalização de muitas empresas, suas decisões também estão muitas vezes
subordinadas a estratégias internacionais. Em suma, cada agente privado desenvolve seu plano
de expansão empresarial, com objetivos que podem ser bastante distintos daqueles do
planejamento governamental.
Ao governo cumpre, no entanto, buscar a utilização adequada, racional e otimizada dos
recursos naturais nacionais, em especial o hídrico, como previsto na Constituição Brasileira. Isto
exige um cuidadoso planejamento da expansão do parque gerador de energia elétrica, o qual
deve considerar não apenas as diversas opções de fontes geradoras disponíveis, mas também,
as interligações elétricas existentes e potenciais entre as diferentes bacias hidrográficas sul-
americanas, visando o aproveitamento da diversidade hidrológica existente. O objetivo do
planejamento decenal da expansão do SIN consiste então, em se definir um cenário de
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10. Referências Bibliográficas