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Capítulo 3
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 2
2.ARRANJOS DE CIRCUITOS............................................................................................................ 3
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Capítulo 3 - Arranjos de Barramento de Média Tensão
1. INTRODUÇÃO
Segurança
Confiabilidade
Custo Inicial
O custo inicial não deve ser o único fator determinante no projeto elétrico da planta.
Minimizar o custo inicial à custa da confiabilidade, da flexibilidade e da operação satisfatória pode
provar ser muito caro.
Flexibilidade
Com o tempo as cargas da planta provavelmente aumentarão. Esse fato deve ser levado em
conta no planejamento do sistema e esse aspecto deve ser analisado a fim de escolher a tensão
apropriada, bem como, o espaço para equipamentos adicionais. Deve-se considerar também a
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
agilidade do sistema em acomodar mudanças de carga dentro da planta. O sistema deve ser
flexível.
2.ARRANJOS DE CIRCUITOS
* Uma falha localizada, será perdida somente uma parcela do sistema inteiro?
* A tensão satisfatória será mantida em todo o sistema sob condições de variação de carga?
Se a resposta a todas estas perguntas for sim, então provavelmente o sistema é muito bom.
Após essa etapa, é possível prosseguir com especificações e detalhes para o projeto, deve-
se agora escolher o tipo de arranjo de circuito.
Radial
Primário Seletivo
Primário em Malha
Secundário Seletivo
Secundário em Malha
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
2.1.SISTEMA RADIAL
Quando grandes áreas da planta são envolvidas, diversos alimentadores primários podem
ser usados, cada um serve um grupo de subestações unitárias.
O sistema radial também possue o mais baixo custo de investimento dos sistemas a serem
discutidos. Oferece um baixo custo de manutenção e operação e é completamente flexível ao
melhoramento do sistema porque é fácil estender um alimentador primário, ou adiciona um extra,
para servir as subestações adicionais. A confiabilidade do serviço é elevada porque as taxas de
falhas são muito baixas.
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
Uma falha dentro do circuito da fonte, no transformador, ou na barra principal causará uma
interrupção de serviço a todas as cargas.
Uma falha em um dos circuitos do alimentador ou da filial deve ser isolada pelo dispositivo
de proteção do circuito. Sob esta circunstância, a continuidade do serviço é mantida para todas as
cargas exceto aqueles servidas pelo circuito defeituoso.
Se a falha for em um transformador, o serviço pode ser restaurado a todas as cargas exceto
aquelas servida pelo referido transformador.
Se a falha for no alimentador primário, o serviço não pode ser restaurado até a fonte do
problema ser eliminada.
Como é de se esperar mais falhas nos alimentadores do que nos transformadores, torna-se
lógico fornecer proteção individual no circuito primário, como mostra figura abaixo.
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No sistema primário seletivo, dois alimentadores no primário são trazidos a cada subestação
de modo que um ou outro alimentador possa ser selecionado para fornecer o serviço.
Cada circuito primário do alimentador deve ter a capacidade suficiente para suprir a carga
total do empreendimento.
Um arranjo com as chaves automatizadas pode ser usado para evitar que ocorra essa
interrupção de serviço à metade da carga. Entretanto, o custo adicional da automação pode não se
justificar em muitas aplicações.
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O arranjo do circuito da figura acima fornece meios de reduzir tanto a extensão quanto à
duração da falta de potencia quando ocorre uma falha no alimentador primário.
O sistema secundário seletivo é, de fato, dois sistemas radiais com um laço secundário
normalmente aberto entre eles. O laço pode ser um cabo entre um disjuntor extra em cada
barramento de duas subestações distantes, ou um disjuntor de interligação entre as barras de duas
subestações próximas.
Uma outra alternativa, com maior seletividade, é usar dois alimentadores primários radiais
de modo que o fornecimento para cada subestação seja através de circuitos primários diferentes.
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
Sob circunstâncias normais, o arranjo secundário seletivo, mostrado na figura acima, opera
como dois sistemas radiais separados. Os disjuntores do circuito secundários entre cada subestação
secundária estão normalmente abertos.
A carga de uma subestação com arranjo secundário seletivo deve ser dividida igualmente
entre as duas seções da barra. Se uma falha ocorrer em um alimentador primário ou em um
transformador, o fornecimento a todas as cargas associadas ao alimentador ou ao transformador
defeituoso será interrompido.
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
Figura 9.
Se a malha fosse operada com a seccionadora fechada, o sistema inteiro seria interrompido
em uma condição de falha. Se o laço for equipado com disjuntores durante todo o laço, cada um é
ajustado para seleção automática, nesse caso o laço pode ser operado com todos os disjuntores
fechados. Quando uma falha ocorre nesta configuração, ambos os disjuntores primários principais
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Capítulo 3- Arranjos de Barramento de Média Tensão
Nesse tipo de arranjo, tanto as seccionadoras quanto os disjuntores podem ser usados
como meio de seleção.
O sistema de maior confiança dar-se quando na rede secundária todas as subestações têm
suas barras amarradas em um laço ou em uma rede. A finalidade principal do laço secundário é
fornecer uma fonte alternativa a toda barra de carga, mas existem outras vantagens:
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* Melhor regulação da tensão porque dá forma a um sistema "duro" e a uma queda de tensão
reduzida
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Este arranjo permite que uma fonte de alimentação alimente todas as cargas da baixa
tensão, assim, mesmo que um circuito alimentador primário ou um transformador seja removido o
fornecimento permanece.
No arranjo em malha, como mostrado na figura acima, se houver três circuitos primários de
alimentação e três transformadores, a capacidade combinada de dois dos transformadores deve ser
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suficiente para suprir a carga inteira nas três subestações. Se associarmos a este sistema um
arranjo primário seletivo em cada transformador da subestação. Pode-se conseguir uma redução na
capacidade de reposição do transformador.
3.0.SISTEMAS COMBINADOS
Dependendo das exigências de uma planta, se faz necessária a combinação dos arranjos
discutidos anteriormente. Por exemplo, pode-se usar um arranjo primário em malha com um arranjo
secundário seletivo. Ou dentro de uma determinada planta, dependendo das exigências da produção
e da confiabilidade, pode-se servir uma seção com um sistema radial e a uma outra seção com um
sistema secundário seletivo.
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