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Chave

Magnética
Componentes
Representações em esquemas
Neste capítulo serão estudadas a montagem e instalação de
chave magnética com reversão para comando de motor trifásico de
rotor bobinado com aceleração rotórica.

Componentes

Temporizadores eletrônicos
São modelos de relés de tempo, utilizados no circuito de
comando de chaves magnéticas, não só para manter por um deter-
minado tempo o circuito de força, operado nos diversos estágios
do regime de partida mas para, uma vez vencido o tempo progra-
mado, passar, automaticamente, o circuito de força para o regime
de trabalho.

Os temporizadores eletrônicos são constituídos de uma caixa


que contém, internamente, um circuito eletrônico (circuito de re-
tardo) que atua sobre um pequeno relé magnético. Externamente
possuem um botão seletor, acoplado ao potenciômetro de ajuste do
tempo de retardo.

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O botão seletor pode ser girado sobre uma escala numerada que represen-
ta o tempo em segundos. Quando estes temporizadores forem energizados, o
circuito eletrônico entra em operação e, uma vez vencido o tempo ajustado no
botão seletor, os contatos do relé magnético são operados.
O jogo de contatos é normalmente do tipo comutador
que, simultaneamente, fecha um contato e abre outro (NA
+ NF).

Esses são contatos para baixa intensidade de corrente


(em média 5A). Quando a carga a ser comandada for su-
perior à especificada no temporizador, deve-se inserir um
contator auxiliar no circuito de comando.

Contatores com alimentação em CC


São modelos de contatores projetados para serem
acionados por corrente contínua.

Esses contatores são bastante semelhantes aos conta-


tores com alimentação em corrente alternada.

A principal diferença entre eles está no eletroímã,


pois a bobina e o núcleo magnético são projetados para
trabalhar com corrente contínua.

base

circuito mag-
nético fixo circuito magnético
móvel
suporte dos conta-
bobina tos móveis

contatos fixos

mola de
chamada

câmera de extin-
ção

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magnética
No núcleo magnético não existe o anel curto-circuitado (pólo fantasma),
pois o campo magnético gerado pela corrente contínua é constante. Os con-
tatores alimentados com CC possuem um grande poder de atração e retenção
do núcleo magnético sem apresentar vibrações e zumbidos magnéticos, como
ocorre nos contatores alimentados com CA.
Existem contatores de potên-
cia e contatores auxiliares para
serem utilizados em circuitos de cor-
rente contínua, nas tensões de 24V,
48V, 110V, 127V, 220V, 380V e 440V.
Para a montagem de chaves reverso-
ras, são fornecidos, comercialmente,
contatores inversores lado a lado.

Esse tipo de contator apresenta,


em uma única carcaça, os componen-
tes de dois contatores, possibilitando
a montagem de circuitos em espaços
bastante reduzidos.

Barramentos
São condutores de formato retangular, utilizados em quadros de distribui-
ção e de comando de circuitos de altas intensidades de corrente.

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Nas instalações em quadros metálicos, é recomendado o uso de barra-
mentos em substituição aos condutores convencionais, por apresentarem as
seguintes vantagens:

– facilidade para derivar os circuitos

– elevado fator estético

– exigências de manutenção reduzidas

– alta resistência aos esforços eletromecânicos

– facilidade de dimensionamento para altas intensidades de corrente.

Os barramentos mais utilizados são de cobre eletrolítico, sem isolação,


e devem ser dimensionados de maneira tal que suportem a corrente de curto-
-circuito, sem que haja deformações.

Comercialmente, os barramentos são fornecidos em diversas dimensões,


para possibilitar a montagem de circuitos para as mais variadas intensidades de
corrente. As dimensões padronizadas, bem como o limite de condução, com
temperatura ambiente de 35ºC é visto na tabela a seguir:

DIMENSÕES SECÇÃO CORRENTE


mm mm2 A

12 x 2 24 125
15 x 2 30 155
15 x 3 45 185
20 x 2 40 205
20 x 3 60 245
20 x 5 100 325
25 x 3 75 300
25 x 5 125 395
30 x 3 90 355
30 x 5 150 450
40 x 3 120 460
40 x 5 200 600
40 x 10 400 850
50 x 5 250 720
50 x 10 500 1030
60 x 5 300 850
60 x 10 600 1200
80 x 5 400 1070
80 x 10 800 1560
100 x 5 500 1350
100 x 10 1000 1880
120 x 10 1200 2200
160 x 10 1600 2800
200 x 10 2000 3350

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magnética
Para intensidades de corrente não constantes na tabela, poderão
ser utilizadas, no máximo, três barras em paralelo.

Durante a fase de instalação pode ocorrer a necessidade de


que os barramentos sejam dobrados, torcidos ou ajustados.

protetores

Ao executar estas operações,


deve-se ter o cuidado de colocar
proteção nos mordentes da morça,
evitando, assim, a danificação das
superfícies do barramento.

mordentes

Na maioria das montagens com barramentos, surge a neces-


sidade de que os mesmos mudem de direção. Quando esta mu-
dança for no sentido da sua parte mais larga (largura), é utilizado
o processo de dobras.

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a. Os componentes da chave magnética em estudo serão fixados:
( ) no C.C.M.
( ) num chassi de montagem
( ) no box

b. Para a montagem desta chave magnética, serão utilizados cinco contatores ali-
mentados por:
( ) corrente contínua
( ) corrente alternada
( ) corrente pulsante

c. A ponte retificadora, utilizada nesta montagem, deve fornecer:


( ) 24V CA
( ) 24V CC
( ) 220V CC

d. O resistor para aceleração rotórica deve ficar instalado:


( ) no chassi de montagem
( ) na porta do cofre
( ) próximo do motor ou da chave magnética

e. As botoeiras ficam instaladas:


( ) no chassi de montagem
( ) no C.C.M.
( ) na porta do cofre

Representações em esquemas
Agora, vamos estudar as representações esquemáticas da chave magnética,
através do esquema funcional do circuito de força e do circuito de comando.

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magnética
Esquema funcional do circuito de força da chave
magnética com reversão para comando de motor trifásico
de rotor bobinado com aceleração rotórica

Seqüência operacional do circuito de força


Os contatores c1 e c2 formam a chave reversora. Esses contatores não po-
dem ser operados simultaneamente pois, se isso ocorrer, as fases R e T entrarão
em curto- circuito.

 1º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA


O motor entra em regime de partida através do contator c1 (esquerda) ou
do contator c2 (direita), com um mínimo de velocidade, pois toda a resistência
está inserida no bobinado do rotor.

 2º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA


Vencido um determinado tempo, o contator c3 deve ser operado, redu-
zindo a 2/3 o valor da resistência em série com o rotor, fazendo com que este
aumente sua rotação.

 3º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA


Vencido um determinado tempo, o contator c4 deve ser operado, reduzin-
do de mais 1/3 o valor da resistência em série com o rotor, fazendo com que este
aumente novamente sua rotação.

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 4º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA

Vencido um determinado tempo, o contator c5 deve ser operado, anulando


o restante da resistência em série com o rotor, fazendo com que este atinja a sua
velocidade nominal e entre em regime de trabalho.

Esquema funcional do circuito de comando da chave


magnética com reversão para comando de motor trifásico
de rotor bobinado, com aceleração rotórica.

Seqüência operacional do circuito de comando

Para que este circuito entre em funcionamento, deve-se, inicialmente, li-


gar o interruptor b3, que comanda a fonte de corrente contínua. O circuito de
comando pode ser colocado em operação através da botoeira b1 ou da botoeira
b2, dependendo do sentido de rotação desejada.

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magnética
 1º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA

Pressionando-se a botoeira b1, entra em operação o contator


c1 que coloca o motor em funcionamento, num determinado sen-
tido; pressionando-se a botoeira b2, entra em operação o contator
c2, que coloca o motor em funcionamento no sentido de rotação
inverso.

Tanto o contator c1 como o contator c2 ficam retidos em ope-


ração (isolamento), através de seus contatos NA, conectados em
paralelo com as botoeiras b1 e b2.

Com a entrada em operação tanto do contator c1como do con-


tator c2, o temporizador d1 será operado, através dos contatos NA
de c1 e c2, conectados em paralelo.

 2º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA

Vencido o tempo ajustado no temporizador d1, este fecha seu


contato NA, colocando em operação o contator c3 e o temporiza-
dor d2 (o contator c3 anula 1/3 da resistência do rotor).

 3º ESTÁGIO DA ACELERAÇÃO ROTÓRICA

Vencido o tempo ajustado no temporizador d2, este fecha seu


contato NA, colocando em operação o contator c4 e o temporiza-
dor d3 (o contator c4 anula mais 1/3 da resistência do rotor).

 4º ESTÁGIO DA ACELERAÇAO ROTÓRICA

Vencido o tempo ajustado no temporizador d3, este fecha seu


contato NA, colocando em operação o contator c5, que permanece
retido através de seu contato NA, em paralelo com o contato do
temporizador d3.

Com a entrada do contator c5 em operação, este abre seu


contato NF, que está em série com c4, d3,c3 ,d2 e d1, retirando-os
de operação.

Com a entrada do contator c5 em operação, será anulado o


restante da resistência inserida no bobinado do rotor, fazendo com
que este atinja sua velocidade nominal e entre em regime de tra-
balho.

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