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Máquinas Elétricas
ELETRICISTA DE MANUTENÇÃO
Eletricista de Manutenção
Máquinas Elétricas
SENAI-SP, 2003
Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos conteúdos extraídos da
Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP.
1ª edição, 2003
Equipe Responsável
cód. 120.2.005
Sumário
Página 4 Apresentação
PARTE I: TEORIA
A) Informações tecnológicas:
B) Ensaios:
APRESENTAÇÃO
O objetivo deste volume é servir de apoio ao trabalho docente e fornecer material de referência
aos alunos. Nele, procurou-se apresentar o conteúdo básico sobre os assuntos abordados que são
muito amplos e ricos. Por isso, a utilização de material de apoio como manuais e catálogos dos
fabricantes, vídeos e bibliografia extra é aconselhável a fim de enriquecer sua aplicação.
PARTE I: TEORIA
Os aparelhos eletroeletrônicos são construídos para funcionar alimentados pela rede elétrica.
Todavia, a grande maioria deles usam tensões muito baixas para alimentar seus circuitos: 6V, 12V,
15V. Um dos dispositivos utilizados para fornecer baixas tensões a partir das redes de 110V ou 220V
é o transformador.
Para ter sucesso no desenvolvimento dos conteúdos e atividades deste capítulo, você deverá
ter bons conhecimentos prévios sobre corrente alternada, indutores em CA, relação de fase entre
tensões e eletromagnetismo.
Transformador
Funcionamento
Quando uma bobina é conectada a uma fonte de CA, um campo magnético variável surge ao
seu redor. Se outra bobina se aproximar da primeira, o campo magnético variável gerado na primeira
bobina corta as espiras da segunda bobina.
Observação
As bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre si. Isso se chama isolação
galvânica. A transferência de energia de uma para a outra se dá exclusivamente através das linhas
de forças magnéticas.
Esse núcleo tem a função de diminuir a dispersão do campo magnético fazendo com que o
secundário seja cortado pelo maior número possível de linhas magnéticas. Como conseqüência,
obtém-se uma transferência melhor de energia entre primário e secundário.
É uma peça metálica, constituída de chapas de ferro-silício, isoladas entre si e sobre a qual
são montadas a qual são montadas as bobinas.
Com a inclusão do núcleo, embora o aproveitamento do fluxo magnético gerado seja melhor, o
ferro maciço sofre perdas por aquecimento causadas por dois fatores: a histerese magnética e as
correntes parasitas.
As perdas por histerese magnética são causadas pela energia perdida a cada inversão de
polaridade, para anular o magnetismo residual do semiciclo anterior. Essas perdas são diminuídas
com o emprego de ferro doce na fabricação do núcleo.
As perdas por corrente parasita (ou correntes de Foulcault) aquecem o ferro porque a massa
metálica sob variação de fluxo gera dentro de si mesma uma força eletromotriz (f.e.m.) que provoca a
circulação de corrente parasita.
Para diminuir o aquecimento, os núcleos são construídos com chapas ou lâminas de ferro
isoladas entre si. O uso de lâminas não elimina o aquecimento, mas torna-o bastante reduzido em
relação ao núcleo de ferro maciço.
Nos transformadores pequenos, costuma-se construir uma bobina sobre outra no mesmo
carretel.
Para se obter várias tensões diferentes, os transformadores podem ser construídos com mais
de um secundário, como mostram as ilustrações a seguir.
Relação de transformação
Por exemplo, num transformador com primário de 100 espiras e secundário de 200 espiras, a
tensão do secundário será o dobro da tensão do primário.
Um transformador pode ser construído de forma a ter qualquer relação de transformação que seja
necessária. Veja exemplo na tabela a seguir.
Observação
Tipos de transformadores
• transformador elevador;
• transformador rebaixador;
• transformador isolador.
O transformador elevador é aquele cuja relação de transformação é maior que 1, ou seja, NS >
NP. Por causa disso, a tensão do secundário é maior que a tensão do primário, isto é, VS> VP.
Relação de potência
Como já foi visto, o transformador recebe uma quantidade de energia elétrica no primário,
transforma-a em campo magnético e converte-a novamente em energia elétrica disponível no
secundário.
VS . IS = VP . IP
Esta expressão permite que se determine um dos valores do transformador se os outros três
forem conhecidos. Veja exemplo a seguir.
Exemplo
VP = 110 V
VS = 6 V
IS = 4,5 A
IP = ?
VS .IS 6.4,5 27
IP = = = = 0,245 A ou 245 mA
VP 110 110
Quando um transformador tem mais de um secundário, a potência absorvida da rede pelo primário é
a soma das potências fornecidas em todos os secundários.
Onde:
Essa expressão pode ser reescrita usando os valores de tensão e corrente do transformador:
Onde:
Exemplo
PP = VP . IP
PP = 66 VA
PP 66
IP = = = 0,6 A
VP 110
IP = 0,6 A ou 600 mA
Alguns aparelhos eletrônicos são fabricados de tal forma que podem ser usados tanto em
redes de 110 V quanto de 220 V. Isso é possível através da seleção feita por meio de uma chave
situada na parte posterior do aparelho.
Na maioria dos casos, essa chave está ligada ao primário do transformador. De acordo com a
posição da chave, o primário é preparado para receber 110 V ou 220 V da rede elétrica e fornece o
mesmo valor de tensão ao secundário.
Existem dois tipos de transformadores cujo primário pode ser ligado para 110 V e 220V:
O primário do transformador a três fios é constituído por uma bobina para 220 V com uma
derivação central.
Essa derivação permite que se utilize apenas uma das metades do primário de modo que 110V
sejam aplicados entre uma das extremidades da bobina e a derivação central.
Veja a seguir a representação esquemática dessa ligação.
A chave usada para a seleção 110 V/220 V é normalmente deslizante, de duas posições e dois
pólos. É também conhecida como HH.
O primário desse tipo de transformador constitui-se de duas bobinas para 110 V, eletricamente
isoladas entre si.
Em um transformador para entrada 110 V/220 V com o primário a quatro fios, a ligação para
220 V é feita colocando as bobinas do primário em série. Deve-se observar a identificação dos fios,
ou seja, I1 para a rede, I2 e F1 interligados e F2 para a rede.
Em um transformador para entrada 110V / 220V com primário a quatro fios, a ligação para
110V é feita colocando as duas bobinas primárias em paralelo respeitando a identificação dos fios, ou
seja, I1 em ponte com I2 na rede, F1 em ponte com F2 na rede.
Quando a chave HH está na posição 110 V, os terminais I1, I2, F1 e F2 são conectados em
paralelo à rede.
Quando a chave HH está na posição 220 V, os terminais I1 e F2 ficam ligados à rede por meio
da chave.
Observação
Tanto na ligação para 110 V quanto para 220 V, a ordem de início e fim das bobinas é
importante. Normalmente, os quatro fios do primário são coloridos e o esquema indica os fios.
I1 - início da bobina 1;
F1 - fim da bobina 1;
I2 - início da bobina 2;
F2 - fim da bobina 2.
Quando não se dispõe, no esquema do transformador, da identificação do início ou fim dos terminais
da bobina, é necessário realizar um procedimento para identificá-los. Isso é necessário porque se a
ligação for realizada incorretamente, o primário pode ser danificado irreversivelmente.
O procedimento é o seguinte:
• identificar, com o ohmímetro, o par de fios que corresponde a cada bobina. Sempre que o
instrumento indicar continuidade, os dois fios medidos são da mesma bobina. Além de
determinar os fios de cada bobina, esse procedimento permite testar se as bobinas estão
em boas condições;
• identificar os fios de cada uma das bobinas com início e fim I1, F1 e I2, F2.
A identificação de início e fim pode ser feita aleatoriamente em cada bobina da seguinte forma:
2. Aplicar, no secundário, uma tensão CA de valor igual à tensão nominal do secundário. Por
exemplo: em um transformador 110 V/220 V x 6 V, deve-se aplicar uma tensão de 6 V no
secundário.
Observação
Especificação de transformadores
• as tensões do primário;
• as tensões do secundário.
Isso significa que a tensão no secundário está defasada 180o da tensão no primário, ou seja,
quando a tensão no primário aumenta num sentido, a tensão do secundário aumenta no sentido
oposto.
Ponto de referência
Nos equipamentos eletrônicos é comum um dos terminais do transformador ser usado como
referência, ligado ao terra do circuito. Nesse caso, o potencial do terminal aterrado é considerado
como sendo 0 V, não apresentando polaridade.
Isto, porém, não significa que não ocorra a troca de polaridade no secundário. Em um
semiciclo da rede, o terminal livre é positivo em relação ao terminal aterrado (referência).
Rendimento (η)
Entre todas as máquinas elétricas, o transformador é uma das que apresentam maior
rendimento. Mesmo assim, ocorrem perdas na transformação de tensão.
O rendimento expressa a potência que realmente está sendo utilizada, pois, parte da potência
é dissipada em perdas no ferro e no cobre.
PS
η= .100%
PP
PS 150
η= = .100% = 92,6%
PP 162
O transformador com derivação central no secundário ("center tap") tem ampla aplicação em
eletrônica. Na maioria dos casos, o terminal central é utilizado como referência e é ligado ao terra do
circuito eletrônico.
Durante seu funcionamento, ocorre uma formação de polaridade bastante singular. Num dos
semiciclos da rede, um dos terminais livres do secundário tem potencial positivo em relação à
referência. O outro terminal tem potencial negativo e a inversão de fase (180o) entre primário e
secundário ocorre normalmente.
Assim, verificamos que, com esse tipo de transformador, é possível conseguir tensões
negativas e positivas instantaneamente, usando o terminal central como referência. Isso pode ser
observado com o auxílio de um osciloscópio. Veja ilustração a seguir.
Exercícios
• VP = 220 V
• VS1 = 10 V
• VS2 = 15 V
• IS1 = 1 A
• IS2 = 0,5 A
• tensão secundária = 20 V
• Espessura - de n° 24 a n° 26BS;
Tipo I Tipo E Ι
Tipo L Tipo F
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
Para aprender esses conteúdos com mais facilidade, você deve ter conhecimentos anteriores
sobre: corrente alternada, ligação em estrela, ligação em triângulo e transformadores monofásicos.
O consumo de energia se faz, pois, em baixa tensão. Assim, antes de ser distribuída, a tensão
é reduzida outra vez nas subestações.
Isso significa que a distribuição das tensões de 110/220 V é realizada por transformadores
monofásicos. Já a distribuição das tensões de 127/220 V se faz por transformadores trifásicos com o
secundário ligado em estrela.
Transformadores trifásicos
O núcleo constitui o circuito magnético do transformador. É uma peça metálica construída com
chapas de ferro-silício isoladas entre si e sobre a qual são montadas as bobinas.
Trabalham com três fases e são de porte grande e mais potentes que os monofásicos.
Num transformador trifásico, cada fase funciona independentemente das outras duas como se
fossem três transformadores monofásicos em um só. Isso significa que três transformadores
monofásicos exatamente iguais podem substituir um transformador trifásico.
Esse sistema é mais econômico, pois facilita os serviços de manutenção, reparação e aumento
de capacidade do banco de transformadores.
As ligações internas entre as três fases do transformador trifásico podem ser feitas de duas
maneiras:
• ligação em triângulo ( ∆ ).
Tudo o que já foi estudado sobre as ligações em estrela e em triângulo vale também para os
transformadores trifásicos.
Se, por exemplo, a fase 1 do secundário estiver recebendo mais carga, esse desequilíbrio será
compensado pela indução das duas colunas onde a fase 1 está distribuída.
Dois transformadores de um pequeno grupo podem ser ligados em paralelo, desde que exista
entre eles correspondência de tensão e impedância.
Diagrama Relação de
Símbolo e transformação
denominação Enrolamento de mais Enrolamento de mais
(tensão entre fases)
alta tensão baixa tensão
∆/∆ Nx
Ex = . EH
triângulo-triângulo NH
Y/Y Nx
Ex = . EH
estrela-estrela NH
∆/
NX. E H . 3
triângulo-ziguezague Ex =
2 . NH
Finalmente, mede-se a tensão entre os vários pares de terminais. O resultado deve ser o
seguinte:
∆/Y Nx
Ex = . 3 .EH
triângulo-estrela NH
Y/∆ Nx . EH
Ex =
estrela-triângulo NH . 3
Y/ Nx EH . 3
Ex =
estrela-ziguezague 2 . NH
Observação
Finalmente, mede-se a tensão entre os vários pares de terminais. O resultado deve ser o
seguinte:
• a seco;
Dentro desse grupo estão todos os pequenos transformadores e os de baixa potência nos
quais a troca de calor é feita com o ar.
Esse líquido isolante exerce duas funções: isolação e resfriamento, pois transfere para as
paredes do tanque o calor produzido.
• boa fluidez;
Observação
Existe também um óleo chamado de ascarel, mas seu uso é proibido porque é altamente tóxico
e, portanto, prejudicial à saúde.
As perdas por efeito Joule ocorrem em forma de calor, devido à resistência ôhmica dos
enrolamentos.
Essas perdas são conhecidas como perdas no cobre e ocorrem devido a passagem da
corrente elétrica pela resistência dos enrolamentos.
Onde:
Pode-se observar, através da fórmula, que as perdas no cobre sofrem dois tipos de variação,
ou seja:
Rendimento
A potência absorvida pelo primário corresponde à potência fornecida pelo secundário mais as
perdas no cobre e no ferro.
V2 . I 2
η= ou
V2 . I 2 + PCU + PFE
V2 . I 2
η75°C =
V2 . I 2 + PCU75ºC + PFE
Onde:
3 . V .I
F2 F2
η= ou
( 3 . VF2 . IF2 ) + PCU + PFE
3 . VF2 . IF2
η 75ºC =
( 3.VF2 .IF2 ) + PCU75 º C + PFE
Onde:
Impedância percentual
VCC
Z% = . 100
UNP
Exemplo
• Tensão suficiente para fazer circular 20A no secundário quando fechado em curto-circuito
(VCC) = 30V.
30
Z% = . 100 = 6%
500
IN2
ICC = . 100
Z%
Exemplo
20
ICC = . 100 = 333A
6
Nesse tipo de ligação, a diferença entre as impedâncias dos transformadores não deve
exceder a 10%.
Para valores diferentes da tensão de curto-circuito (VCC) o transformador com tensão menor
fica com a maior carga, portanto, deve-se evitar o uso de associação em paralelo de transformadores
com impedância percentual muito diferente.
MOTORES DE CA MONOFÁSICOS
Para melhor entender o funcionamento desse tipo de motor, você deverá ter bons
conhecimentos sobre os princípios de magnetismo e eletromagnetismo, indução eletromagnética e
corrente alternada.
Motores monofásicos
Motor universal
Os motores do tipo universal podem funcionar tanto em CC como em CA; daí a origem de seu
nome.
A ilustração a seguir mostra o rotor (parte que gira) e o estator (parte fixa) de um motor
universal.
O motor universal é o único motor monofásico cujas bobinas do estator são ligadas
eletricamente ao rotor por meio de dois contatos deslizantes (escovas). Esses dois contatos, por sua
vez, ligam em série o estator e o rotor.
Observação
É possível inverter o sentido do movimento de rotação desse tipo de motor, invertendo apenas
as ligações das escovas, ou seja, a bobina ligada à escova A deverá ser ligada à escova B e vice-
versa.
Esse tipo de motor é o motor de CA mais empregado e está presente em máquinas de costura,
liqüidificadores, enceradeiras e outros eletrodomésticos, e também em máquinas portáteis, como
furadeiras, lixadeiras e serras.
Funcionamento
Motor de indução
Funcionamento
O campo gerado no rotor é de polaridade oposta à do estator. Assim, a oposição dos campos
exerce um conjugado nas partes superior e inferior do rotor, o que tenderia a girá-lo 180° de sua
posição original. Como o conjugado é igual em ambas as direções, pois as forças são exercida pelo
centro do rotor e em sentidos contrários, o rotor continua parado.
Se o rotor estiver girando, ele continuará o giro na direção inicial, já que o conjugado será
ajudado pela inércia do rotor e pela indução de seu campo magnético. Como o rotor está girando, a
defasagem entre os campos magnéticos do rotor e do estator não será mais de 180º.
Para dar o giro inicial do rotor, são usados comumente dois tipos de partida: a de campo
destorcido e a de fase auxiliar com capacitor.
Assim, conforme o tipo de partida, o motor monofásico de indução pode ser de dois tipos: de
campo destorcido (ou motor de anéis em curto) e de fase auxiliar.
O motor de campo destorcido constitui-se por um rotor do tipo gaiola de esquilo e por um
estator semelhante ao do motor universal. Contudo, no motor de campo destorcido, existe na sapata
polar uma ranhura onde fica alojado um anel de cobre ou espira em curto-circuito. Por isso, este
motor é conhecido também como motor de anel ou de espira em curto-circuito.
Uma vez que no motor de campo destorcido, o rotor é do tipo gaiola de esquilo, todas as
ligações encontram-se no estator.
Esse tipo de motor não é reversível. Sua potência máxima é de 300W ou 0,5cv; a velocidade é
constante numa faixa de 900 a 3.400rpm, de acordo com a freqüência da rede e o número de pólos
do motor.
Esses motores são usados, por exemplo, em ventiladores, toca-discos, secadores de cabelo
etc.
Funcionamento
Quando o campo magnético do estator começa a aumentar (a partir de zero) as linhas de força
cortam o anel em curto. A corrente induzida no anel gera um campo magnético que tende a se opor
ao campo principal.
Com o aumento gradativo do campo até 90º, a maior parte das linhas de força fica concentrada
fora da região do anel. Quando o campo atinge o máximo, ou seja, os 90º, não há campo criado pela
bobina auxiliar, formada pelo anel e ele se distribui na superfície da peça polar.
De 90º a 180º o campo vai se contraindo e o campo da bobina auxiliar tende a se opor a essa
contração, concentrando as linhas de força na região da bobina auxiliar.
De 180 a 360º, o campo varia do mesmo modo que de 0 a 180º, porém em direção oposta.
O movimento do campo produz um conjugado fraco, mas suficiente para dar partida ao motor.
Como o conjugado é pequeno, esse tipo de motor é usado para alimentar cargas leves.
O motor monofásico de fase auxiliar é o de mais larga aplicação. Sua construção mecânica
é igual à dos motores trifásicos de indução.
Assim, no estator há dois enrolamentos: um de fio mais grosso e com grande número de
espiras (enrolamento principal ou de trabalho) e outro de fio mais fino e com poucas espiras
(enrolamento auxiliar ou de partida).
O enrolamento principal fica ligado durante todo o tempo de funcionamento do motor, mas o
enrolamento auxiliar só atua durante a partida. Esse enrolamento é desligado ao ser acionado um
dispositivo automático localizado parte na tampa do motor e parte no rotor.
Funcionamento
O motor monofásico de fase auxiliar funciona em função da diferença entre as indutâncias dos
dois enrolamentos, uma vez que o número de espiras e a bitola dos condutores do enrolamento
principal são diferentes em relação ao enrolamento.
As correntes que circulam nesses enrolamentos são defasadas entre si. Devido à maior
indutância no enrolamento de trabalho (principal), a corrente que circula por ele se atrasa em relação
à que circula no enrolamento de partida (auxiliar), cuja indutância é menor.
O capacitor colocado em série com o enrolamento tem a função de acentuar ainda mais esse
efeito e aumentar o conjugado de partida. Isso aumenta a defasagem, aproximando-a de 90º e facilita
a partida do motor.
Depois da partida, ou seja, quando o motor atinge aproximadamente 80% de sua rpm, o
interruptor automático se abre e desliga o enrolamento de partida. O motor, porém continua
funcionando normalmente.
Observação
Os motores monofásicos de fase auxiliar podem ser construídos com dois, quatro ou seis
terminais de saída.
Os de quatro terminais são construídos para uma tensão (110 ou 220V) e dois sentido de
rotação, os quais são determinados conforme a ligação efetuada entre o enrolamento principal e o
auxiliar.
Os motores de seis terminais são construídos para duas tensões (110 e 220V) e para dois
sentido de rotação.
A potência deste motor varia de 1/6cv até 1cv, mas para trabalhos especiais existem motores
de maior potência.
MOTORES TRIFÁSICOS DE CA
A maior parte da energia elétrica produzida é distribuída em corrente alternada (CA), o que
justifica o largo emprego dos motores de CA.
A construção mecânica dos motores de CA é mais simples do que a dos motores de CC. Por
isso, eles são mais comumente usados na indústria.
Para isso, é necessário que você tenha conhecimentos anteriores sobre magnetismo e
eletromagnetismo, indução eletromagnética e corrente alternada.
Motores trifásicos de CA
Os motores de CA são menos complexos que os motores de CC. Além disso, a inexistência de
contatos móveis em sua estrutura garante seu funcionamento por um grande período sem
necessidade de manutenção.
Os motores trifásicos de CA são de dois tipos: motores assíncronos (ou de indução) e motores
síncronos.
Motores assíncrono de CA
O motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção simples, forte e de baixo
custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte auto-suficiente que não necessita de conexões
externas.
Esse motor também é conhecido como motor de indução, porque as correntes de CA são
induzidas no circuito do rotor pelo campo magnético rotativo do estator.
O rotor é constituído por um cilindro de chapas em cuja periferia existem ranhuras onde o
enrolamento rotórico é alojado.
Funcionamento
A ilustração a seguir mostra a ligação interna de um estator trifásico em que as bobinas (fases)
estão defasadas em 120º e ligadas em triângulo.
O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no momento circula por
ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magnético; se ela for máxima, o campo
magnético também será máximo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120º, os três campos
magnéticos apresentam também a mesma defasagem.
Os três campos magnéticos individuais combinam-se e disso resulta um campo único cuja
posição varia com o tempo. Esse campo único, giratório é que vai agir sobre o rotor e provocar seu
movimento.
O esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo magnético
rotativo num motor trifásico.
Quando um momento intermediário (d) é analisado, vemos que nesse instante as correntes C e
A têm valores iguais e o mesmo sentido positivo. A corrente B, por sua vez, tem valor máximo e
sentido negativo. Como resultado, a direção do campo fica numa posição intermediária entre as
posições dos momentos 1 e 2.
O motor com rotor em gaiola de esquilo tem um rotor constituído por barras de cobre ou de
alumínio colocadas nas ranhuras do rotor. As extremidades são unidas por um anel também de cobre
ou de alumínio.
Esses motores são usados para situações que não exijam velocidade variável e que possam
partir com carga. Por isso, são usados em moinhos, ventiladores, prensas e bombas centrífugas, por
exemplo.
No funcionamento do motor com rotor em gaiola de esquilo, o rotor, formado por condutores de
cobre é submetido ao campo magnético giratório, já explicado anteriormente. Como conseqüência,
nesses condutores (barras da gaiola de esquilo) circulam correntes induzidas, devido ao movimento
do campo magnético.
Como o rotor é suspenso por mancais no centro do estator, ele girará juntamente com o campo
girante e tenderá a acompanhá-lo com a mesma velocidade. Contudo, isso não acontece, pois o rotor
permanece em velocidade menor que a do campo girante.
Se o rotor alcançasse a velocidade do campo magnético do estator, não haveria sobre ele
tensão induzida, o que o levaria a parar.
nf - n
S= . 100
nf
Onde:
• nf é a velocidade de sincronismo,
Exemplo
f . 60 60 . 60 3600
nf = = = = 1800rpm
p 2 2
nf - n
s% = . 100 = 20%
nf
Observação
Quando o rotor está em repouso, podemos considerar o motor assíncrono trifásico como um
transformador trifásico.
O valor da tensão no enrolamento do rotor em repouso, ou seja, a tensão com rotor travado só
depende do quociente entre os números de espiras do rotor e do estator. Quando o rotor gira, sua
tensão vai reduzindo proporcionalmente ao deslizamento.
Para a velocidade sincronismo, ou seja, quando as duas velocidades são iguais, até a tensão
induzida será nula.
Com o rotor travado, a freqüência da tensão no rotor é igual à freqüência da tensão do estator.
Quando o rotor gira, a freqüência de sua tensão também decresce proporcionalmente ao
deslizamento até fazer-se nula para a velocidade de sincronismo.
Desse modo, o conjugado do motor é determinado pela diferença entre a velocidade do campo
girante e a do rotor.
Motor síncrono de CA
Por essas características, o motor síncrono é usado quando é necessária uma velocidade
constante.
Funcionamento
Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo. Quando o campo
magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a força sobre o rotor também o
será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo, o rotor pode girar uma carga acoplada ao
seu eixo.
Quando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta de corrente CA trifásica
no estator, o que é uma desvantagem. De modo geral, a partida é feita como a do motor de indução
(ou assíncrono). Isso porque o rotor do motor síncrono é constituído, além do enrolamento normal,
por um enrolamento em gaiola de esquilo.
Como já foi estudado, o motor trifásico tem as bobinas distribuídas no estator e ligadas de
modo a formar três circuitos simétricos distintos, chamados de fases de enrolamento.
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da outra, e essa junção é
ligada à rede.
Os motores trifásicos com 6 terminais só podem ser ligados em duas tensões uma a 3 maior
do que a outra. Por exemplo: 220/380V ou 440/760V.
Esses motores são ligados em triângulo na menor tensão e, em estrela, na maior tensão.
Os motores com 12 terminais, por sua vez, têm possibilidade de ligação em quatro tensões:
220V, 380V, 440V e 760V.
• ∆∆ para 220V
• YY para 380
• ∆ para 440V
• Y para 760
Os motores trifásicos são fabricados, com diferentes potências e velocidades, para as tensões
padronizadas da rede, ou seja, 220V, 380V, 440V e 760V, nas freqüências de 50 e 60Hz.
O motor trifásico de indução tipo Dahlander é um motor cujas bobinas são conectadas de
forma diferente da convencional, pois em certos momentos funciona por polarização ativa e, em
outros, por pólos conseqüentes.
Este é o assunto desta unidade e, para estudá-lo com mais facilidade é necessário ter
conhecimentos anteriores sobre motores trifásicos, ligações estrela e triângulo e tipos de
enrolamentos.
Ligação Dahlander
Esse tipo de ligação permite que, com dois grupos de bobinas, se obtenham dois ou quatro
pólos; com quatro grupos de bobinas, se obtenham quatro ou oito pólos e, com seis bobinas, seis ou
doze pólos, conforme figuras a seguir.
6 bobinas - 12 pólos
6 bobinas - 6 pólos
Esse tipo de ligação é de grande utilidade para aplicação em máquinas industriais, pois a
ligação Dahlander permite que se consigam velocidades diferentes com um número de engrenagens
bem reduzido.
Enrolamento
O enrolamento desses motores com dupla polaridade é semelhante aos outros enrolamentos
de motores de corrente alternada assíncrona, exceto quanto à forma das ligações.
O enrolamento mais usual para ligação tipo Dahlander é o tipo cadeia concêntrico ou
progressivo, sendo também comum o tipo meio imbricado.
Observação
Nas ligações Dahlander recomenda-se Yf = 120°E + 120°E para uma distribuição mais
harmônica de saída dos condutores e para uma partida mais vigorosa do motor, pois:
Assim, os dois grupos de cada fase ficam em série, formando dois pólos ativos e dois
conseqüentes.
Para formar dois pólos, ligar os terminais U, V e W em estrela e aplicar corrente nos terminais
X, Y e Z, formando dois pólos ativos.
Esta ligação também se chama dupla estrela, porque os grupos de bobinas são ligados em
paralelo, pela união dos bornes U, V e W.
Observações
A identificação dos bornes pode variar, de acordo com o fabricante do motor. Assim sendo,
consulte sempre a plaqueta do motor.
A potência do motor, quando funciona com dois pólos, é, aproximadamente, o dobro da que
tem quando funciona com quatro pólos.
Segundo a norma VDE, os terminais podem ser ligados pelas letras Ua, Va e Wa, equivalente
a U, V e W, e Ub, Vb e Wb, equivalendo a X, Y e Z.
• Triângulo - dupla-estrela
• Estrela - dupla-estrela
O esquema a seguir mostra um exemplo de um motor trifásico, 36R, 8/4 pólos e ligações YY /
Y-YY onde é possível obter tensões diferentes com esses tipos de conexões em um mesmo
bobinado.
Esse motor permite um arranque vigoroso com uma pequena corrente de partida. Por essa
razão, é o motor preferido para potências elevadas, geralmente superiores a 5cv.
O estado é semelhante aos dos motores trifásicos já estudados. Apresenta os mesmos tipos
de enrolamentos, ligações e distribuição que os estatores de induzido em curto.
No rotor, encontra-se um enrolamento com várias bobinas isoladas, ligadas de modo a formar
dois ou três circuitos. Esses circuitos são unidos, de um lado, a um ponto comum; e de outro, a três
anéis coletores.
Sobre estes anéis se apoiam escovas coletoras e, através dos anéis, é estabelecido o contato
elétrico entre o enrolamento do rotor e o reostato externo, chamado reostato de partida.
O reostato de partida é composto de três resistores variáveis, conjugados por meio de uma
ponte. Essa ponte liga os reostatos em estrela, em qualquer posição de seu curso.
Veja, na figura, uma ligação típica de um motor trifásico de rotor bobinado e reostato de partida
conjugado em estrela.
O motor trifásico de rotor bobinado é recomendado nos casos em que necessita de partidas a
plena carga, pois não ocasiona intensidade excessiva de corrente na rede.
É também utilizado para realizar trabalhos que exigem variações de velocidade, pois o
enrolamento existente no rotor desses motores, ao fazer variar a intensidade da corrente que
percorre o induzido, faz variar a velocidade do motor.
Não é possível conseguir essa variação nos motores de rotor em gaiola de esquilo porque sua
construção não permite ligação de resistores adicionais externos nos seus circuitos.
O motor de rotor bobinado, além de proporcionar arranque satisfatório, tem uma corrente de
partida de baixa intensidade: é cerca de uma vez e meia o valor da corrente nominal.
É bom lembrar que, nos motores de rotor em curto, essa corrente atinge até oito vezes a
corrente em plena carga.
Porém, os motores de rotor em curto são menos econômicos que os outros, devido ao elevado
custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobinas do rotor, tais como: Anéis,
escovas, porta-escovas, reostato, etc.
Em pleno regime de marcha, o motor de rotor bobinado apresenta um deslizamento maior que
os motores comuns.
A descrição feita aqui é de um tipo desses motores. Outros processos, porém, também são
usados para se conseguir os mesmos resultados.
Esses tipos de motores encontram grande aplicação nas fábricas de papel e de tecidos.
Nos rotores bobinados de coletor de anéis são usados os mesmos tipos de enrolamentos dos
estatores trifásicos. Neste caso, predomina o enrolamento do tipo imbricado nas máquinas maiores.
Nos motores menores, ainda são usados os enrolamentos do tipo meio imbricado e
principalmente o tipo cadeia com bobinas concêntricas. Observe nas figuras abaixo cada um desses
tipos.
Veja, a seguir, os cálculos básicos para fazer o levantamento de esquema de rotor trifásico de
motor de anéis, 4 pólos, enrolamento imbricado: Nb = Nr = 24 bobinas
Nr 24
Yp = = = 6 dentes ou 1 a 7
24 4
Ybi = Yp = 6 dentes ou 1 a 7
Nb 24 24
Grupo = = = = 2 bobinas por pólo e fase
p.f 4 .3 12
GET 720°E
GE/r = = = 30°E
Nr 24
120°E 120°E
Yf = = = 4 dentes ou 1 a 5
GE / r 30°E
Esquema planificado:
Na figura a seguir, é mostrado o esquema de um rotor de motor trifásico de quatro pólos, cujo
enrolamento é bifásico de dois circuitos.
Note que uma extremidade de cada circuito ou fase de rotor está ligada a um anel coletor e a
união das duas outras extremidades, ao anel central. O reostato também é de dois circuitos.
Na figura, a seguir, é mostrado o esquema do mesmo motor, porém, com rotor e reostato
trifásicos.
É importante saber que há uma relação entre o enrolamento do estator e o do rotor. Essa
relação é de 3:1. Isto quer dizer que, se a tensão do estator for 220V, a do rotor em vazio será 220 ÷
3, ou 73V aproximadamente.
Observação
As orientações sobre os estatores de motores trifásicos também são válidas para o fechamento
das bobinas dos rotores.
Nesta unidade, estudaremos dois motores que apresentam características especiais: o motor
sem escovas e o motor de passo.
O motor de passo, por sua vez, é um motor usado em equipamentos onde é necessário um
posicionamento de parte da máquina. Esse é o caso de impressoras, registradores gráficos em geral,
sistemas de controle em servomecanismos.
O motor de corrente contínua sem escovas, além da ausência de escovas, apresenta como
características diferenciadoras do motor com escovas, a localização do enrolamento no estator e os
ímãs permanentes engastados no rotor. Apresenta também um transdutor de posição angular
acoplado ao rotor.
Além dessas características, um motor sem escovas será sempre composto por:
Funcionamento
No motor com escovas, a comutação e distribuição das correntes aos enrolamentos são
realizadas pelo comutador.
No motor sem escovas, essa tarefa é realizada pelo estágio de controle e pelo comutador de
potência (conversor) eletrônico.
Vantagens
• Torques elevados.
A construção do motor sem escovas permite uma redução em seu peso e volume entre 35 e
65% se comparado com motor com escovas de mesma potência.
Isso traz melhor dissipação de calor, pois o motor sem escovas, com seu rotor “frio”, gera calor
na região em que este é melhor dissipado, ou seja, no estator. Esse fato permite que o motor opere
em regime muito elevado.
O motor com escovas apresenta curva de limitação de potência que é produto da rotação pela
corrente de coletor. Acima dessa curva-limite ocorre a queima das escovas e isso destrói o coletor.
Como o motor sem escovas não possui coletor mecânico, altos conjugados ao longo de todo o
espectro de rotações podem ser alcançados com ele.
Esse tipo de motor não possui escovas que se desgastam e necessitam ser trocadas.
Nos motores sem escovas, onde a comutação de corrente é realizada eletronicamente, existe
ainda a possibilidade de se optar pelo emprego de uma tensão eletromotriz de formato quase
senoidal.
A forma de onda senoidal tem a vantagem de permitir que sejam satisfeitas as mais altas
exigências com relação à baixa rotação, homogeneidade de movimento e exatidão de
posicionamento.
O motor sem escovas possui ímãs permanentes ao invés de enrolamento de rotor. Por isso,
existe um reduzido momento de inércia e disso depende a escolha da melhor velocidade de rotação
de um motor a ser usado em um determinado acionamento.
Torques elevados
Com a finalidade de atingir um torque tão alto quanto possível nos motores com ou sem
escovas, efetua-se a comutação dos enrolamentos de tal forma que o campo magnético do estator
mantenha com o campo magnético do rotor um ângulo tão próximo de 90º quanto possível.
Nos motores com excitação separada, pode-se reduzir essa limitação da rotação através do
enfraquecimento do campo de excitação.
O motor sem escovas com ímã permanente permite que se efetue uma variação das
constantes de motor mediante uma defasagem no tempo da energização das correntes nos
enrolamentos em relação à posição do rotor.
Motor de passo
O motor de passo permite que seu eixo sofra deslocamentos precisos sem que seja necessária
uma realimentação externa feita por algum dispositivo a ele acoplado. Isso caracteriza um sistema
aberto.
Essa característica de funcionamento em malha aberta é uma das mais importantes pois
permite a rotação e a parada em pontos pré-determinados.
Se, por exemplo, é necessário que o eixo gire meia volta (180°), basta fornecer adequados e
ele fornece deslocamento com precisão.
Funcionamento
Normalmente, os motores de passo possuem enrolamentos que, na sua forma mais simples,
constituem-se de quatro bobinas dispostas no estator em ângulos de 90°, uma em relação a outra.
O rotor é uma pequena peça de material ferromagnético que se constitui num ímã.
Observação
A descrição acima refere-se a um motor de passo de 4 passos por revolução e 90º por passo.
Verifica-se assim que um dos fatores determinantes do número de passos por volta corresponde ao
número de bobinas no estator.
Outro fator que determina o número de passos é a seqüência de comutação das bobinas. No
exemplo mostrado, foi excitada uma bobina de cada vez. Se, ao invés disso, forem excitadas duas
bobinas contíguas de cada vez, o rotor tomará posições intermediárias. Isso dá origem a um conjunto
de novas posições ou passos.
Veja na ilustração a seguir, como é possível obter o dobro dos passos, excitando-se as
bobinas da seguinte maneira:
Essa seqüência faria o motor girar no sentido horário, completando uma volta em 8 passos.
As bobinas do estator são também denominadas fases. Muitas vezes, cada fase é subdividida
num conjunto de bobinas ao longo do estator. Dessa forma, mesmo que existam muitas bobinas no
estator, eles normalmente constituem 8 fases.
Tipos de rotor
• Ímã permanente;
• Relutância variável.
O rotor de ímã permanente permite obter maior força de atração entre o estator e o rotor.
Todavia, é tecnologicamente mais difícil obter um grande número de elementos do rotor previamente
magnetizados e cuja magnetização seja estável. Por causa disso, o número de passos é geralmente
menor nesse tipo de motor.
O rotor do tipo relutância variável, embora normalmente apresente menor torque, possui, em
contrapartida, características mais estáveis. O rotor de relutância variável é apenas uma peça de
material ferromagnético não imantado.
Circuitos de acionamento
Para usar uma máquina elétrica, é necessário conhecer, além de suas propriedades elétricas,
seus parâmetros mecânicos, tais como a rotação, o torque e a potência mecânica.
Rotação
Com ele, é possível medir diretamente a rotação aplicando o instrumento ao eixo da máquina.
A rotação é transmitida mediante uma embreagem de borracha.
Outro instrumento para a medição da rotação é o gerador taquimétrico (ou tacométrico) que se
aplica diretamente à máquina cuja rotação se quer medir.
• gerar uma tensão alternada cuja freqüência depende da rotação e, embora nesse caso
meça-se a freqüência, o resultado que aparece no mostrador é em rpm.
Para obter tensão alternada dependente da rotação, podem ser usadas barreiras óticas
(células fotoelétricas) em lugar do gerador taquimétrico. Essas células são usadas em combinação
com discos perfurador ou geradores Hall juntamente com ímãs.
Cálculo da rotação
f . 60
n=
p
Onde:
• n é a rotação em rpm,
• f é a freqüência ,
Exemplo
60 . 60
n= = 3600rpm
1
Se, em um estator, forem colocadas 4 bobinas defasadas de 90º uma da outra, ao ligá-las à
rede, obtem-se um campo de 4 pólos.
O motor de 4 pólos precisa de um tempo que eqüivale ao dobro do de 2 pólos, ou seja, dois
períodos de 360º.
Isto significa que a rotação do campo girante depende da freqüência da corrente e do número
de pares de pólos do campo.
f . 60
n=
p
Exemplo
Calcular a rotação do campo girante de um motor de quatro pólos ligado a uma rede de 60Hz.
60 . 60 3600
n= = = 1800
2 2
Torque ou momento
Torque (M) (ou momento) é a força (F) atuando sobre um corpo e causando seu movimento
através de uma distância (s).
Mesmo que esse corpo não gire, o torque existe como produto daquela força pela distância
radial em relação ao centro do eixo da rotação, ou seja, torque é o produto da força pelo comprimento
do braço da alavanca. Matematicamente, isso significa:
M=F.s
Onde:
• F é a força em Newtons;
• s é o comprimento em metros.
(torques) M=F.s
Já sabemos que um campo magnético de fluxo Φ origina-se no estator das máquinas elétricas
rotativas.
Sabemos também que o rotor se compõe de um tambor de ferro doce magnético com ranhuras
nas quais são colocados os condutores. Esses condutores dentro de um campo magnético e
percorridos por uma corrente elétrica estão submetidos a uma força. O valor dessa força é:
F=Φ.I.L
Onde:
• F é a força em Newtons;
• I é a corrente em ampères;
Quando esse torque for igual ou suficiente para que o rotor (que possui um movimento
resistente) gire, obtem-se uma rotação constante.
Obtenção do torque
Nas máquinas elétricas, o torque se mede com a ajuda de freios, como por exemplo, o freio de
corrente de Foucault.
No motor elétrico o torque (M) e as rotações (n) estão relacionados, pois a rotação diminui
quando se aumenta o torque.
Na partida, a rotação é zero e o torque, que atua sobre o eixo nesse instante, é chamado de
torque de arranque.
2. Coloca-se carga partindo do zero. À medida que a carga aumenta, anota-se o torque e a
rotação:
Exemplo
3. Monta-se o gráfico;
Observação
Para qualquer motor CA de indução tipo gaiola, o torque de partida é apenas função da tensão
aplicada ao enrolamento do estator. Quando se reduz à metade a tensão nominal aplicada por fase
durante a partida, o torque de partida produzido é 1/4 do que seria produzido a plena tensão.
Potência
O eixo de uma máquina que gira com uma rotação n transmite um torque.
Com estes dois parâmetros, calcula-se a potência mecânica da máquina a partir da seguinte
fórmula:
2
P= .n.M
60 . 100
Onde:
• P é a potência;
• 2 é a constante;
• M é o torque em Nm.
n . M . 10 - 3
Ou: P =
3
Para melhor assimilar esse conteúdo, é necessário ter conhecimentos anteriores sobre
magnetismo, eletromagnetismo e indutores.
Geradores e motores
Construção
O estator (ou carcaça) é a parte fixa da máquina. Nele se alojam as bobinas de campo cuja
finalidade é conduzir o fluxo magnético.
• Pólos de excitação (ou sapatas polares) constituídas por condutores enrolados sobre o
núcleo de chapas de aço laminadas;
• Conjunto porta-escova aloja as escovas feitas de material condutor e que têm a função
de realizar a ligação elétrica entre a armadura e o exterior.
• Induzido (ou armadura) fica dentro do estator. O mais usado é o do tipo tambor. É
constituída por chapas de aço laminadas em cujas ranhuras se acomoda o
enrolamento;
• Comutador constituído por lâminas de cobre isoladas uma das outras por lâminas de
mica; sua função é transferir a energia do enrolamento da armadura para o
exterior;
Gerador de CC
O gerador de CC funciona segundo esses dois princípios. Assim, ao ser girado com velocidade
(n), o induzido (rotor) faz os condutores cortarem as linhas de força magnética que formam o campo
de excitação do gerador CC.
Nos condutores da armadura aparece, então, uma força eletromotriz induzida. Essa força
depende da velocidade de rotação (n) e do número de linhas magnéticas que tais condutores irão
cortar, ou do fluxo magnético (Φ) por pólo do gerador.
Eo = k . n . Φ
Onde:
• n é a velocidade de rotação,
• Φ é o fluxo magnético.
Quando esse gerador começa a funcionar, mesmo sem excitação, aparece uma força
eletromotriz (fem) de pequeno valor devido ao magnetismo remanente.
Quando o gerador é posto em carga, a tensão por ele fornecida diminui. Isto se deve a três
fatores:
Nesses tipos de geradores, para que a tensão se mantenha constante, para cada aumento de
carga deve haver, manual ou automaticamente, um aumento da excitação.
Tipos de geradores
• Gerador de CC em série;
• Gerador de CC em paralelo;
• Gerador de CC misto.
No gerador de CC em série, as bobinas de campo são constituídas por poucas espiras de fio
relativamente grosso, ou seja, com bitola suficiente para suportar a corrente de armadura. As espiras
são ligadas e, série com o induzido como mostra a figura a seguir.
É preciso notar que neste gerador a corrente de carga é a própria corrente de excitação. No
trabalho em vazio a fem é gerada apenas pelo magnetismo residual das sapatas polares.
Ao acrescentar carga ao gerador, uma corrente circula pela carga e pela bobina de excitação,
fazendo com que aumente o fluxo indutor e, por conseguinte, a tensão gerada.
Observações:
• Para evitar que a tensão se eleve, quando se acrescenta uma carga ao circuito, coloca-se
um reostato em paralelo com a excitação.
A corrente de excitação provem de uma pequena parcela da corrente do gerador e pode ser
controlada por um reostato ligado em série com o campo magnético.
A corrente do gerador deve alimentar tanto a carga como a bobina de campo, pois ambas
estão em paralelo. Assim, a tensão gerada diminui com o aumento de carga.
Neste gerador, a tensão mantém-se constante, tanto em carga como em vazio, já que ele
reúne as características dos geradores em série e em paralelo.
Observação
Eo - Et
Regulação de tensão =
Et
Onde:
• Eo = tensão em vazio
A interação entre o campo magnético fixo e o campo magnético produzido pela corrente que
circula no condutor provoca o aparecimento de uma força. É essa força que impele o condutor para
fora do campo magnético fixo. As figuras a seguir ilustram esse princípio.
De acordo com a figura, de um lado do condutor há uma diminuição das linhas magnéticas. Do
lado oposto há um acúmulo dessas linhas. Estas provocam o aparecimento da força magnética, que
é a responsável pelo movimento do condutor.
O motor de corrente contínua funciona sob o mesmo princípio. Nele existe um campo
magnético fixo formado pela bobinas de campo. Há também condutores instalados nesse campo (no
rotor), os quais são percorridos por correntes elétricas.
Podemos observar que a corrente que circula pela espira, faz isso nos dois sentidos: por um
lado, a corrente está entrando e, por outro, saindo. Isso provoca a formação de duas forças
contrárias de igual valor (binário), das quais resulta um movimento de rotação (conjugado), uma
vez que a espira está presa à armadura e suspensa por mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. À medida que o condutor vai se afastando do
centro do pólo magnético, a intensidade das forças vai diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas ranhuras da armadura
devem estar defasadas entre si e interligadas ao circuito externo através do coletor e escova.
A força eletromotriz induzida, por ser de sentido contrário à tensão aplicada, recebe o nome de
força contra-eletromotriz (fcem).
Eo = n . Φ . k
Onde:
• n é a rotação;
• Φ é o fluxo magnético;
• k é a constante da máquina.
A corrente total que circulará pela armadura (Ia) será dada por:
E - Eo
Ia =
Ra
Onde:
• E é a tensão aplicada,
• Eo é a força contra-eletromotriz,
• Ra é a resistência.
Tipos de motores
Como acontece com os geradores, os motores também são classificados segundo o tipo de
ligação de seus campos, ou seja: motor de CC em série, motor de CC em paralelo, motor de CC
misto.
No motor de CC em série, as bobinas são constituídas por espiras de fio relativamente grosso
ligadas em série com o rotor (induzido).
Por causa da ação magnética, neste motor, o conjugado é diretamente proporcional ao fluxo
indutor e à corrente que circula pelo induzido.
Estes motores possuem arranque vigoroso. A partida e a regulagem de velocidade podem ser
feitas por meio do reostato intercalado no circuito.
No arranque, o valor da corrente e, por conseqüência, o fluxo magnético são elevados. Isso
fornece um alto conjugado ao motor.
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com toda a carga. Por
isso, eles são usados em guindastes, elevadores e locomotivas, por exemplo.
Como tendem a disparar (aumentar a rotação), não é recomendável que esses motores
funcionem a vazio, ou seja, sem carga.
No motor de CC em paralelo, as bobinas de campo são constituídas por muitas espiras de fio
relativamente fino e ligadas em paralelo com o induzido.
O reostato da armadura (Ra), ligado em série com o induzido, limita a corrente no momento da
partida. E o reostato de campo (Rc), ligado em série com as bobinas do campo magnético, regula a
velocidade dentro de determinado limite. Na partida, o cursor do reostato Rc deve estar no ponto
médio para possibilitar o ajuste de velocidade. A resistência do reostato Ra, por sua vez, deve estar
intercalada no circuito.
Assim, seu arranque é vigoroso e sua velocidade estável em qualquer variação de carga. Pode
também partir com carga.
Na partida, a resistência do reostato do campo paralelo (RC) deve estar totalmente intercalada
no circuito. Isso permite que o motor se comporte como motor em série sem o perigo de disparar,
mesmo quando a carga é pequena ou nula.
Por sua vez, o reostato da armadura (Ra), ligado em série com o induzido, limita a corrente no
momento da partida. Após a partida, o cursor RC é deslocado para ajuste da velocidade.
Comutação
Nos motores e geradores de corrente contínua, a ligação da armadura com o circuito externo é
feita por meio de escovas que se apoiam sobre as lâminas do coletor.
Quando se alimenta o motor ou se retira a corrente gerada pelo gerador, as escovas fecham
durante a rotação, no mínimo, duas lâminas do coletor em curto. Isso provoca um faiscamento.
Esse faiscamento acontece porque, no momento em que a escova está comutando de uma
lâmina para outra, a corrente que circula na bobina tem seu sentido invertido.
Para que o motor ou o gerador não sejam danificados, devido ao faiscamento, o curto deverá
ocorrer quando a bobina estiver passando pela zona neutra do campo magnético, já que aí não há
tensão induzida.
Por causa da reação do induzido, o ponto de comutação no motor e no gerador é móvel e varia
de acordo com a carga.
Reação do induzido
Nas máquinas de CC, quando não circula corrente no induzido, o campo magnético produzido
pelas bobinas do estator é constituído por linhas retas, e a densidade do fluxo é praticamente
uniforme.
Quando uma corrente é aplicada ao induzido com uma fonte externa qualquer e se interrompe
a corrente das bobinas do estator, o campo magnético produzido no induzido será constituído por
linhas concêntricas.
Quando a máquina estiver em funcionamento e com carga, ou seja, quando a máquina estiver
com corrente circulando nas bobinas do estator e nos condutores do induzido, seus campos
magnéticos interagem formando um novo campo magnético com as linhas destorcidas e sem
uniformidade.
Nas extremidades polares A e D, as linhas do campo magnético, criado pela corrente que
circula no induzido, têm sentido oposto ao campo produzido pela corrente que flui do estator.
O inverso acontece nas extremidades B e C, onde as linhas do campo magnético, criado pelo
induzido, têm o mesmo sentido das linhas produzidas pelo estator.
Em conseqüência, ocorre uma redução das linhas nos campos magnéticos das extremidades
A e D e uma intensificação nas extremidades B e C. Todavia, a intensificação em B e C não
compensa a redução que se verifica em A e D. Isto se deve à saturação magnética que provoca a
redução do fluxo magnético total.
Norma
Veja agora um exemplo da placa de máquina de CC conectada para funcionar como motor
misto de acordo com a norma ASA.
Introdução
Muitas vezes, um defeito eletroeletrônico pode ser causado por uma falha mecânica ou vice-
versa. Assim, veremos nesta unidade, alguns componentes mecânicos básicos, tais como:
transmissões mecânicas, hidráulicas e pneumáticas, e rolamentos.
Observação
Num sistema de transmissão por atrito existe um deslizamento que, nas correias trapezoidais é
menor que nas correias planas.
• Acoplamento fixo,
• Acoplamento extensível,
• Acoplamento de desengate,
• Acoplamento elástico.
Acoplamento fixo
O acoplamento fixo serve para unir duas extremidades de eixos. As superfícies de aperto
podem ser paralelas ou perpendiculares ao eixo como mostram as figuras a seguir.
Acoplamento extensível
O acoplamento extensível serve para unir eixos separados por grandes distâncias.
Acoplamento de desengate
Observação
Acoplamento elástico
Transmissão hidráulica
Transmissão pneumática
Rolamentos
Rolamentos são componentes mecânicos criados para diminuir o atrito nos eixos rotativos que
transmitem movimento.
Os rolamentos radiais que podem ser de esferas ou de roletes servem para suportar eixos
rotativos, solicitados exclusivamente para forças radiais, como por exemplo, a força exercida por uma
polia em uma máquina girante.
Os rolamentos axiais ou de encosto servem para suportar solicitações axiais a que os eixos
rotativos estão sujeitos.
Observação
Se um eixo for solicitado axialmente e radialmente, ele deverá ser provido dos dois tipos de
rolamentos.
Como os rolamentos são usados em máquinas girantes, é importante conhecê-los para realizar
montagens, desmontagens, verificações e lubrificações de maneira correta para aumentar sua vida
útil.
Ouvir
Como mostra a figura abaixo, coloque uma chave de fenda ou um objeto similar contra o
alojamento, o mais próximo possível do rolamento.
Ponha o ouvido na outra extremidade e ouça. Se tudo estiver bem, um ruído suave deverá ser
ouvido. Um ruído uniforme, porém metálico, indica falta de lubrificação. O som de um rolamento
danificado é irregular.
Sentir
Se a temperatura parecer mais alta que o normal, ou com variações bruscas, isto é indicação
de que existe algo errado.
O aquecimento pode ser causado por sujeira, falta de lubrificação, excesso de lubrificação,
sobrecarga, folga interna muito pequena, ou porque o rolamento está “preso” axialmente por causa
da excessiva pressão dos retentores.
Deve ser lembrado que, imediatamente após a lubrificação, existirá um aumento natural de
temperatura que pode durar um ou dois dias.
Observar
Quando existe um sistema de lubrificação automática, este deverá ter seu funcionamento
verificado periodicamente.
Lubrificar
Para a lubrificação com graxa, limpe a engraxadeira para injetar graxa nova.
Quando a caixa do rolamento não possuir engraxadeira, a relubrificação deve ser feita na
parada programada da máquina. As tampas deverão ser removidas para retirar toda a graxa usada
antes de colocar a graxa nova.
Mesmo que as caixas possuam engraxadeiras, a graxa usada deve ser removida e substituído
por nova, sempre que as caixas forem abertas e seus componentes lavados.
Quando se efetua a troca, o óleo usado deve ser drenado completamente e o conjunto lavado
com óleo limpo, de preferência o mesmo que será usada na reposição.
Na lubrificação em banho de óleo, geralmente é suficiente efetuar a troca uma vez ao ano,
desde que a temperatura de trabalho não ultrapasse 50ºC e não haja contaminação. Quando a
temperatura for maior que 50ºC, o óleo deverá ser trocado com maior freqüência, segundo as
seguintes indicações:
Os rolamentos das máquinas girantes devem ser inspecionados e limpos a intervalos regulares
de tempo.
Esse tipo de inspeção deve ser feito preferivelmente durante as paradas programadas da
máquina ou quando ela for desmontada por alguma razão, tanto para inspeção quanto para reparos.
A inspeção deve ser feita numa área de trabalho limpa. Para iniciar a desmontagem da
máquina, limpe sua superfície externa.
Lave o rolamento exposto onde é possível fazer inspeção sem desmontagem. Use um pincel
molhado em aguarrás ou querosene.
Seque o rolamento com um pano limpo e sem fiapos ou com ar comprimido e verifique se
algum componente do rolamento entrou em rotação.
Um pequeno espelho com haste, semelhante aos usados por dentistas, pode ser útil na
inspeção das pistas, gaiola e corpos rolantes do rolamento.
Um rolamento em boas condições nunca deve ser desmontado a não ser que seja
absolutamente necessário.
Se o rolamento é desmontado com interferência no eixo, deve-se usar um extrator cujas garras
devem ser apoiadas diretamente na face do anel interno.
Quando não é possível alcançar a face do anel interno, o extrator poderá ser aplicada na face
do anel externo. Entretanto, é muito importante que o anel externo seja girado durante a
desmontagem, de modo a distribuir os esforços pelas pistas e evitando que elas sejam marcadas
pelos corpos rolantes.
Nesse caso, o parafuso deve ser travado ou preso com uma chave e as garras deverão ser
giradas com as mãos ou com uma alavanca .
As pistas e corpos rolantes devem ser inspecionados para verificar se existem sinais de danos.
Um rolamento está em boas condições quando não possui marcas ou outros defeitos nas pistas,
anéis, corpos rolantes ou gaiolas e gira uniformemente sem ter folga interna radial anormalmente
grande.
Um rolamento nessas condições pode ser montado novamente sem risco algum.
Os rolamentos pequenos podem ser montados com ajuda de uma “caneca” ou um pedaço de
tubo.
O tubo deve estar bem limpo e ter extremidades planas, paralelas e sem rebarbas.
Coloque a ferramenta contra o anel interno. Com um martelo comum, aplique golpes sempre
bem distribuídos ao redor da extremidade do tubo. Tome cuidado para que o rolamento não entre
enviesado no eixo.
Observação
Os martelos de chumbo ou outro metal macio não são indicados porque podem soltar
fragmentos que penetram no rolamento.
Nunca aplique golpes diretos nos rolamentos, pois isso poderá trincar os anéis e danificar as
gaiolas além do perigo de partículas metálicas se destacarem e causarem avarias quando o
rolamento for colocado em operação.
Não aplique força contra o anel quando o rolamento for montado no eixo. Isso danifica as
pistas e os corpos rolantes e reduz consideravelmente a vida útil do rolamento.
Quando se dispõe de uma prensa mecânica ou hidráulica, esta poderá ser usada na
montagem de rolamentos pequenos e médios.
Observação
Os rolamentos grandes são montados com maior facilidade se forem primeiramente aquecidos
a uma temperatura de 80 a 90ºC acima da temperatura ambiente. Contudo, esses mesmos
rolamentos nunca deverão atingir uma temperatura acima de 120ºC.
O óleo deve ser limpo e ter um ponto de fulgor superior a 250ºC. O recipiente deve estar limpo
e conter óleo suficiente para cobrir completamente o rolamento. Este não deve estar em contato
direto com a base do recipiente, devendo ser colocado sobre uma plataforma ou calço adequado
para evitar aquecimento direto.
O banho deve ser aquecido numa chapa elétrica, bico de gás ou equipamento semelhante.
Observação
MEDIDORES DE ROTAÇÃO
Na unidade anterior, vimos que existem dois equipamentos para medir a rotação (rpm) das
máquinas elétricas: o gerador taquimétrico e o gerador Hall.
Gerador taquimétrico
Ele é acoplado ao eixo da máquina e gera uma tensão quando o eixo gira. Essa tensão
realimenta o circuito dando, em forma de tensão, uma informação da velocidade da máquina.
Geralmente, essa tensão é da ordem de 60V para cada 1000rpm. Porem, pode haver outros
valores de relação, como por exemplo, 20V/1000rpm; 100V/1000rpm.
Gerador Hall
Para que haja continuidade no movimento de rotação de um motor com comutação eletrônica,
há necessidade de um sensor para indicar a posição do rotor.
Esse sensor é o gerador Hall que consiste de uma placa de material semicondutor, geralmente
uma liga de índio e antimônio, percorrida longitudinalmente por uma corrente (I1) sob um campo
magnético B.
Funcionamento
Uma diferença de potencial surge entre os pontos x e y e que é chamada de efeito Hall. Essa
tensão é dada por:
RH
VH = . B. I1
d
Onde:
• VH é a tensão Hall;
• d é a espessura do condutor;
• B é a intensidade do campo magnético;
• I1 é a corrente no condutor.
O gerador Hall fornece uma tensão polarizada em função do campo e da corrente, por isso,
formatos diferentes fornecem rendimentos diferentes, ou seja:
Aplicações
• Em sistemas de ignição de automóveis nos quais evita contatos mecânicos que implicam no
desgaste das peças e permite ajuste contínuo do sistema;
FREIO DE PRONY
O freio de Prony é um dispositivo que deve ser adaptado ao eixo de um motor com a finalidade
de carregar o motor mecanicamente. Observe o freio de Prony na figura abaixo.
A embreagem é de madeira e tem o formato de sapata. Ela freia o motor através de um polia
montada na ponta do eixo.
Observe, na extremidade esquerda da alavanca, dois parafusos. Eles servem para controlar a
pressão da sapata sobre o eixo. Isto permite carregar mecanicamente o motor.
Observação
Desenvolvimento teórico
Conjugado de um binário
ou, abreviadamente,
C=F.d
É o produto do valor da força pela distância entre um ponto e a direção da força. Observe a
figura.
ou, abreviadamente,
M=F.d
A fórmula de trabalho é:
ou, abreviadamente,
T=F.d
Potência
A fórmula de potência é:
trabalho
potência =
tempo
T
P =
t
kgm
O símbolo utilizado é
s
Transformação de unidades
A potência dos motores elétricos é dada nas unidades de medida cavalo-vapor ou cavalo-
força. O símbolo de cavalo-vapor é CV e o de cavalo-força é HP.
O valor da força lida no dinamômetro é indicado pela letra F. O valor do raio da polia é indicado
pela letra r. Observe, a seguir, a dedução de uma fórmula para o cálculo da potência.
F.d
P =
t
Veja:
F.d
p =
t
d=2.π.r.n
F.2.π.r.n
Portanto, p = .
t
n
Isto significa que, na fórmula anterior, a razão deve ser transformada para podermos fazer a
t
substituição. Acompanhe as passagens abaixo.
número de rotações n n n
rpm = = = =
tempo em min t 1min 60 s
F.2.π.r.n
p =
60 s
N.m kgm
=
s s
kgm
Mas como já vimos, 1CV = 75 .
s
1kgm 1CV
Logo, =
s 75
Concluímos que a fórmula deve ser dividida por 75. A potência vai ser calculada em cavalos-
vapor.
F.2.π.r .n
Pcv =
75 . 60
No numerador temos uma multiplicação de vários fatores. A ordem dos fatores não altera o
produto. Por isso, vamos reescrever a fórmula acima na forma mais usual:
2.π.r.n.F
Pcv =
75 . 60
2.π.r .n.F
PHP =
75,6 . 60
C=F.r
Exemplo:
A fórmula é:
2.π.r .n.F
Pcv =
75 . 60
4 446,2
Pcv =
4 500
C=F.r
C = 0,2 . 2
Portanto C = 0,4 N . m
A) Informações Tecnológicas
Esta unidade apresenta os procedimentos para a identificação tanto dos bornes quanto das
bobinas do transformador. Para tornar mais fácil essa tarefa, é necessário possuir conhecimentos
anteriores sobre ligação estrelas e triângulo e continuidade de enrolamento.
Você já aprendeu que o transformador é a máquina que permite rebaixar ou elevar os valores
de tensão ou corrente CA de um circuito. Seu princípio de funcionamento baseia-se no fato de que
uma tensão é induzida no secundário quando este é cortado pelo fluxo magnético variável gerado no
primário.
As letras devem ser acompanhadas pelos números 0, 1, 2, 3... etc. para indicar o primeiro
terminal neutro e os terminais restantes do circuito. Veja exemplo a seguir.
Y/Y
estrela-estrela
A norma relativa à seqüência das letras que identificam os bornes exige que os de maior
tensão sejam marcados da esquerda para a direita de quem olha o transformador do lado dos bornes
de menor tensão. Veja diagrama a seguir.
A marcação dos bornes de menor tensão é feita obedecendo à relação de fase existente entre
as altas e as baixas tensões.
Polaridade
Esse detalhe é muito importante quando se deve identificar os fios (ou “taps”) do transformador
trifásico.
U + > U → aditiva
U + < U → subtrativa
Então, aplica-se tensão em um dos circuitos. Por exemplo, a tensão U no circuito de maior
tensão. Se a tensão total (Ut) existente entre os outros terminais (H2 e X2) dos circuitos for maior que
U, diz-se que a polaridade é aditiva. Se UT for menor que U, a polaridade é subtrativa.
Nos transformadores com polaridade aditiva, a placa deve estar com os terminais dispostos
conforme mostra a figura a seguir.
Núcleo
O núcleo constitui o circuito do transformador. É uma peça metálica construída com chapas de
ferro-silício isoladas entre si e sobre a qual são montadas as bobinas.
• Espessura de no 24 a no 26 BS;
Dimensões de chapas EI
• Convencional plano;
• Spirakore.
O núcleo convencional plano pode ser formado por chapas no formato EI e no formato I.
Esses núcleos dispõem de três colunas unidas por duas armaduras. Na junção das armaduras
com as colunas, as chapas são entrelaçadas e fixadas por meio de cantoneiras, parafusos e porcas.
O núcleo spirakore possui armaduras em forma de coroa obtida pelo enrolamento de uma fita
de chapa de ferro.
Nesse tipo de núcleo, as chapas das armaduras também se entrelaçam com as das colunas
para serem fixadas por meio de ferragem especial.
Num transformador trifásico, cada coluna é responsável por 1/3 da potência do transformador.
Assim, para um transformador trifásico de 1500VA, a área de cada coluna deve ter a capacidade de
500VA.
Fios magnéticos
Fios magnéticos são condutores elétricos usados em bobinados. Geralmente são fabricados
com cobre ou alumínio e revestidos com materiais isolantes como esmalte, seda ou algodão.
• Isolamentos do tipo A (papel, tela oleada, algodão, seda, fibras isolantes e vernizes
comuns) que suportam, quando em serviço, temperaturas de até 105ºC;
• Isolamentos do tipo HT-S que permitem temperaturas de até 175ºC e são usados em
máquinas que devem funcionar em ambientes e situações especiais, como por exemplo,
motores que trabalham dentro de estufas.
Os fios magnéticos podem ser especificados pelo seu diâmetro, por sua seção transversal ou
pelo número da bitola AWG.
A tabela a seguir relaciona o diâmetro e a seção com a bitola AWG e fornece as características
de resistência e correntes admissíveis para várias densidades de corrente.
Número de espiras por centímetro quadrado (várias camadas) para fios magnéticos isolados
com diferentes materiais.
11 17,6 - - - 14,4
12 22,0 - - - 18,5
13 28,0 - - - 21,2
38 - 3480,0 - - 1090,0
39 - 3840,0 - - 1160,0
40 - 4360,0 - - 1230,0
Legenda:
Observação
Número de espiras por centímetro quadrado (uma camada) para fios magnéticos isolados com
diferentes materiais.
11 4,2 - - - 3,8
12 4,7 - - - 4,3
13 5,3 - - - 4,6
38 - 59,0 - - 33,0
39 - 62,0 - - 34,0
40 - 66,0 - - 35,0
Observação
Observações
• Uma diminuição de três números na bitola do condutor AWG (por exemplo, de 10 para 7)
dobra a seção e o peso e, por conseguinte, reduz a resistência pela metade.
• Uma diminuição de seis números (por exemplo, de 16 para 10), dobra o diâmetro.
• Uma diminuição de dez números multiplica a seção e o peso por dez e divide a resistência
por dez.
Isolantes
A tabela a seguir mostra os vários tipos de resinas sintéticas utilizadas na isolação dos fios
magnéticos.
Designação Classe
Tipo de esmalte Propriedades Especiais
PIRELLI-ISOFIL Térmica ºC
Poliviniformal Pireform 105 Grande resistência à
abrasão, a agentes químicos
e a óleos minerais.
Resistente ao fluido
refligerante 22, baixa
porcentagem de extração,
resistente a agentes
químicos.
Polivinilformal ou Pirofix 105 Auto-colante, com grande
poliuretana com resistência à abrasão.
camada termoplástica
de cimentação
Epoxi Pirenor 130 Resistente à umidade, ao
óleo de transformador e
espessura de isolamento
especial (compreendida entre
a simples e a reforçada da
NEMA-MW-1000).
Epoxi Pirequent 130 Resistente à umidade, a
óleos de transformador e à
temperatura.
Tereftálico Imídico Pireterm 155 Resistente a agentes
químicos e à temperatura.
Poliester imídico Reterm 180 Resistente a temperatura e
agentes químicos. Excelente
termoplasticidade.
Impregnação
Quase todos os materiais isolantes usados nos enrolamentos são produzidos com fibras de
natureza higroscópica, ou seja, fibras que têm a capacidade de absorver a umidade do ar.
Por isso, em condições normais, cerca de 10% do volume de isolantes como algodão e seda
são constituídos por água. Essa umidade faz baixar a resistência de isolamento desses materiais e
permite fugas de corrente o que acarreta a rápida danificação do enrolamento.
Assim, após a bobinagem de uma máquina elétrica, deve-se eliminar toda a umidade contida
em seus enrolamentos e, em seguida, protegê-lo para impedir a penetração de elementos que
possam danificá-lo.
Impregnação
O processo de impregnação também é usado para dar aos enrolamentos rigidez mecânica que
impeça as vibrações provocadas pelos efeitos magnéticos que também danificam os enrolamentos.
• Prévio aquecimento;
• Envernizamento;
• Escorrimento;
• Secagem final.
O prévio aquecimento serve para retirar dos enrolamentos a umidade existente nos poros dos
materiais isolantes. Serve também para elevar a temperatura dos enrolamentos o que permite a
maior penetração do verniz isolante.
Em casos de emergência, o aquecimento pode ser feito por meio de lâmpadas colocadas nas
proximidades do enrolamento. Pode-se, também alimentar o enrolamento com tensões bastante
reduzidas. Em ambos os casos é necessário observar o limite de temperatura de 95°C, pois não é
aconselhável que a água ferva no interior do enrolamento.
Após três horas de aquecimento prévio, a máquina deve ser retirada da estufa para que se
possa passar à fase do envernizamento.
O método mais técnico, porém, é o da impregnação a vácuo. Por esse método, todo o
processo de impregnação se realiza na câmara de impregnação, desde o prévio aquecimento até a
secagem final.
Enrolamento de Motores
Uma tarefa comum para o eletricista de manutenção industrial é avaliar o estado dos
enrolamentos dos motores e determinar se há condições de uso do enrolamento ou se há
necessidade de rebobinar o motor.
Nesta unidade, você aprenderá toda a teoria necessária à interpretação do esquema elétrico
do enrolamento e os passos práticos necessários à execução do enrolamento.
Para aprender esses conteúdos com mais facilidade, você deverá ter conhecimentos
anteriores sobre eletromagnetismo, corrente alternada trifásica, indutância e potência em CA.
Esquemas de bobinados
Os esquemas indicam, através de traços, a posição relativa das bobinas e suas interligações
no conjunto que forma a estrutura elétrica do motor.
Os traços devem ser diferentes, ou seja, grossos, finos, pontilhados, tracejados etc. ou de
cores diversas quando se quer representar:
Formação de um pólo
Um pólo é formado por uma ou mais bobinas ligadas em série de modo que a corrente circule
sempre no mesmo sentido. Dessa maneira, os campos magnéticos originados em cada bobina se
somam.
Observação
Polarização
Um motor elétrico tem, no mínimo, um par de pólos: norte e sul. Esse par de pólos é formado
pela ligação de dois grupos de bobinas.
Num dos grupos, o sentido da corrente é igual ao do movimento dos ponteiros do relógio; este
é o pólo norte.
Pólos ativos
Pólos ativos são pólos criados a partir de ligação de grupos de bobinas. Essas ligações são
feitas uma ao contrário da outra. Se houver dois grupos de bobinas, haverá dois pólos ativos.
Pólos conseqüentes
Pólos conseqüentes são pólos criados por conseqüência, ou seja, metade do número de pólos
é formado por pólos ativos e a outra metade aparece em conseqüência da primeira. A corrente circula
nos grupos em um único sentido.
Na figura a seguir, são representados dois grupos de bobinas cuja ligação apresenta dois
pólos ativos e dois pólos que aparecem por conseqüência. Isso dá uma polarização de quatro pólos.
Nesse tipo de bobinado, o número de grupos por pólo e fase é igual à metade do número de
pólos magnéticos do motor. Esses grupos estão ligados de tal forma que a corrente circula no mesmo
sentido em todos os grupos pertencentes à mesma fase.
A figura a seguir representa um motor trifásico de 12 ranhuras, 4 pólos, com bobinado meio
imbricado de um lado de bobina por ranhura, uma bobina por pólo e duas bobinas por fase.
Nos centros de cada bobina de uma mesma fase formam-se dois pólos chamados norte e nos
espaços existentes entre as bobinas criam-se os pólos opostos chamados sul.
As bobinas de todo o motor trifásico são ligadas de modo a formar três enrolamentos
separados, chamados fases.
As três fases têm o mesmo número de bobinas. Isto significa que o número de bobinas por
fase será igual a um terço de número total de bobinas existentes no motor.
Interpretação do esquema
Cada fase é representada por linhas de traços diferentes. Neste caso, o passo da bobina é 1 a
6. As bobinas são em número de quatro formando 4 pólos ativos em cada fase.
A polarização é feita em cada enrolamento ou fase. Cada fase forma quatro pólos; a corrente
circula em sentido contrário ao do grupo anterior.
As conexões de polarização para a fase A são feitas entre os círculos 6 e 12, 7 e 13, 18 e 24;
para a fase B, entre os círculos 10 e 16, 11 e 17, 22 e 4; para a fase C, entre os círculos 14 e 20, 15 e
21, 2 e 8.
As entradas e saídas dos bobinados correspondentes a cada fase são dadas pelos círculos 1 e
19, 5 e 23, 9 e 3.
• Fase A - U e X ou 1 e 4;
• Fase B - V e Y ou 2 e 5;
• Fase C - W e Z ou 3 e 6.
O enrolamento meio imbricado é um dos mais usados pelos fabricantes de motores pequenos
e médios. Sua montagem é muito simples e economiza tempo de execução do enrolamento, além de
permitir fácil ventilação.
O enrolamento meio imbricado leva esses nome porque não segue a sucessão exata das
bobinas do enrolamento imbricado.
Esse tipo de enrolamento não é recomendado para motores grandes porque suas bobinas
ficam muito grossas, e oferecem perigo de curto-circuito nos cruzamentos.
O enrolamento meio imbricado é aquele que tem um lado da bobina por ranhura e seu número
de bobinas é a metade do número de ranhuras existentes, porque cada um dos lados da bobina
ocupa uma ranhura inteira. Em conseqüência, cada bobina ocupa duas ranhuras.
Nr
Nb =
2
12
Assim, um motor com 12 ranhuras, terá 6 bobinas, porque Nb =
2
Nesse motor, a primeira bobina ocupa as ranhuras 1 e 6, a segunda, 3 e 8 e assim por diante
até a 12a bobina, que ocupa as ranhuras 11 e 4.
As bobinas desse rolamento têm a mesma forma e tamanho. Elas são usadas em estatores ou
rotores de ranhuras abertas ou semi-abertas. Veja figura a seguir.
Passo polar é a distância entre dois pólos consecutivos, ou a quantidade de ranhuras ocupada
por um pólo. É também a região da influência magnética do grupo de bobinas.
Nr
Yp =
p
Onde:
• Yp é o passo polar;
As figuras a seguir mostram o esquema do passo polar para motor de 2 pólos e motor de 4
pólos.
O passo da bobina pode ser inteiro (Ybi), fracionário (Ybf) ou superior (Ybs).
4
Ybf = Yp .
5
6
Ybs = Yp .
5
Observações
É o resultado da divisão da quantidade de bobinas (Nb) pelo número de pólos (p) vezes o
número de fases (f).
Nb
Q=
p.f
É o resultado da multiplicação de 1800 E pelo número de pólos do motor, ou seja, GET = 1800
.P
Observação
Se o motor tiver dois pólos, os graus elétricos coincidirão com graus geométricos, ou seja: 3600
E = 3600 geométricos
GET
GE/r =
Nr
É a distância entre as fases que deve ser observada para iniciar cada enrolamento.
Para as entradas de força U, V, W, devemos considerar uma distância em graus elétricos que
coincida com a fonte de alimentação.
Yf =
120°
GE / r
Estabelecer a distribuição das bobinas de um motor trifásico de 24 ranhuras para dois pólos.
24
NBV = = 12 bobinas
2
24
Yp = = 12 ranhuras
2
12 12
Bobinas por pólo e por fase = = =2
2.3 6
4 48
Ybf = . 12 = = 9,6
5 5
O passo das bobinas não poderia ser maior porque as ranhuras seguintes são ocupadas pelas
bobinas do outro pólo.
Para completar a esquema com as bobinas de três fases, temos o diagrama simplificado a
seguir.
Este tipo de enrolamento é muito usado para ligações de pólos conseqüentes em motores de
duas velocidades.
Neste tipo de enrolamento, os lados de cada bobina ocupam uma ranhura cheia; o número de
bobina é, portanto, igual à metade do número de ranhuras.
O enrolamento é constituído por grupos de bobinas de formato geralmente oval. Cada grupo é
formado por duas, três e até mais bobinas de tamanhos diferentes e o passo de cada bobina é
diferente do outro.
O grupo de bobinas ocupa 12 ranhuras. A bobina menor tem o passo 7, a média 9 e a maior,
11. Este último é maior que o passo polar porque, tratando-se de enrolamento de ranhura cheia, o
passo total do grupo ou da bobina maior é sempre maior.
Nos motores grandes, em lugar de fios, são usadas barras grossas cortadas e enfiadas nas
ranhuras, conformadas de acordo com a posição que devem ocupar. São posteriormente soldadas,
completando as espiras das bobinas.
Neste tipo de enrolamento, as bobinas são de igual tamanho e, portanto, os passos são iguais.
O passo da bobina é 20, isto é, ranhuras 1 a 21; o passo do grupo é 23 e o passo polar é 24,
encontrado pela seguinte fórmula:
Nr 96
Yp = = = 24
2p 4
Para motores de muitas ranhuras, esse tipo de enrolamento é feito em várias camadas, como
está representando nos esquemas abaixo.
Como já foi estudado, isolante elétrico é todo o material cuja condutibilidade elétrica é tão
pequena que a corrente que o atravessa pode ser desprezada.
Um isolante deve reunir uma série de propriedades que dependem do uso que se fizer dele.
• Rigidez dielétrica,
• Resistência mecânica,
O isolamento deve apresentar resistência mecânica, ou seja, deve ser capaz de suportar os
esforços centrífugos e vibrações a que são submetidas as bobinas de máquinas giratórias.
O isolante deve resistir à ação de ácidos, óleos, sais e quaisquer produtos químicos que
possam afetar sua ação isolante.
O isolamento deve resistir a mudanças de temperatura, ou seja, deve manter sua capacidade
de isolação em distintas temperaturas de trabalho. Esta propriedade determina a vida útil do
isolamento.
Tipos de isolantes
Papéis e cartolinas
Os papéis são higroscópicos e porosos, por isso devem ser impregnados com verniz, resina ou
óleo secante.
Fibras
A fibra natural é uma chapa isolante obtida pelo tratamento do papel de algodão com cloreto de
zinco e posterior laminação à espessura desejada. É um material sólido e rígido, de excelente
resistência mecânica e alto coeficiente isolante.
Seu principal inconveniente é absorver umidade. Isso altera suas dimensões e suas
propriedades.
Para eliminar a umidade da fibra, aumentar suas propriedades isolantes e sua resistência ao
calor, ela deve ser impregnada com verniz ou goma-laca.
As fibras sintéticas são os isolantes mais modernos. Eles podem ser fabricados a partir de
laminados de poliéster, acetato, micanite e outros. Possuem excelentes propriedades mecânicas e
dielétricas e resistem a altas temperaturas.
Esses tipos de isolantes usam materiais como algodão e seda natural ou artificial em sua
fabricação.
A característica mais importante desses isolantes é a sua flexibilidade. Às vezes, a fita tem
uma face coberta com substância adesiva, para permanecer firme no lugar onde é colocada.
A tela Cambric é composta de um tecido forte de textura apertada, tratado com vernizes
isolantes de ótima qualidade. Essa tela dá um acabamento polido e brilhante à superfície em que é
usada. A tela Cambric pode ser adquirida por metro ou em rolos de diversas medidas e espessuras.
Os cadarços de algodão também fazem parte desse grupo e são compostos de tecido de fibras
de algodão com boa resistência à tração. Para minimizar os efeitos da umidade. Os cadarços devem
passar por processo de impregnação.
• Não-inflamável.
As telas de fibra de vidro são constituídas de um tecido formado por fibras de vidro muito finas.
Estas fibras são originadas ao se fazer passar vidro líquido sob pressão de vapor, através de um
recipiente especial com orifícios muito pequenos.
As fibras são de diâmetro menor que um fio de cabelo e com ela formam-se telas, fitas e tubos.
As fibras de vidro não absorvem umidade, resistem aos ataques químicos e podem ser usadas
em altas temperaturas.
Isolante Emprego
Papel impermeável milar e Entre capas de bobinas de transformadores;
milarflex eletroímãs
Papel fibróide Ranhuras de motores e estatores; carretéis
Fibras vulvanizadas Carretéis, separadores, cunhas ranhuras
Ranhura e núcleos; geralmente acompanhando de
Tela Cambric
papel fibróide
Cadarço de algodão Encadarçamento e amarração de bobinas
Cadarços tubulares em fitas Emendas e condutores
Folhas de mica e micante Entre lâminas de corretores; ranhuras
Cadarço de fibra de vidro Encadarçamento de bobinas
Cadarços tubulares de vidro Emendas e condutores
A próxima tabela apresenta a relação entre os tipos de isolantes e suas temperaturas máximas
de trabalho.
Isolante Temperatura
Algodão, seda, papel e matérias orgânicas não impregnadas nem 90°C
submersas em dielétricos líquidos
Algodão, seda, papel e matérias orgânicas impregnadas ou 100°C
submersas em dielétricos líquidos
Mica, amianto, fibra de vidro e matérias inorgânicas construídas com 130°C
ligação de substâncias orgânicas
Mica, amianto, fibra de vidro e outras matérias inorgânicas 180°C
combinadas com silício ou materiais de características similares
Mica, materiais cerâmicos, quartzo e matérias inorgânicas similares 180°C ou mais
Além dos defeitos externos, provocados por falhas nas ligações, podem ocorrer também
defeitos internos nos motores de CC, sobre os quais falaremos neste capítulo.
As escovas são responsáveis, na maioria das vezes, pelo faiscamento que se origina entre
elas e o coletor.
• mica saliente.
Quando as escovas estão fora da linha neutra, elas devem ser ajustadas no plano de
comutação.
Quando há pressão irregular das escovas, deve-se verificar o porta-escova e regular a pressão
das escovas.
Quando há mau contato entre as escovas e o coletor, deve-se verificar a superfície de contato
das escovas.
Coloca-se uma lixa fina sobre o coletor e sobre ela apoiam-se as escovas sob pressão. Gira-se
o eixo com a mão, ajustando-se as escovas de modo que toda a sua superfície se apoie sobre o
coletor.
Para remover a sujeira, o coletor deve ser desengraxado com benzina ou polido com lixa fina.
A mica saliente provoca falta de corrente contínua entre coletor e escova. Isso causa, além de
faiscamento, funcionamento barulhento.
• solda defeituosa,
• curto-circuito no induzido,
A solda defeituosa provoca o faiscamento que, por sua vez, escurece as lâminas
correspondentes. Se as pontas do enrolamento estão dessoldadas do coletor, o faiscamento aparece
em outras duas lâminas consecutivas.
Essa prova consiste em enviar corrente contínua de baixa tensão às lâminas onde deveriam
estar as escovas. Em seguida, mede-se, com o voltímetro, a tensão entre duas lâminas adjacentes e
assim por diante. As leituras devem ser iguais, salvo nas pontas defeituosas em que a tensão venha
a ser diferente de zero.
O curto-circuito no induzido pode ser provocado por aquecimento excessivo ou isolação fraca
ou defeituosa. Além do faiscamento, ele provoca um consumo de corrente maior do que o normal e
isso pode provocar a queima do enrolamento.
Para saber se o enrolamento do induzido está ligado à massa, verifica-se com uma lâmpada
de prova se há contato entre condutores e massa.
Após a localização da bobina defeituosa ou isolada, ela deve ser substituída por outra, nova,
conforme a necessidade.
Aquecimento anormal
• defeitos de lubrificação;
• defeito de ventilação;
• curto-circuito do induzido;
No caso de mancais ou rolamentos gastos, deve-se verificar a folga dos mancais e dos
rolamentos.
Isso acontece quando a máquina está instalada em lugar úmido e pouco arejado. Antes de
colocar a máquina em funcionamento, esta deve ser submetida a um teste de isolação.
O óleo lubrificante dos mancais também pode escorrer e penetrar nos enrolamentos. Nesse
caso, também é necessário efetuar um teste de isolação, pois tanto a umidade quanto o óleo
lubrificante estragam o verniz dos enrolamentos.
Para que a umidade e o óleo desapareçam, é necessário colocar a máquina em uma estufa
com uma temperatura de até aproximadamente 100ºC, não sem antes tomar o cuidado de retirar as
partes que podem ser danificadas com essa temperatura.
O curto-circuito no induzido pode ocorrer por contato entre lâminas ou entre as lâminas e a
massa e que é provocado por má ou falta de isolação, ou ainda por interposição de material condutor.
Isso provoca elevado aquecimento em todo o enrolamento.
O aquecimento também pode ser causado por espiras em curto-circuito. Esse defeito pode ser
verificado com o auxílio de lâmpada de prova e eletroímã.
Um curto-circuito nos enrolamentos de campo, ainda que pequeno, pode causar aquecimento.
Esse defeito, depois de localizado com eletroímã, deve ser reparado.
Quando os mancais e rolamentos estão gastos, a folga existente nas partes que suportam o
eixo do motor provoca atração do induzido contra as expansões e isso impede que o motor arranque.
Observação
Caso o motor misto tenha a sua velocidade reduzida e acentuado faiscamento, poderá estar
ocorrendo que os campos em série e em paralelo estejam ligados em oposição. Isso é corrigido,
trocando-se as ligações dos terminais F1 e F2 do campo em paralelo.
• excesso de velocidade.
A dissimetria do fluxo pode ter como origem um curto-circuito entre algumas espiras ou
desigualdade de espiras nos pólos. Este efeito é mais acentuado nos motores com enrolamento do
induzido em paralelo.
O excesso de velocidade é provocado pela interrupção da bobina de campo. Esse defeito após
localizado deve ser reparado.
As escovas são responsáveis pelo contato elétrico entre a parte fixa (carcaça) e a parte móvel
(induzido ou armadura) da máquina.
O bom funcionamento da máquina depende da qualidade desse contato e esse, por sua vez,
depende do perfeito ajuste das escovas sobre o coletor.
Quando há necessidade de substituição das escovas, por exemplo, são necessários alguns
ajustes.
A escova
A escova é uma peça que estabelece o contato elétrico deslizante entre uma parte fixa e uma
parte móvel de máquinas elétricas giratórias.
Essa peça é fabricada com uma mistura de pó de carvão e grafite. Em alguns casos, junta-se
também pó de cobre.
Tipos de escovas
As escovas são classificadas de acordo com a mistura empregada em sua fabricação. Assim,
temos:
As escovas à base de carvão são compostas de uma mistura de carvão (em maior proporção)
e de grafite. São usadas em máquinas de corrente contínua para tensões entre 110 e 440V.
As escovas com agregado de pó de cobre são compostas de uma mistura de carvão e grafite,
à qual se agrega o pó de cobre. Isso é feito para diminuir a resistência elétrica das escovas e
aumentar sua capacidade de condução da corrente.
Esse tipo de escova é empregado geralmente em máquinas de baixa tensão, como por
exemplo, os motores de arranque para automóveis.
As escovas à base de grafite são fabricadas a partir de uma mistura de carvão e grafite, com
uma proporção maior de grafite.
Essas escovas tem pouca resistência elétrica e melhores características lubrificantes. Dessa
forma, diminuem o desgaste do coletor.
Para selecionar o tipo mais adequado de escova a ser empregado, deve-se levar em conta os
seguintes aspectos:
• a velocidade do coletor,
• a pressão do contato,
• a resistência elétrica.
Manutenção
O cuidado com as escovas deve constar da verificação periódica das seguintes condições:
• superfície de contato,
• pressão da mola,
• conexão elétrica,
• desgaste natural.
O porta-escovas
O porta-escovas é constituído por uma caixa onde estão alojadas uma ou mais escovas e uma
mola ou lâmina curvada que pressiona as escovas, mantendo-as em contato com o coletor. São
fabricados de latão, cobre, baquelite ou plástico.
Existem várias formas de porta-escovas, segundo o tipo de máquina e de corrente que circula
por essa máquina.
Tipos de porta-escovas
• Fixo
• Regulável
Nas máquinas grandes, os porta-escovas são montados e isolados sobre um anel ou coroa. A
coroa, por sua vez, é montada na parte inferior de uma das tampas. Desse modo, os porta-escovas
podem se ajustar sobre os passadores no sentido lateral e no sentido vertical.
Manutenção
O coletor
O coletor é uma peça metálica, de formato circular, utilizada em todos os rotores bobinados.
Serve para ligar eletricamente, através das escovas, o bobinado móvel do rotor com os bobinados
e/ou circuitos externos.
Tipos de coletores
Os coletores de anéis são formados por dois ou três anéis, isolados entre si e montados sobre
o eixo da máquina, da qual estão eletricamente isolados.
Os coletores laminados são formados por diversas lâminas de cobre, isolados entre si e do
eixo do induzido. São construídos montando-se certo número de lâminas e igual número de
segmentos de mica sobre uma bucha de ferro formada por um conjunto com dois anéis frontais.
Nas máquinas de pequena potência, as conexões entre as lâminas e as pontas das bobinas
são feitas através da soldagem do condutor diretamente no entalhe existente na cabeça da lâmina.
Nas máquinas de maior potência, as lâminas têm suportes de metal rígido, nos quais são
soldados as pontas dos bobinados.
Os anéis frontais são de ferro e são isolados com arruelas cônicas de mica ou micanite. A
bucha ou casquilho é de ferro.
As características de um coletor são dadas pelo diâmetro exterior, pelo diâmetro do ferro
interno, pelo tamanho e quantidade das lâminas, pelo formato de suas cabeças e também pelo tipo
de isolamento que comumente é feito com mica, baquelite ou outro isolante.
Quanto ao formato, os coletores podem ser de dois tipos: tambor axial e frontal radial.
Os coletores do tipo frontal radial são usados nos motores de repulsão indução e também nos
motores de ferramentas portáteis, em motores de limpadores de parabrisas e em qualquer máquina
na qual o espaço ocupado pelo coletor é importante.
Manutenção
A superfície do coletor, onde estão assentadas as escovas, deve estar lisa e centrada em
relação ao eixo do rotor.
Os isolamentos de mica estão geralmente abaixo das lâminas e as ranhuras devem estar livres
de pó de carvão, para que cada lâmina fique eletricamente isolada das demais.
Os coletores devem ser mantido limpos, livres de óleo, graxa e umidade para evitar arcos
elétricos prejudiciais.
Esse tipo de teste deve ser realizado de acordo com a tensão da máquina onde está colocado
o coletor.
Nas máquinas de 6, 12 ou 24 volts, o teste é realizado através de uma lâmpada em série com
uma tensão de duas ou três vezes o valor dessa tensão. Essa recomendação vale tanto para o teste
entre as lâminas quanto para a prova entre as lâminas e a massa.
Para máquinas de maior tensão, como 220 volts, o teste entre coletor, conjunto e lâminas é
realizado com uma lâmpada em série de pouca potência, como a de 25 watts. Esta lâmpada é usada
para evitar a passagem de correntes altas e a formação de arcos elétricos prejudiciais.
2. Colocar uma lixa entre o coletor e a escova, com a face áspera voltada para a escova;
4. Lixar a escova, puxando a lixa no sentido da rotação do induzido, forçando a escova com a
mão:
Observação
O trabalho deve ser iniciado com lixa grossa e terminado com lixa fina, para que a superfície
de contato da escova fique o mais lisa possível.
9. Para verificar a força da pressão da mola, puxar o papel e fazer a leitura do dinamômetro no
momento em que o papel começar a se movimentar:
Observação
A pressão da mola deve ser de 150 gramas por centímetro quadrado de escova;
10. Colocar o rotor com os lados da bobina marcados no ponto central dos pólos auxiliares;
11. Afrouxar o colar de fixação do porta-escova e deslocar o conjunto até que uma das
escovas toque as duas barras do coletor onde são ligadas as pontas da bobina
condensada.
Observações
• Nas máquinas sem pólos auxiliares, o posicionamento das escovas em relação ao coletor
(calagem) é feita um pouco avançada no sentido da rotação para os geradores e atrasada
para os motores. Nessas máquinas, geralmente há uma marca no colar do porta-escovas,
indicando a posição exata da calagem.
• Nem sempre a lâmina do coletor fica no centro geométrico da bobina. Quando a escova é
mal calada, produz-se um intenso faiscamento no coletor.
B) Ensaios
Portanto, neste ensaio, você deverá comprovar a indução numa bobina com um ímã e
eletroímã e, movimento. Verificará a indução produzida por um campo magnético variável e,
finalmente, observar a relação entre a variação do número de espiras e a variação de tensão.
Equipamento
• Fonte de CC de 12VCC
• Fonte de CA de 10 VCA
• Multímetro
Material necessário
• Núcleos
• Ímã
Procedimento
1. Para comprovar a tensão induzida por ímã, conecte o voltímetro do multímetro à bobina de
maior número de espiras.
2. Movimente o ímã de tal forma que um dos pólos passe o mais próximo possível do orifício
da bobina.
Bobina 1 ____________ V
Bobina 2 ____________ V
Bobina 1 ____________ V
Bobina 2 ____________ V
8. Aproxime o ímã da bobina sem movimentá-lo. Houve geração de tensão? Por quê?
9. Para comprovar a indução de tensão por eletroímã, monte o núcleo na bobina de 800
espiras e aplique 12VCC e obtenha um eletroímã.
10. Movimente o eletroímã de tal forma que seu núcleo passe pelo orifício da bobina
conectada ao voltímetro (sem núcleo). O que aconteceu com o eletroímã?
Vind ____________
12. Coloque o núcleo da bobina e repita o passo 10. Anote o valor da tensão induzida.
Vind.____________
14. Aproxime o eletroímã da bobina sem movimentá-lo. Houve geração de tensão? Por quê?
15. Analise os passos realizados até o momento. Para que haja geração de tensão em uma
bobina, como deve ser o campo magnético a que ela deve ser submetida?
VBob2 ____________
18. Por que existe tensão na bobina 2 se ela está eletricamente isolada da bobina 1?
VBob2 ____________
22. Substitua a bobina 2 por uma bobina de 800 espiras e repita os passos 19 e 20. Por que
houve um aumento da tensão induzida?
Um bom profissional de manutenção não pode ter apenas conhecimentos teóricos sobre o
funcionamento dos equipamentos sob sua responsabilidade. Portanto, neste ensaio, você
desmontará o núcleo, enrolará e montará um transformador monofásico a fim de desenvolver as
habilidades que essa tarefa requer.
Equipamento
• Bobinadeira
• Alicate universal
• Alicate de corte
• Macete de borracha
• Ferro de solda
Material necessário
• Carretel
• Chapas do tipo E e I
• Espagueti
• Cabinho flexível
Procedimento
2. Para desmontar o núcleo laminado, solte os parafusos de fixação das cantoneiras que
envolvem o núcleo, usando a chave apropriada.
Observação
7. Em uma folha de papel, faça em esboço da posição das bobinas no núcleo, suas
dimensões e as posições das pontas de saída.
8. Desmonte o núcleo.
9. Desencadarce a bobina.
• Número de espiras;
13. Comece o enrolamento pelo primário, não sem antes isolar o fundo do carretel com fita de
poliéster.
15. Isole a emenda com espaguete tubular de comprimento igual ao comprimento do carretel.
17. Para prender o fio ao carretel passe uma camada de fita poliéster.
18. Ajuste o cantagiros e enrole a primeira camada, sobrepondo o espaguete tubular. Utilize
uma espátula não-metálica.
Observação
22. Faça uma isolação entre o enrolamento primário e o secundário com a fita de poliéster.
24. Quando o enrolamento estiver terminado, cubra o bobinado com uma camada de fita de
poliéster.
26. Bata suavemente no núcleo de madeira com o macete de borracha até removê-lo de
dentro da bobina.
30. Calcule a potência que este transformador pode fornecer. Use a fórmula:
P (VA) = 0,9 . A²
Onde:
Agora que você enrolou e montou seu próprio transformador, está na hora de testá-lo para ver
se funciona. Neste ensaio, você vai identificar os terminais de um transformador monofásico e testá-
lo para verificar seu comportamento com carga.
Equipamento
• Varivolt
• Amperímetro CA (0 a 10 A)
• Multímetro
• Wattímetro
Material necessário
• Reostato de 40Ω/225W
Procedimento
a. O primário possui:
b. O primário possui:
3. Para identificar os terminais do transformador, use fita adesiva nos locais mostrados no
diagrama a seguir.
6. Meça a tensão nas extremidades do enrolamento. Observe que essa tensão deve ser o
dobro da tensão aplicada.
Observação
9. Para ligar o transformador com carga, complete o esquema a seguir e monte o circuito.
10. Mantenha o reostato com máxima resistência. Alimente o circuito e anote no quadro a
seguir o valor da tensão com a chave aberta.
11. Feche a chave e anote no quadro do passo anterior o valor da corrente com máximo valor
de resistência do reostato.
12. Varie o valor do reostato para obter 2 A. Anote esse valor de corrente e o valor da tensão
do secundário.
15. Calcule a porcentagem da variação da tensão do transformador com carga e sem carga.
Use a seguinte fórmula:
Observação
17. Calcule o rendimento para cada carga do transformador. Use os dados das tabelas e a
seguinte fórmula:
Passo Rendimento
Potência de saída 10
η = x 100%
Potência de entrada 11
12
13
η = -------------------------- 13
13
18. Em qual valor de resistência o transformador apresentou melhor rendimento? Por quê?
Neste ensaio, você vai polarizar corretamente as bobinas do primário e secundário das três
fases de um transformador trifásico.
Equipamento
Material necessário
• Fios de ligação
• Prancha didática
Procedimento
4. Os resultados das medições poderão ser de dois tipos. Assim, assinale a alternativa que
você encontrou e proceda conforme o que nela está orientado.
Observação
Pode ocorrer uma pequena diferença a menor da corrente na bobina central em virtude da
dispersão magnética dessa bobina ser menor.
6. Ligue o primário novamente e meça as correntes de linha e verifique se elas são iguais.
Agora pode acontecer que as três correntes sejam iguais. Nesse caso, a bobina da fase A é
que estava invertida. Porém, se forem diferentes, a bobina A deverá voltar a posição original
e a bobina B será invertida. Esse procedimento deve ser repetido até se conseguir que as
três correntes fiquem iguais.
8. Alimente apenas uma das fases do primário (face A, B ou C) com uma tensão de 110V.
Observação
Os secundários da fase alimentada são os que apresentam maior tensão. A série será
aditiva quando a tensão nas extremidades da associação for o dobro da tensão do
secundário, e deve permanecer em série até o final da experiência.
11. Para identificar as outras duas fases (B e C), repita os passos 9 e 10.
12. Siga o esquema abaixo e faça a ligação das séries aditivas em estrela.
13. Alimente o primário, ligado em estrela, com 220VCA e meça as tensões de linha no
secundário.
Observação
As tensões encontradas deverão ter o mesmo valor. Caso os valores sejam diferentes,
uma das fases do secundário está invertida. Para acertá-la, deve-se fazer tentativas no
sentido de inverter uma fase por vez e medir a tensão a cada inversão até encontrar
valores iguais, o que indica que as fases estão ligadas corretamente.
Observação
As ligações internas entre as três fases do transformador trifásico podem ser feitas em estrela
e em triângulo.
Neste ensaio, você vai fazer diversas combinações de ligações no transformador e aprenderá
a relação de transformação nas combinações dessa ligações.
Equipamento
Material necessário
• Cabos de ligação
Procedimento
NX
EX = x EH = ----------------------
NH
Observações
• Aplique tensão reduzida, por exemplo, 220V ou menos, se o transformador for de tensão
elevada (acima de 600V).
Precaução
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
5. Compare o valor calculado (passo 2) com os valores das medições e escreva sua
conclusão.
NX EH
EX = . = ----------------
NH 3
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
Conclusão
NX
EX = 2 . EH = _____
NH
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
Conclusão
NX
.E H
EX =
2 = ____
NH . 3
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
Conclusão
15. Refaça os ensaios desde o passo 4 com o primário conectado em triângulo. Anote os
resultados na coluna ∆.
Observação
A tensão a ser aplicada na ligação em triângulo deve ser igual à aplicada na ligação em
estrela, dividida pela raiz de 3.
A função dos transformadores trifásicos é abaixar ou elevar a tensão a níveis desejados para
os sistemas trifásicos.
Através deste ensaio você aprenderá como montar um banco de transformadores e como
verificar sua potência.
Equipamento
Material necessário
Procedimento
Observação
Se a tensão medida for maior que 110V (polaridade aditiva), a identificação dos terminais
H1, H2 e X1 , X2 está correta. Contudo, se a tensão for menor do que 110V (polaridade
subtrativa), inverta a identificação nos terminais X1 e X2.
9. Comprove a relação entre a corrente de linha e a corrente de fase. Para isso, aplique a
fórmula: IL = IF . 3
EL1 – L2 ____________
EL1 – L3 ____________
EL2 – L3 ____________
11. Com os valores obtidos, calcule a potência dissipada pelas lâmpadas e a potência
fornecida pelo banco de transformadores. Para isso utilize as seguintes fórmulas:
13. Ligue novamente à rede trifásica o banco de transformadores conforme o circuito a seguir.
15. Com os valores obtidos, calcule a potência dissipada pelas lâmpadas e a potência
fornecida pelo banco de transformadores. Para isso, utilize as seguintes fórmulas:
Neste ensaio, você vai aprender todos os passos necessários à desmontagem e à montagem
de máquinas giratórias.
Material necessário
• Martelo de bola
• Punção de bico
• Saca-rolamento
• Tarugo de cobre
• Pincel
Procedimento
4. Retire a chaveta.
Observação
5. Com um punção de bico, de um golpe leve de modo a marcar a tampa do lado da ponta de
eixo. Marque a carcaça do motor na mesma direção e usando o mesmo procedimento.
Observações
a) É importante marcar o lado da saída do eixo para que, após a montagem, o motor fique
com as características originais.
b) Verificar se não existem marcas feitas anteriormente que possam confundir durante a
montagem.
7. Com o auxílio de uma chave adequada, remova os parafusos de fixação das tampas e
solte-as.
Observação
9. Retire as escovas.
10. Para soltar o porta-escovas, bata na ponta do eixo através de um tarugo de alumínio,
bronze ou madeira a fim de soltar a tampa traseira.
Observação
Ao retirar o conjunto da tampa traseira e rotor, tome cuidado para não danificar o
enrolamento.
11. Golpeie os ressaltos da tampa com um calço de madeira ou tarugo de bronze e martelo e
afrouxe-a.
Precaução
Observações
• Alguns motores dispõem de orifícios rosqueados nas tampas para facilitar a remoção.
Nesse caso, não bata na tampa para afrouxá-la, solte os parafusos.
13. Segure o motor com as duas mãos e retire-o com cuidado, para não roçar o enrolamento.
Observações
17. Para montar a máquina giratória, inicialmente limpe e lubrifique o eixo que irá receber o
rolamento.
Observação
Verifique se o eixo está retificado em toda a sua extensão, pois ele pode ter sido
danificado durante a desmontagem. Providencie a retificação, caso isso seja necessário.
18. Introduza o rolamento com o auxílio de um balancim e um tubo entre o balancim e o anel
interno do rolamento.
Observação
Certifique-se de que a ponta do eixo esteja do lado correto, de acordo com a marcação
efetuada durante a desmontagem.
21. Levante o rotor com ambas as mãos e introduza-o na carcaça sem roçar nas bobinas.
Precaução
Quando os rotores são muito pesados, deve-se pedir auxílio a outra pessoa, ou então,
usar uma talha apropriada.
23. Coloque umas das tampas levemente com macete de borracha sobre diversos pontos da
borda onde o enrolamento está alojado.
Observação
Verifique se essa tampa está colocada no lado e na posição corretos, conferindo com a
marcação feita com o punção durante a desmontagem.
24. Coloque os parafusos e aperte-os alternadamente até que a tampa se encaixe no rebaixo
da carcaça.
Observação
27. Gire o rotor manualmente para que os orifícios da tampa e contratampa do rolamento e da
tampa da carcaça se alinhem.
30. Aperte os parafusos suave e alternadamente até que a tampa do enrolamento seja
introduzida em seu encaixe.
Como exemplo de motores monofásicos de CA, podemos citar o motor universal e o motor de
indução. Dentre os motores de indução, conforme o tipo de partida, está o motor de fase auxiliar.
Neste ensaio, você vai verificar como funciona esse tipo de motor e identificar os seguintes
parâmetros: resistência de isolação, resistência dos bobinados, rpm, velocidade angular, potência,
fato de potência, corrente, tensão, rendimento.
Equipamento
• Megômetro
• Ponte de Wheatstone
• Tacômetro
• Wattímetro
• Voltímetro
• Amperímetro
• Fasímetro
• Freio de prony
Material necessário
Procedimento
( ) Sim ( ) Não
1 3 _____________
2 4 _____________
5 6 _____________
4. Faça a ligação para que o motor funcione em 110V. Deixe a ponta no 5 isolada em
separado.
Observação
Sentido de E IO IpO n
rotação
Esquerda
Direita
10. Faça a ligação para 220V e energize o motor. Qual é o sentido de rotação?
Sentido de E IO IpO n
rotação
Esquerda
Direita
P
IO
N
FP
V
19. Complete a tabela a seguir com os valores da corrente, da potência e da rotação. Calcule
os valores da potência aparente, do fator de potência, do rendimento e da potência ativa e
complete a tabela abaixo com os valores calculados.
21. Explique com suas palavras, por que há diferenças entre os valores medidos e os valores
calculados.
Equipamento
• Megôhmetro
• Tacômetro
• Alicate amperimétrico
• Amperímetro de 0 a 1A
• Amperímetro de 0 a 5A
• Voltímetro de 0 a 250V
• Varivolt trifásico
Material necessário
Procedimento
1- = ____________
2- = ____________
3- = ____________
1e2 = ____________
2e3 = ____________
1, 2, 3 e = ____________
1 4 = ____________
2 5 = ____________
3 6 = ____________
Pa = ____________VA
4. Calcule a potência real deste motor a plena carga. Use a fórmula P = Pa . cosφ. Considere
cosφ = 0,85.
P = ____________W
9. Energize o motor e coloque carga até atingir a corrente nominal do motor. Faça a leitura dos
instrumentos e anote o resultado na tabela a seguir na linha que indica 100% de carga.
10. Varie a carga nas frações indicadas na tabela do passo anterior e anote os valores
indicados pelos instrumentos.
P = _____________ W
12. Calcule a potência mecânica ( em CV) fornecida no eixo do motor a plena carga.
Pmec = ______________ CV
Conj ____________
Desl. _____________
Rend _____________
17. Construa o gráfico do conjugado que o motor fornece em função da potência mecânica.
18. Construa o gráfico da rotação assíncrona em função da potência mecânica pela rotação
síncrona.
19. À medida que a carga é aumentada, o que acontece com a rotação do motor?
21. Responda:
24. Energize o motor na sua tensão nominal e verifique o sentido de rotação de acordo com o
dinamômetro, Inverta-o, se necessário.
27. Aumente a carga lentamente até que a corrente do motor atinja o valor nominal.
N = ____________rpm
31. Anote o valor da força (em N) indicado pelo ponteiro de arrasto do dinamômetro.
F = ____________ [N]
Cn ____________
33. Para realizar o teste de rotor travado, acople o disco de alumínio ao disco de eletroímãs
com o auxílio do trava-disco rotativo.
36. Aplique alguns volts ao circuito e verifique se o sentido de rotação está correto, Corrija-o
se necessário.
37. Aumente a tensão do varivolt trifásico lentamente até a corrente do motor atingir o valor
nominal.
39. Anote o valor da força (em N) indicado pelo ponteiro de arrasto do dinamômetro.
F = ____________ [N]
CP = ____________
Neste ensaio, você vai verificar as resistências de isolação e as resistências dos enrolamentos.
Vai também determinar a tensão de rotor e medir os valores do motor e da corrente do estator.
Equipamento
• Megôhmetro
• Ponte de Wheatstone
• Freio de Prony
• Tacômetro
• Amperímetro de 0 a 5A
• Amperímetro de 0 a 10A
• Voltímetro de 0 a 150V
• Wattímetro monofásico
• Termômetro
Material necessário
• Chaves fixas
Procedimento
R ( medida a _____________ºC )
R ( medida a _____________ºC )
Resistência Resistência
calculada Medida
RA = R1 + R2 = RA =
RB = R2 + RR = RB =
RC = R3 + R1 = RC =
( ) Está em curto-circuito
6. Ajuste o reostato para a resistência máxima (100%). Energize o motor sem carga e meça o
valor de tensão ER. Anote o resultado no quadro do passo 7.
Neste ensaio, você vai aprender a identificar os elementos das máquinas de CC. Vai também
medir a resistência desses elementos.
Equipamento
• Máquina de CC
• Multímetro
Material necessário
• Pontas de prova
• Fita crepe
Procedimento
2. Anote a seguir o maior valor de resistência encontrado e o elemento que apresentou esse
valor.
3. Com a fita crepe, identifique as duas extremidades do elemento que apresentou maior
resistência.
O elemento é________________________________________________________
Seu valor ôhmico é___________________________________________________
Valor ôhmico_______________________________________________________
6. Gire lentamente o eixo da máquina. O que acontece com o valor ôhmico da armadura? Por
quê?
7. Mostre os resultados obtidos ao seu instrutor. Explique oralmente como você chegou aos
resultados e como pode afirmar com segurança que os elementos identificados estão
corretos.
Equipamento
• Conjunto motor/máquina de CC
• Amperímetro CC, 5A
Material necessário
• Reostato de 250
• Fusíveis
• 5 lâmpadas de 127V/100W
• Receptáculos
Procedimento
127 V
2. Faça a ligação do motor trifásico em triângulo. Não ligue o motor antes de conferir a ligação
com o seu instrutor.
5. Ligue o interruptor da primeira lâmpada e anote o valor das correntes e da tensão da carga
na tabela a seguir.
6. Ligue mais uma lâmpada e anote os valores na tabela do passo 5. Repita esse
procedimento até que todas as lâmpadas estejam acesas (isso deve corresponder à
potência máxima do gerador).
Regulação da tensão = tensão sem carga - tensão com carga máxima . 100
tensão com carga máxima
9. Com os dados da tabela do passo 5, desenhe a curva de tensão gerada (eixo Y) em função
da corrente de carga (eixo X).
10. Pode-se afirmar que esse gerador apresenta uma boa regulação? Por quê?
12. Faça a ligação do motor trifásico em triângulo. Não ligue o motor antes de conferir a
ligação com o seu instrutor.
14. Ajuste o valor do reostato de campo para obter o valor nominal de saída e anote esse
valor na tabela a seguir.
15. Ligue a primeira lâmpada. Anote o valor da corrente e da tensão na tabela do passo
anterior, sem alterar o valor do reostato de campo.
16. Ligue mais uma lâmpada e anote os valores na tabela. Repita esse procedimento até que
todas as lâmpadas estejam acesas, o que deve corresponder à potência máxima do
gerador.
18. Com os dados da tabela, desenhe a curva gerada (eixo Y) em função da corrente de
carga (eixo X).
19. Com uma caneta de outra cor, desenhe no gráfico do passo anterior a curva obtida no
passo 9.
20. Analise o gráfico obtido após o passo 19. O que você pode concluir sobre os dois tipos de
ligação? Qual é a melhor? Por quê?
21. Com base em suas observações, cite duas vantagens do gerador auto-excitado em
relação ao gerador de excitação independente.
Equipamento
• Amperímetro
Material necessário
• Cabos de ligação
• 3 pontes retificadoras
• Reostatos
Procedimento
2. Monte o circuito abaixo para que seja simulada uma carga para o motor de CC.
Observação
Este tipo de ligação é atípico e deve ser usado apenas em ensaios de curta duração. Neste
circuito, nunca se deve deixar que a corrente exceda a corrente nominal do motor trifásico
para ligação Y.
4. Ajuste a corrente no motor trifásico de tal forma que ela seja 80% da corrente nominal.
IM ____________ A
I ____________ A
9. Responda:
I _____________ A
12. Responda:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS