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Sumário

CHAVES SECCIONADORAS ............................................................................................................ 2


CAPACIDADE DE CORTE ................................................................................................................ 3
TIPOS DE CONEXÃO ...................................................................................................................... 4
PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE ........................................................................................ 4
TIPOS DE TECNOLOGIAS DAS CHAVES ......................................................................................... 6
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO (DPS) .................................................................. 8
DIFERENÇAS ENTRE STRINGBOX DE 600V E 1000V ................................................................... 12

Elaboração Técnica:
Eng. Camilo Perez (MERZ);
Eng. Maria Jose Lopez (DEHN);
Sr. Osvaldo Quibao (Dpto. Técnico Proauto):
Sr. Paulo Campolim (Dpto. Técnico Proauto);
Sr. Robson Bezerra (Dpto. Técnico Proauto);
Sr Rodrigo Melão (Depto. Técnico Proauto).

Contato:
solar@proautomacao.com.br

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CHAVES SECCIONADORAS

A chave seccionadora tem como objetivo interromper a passagem de


corrente elétrica, ou seja, a capacidade de seccionar um circuito elétrico onde
tem uma carga especifica conectada e é definida de acordo com sua categoria
de uso, que possui a necessidade de interrupção seja por manutenção, troca
de equipamento e outros fatores, em conformidade a NORMA IEC/EN60647-1
conforme a Figura 1 na Figura 2 podemos observar como é instalada a chave
seccionadora no diagrama elétrico de um String Box SB-1E/2E-1S-1000DC.

“Os seccionadores de chave são interruptores acionados mecanicamente em


um circuito que é capaz de fazer, transportar e quebrar sob condições normais
de operação, incluindo correntes. Na posição aberta, os contatos cumprem os
requisitos de um seccionador. IEC / EN60947-1”

Figura 1 – NORMA IEC/EN60647-1

Figura 2 - Diagrama Elétrico de uma String Box SB-1E/2E-1S-1000DC

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CAPACIDADE DE CORTE

A capacidade de seccionamento se altera conforme o nível de tensão do


circuito utilizado, algo que se deve observar atentamente, pois uma mesma
chave pode seccionar diferentes correntes conforme a tensão aplicada, o tipo
de carga conectada e o número de operações em conformidade com a
NORMA IEC/EN60647-1; 4.3.5.3 como apresentado na Figura 3. Em
decorrência desta informação, comumente pode-se observar erros de projeto
por falta de informação que garante uma maximização de recursos e gastos,
um exemplo de níveis de corrente e tensão utilizado pode ser observada
conforme a Figura 4.

“Valor nominal de corrente, um dispositivo de comutação pode


satisfatoriamente interromper correspondendo à categoria de utilização. A
capacidade nominal de interrupção é declarada por referência à tensão
operacional nominal e à corrente nominal de operação de acordo com a norma
relevante do dispositivo. Um dispositivo de comutação deve ser capaz de
quebrar qualquer valor de corrente até e incluindo sua capacidade nominal de
interrupção. IEC/EN60947-1: 4.3.5.3”

Figura 3 – NORMA IEC/EN60647-1: 4.3.5.3.


ESQUEMA
MODELO DE 600 VDC 800 VDC 1000 VDC
CONEXÃO

MDC1A-025-600-2 30 A 16 A 10A

MDC1A-040-600-3 40 / 45 A 32 A 25 A

MDC1A-040-1000-4 40 A 40 A 40 A

MDC10-050-1000-4 50 A 50 A 50 A

Figura 4 – Modelos de chaves seccionadoras.

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TIPOS DE CONEXÃO

Desconexão unipolar: Usada quando um dos pólos é referenciado á terra,


típico ao usar inversores com transformador, modelo que atende ao padrão
americano.

Desconexão bipolar: usada para sistemas flutuantes, típica quando se utiliza


inversores sem transformador, modelo que atende ao padrão da IEC.
Para desconectar um circuito em corrente contínua, é sempre necessário usar
o mesmo número de contatos, independentemente de a desconexão ser
unipolar ou bipolar, conforme a Figura 5.

Figura 5 – Ligação de sistema fotovoltaico.

PROTEÇÃO CONTRA SOBRECORRENTE

Em uma rede convencional de fonte de alimentação de corrente alternada, o


valor máximo da corrente de curto-circuito é determinado pela contribuição de
todo o sistema elétrico conectado em paralelo ao ponto de falha.

Em uma instalação fotovoltaica em corrente continua é completamente


diferente, pois o sistema de corrente contínua é ISOLADO (não é malha), a
contribuição para o curto-circuito DC é influenciada apenas pelos módulos
fotovoltaicos, e variam conforme a ligação dos módulos que compõem um
arranjo conforme Figura 6 SB-3E-1S-1000DC.

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Figura 6 - Ligação dos módulos fotovoltaicos em uma String Box SB-3E-1S-1000DC.

Ip1, Ip2, Ip3: é a corrente de cada sub-arranjo;


Isc1, Isc2, Isc3: é a corrente de curto-circuito de cada sub-arranjo;
Isc aproximadamente 1,10 x Ip;
Isb: corrente total sobre a seccionadora;
Iinv: corrente na entrada do inversor.

CURVA TÍPICA DO FUSÍVEL gPV EM CONFORMIDADE COM A NORMA IEC-60269-6

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Corrente de fusão convencional: 1.35xIn (o fusível se rompe em um tempo


infinito para uma carga de 1,35 vezes a corrente nominal).

Tempo de fusão @ 2 In: 0.5s

Tempo de fusão @ 3 In: 0.06s

Para circuitos de 1 ou 2 strings (ou sub-arranjo) por MPPT: não é necessária


proteção contra sobrecorrente, uma vez que nunca são alcançadas altas
correntes de falha que danifiquem os cabos ou componentes eletrônicos do
circuito e, por sua vez, operem as proteções. (Fusíveis gPV)

Para circuitos de 3 ou mais strings (ou sub-arranjo) em paralelo por MPPT


onde há a necessidade de uma Stringbox: a proteção de sobrecorrente é
necessária apenas nas strings (ou sub-arranjo), para protegê-las das correntes
de retorno (é a única condição na qual a corrente é alta), estes elementos de
proteção são necessários para proteger tanto os módulos quanto os demais
componentes do circuito. Geralmente, os fusíveis são usados devido ao seu
custo mais moderado e por causa de sua resposta muito mais rápida do que os
disjuntores.

Todos os fusíveis devem estar associados a um interruptor de interrupção de


carga, que é normalmente usado depois de combinar as strings em paralelo
(também é possível desconectar cada string separadamente junto com o
fusível, usando os pólos dos comutadores).

TIPOS DE TECNOLOGIAS DAS CHAVES

Para sistemas fotovoltaicos do lado de corrente continua (CC) se deve


utilizar chaves que se adequem a este tipo de finalidade, de forma alguma
pode-se utilizar chaves de corrente alternada (CA) em corrente continua,
devido a forma de onda não alternar entre o semi-ciclo positivo e negativo
dificultando assim a abertura das chaves e aumentando o risco de surgimento
de arcos voltaicos, para que uma chave se comporte de forma efetiva é
necessário que sua abertura ocorra de forma rápida e que a pressão entre os
contatos se mantenha de forma constante além é claro de respeitar o nível de
tensão e corrente de cada modelo de seccionadora assim como o seu

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respectivo poder de corte, pois qualquer falha pode gerar um aquecimento e


um possível foco de incêndio.

Atualmente é possível encontrar modelos de chaves que utilizam


sistemas de mola para conexão que garante uma maior pressão entre seus
contatos, devido o coeficiente elástico de suas molas, conforme a Figura 7.

Figura 7 - Chave seccionadora a mola - MERZ

Chaves seccionadoras à mola possuem como grande vantagem o alto


coeficiente elástico proporcionado por suas molas que assegura uma superfície
de contato maior e extingue os perigos causados por uma falta de contato entre
suas junções elétricas, que podem originar superaquecimento e falhas
catastróficas, mesmo quando a seccionadora não esteja sendo manipulada.

Atualmente no mercado nacional o uso é frequente de chaves


seccionador de contato rotativo, composta por um suporte de material não
metálico entre uma liga usualmente de cobre e outro material condutivo que faz
conexão com um “contato faca”, conforme a Figura 8.

Figura 8 - Composição interna de uma chave de contatos rotativos

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As chaves de contato rotativo são propensas à falha, devido seu


sistema de contato, ou seja, por não haver um elemento que exerça de forma
efetiva uma pressão constante sobre os seus contatos independente a
temperatura de operação, o qual pode gerar um superaquecimento provocando
um possível foco de incêndio, este modelo de seccionadora necessita de
manutenção periódica, que pode se tornar um empecilho em projetos
fotovoltaicos devido a distância e o planejamento de manutenção de cada
instalação, para solucionar este tipo de problema, pode-se utilizar chaves de
acionamento a mola.

Por outro lado, é necessário que as seccionadoras de corrente contínua


para aplicações fotovoltaicas tenham contatos de alta qualidade e que devam
suportar as tensões eletrodinâmicas causadas pelos arcos voltaicos gerados
em sua desconexão. Estes contatos devem ter baixa resistência elétrica para
evitar perdas e superaquecimentos, pouca migração de material em caso de
presença de arco elétrico e evitar a possibilidade de soldagem por contato em
caso de moderada sobrecorrente.

DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SURTO (DPS)

Dispositivos de proteção contra surtos (DPS), são dispositivos capazes


de escoar toda a potência excedida em um circuito elétrico devido um aumento
repentino do nível de tensão no sistema, que pode ser causado por
chaveamentos na rede e descargas atmosféricas.

O DPS é utilizado como proteção interna a estrutura, por normativa este


elemento deve suportar vinte vezes sua corrente nominal em caso de sobre
tensão induzida ou apenas uma vez sua corrente máxima, existe no mercado
nacional DPS que possuem um estudo de vida útil de até mil anos, para que se
mantenha uma vida útil prolongada deve-se sempre respeitar o nível de tensão
para qual o dispositivo foi projetado.

Basicamente existem três classes de DPS divididos entre Classe I,


Classe II e Classe III (em sistemas fotovoltaicos usualmente utilizamos apenas
classe |,|| e DPS de classe combinada I+II).

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Os conceitos de zonas de proteção (ZPR) são de vital importância, pois


cada classe de DPS é definida de acordo com a transposição de ZPR e
alocação de equipamentos nas ZPR, conforme Figura 7.

Figura 1 - Zonas de Proteção e DPS

Para sistemas fotovoltaicos todos os fabricantes de dispositivos de


proteção contra surtos recomendam utilizar um DPS que possua sua ligação
em Y, conforme Figura 8.

Figura 2 - DEHNcombo YPV SCI type 1 + type 2 com ligação em Y

Este tipo de ligação interna é muito importante devido a curva


característica de tensão/corrente de um sistema fotovoltaico que,
diferentemente de um sistema CC, varia a intensidade da tensão ao longo do
tempo de atuação do sistema durante o dia devido a irradiação solar se variar
em diferentes períodos, entretanto esta variação de tensão se mante apenas
no semi-ciclo positivo.

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Outro ponto importante é que este sistema tende a ter falhas de isolação
comuns em sistemas fotovoltaicos, sendo assim o circuito em Y também possui
um estado de comutação de três etapas que ameniza esses efeitos e aumenta
o nível de proteção e confiabilidade do sistema de proteção.O Dispositivo de
proteção contra surto é constituído de varistores que trabalham diminuindo sua
resistência conforme o aumento da tensão no seu sistema tendendo a se tornar
um curto circuito caso ocorra uma variação na amplitude de tensão, um
elemento que o desconecte do circuito em caso de termino de vida útil e um
sinalizador para que se possa verificar quando se deve ocorrer a troca do
equipamento.
Dispositivos de proteção em corrente contínua tem uma maior dificuldade de se
desconectarem ao final de sua vida útil, em sistemas fotovoltaicos este
problema se potencializa pois geralmente trabalhamos com níveis altos de
tensão. Os acontecimentos nos países pioneiros em instalação fotovoltaicas
(FV) nos comprovam este fato, tanto que todo DPS é parametrizado pela
norma de produto EN 50539-11, muitos dispositivos de proteção contra surtos
podem apresenta o problema de se tornarem um foco de incêndio ao final de
sua vida útil, ou seja é necessário um proteção interna para que esta situação
não ocorra, uma maneira de se contornar este problema é a utilização de
dispositivos que mitigam o foco de incêndio ao final de sua vida útil através de
fusíveis de desconexão, conforme a Figura 9.

Figura 3 - Visão interna de um DPS fotovoltaico lado fusível

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Assim como o seu respectivo fusível, é necessário um elemento que


faça a desconexão, através de um sistema de molas conforme a Figura 10.

Figura 4 - Visão interna de um DPS fotovoltaico lado do sistema de


desconexão a mola

Para exemplificar o funcionamento de um DPS, pode-se observar seu


diagrama elétrico, conforme Figura 11.

Figura 5 - Sistema de desconexão de DPS

1 – Estado original, DPS sem atuar;


2 – DPS realizando a desconexão e gerando o arco voltaico interno;
3 – DPS extinguindo o arco elétrico internamente;
4 – DPS comutando para o fusível interno e realizando a desconexão.

Conforme explicado acima o DPS pode possuir uma proteção interna,


um elemento fusível que é acionado ao fim de sua vida útil.

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DIFERENÇAS ENTRE STRINGBOX DE 600V E 1000V


Chaves Seccionadoras
As chaves seccionadoras trabalham de forma diferente conforme seu nível de
tensão, a forma de atuação se torna mais eficaz pois em operação de 600V a
correte de corte é maior, ou seja, quando projetamos uma string box 600V a
utilização da chave correta é de suma importância, pois um erro comum do
mercado é sub e sobre dimensionar um produto. O que nós estamos fazendo
é, utilizar o produto correto para a aplicação correta.
Ex.

Mesma chave com atuação em diferentes tensões

Fusível
A troca do fusível de 15A para 12A ou 10A, dependendo da aplicação, deve-se
unicamente devido a necessidade uma uma proteção EFICAZ contra sobre
corrente, pois em alguns casos o dimensionamento errado ou SOBRE
dimensionamento do sistema como a maioria do mercado aplica, causa o risco
de não rompimento do fusível e possível queima do sistema em casos de curto-
circuito. A aplicação destes fusíveis é feita caso a caso normalmente atrelada a
strings de menor potência e capacidade de cada chave seccionadora.

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Desta forma a Proauto desenvolveu uma caixa ideal com os fusíveis ideais
para cada aplicação, buscando a melhor eficiência do sistema e efetividade da
operação de forma segura e com qualidade superior ao mercado.
Todos nossos diferenciais são elaborados de forma meticulosa pelo nosso
grupo de engenheiros levando em consideração normas vigentes nacionais e
internacionais de segurança e qualidade. Além de já estarmos nos adaptando
as novas normas que entrarão em vigência no mercado brasileiro.

DPS
A UNICA diferença entre ambos os DPS é a Up (tensão de proteção)
Esta é a tensão máxima nos terminais do DPS quando o mesmo está em
atuação (surto). Esta tensão é atingida quando a corrente que flui no DPS é
igual a Imáx (corrente máxima). O nível de tensão de proteção deve ser
selecionado de modo que o mesma esteja abaixo da capacidade de suportar a
sobretensão (surto) das cargas. Em caso de raios, a tensão através dos
terminais do DPS geralmente permanece menor que Up.

Em outras palavras, quanto menor o Up melhor o equipamento pois menor será


a tensão que poderá atingir sua carga.

Ex.
Tensão máxima que poderá atingir a carga (equipamentos) com
o DPS 1000V  4KV
Tensão máxima que poderá atingir a carga (equipamentos) com
o DPS 600V  2,5KV

De maneira simplificada, podemos dizer que, ao se utilizar um DPS de 600V


em um sistema que necessita de apenas de 600V, temos uma maior proteção
devido ao Up ser menor, resumidamente um equipamento projetado para 600V
requer um parâmetro mais refinado de proteção de tensão, fato pouco discutido
no mercado mas de extrema importância para quem busca qualidade no
desenvolvimento de produtos como a Proauto/DEHN.

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