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Introdução 3
História:
No ano de 1856, o inglês Joule conseguia experimentalmente a primeira solda elétrica por
resistência com dois arames.
Mais tarde, no ano de 1877, outro inglês, Thomson, conseguia aperfeiçoar o sistema, com
a aplicação de um esforço mecânico de compressão sobre duas peças.
A solda elétrica por resistência, poder-se-à definir como a ligação estabelecida entre duas
ou mais peças, motivada pela elevação de temperatura, originada pela passagem da
corrente elétrica combinada com esforços mecânicos. Mediante a configuração que se
atribua às peças, esta passagem de corrente e esforço mecânico, adquirirá o nome das
seguintes variantes: Pontos, Protuberâncias, Costura, Rebitado, Topo a Topo ou
Brasagem.
Dentro de cada uma das variantes, existem distintas modalidades que diferem entre si em
certos aspectos de aplicação, forma e preparação das peças, processo, etc., constituindo
uma ampla gama de possibilidades.
CAPÍTULO – 1
CONSTUIÇÃO DE UMA MÁQUINA DE SOLDA POR RESISTÊNCIA.
MÁQUINA TIPO SOLDA POR PONTOS.
O objetivo da solda por resistência, é provocar a fusão entre duas ou mais peças metálicas,
originada por uma passagem de corrente elétrica de intensidade bastante elevada, ao
mesmo tempo que se exerce uma determinada pressão entre as referidas peças. Este
método pode considerar-se como un processo de "forjagem instantânea".
TRANSFORMADOR
1 - Enrolamentos primários
2 - Bobinas secundárias
3 - Núcleo magnético
F
e
F - Esforço de pressão ch
e - eletrodos
ch - Chapas a soldar
TRANSFORMADOR
No circuíto secundário:
No circuíto primário:
A corrente deverá ser obtida na rede de distribuição elétrica, geralmente a 220 ou 380 V, à
qual se deve intercalar o transformador de modo a obter-se as características de tensão e
corrente adequadas.
P = V p * I p = Vs * I s
Q = R*I2
Calor primário, proporcional a 227 = 51.529
Calor secundário, proporcional a 10.000 = 100.000.000
Esta energia calorífica de 100.000.000 é a que provoca o aquecimento das peças até à
fusão. DESTE MODO SE OBTÉM A SOLDA DOS MATERIAIS
Componentes do transformador:
Tipos de contatores
TEMPORIZADOR
SERRATRON 300
POTÊNCIA DE UMA MÄQUINA DE SOLDA
- POTÊNCIA DE SOLDA
É a potência que desenvolve a máquina no momento que a corrente circula através dos
eletrodos e está executando uma solda. Convém referir que esta potência variará
mediante a espessura da chapa, tipo de material a soldar e a qualidade da solda exigida.
- POTÊNCIA DE CONEXÃO
É a potência que a máquina é capaz de consumir, alimentada pela sua tensão nominal,
em posição de potência máxima e temperatura estabilizada, com um ciclo de
funcionamento de 50%, com intervalos de 30 segundos de carga e 30 segundos de
repouso, de forma que a temperatura de saturação atingida nos seus componentes não
ultrapasse as características dos isolamentos, caso se trate do transformador, dos
circuítos e mecanismos, ou mesmo da máquina completa.
CNOMO DIN
Nas máquinas de solda por resistência, o consumo máximo de energia verifica-se somente
durante o tempo de solda, que em termos gerais constitui a mínima parte do ciclo completo.
Durante os outros tempos, aproximação, manutenção, etc., o consumo desce a níveis
desprezíveis, tão únicamente para excitação das eletroválvulas, pequenos indicadores
luminosos, transformadores de distribuição do controle, alimentação de circuítos
eletrônicos, etc.
À relação entre o tempo real de solda, isto é, durante o tempo que circula a corrente
através dos eletrodos, e o tempo total de uma sequência completa, denomina-se FATOR
DE MARCHA OU FATOR DE UTILIZAÇÃO.
Exemplo
100 x Ts 100 x 10
F .M .% = = = 2 0 % para uma unica sequência
Ta + Ts + Tm 25 + 10 + 15
Este fator não poderá ser aplicado para efeitos de cálculo, pois, unicamente tem valor para
uma solda. Para cálculos de potências consumidas, deve-se conhecer o fator de utilização
durante um tempo mais prolongado.
1.000 x 100 x 10
= 5,55% durante uma hora
3.600 x 50
Este fator de utilização é o utilizado para o cálculo da potência dos transformadores, seções
das ligações secundárias, água de refrigeração, capacidade dos tirístores, etc.
Consequentemente, estes fatores de utilização, que geralmente são de baixa percentagem,
(entre 5 e 15% para aplicações normais), exigem circuítos de potência com menor
dimensionamento, em comparaçõ aos destinados a trabalhar em serviço contínuo. Estes
circuítos são: transformador, barramentos secundários, linha de alimentação, fusíveis e
proteções diversas, etc.
Todavia é evidente que durante o tempo de solda, se bem que em curto, a potência é
considerável sendo exigidas condições mínimas para que o aquecimento gerado quase que
instantâneamente, possa ser dissipado durante o intervalo verificado entre as operações de
solda.
• Arame
Eletrodos em Projeções cruzado.
faces opostas naturais • Cantos
agudos
PROJEÇÕES
Eletrodos • Usinadas
concéntricos na Projeções Embutidas
•
mesma face artificiais Estampadas
•
Esmagamento simples
Uma roldana
Sobreposição
ELETRO-REBITADO
Simples
• Refusão
BRASAGEM • Junção Independente
• Formação de eutético
1. SOLDA POR PONTOS
A passagem da corrente de solda concentra-se pela zona de contato dos eletrodos com
as peças.
3.1.2.1. ESMAGAMENTO
A costura soldada tem a mesma espessura
(ou ligeiramente superior) à da chapa.
3.1.2.2. SOBREPOSIÇÃO
A costura soldada tem uma
espessura total, resultado da soma
das espessuras das chapas.
3.2.2. SOBREPOSIÇÃO
A sobreposição das chapas é muito
mais acentuada, executando-se a
costura no ponto intermediário.
4. ELETRO-REBITADO
A passagem de corrente provoca o
aquecimento de uma zona do
material. O esforço de compressão
produz um cravo, ou cabeça
recalcada e que constitui a união
das peças.
Efetivamente, não se trata de uma
solda propriamente dita, mas sim
de um processo de deformação
térmico e mecânico.
5. SOLDA "TOPO-A-TOPO"
É o processo de união entre duas peças, no qual a zona soldada resultante, é igual a
toda a seção de contato e união entre ambas. Geralmente, as peças ficam alinhadas
sobre o mesmo eixo.
6.1 REFUSÃO
Neste processo, uma das peças já leva incorporada a solda.
Em qualquer das suas modalidades, uma solda pode ser controlada numa série de
parâmetros elétricos ou mecânicos, conferindo-lhe um acabamento, resistência mecânica
ou utilidade distinta.
Os parâmetros fundamentais são os seguintes:
PRESSÃO
É o esforço necessário com que os eletrodos apertam as peças a soldar, com vista a
permitir um contato suficiente para a passagem da corrente e evitar a saída do metal
fundido, localizado no centro ou núcleo da solda. A pressão necessária aumenta em
relação à espessura das peças.
INTENSIDADE
A intensidade que circula pela zona a soldar, eleva a temperatura na seguinte proporção:
2
Calor = Resistência x Intensidade
Ao introduzir a intensidade "ao quadrado", deverá ser tomado em conta que um pequeno
aumento deste índice, se irá refletir num substancial aumento da temperatura, ou o que
será igual, da energia consumida. A intensidade necessária aumenta em relação à
espessura das peças.
TEMPO
- Solda de pouca resistência mecânica, por não ter alcançado a fusão ao núcleo.
As sequências básicas que intervêm num ciclo completo de solda por pontos,
protuberâncias ou roldanas são:
Aproximação - Solda - Manutenção
APROXIMAÇÃO:
SOLDA:
É o tempo de passagem de corrente pelas peças, em circuíto pelos eletrodos. Este tempo é
medido pelo temporizador e deve ser regulado em função da espessura das chapas, da
intensidade da solda e da pressão.
MANUTENÇÃO:
Mediante o tipo dos materiais, qualidade de solda exigida. espessura da chapa e estado
superficial das mesmas, aplicam-se uma série de ciclos diversos, contudo, combinando
sempre as três sequências básicas:
Aproximação - Solda - Manutenção. Na realidade, as combinações são bastante
numerosas, porém as mais usuais são as a seguir enunciadas:
Este parâmetro pode ser aplicado a soldas por pontos, projeções e roldanas. Neste
último caso, logo que se inicie o primeiro grupo de impulsos quentes, ocorrendo então a
conexão dos seguintes à energia estabelecida. Na solda por pontos ou projeções sob
impulsos, também só entrará em função no decurso da primeira fase quente.
O slope fixo consiste num programa de incremento, cuja inclinação vem determinada no
próprio circuíto do comando, sendo impossível a sua regulagem a partir do exterior.
O slope variável, possui um comando acessível no exterior do comando, através do qual
se poderá determinar o índice de inclinação desejado, pode também tratar-se de um
comutador interno, com duas ou três possibilidades de inclinação.
TABELA - A
De um a outro ponto, o relevo poderá variar, havendo portanto, uma certa heterogeneidade
da capa superficial, conferindo uma resistência média para um esforço de determinada
compressão.
Estes quatro pontos foram executados com a mesma máquina, com eletrodos idênticos e
com a mesma corrente de solda e o mesmo esforço de compressão entre eletrodos. O
único índice variável foi o tempo da passagem de corrente, que foi progressivamente
aumentado.
Com o tempo t1, muito curto, observa-se um início de aquecimento numa zona estreita na
união das chapas. Com o tempo t2, superior a t1, a zona de aquecimento se estende
simétricamente a uma outra parte do plano das duas chapas. O tempo t3, superior a t2, foi
suficiente para fundir um pequeno núcleo de metal, de seção elíptica, situada
simétricamente ao ponto de união das chapas. Com o tempo t4, superior a t3, o volume de
metal à temperatura de fusão foi considerável, bastando um único ponto de solda normal
para unir as duas chapas. O núcleo de metal fundido é práticamente simétrico
relativamente ao plano de separação dos mesmos.
Figura 28
R = Re + Rt + Rc + Re, + Rt,
Tudo isto demonstra que, em quente, e durante a solda, a soma das resistências depende
somente de:
A sua repercussão sobre a evolução deste aquecimento é decisiva, apesar do tempo ser
extremamente pequeno durante o qual existe a tal resistência. Por isso, a energia calorífica
se manterá mais intensa na zona de contato das chapas até ao final do aquecimento.
Neste caso, produz-se um aquecimento uniforme através de toda a espessura das chapas,
em vez de ficar localizado na zona de onde será formado o ponto de solda.
INTENSIDADE DA CORRENTE DE SOLDA E TEMPO DE SOLDA
O calor necessário para fundir o volume de metal que constitui o ponto de solda é atribuído
pela seguinte expressão:
Q = V x s x C1 x T + V x S x C2
Q : Quantidade de calor
C1 : Calor específico
Q = V x s x ( C1 x T + C2 )
2
Esta energia calorífica provém da transformação da energia elétrica (RI t) em calor. A
2
energia calorífica resultante (KRI t) dever superar, óbviamente, as calorias "Q", já que é
necessário ter em conta as perdas caloríficas por irradiação e por condução nos materias a
soldar e nos eletrodos.
demonstra que há uma relação Intensidade/Tempo, a partir do que podemos obter uma
infinidade de combinações.
Diagrama de soldabilidade que expressa a relação entre a intensidade da corrente e o
tempo de solda
Deste modo, uma das chapas ou peças aquecerá sempre mais que a outra; contudo, os
melhores resultados são obtidos quando se alcança a mesma temperatura em ambas as
peças. Se se trabalhasse com tempos médios ou longos (a partir de 4 ou 5 períodos), o
intercâmbio de calor equilibraria as temperaturas, mas na maioria dos casos trabalha-se
com tempos curtos (0,5 a 3 períodos), não chegando a ocorrer este equilíbrio senão
após a corrente de solda ter sido cortada, ou seja, durante o período da forja; mas neste
ciclo o fato de se alcançar ou não este equilíbrio não tem nenhum interesse.
Tomando como base a lei de Joule, o calor desenvolvido na zona de solda é diretamente
proporcional à resistência, pelo que já é possível determinar a repartição do calor no
ponto, tomando como base as resistências de contato entre eletrodos e chapas, a
resistência de contato central entre as duas chapas e a resistência própria dos materiais
a soldar. A corrente de solda circula através de todas as resistências, pelo que, sendo
este fator constante, de existir variação na deposição ou geração de calor, a causa
deverá estar na diferença das resistências ao longo do circuíto de solda.
Por ser R3 a resistência de valor máximo no circuíto, esta será a zona de temperatura
mais elevada, fator muito importante, uma vez que é precisamente neste ponto que deve
ocorrer a fusão do material. Os pontos R1 e R5 ocupam o lugar seguinte em importância
sendo portanto o ponto onde a temperatura alcançará valores relativamente elevados; a
absorção de calor pelos eletrodos desempenha, contudo, um papel muito importante: a
temperatura se equilibra e permanece mesmo com valores muito baixos. O aspecto do
gráfico seria a título instantâneo e sem influência da dissipação indicada.
A partir de um diâmetro que quase coincide com o diâmetro de contato entre eletrodos e
chapas, a corrente é dispersada; consequentemente, a densidade de passagem é
inferior e a temperatura desce com grande rapidez, uma vez que a influência deste
2
parâmetro está em relação quadrática (Q = 0,24.R.I .T)
SOLDA DE CHAPAS DE ESPESSURAS DESIGUAIS
Deduz-se então que no caso de soldar duas chapas de espessura diferente, o diâmetro
da zona de contato entre eletrodo e superfície da chapa deve ser inversamente
proporcional à espessura de cada uma delas; apenas deste modo se consegue um
equilíbrio térmico.
Esta norma aplica-se em relações de espessura até 1:3, pois a partir desta proporção,
pode considerar-se que o eletrodo em contato com a chapa mais grossa deve ser plano
e com diâmetro não inferior a 12 ou 16 mm. O esforço e intensidade de solda podem ser
considerados os mesmos que para soldar duas chapas de espessura menor; em certas
ocasiões será necessário aumentar a intensidade em 10% aproximadamente.
Solda na classe B. Trata-se de soldas de boa qualidade mas para aplicações que não
estão submetidas a condições limite. Aplicam-se em automóveis, construção naval,
metalomecânica e de forma geral na maior parte das aplicações.
Nota: Não se deve confundir estas nomenclaturas de normas de solda, com as Normas
Aeronáuticas, específicas da indústria da aviação. Aplicam-se em ligas leves e
aços refratários, possuindo características de resistência mecânica muito
superiores às indicadas em qualquer outra norma.
Esforço
Tempo de Intensidade Diâmetro do Carga de
Espessura Classe de entre
solda de solda ponto ruptura
(mm) solda eletrodo
(Períodos) (A) (mm) (kp)
(Kp)
Deve referir-se que não é conveniente diminuir o tempo de solda abaixo dos indicados
nas normas da classe A, uma vez que isso exigiria um aumento da intensidade e do
esforço com a consequente deterioração da zona de contato do eletrodo com a peça por
causa de uma excessiva densidade de passagem de corrente, provocando projeções de
material fundido e o cravejamento dos eletrodos nas chapas. Só mesmo com máquinas
de microsolda se ultrapassam estas normas, mas deve ter-se presente que se trabalham
inércias muito mais reduzidas no cabeçote, eletrodos especiais, etc.
CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE UMA PROJEÇÃO DE FORMA ESFÉRICA
Diâmetro:
Altura:
- Elevação máxima do plano exterior da chapa até o vértice ou zona mais saliente.
- Muita altura pode fundir toda a massa da protuberância ao mesmo tempo, exigindo
uma resposta instantânea de acompanhamento do cabeçote. Perigo de explosão.
Profundidade do punção:
- Uma punção muito profunda provoca um estiramento da parede da chapa, com o que
a densidade de corrente é muito elevada nesta zona, chegando a coroá-la por fusão
ou a cravar a frio a zona saliente no vazio antes de se ligar a corrente de solda.
- Uma punção insuficiente proporciona pouca altura nas formas esféricas salientes,
com os inconvenientes já indicados.
- No caso de soldar dois materiais diferentes, a protuberância deve ser feita no material
de maior condutividade.
- A forma da projeção deve ser tal que, ao descer o cabeçote, possa suportar o esforço
sem deformação, devendo ser esmagarda somente durante a solda.
- A seção entre a chapa base e o vértice da embutidura, deve ser o mais uniforme
possível, não devendo aparecer estrangulamentos nem seções diminuídas na chapa.
- No caso de uma peça dispor de várias projeções, torna-se muito importante que as
suas alturas sejam exatamente iguais, todas devem tocar ao mesmo tempo, pois,
caso contrário, são provocadas explosões nas mais altas devido ao excesso de
corrente durante o primeiro instante da passagem de corrente.
DISTRIBUIÇÃO DO CALOR NUMA PROJEÇÃO
Tomando como base a lei de Joule, o calor desenvolvido na zona de solda é diretamente
proporcional à resistência. Seguindo este princípio, é possível determinar a repartição do
calor na zona, tomando como base as resistências de contato entre eletrodos e chapas,
a resistência de contato central entre as duas chapas e a resistência dos materiais a
soldar. R2 é muito maior que R1, pois a causa da embutidura aumenta
proporcionalmente a distância que a corrente deve percorrer. A corrente de solda circula
através de todas as resistências, pelo que, se este fator for constante e se existir
variação na deposição ou geração de calor, a causa deverá residir na diferença de
resistências ao longo do circuíto de solda.
Por ser R3 a maior resistência no circuíto, esta será a zona de temperatura mais
elevada, o que constitui um fator muito importante, uma vez que é precisamente aí que
deve ter lugar a fusão do material. Os pontos R1 e R5 são os segundos em ordem de
importância e, portanto, onde a temperatura atingirá valores relativamente elevados,
embora a absorção de calor por parte dos eletrodos desempenhe um papel muito
importante, a temperatura equilibra-se e permanece em valores muito baixos. O aspecto
do gráfico é uma representação a título instantâneo e sem influências da dissipação
indicada.
ABERTURA
Este ensaio será realizado em chapas cujas espessuras unitárias máximas sejam 1,5
mm. O ponto de solda localizá-se no centro de chapas de ensaio quadradas com,
aproximadamente, 25 mm de lado. O diâmetro do ponto será determinado por exame e
medição da prova realizada e será tomada o correspondente à zona de contato entre
ambas as chapas. No caso de se observarem porosidades provocadas pela expulsão de
metal fundido, deve ser anotado o fato.
TORÇÃO
O ensaio de torção será aplicado em soldas com 1,5 a 2,5 mm de espessura unitária. O
ponto de solda é localizado no centro de chapas de ensaio quadradas com
aproximadamente 40 mm de lado. A chapa inferior ficará presa a um dispositivo de
fixação, enquanto que a chapa superior ficará ligada a um mecanismo móvel giratório
que proporcionará um binário de torção. Se a resistência à torção do ponto obtido for
suficiente, ou seja, se o ponto tiver um diâmetro adequado, a ruptura será realizada na
zona térmicamente afetada ou no material base da peça, daí resultando um cilindro ou
botão saliente que ficará aderido a qualquer uma das duas chapas. No caso do diâmetro
do ponto ser inferior, a ruptura ocorrerá por cisalhamento no plano de contato entre as
chapas.
Nos dois casos de ruptura, será tomado como diâmetro do ponto obtido o termo médio
entre a medida máxima e a mínima do botão saliente ou ponto cisalhado.
TRAÇÃO:
O objetivo deste ensaio é conhecer a carga de ruptura do ponto e exige uma máquina
especial de análise de resistência de materiais. Os resultados obtidos não são, na
verdade, relativos à máxima resistência, uma vez que estão presentes as deformações
das chapas antes e durante o arranque do ponto. Estas deformações dependem da
têmpera ou do recozimento a que o ponto esteve sujeito.
O ensaio mais adequado é o de abertura, não sendo realizado com chapas de ensaio
como no caso anterior, mas com peças definitivas que devem ser soldadas, uma vez que
o número e distribuição das protuberâncias desempenham um papel primordial no
resultado final da resistência mecânica.
Não será empregue o sistema de torção a menos que se trate de soldas de parafusos,
porcas, cravos, eixos, casquilhos e peças semelhantes sobre chapas ou perfis dos quais
se exige um determinado binário.
O sistema de tração pode dar resultados muito afastados da realidade absoluta, uma vez
que entra em jogo o alargamento das chapas, o que fará com que as protuberâncias das
extremidades estejam submetidas a um esforço maior em relação às situadas no centro
e, por isso, o arranque não se realizará simultâneamente.
SOLDA POR ROLDANAS
Se a aplicação de roldanas for de pontos espaçados, será testado da mesma forma que
a solda a pontos, mas substituindo as chapas de ensaio de dimensões adequadas para
um só ponto, por tiras ou arcos que depois de serem ponteados, serão cortados
transversalmente, deixando um ponto em cada segmento.
Após a solda, será introduzido ar sob pressão (ou melhor água sob pressão para
prevenir eventuais rupturas que poderiam provocar a projeção das chapas). Sob este
efeito, a amostra é inflada onde será possíveis a verificação de falhas.
No sistema de roldanas não é costume aplicar-se o teste de tração a menos que se trate
de uma solda por esmagamento, podendo outro método de teste produzir resultados
falsos.
SOLDA TOPO A TOPO
É conveniente que o ensaio de tração seja realizado com o gráfico das deformações que
o material sofre e que permite conhecer o seu limite de elasticidade e deformação
permanente até à ruptura, com o qual é verificada se a união poderá funcionar nas
condições requeridas pela aplicação a que se destina.
GUIA PARA A SOLDA POR PONTOS DE MATERIAIS IGUAIS E DIFERENTES
BRONZE FOSFOROSO
AÇO MACIO
OURO FALSO
ESTANHADO
ZINCAD OU
ALUMINIO
OXIDADO
OUTROS
ALPACA
POLIDO
NÍQUEL
COBRE
LATÃO
ALUMINIO E LIGAS C fh C bfh C C C C C C C eg C eg C C C eg
3 D 4 D 4 E 4 E 4 B 4 D 4 D 4 S 3 D 3 D 4 D 3 D 2 C
LATÃO D fh D D cdf D D D D D D D D D
3 D 3 E 4 E 4 B 3 D 3 D 3 D 3 S 3 D 3 D 4 D 2 D
OURO FALSO D D D D D eg D eg D eg D fgh D eg D eg D
4 D 4 E 4 E 4 B 4 D 4 D 4 D 4 S 4 D 4 D 3 D
BRONZE FOSFOROSO D h D bh D cd D D D D D D fgh D D
3 D 4 D 3 E 4 E 3 B 3 D 3 D 3 D 3 S 3 D 2 D
BRONZE COM SILICIO D h D bh D cd D D D D D D fgh D
3 D 4 D 3 E 4 E 3 B 3 D 3 D 3 D 3 S 2 D
COBRE S fh S S S S S S S fgh
4 D 4 E 4 E 4 B 4 D 4 D 3 D 4 S
ALPACA D h D bh D cd D D D D D
3 D 4 D 3 E 4 E 3 B 2 D 2 D 2 D
LIGAS DE NÍQUEL D D ceh D cd D D D
3 D 3 E 4 E 3 B 2 D 2 D
NÍQUEL D D cd D cd D D
3 D 3 E 4 E 3 B 2 D
AÇO INOXIDÁVEL B e B b B cd B B e MATERIAIS
2 D 4 D 2 E 4 E 1 B PARA O NOTAS
OTROS REVEST. E cd E bdc E cd E cd ELETRODO
3 D 4 D 3 E 3 E
AÇO MACIO
4.-Em muitos casos, interessa que seja possível a sua deformação a frio: dobragem,
esticamento, etc.
1) O calor deve ser gerado entre as peças a soldar, enquanto que a superfície deve
manter-se à temperatura mais baixa possível.
4) A maioria dos eletrodos são fabricados por mecanização com arranque de material,
mas em alguns casos devem passar por fases de dobragem, naturalmente a frio,
para não perder propriedades, sendo necessário que não apareçam fendas nem
fissuras que, além de fazerem baixar a sua resistência mecânica, representariam
uma diminuição na seção de passagem da corrente, aumentando a resistência
elétrica e provocando aquecimentos suplementares.
ELETRODOS REVESTIDOS COM MATERIAL REFRATÁRIO PARA SOLDA POR
PROJEÇÕES
Para uma boa solda, as duas superfícies devem alcançar a mesma temperatura, pelo
que, se não forem capazes de se equilibrar por si mesmas, a mais propensa ao
aquecimento deverá ser resfriada, bem como a temperatura da mais fria. devetá ser
aumentada.
- Baixo coeficiente de transmissão calorífica, pelo que além de trazer calor à peça,
absorve pouca quantidade do calor gerado na solda.
Materiais empregues:
. Cobre - Tungstênio
. Cobre - Carboneto de tungstênio
. Tungstênio
. Molibdênio
. Tungstênio - prata
Etc.
Não é habitual serem construidos eletrodos completos nestes materiais, mas sim em
cobre-crômo, para depois revestir a cabeça ou zona de contato com as peças, com um
disco ou placa refratária com uma espessura mínima de 6 mm.
Estes eletrodos devem dissipar uma certa quantidade suplementar de calor, pelo qual
devem ser muito bem refrigerados.
DADOS COMUNS AS CLASSES A, B, C CLASE A (OPTIMA) CLASSE B (MUITO BOA) CLASSE C (BOA)
espessura sobrepos
Carga de Carga de Carga de
ição
Esforço Corrente Diâme- ruptura Esforço Corrente Diâme- ruptura Esforço Diâme- ruptura
da chapa Tempo Tempo Tempo Corrente de
dos de tro do dos de tro do dos tro do
mais fina D min d. max. de solda +/- 14% de solda +/- 14% de solda solda +/- 14%
eletrodos solda ponto eletrodos solda ponto eletrodos ponto
mm. mm. mm. mm. mm. Periodos Kg. Amp mm. Kg Periodos Kg. Amp mm. Kg Periodos Kg. Amp mm. Kg
0,25 9,5 3,0 6 9,5 4 90 4000 3,0 100 5 60 3600 3,0 90 12 30 3000 2,5 70
0,50 9,5 4,5 9,5 11 5 136 7000 4,0 210 8 90 5000 4,0 200 18 45 3800 3,5 170
0,75 9,5 4,5 12,5 11 7 181 8000 5,5 450 13 120 6400 5,0 400 24 60 4800 4,5 350
1,00 13 6,5 19,5 12,5 8 226 9500 6,0 610 18 160 7500 5,5 550 32 80 5600 5,0 500
1,25 13 6,5 22,5 15 10 294 10500 6,5 850 20 200 8300 6,0 750 35 95 6200 5,5 700
1,50 13 6,5 27 16 12 362 12000 7,0 1000 24 240 9000 6,5 925 40 120 6600 6,0 875
2,00 16 8,0 35 18 18 498 14000 8,0 1500 30 324 10500 7,3 1350 48 160 8000 7,0 1250
2,40 16 8,0 42 19 22 590 15500 8,7 1900 37 370 11500 8,3 1700 55 180 9000 8,0 1600
2,80 16 9,5 47 21 24 725 17500 9,5 2000 42 470 12500 9,0 2200 60 230 9700 9,0 2000
3,20 22 9,5 51 23 25 820 19000 10,7 3200 50 550 13500 10,0 2900 65 280 10200 9,5 2600
DADOS COMUNES CLASSES D - E - CLASSE D (SUFICIENTE) CLASSE E (MEDIOCRE) CLASSE F (DEFICIENTE)
espessura sobrepos
ição Carga de Carga de Carga de
Esforço Corrente Diâme- ruptura Esforço Corrente Diâme- ruptura Esforço Diâme- ruptura
da chapa Tempo Tempo Tempo Corrente de
dos de tro do dos de tro do dos tro do
mais fina D min d. max. de solda +/- 14% de solda +/- 14% de solda solda +/- 14%
eletrodos solda ponto eletrodos solda ponto eletrodos ponto
mm. mm. mm. mm. mm. Seg. Kg. Amp mm. Kg Seg. Kg. Amp mm. Kg Seg. Kg. Amp mm. Kg
1,00 13 5,0 15 10 0,6 60 4500 4,5 350 0,9 40 3000 4,0 225 1,2 25 2500
15 650 450
NÃO PRECISÁVEL
NÃO PRECISÁVEL
1,50 13 6,0 25 0,9 90 5200 5,5 1,2 60 4000 5,0 1,6 45 3500
2,00 13 7,0 30 17 1,2 120 6500 6,5 1000 1,6 80 5000 6,0 700 2,2 60 4500
2,50 16 7,5 35 19 1,5 150 7800 7,5 1200 1,8 100 6500 7,0 900 2,6 75 5500
3,00 22 8,0 40 21 1,8 180 9000 9,0 2100 2 120 8000 8,5 1500 3 90 6000
4,00 25 9,0 45 23 2,4 250 12000 10,0 3100 3,2 200 10000 9,0 2200 4,2 160 8000
5,00 28 11,0 50 25 3,2 320 14000 12,0 4500 4,5 280 12000 10,0 3100 5,4 240 10000
VALORES UNITÁRIOS PARA SOLDA A PONTO DE AÇOS MACIOS DE GRANDE
ESPESSURA FONTE: R. W. M. A.
Frequência de rede 60 Hz
Solda adjacente
Solda
T-1 T-2 D. min. D. max. unitária de 25 a 50 de 50 a
mm mm mm mm Kg. mm 100 mm Kg. Amp. mm. mm.
75 15 32 115 132
mm. mm. mm. Kg. seg. mm. mm. mm mm. mm. Amp Kg.
dor
1,5 + 1,5 6 -- 200 1,0 6,5 12.100 12.500 13.300 14.700 10.700 800
1,5 + 1,5 -- 50 350 0,4 6,5 17.000 17.500 19.000 21.000 14.400 800
2+2 -- 75 500 0,5 8,5 21.000 22.200 23.800 26.000 17.500 1200
Duas partes
dois trans.
2+2 -- 75 250 0,8 8,5 13.500 14.000 14.700 15.600 12.800 1700
3+3 -- 150 550 0,8 10 16.700 17.500 18.500 20.500 15.500 2500
4+4 -- 250 600 1,0 12,5 20.000 21.300 23.400 26.500 17.500 4500
SOLDA DE TUBOS EM T
D2 = D1 / 2
Detalhe conificado
CARACTERÍSTICAS PARA SOLDAR ARAME CRUZADO
1,5 5 25 500
2 6 30 600
3 8 35 1.500
4 10 70 3.200
5 12 75 3.500
6 16 85 4.300
8 20 100 6.200
10 30 225 7.200
12 40 300 9.100
14 50 350 10.500
PENETRAÇÃO 30%
1,5 5 40 700
2 6 45 800
3 8 65 2.600
4 10 135 4.800
5 12 150 5.500
6 16 170 6.500
8 20 200 9.300
10 30 450 11.000
12 40 600 14.500
14 50 700 16.000
CARACTERÍSTICAS PARA SOLDAR ARAME CRUZADO
ARAME CRUZADO
APOIADAS
CHAPAS
E
ARAMES EN CRUZ
NATURAIS
CON
PREPARAÇÃO
TUBOS EM
CRUZ
SEM
PREPARAÇÃO
PROJEÇÕES
USINADAS
CÓNICAS
CIRCULARES ESFÉRICAS
CILÍNDRICAS
CUMPRIDAS
ARTIFICIAIS ESTAMPADAS
(macizas óu COROA
ocas ) CIRCULAR
NO
CANTO
CIZALHADAS
TROQUELADAS
INSTRUMENTO DE PUNÇÃO E MATRIZ PARA A REALIZAÇÃO DE PROJEÇÕES
RESISTENCIA MÍNIMA AO
espessura Diâmetro altura CORTE diâmetro sobrepo-
lámina da da do ponto sição
pequena projeção projeção CARGA DE RUPTURA DO obtido mínima
2
METAL BASE R=Kg./mm
e D H R < 49 49 <= R <= 105 mm. L
mm. mm. mm. R < 105 mm.
0,26 1,4 0,4 59 82 113 2,9 3,0
0,30 1,5 0,4 77 100 150 2,9 3,0
0,36 1,5 0,45 91 127 172 2,9 3,2
0,40 1,7 0,50 109 150 204 2,9 4,0
0,50 1,75 0,50 145 200 272 3,6 4,0
0,60 2,0 0,55 204 272 372 3,6 5,0
0,80 2,5 0,60 288 386 499 4,3 5,5
0,90 2,75 0,65 358 454 590 4,3 5,5
1,0 3,0 0,7 417 590 907 4,3 7,0
1,25 3,0 0,75 612 771 1.039 5,7 7,0
1,5 4,0 0,9 884 1.021 1.542 5,7 9,5
1,8 4,4 0,9 1.043 1.270 1.905 7,2 9,5
2,0 4,8 1,0 1.225 1.452 2.177 7,2 11
2,5 5,6 1,2 1.565 1.814 2.767 7,2 13
2,8 6,4 1,4 1.882 2.268 3.175 8,6 16
3,0 7,0 1,5 2.177 2.586 3.629 8,6 17,5
3,6 8,0 1,6 2.722 ------ ------ 11,1 19
4,0 8,7 1,8 3.425 ------ ------ 12,7 20,5
4,5 9,5 2 3.856 ------ ------ 14,3 22
4,8 10,5 2,2 4,510 ------ ------ 14,3 24
5,0 11 2,3 5,433 ------ ------ 16 25,5
0.40 2, 4 95 6 13 4.000
3 14 771 25 38 17.000
TABELA ORIENTATIVA DOS VALORES PARA SOLDA POR PROJEÇÕES
S. D. A. L. E. P. T.S. I. P. T.S. I.
mm. kg. periodo amp. kg. periodo amp.
P: esforço em kg.
TS: tempo de solda em períodos.
I: intensidade secundária de solda em amperes
NORMAS DE SOLDA PARA PORCAS E PARAFUSOS COM PROJEÇOES
PARÁMETROS DE SOLDA
Soldar
sobre a Tempo em Corrente (kA)
Passo
chapa de Esforço períodos
da
espessura daN ( 60 Hz. ) mínima máxima
rosca
mm.
Circuíto de refrigeração
Em zonas de água muito dura, o circuíto deverá ser limpo periódicamente com
produtos adequados, ou deverá ser mantido com um circuíto fechado com água
tratada, trocador de calor e bomba para circulação.
Circuíto pneumático
É importante dispor de ar limpo e seco, uma vez que água e impurezas provocam
oxidações nas tubulações, conexões, vávulas e cilindros, destruindo as juntas dos
êmbolo, atacando as camisas dos cilindrose travando as válvulas. Estes efeitos não
são tão evidentes quando a máquina trabalha diariamente, ocorrem após paradas de
fábrica
(férias coletivas, feriados de final de ano, etc), em função da água acumulada causar
corrosão mais intensa no modo estático.
O lubrificante deverá dispor de óleo dentro de níveis indicados, com composição e
viscosidade devidamente especificadas. O nível deve ser revisto periódicamente,
verificando-se o consumo, já que poderá existir a possibilidade da vávula dosadora ser
obstruída ou fechada, ficando então o circuíto sem lubrificação. O consumo e a
frequência poderá ser regulada no próprio lubrificador.
Notas:
Existem circuítos que dispensam o uso de óleo lubrificantes, deverá ser consultada a
especificação dos componentes do circuíto.
A normativa ISO 14000 - Gestão Ambiental, é entendida por alguns usuários, que o
óleo usado na lubricação pneumática de máquinas de solda é vaporizado no meio
ambiente, sendo então descartado o seu uso. Usa-se então componentes auto-
lubrificantes.
Circuíto secundário
As ligações flexíveis também deverão ser revisadas, uma vez que estas envelhecem
causando o rompimento nas lâminas ou trançados, diminuindo a seção, provocando
perdas e aquecimentos suplementares.
Cabeçotes de solda
Guias com frição. Deverá ser aplicada massa. Verificar se o eixo não está riscado,
verificar a folga em rotação com o eixo, modificando se for preciso a tolerância de
ajuste da guia, chaveta, etc. Em eixos prismáticos que já exercem a função da guia,
geralmente não é possível corrigir a rotação, pelo que deve ser reparado.