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MEDIDAS ELÉTRICAS
Engenharia Elétrica
Profº. Dr. Juliano de Oliveira Pacheco
Unidade III
Transformadores para medição
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
U1 N1 I 2
= =
U1 = TENSÃO PRIMÁRIA
U2 = TENSÃO SECUNDÁRIA
U 2 N 2 I1
I1 = CORRENTE PRIMÁRIA
I2 = CORRRENTE SECUNDÁRIA
N1 = NÚMERO DE ESPIRAS DO PRIMÁRIO
N2 = NÚMERO DE ESPIRAS DO SECUNDÁRIO
EX: TRANSFORMADOR ABAIXADOR DE TENSÃO
TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS
A medição das unidades
consumidoras do grupo A
deve ser realizada em
média tensão com conjunto
de medição polimérico,
com medidor e módulo de
telemedição inserido
internamente ao conjunto.
FUNÇÕES DOS TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS
Transformar o módulo da grandeza a ser medida sem alterar
sua natureza (forma de onda, defasagem);
A grande expansão dos sistemas elétricos exige o uso de
correntes e tensões cada vez maiores. Hoje em dia é comum a
operação das redes elétricas em níveis de corrente da ordem de
centenas ou milhares de ampères, e de muitos milhares de volts.
Não existindo aparelhos de medição, de uso prático, que
possam medir diretamente estas tensões e correntes, faz-se então
um dispositivo que possa reduzir, tantas vezes quanto necessário,
os altos valores a serem medidos, até se adequarem aos aparelhos
de medição normalmente usados.
FUNÇÕES DOS TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS
Isolar o circuito primário do secundário;
❑ MEDIÇÃO
❑ CONTROLE
❑ PROTEÇÃO
TIPOS DE TRANSFORMADORES PARA INSTRUMENTOS
TRANSFORMADOR DE CORRENTE = TC
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL = TP
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
EX : 100 X 200 – 5A
1
TRANSFORMADOR DE CORRENTE COM VÁRIOS
ENROLAMENTOS SECUNDÁRIOS
É constituído de um único
núcleo envolvido pelo
enrolamento primário e
vários enrolamentos
secundários, que podem ser
ligados em série ou em
paralelo.
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
COM VÁRIOS NÚCLEOS SECUNDÁRIOS
EX: 300-5-5-5 A
TRANSFORMADOR DE CORRENTE
COM DERIVAÇÕES NO SECUNDÁRIO
EX: 100/200/300-5A
100-5A
200-5A
300-5A 2
TC DE BAIXA IMPEDÂNCIA
I1 N 2
RTC = =
I 2 N1
Correntes primárias nominais:
10 A – 15 A – 20 A – 30 A – 40 A – 50 A – 60 A – 75 A
E seus múltiplos e submúltiplos decimais.
I1 N 2 600
RTC = = = = 30
I 2 N1 20
I1 120
I2 = = = 4A
RTC 30
CARGAS NOMINAIS
3
CARGAS NOMINAIS
I CURTO −CIRCUITO
Fs =
I1
TENSÃO SECUNDÁRIA
Es = Fs I 2 ( Rc + Rtc ) + ( X c + X tc )
2 2
Vs = Fs I 2 ( Rc ) + ( X c )
2 2
Rc = Resistência da carga
Xc = Reatância da carga
Xtc = Reatância do enrolamento secundário
Rtc = Resistência do enrolamento secundário
Es = Força eletromotriz
Vs = Tensão na carga
FS = Fator de sobrecorrente
I2 = Corrente que circula no secundário do TC e flui pela carga secundária
FATOR LIMITE DE EXATIDÃO – TCs DE PROTEÇÃO
Elem = FS I 2 ( Rc + Rtc ) + ( X c + X tc )
2 2
Considerando um TC de
relação 1:1, para que a corrente
secundária reproduza fielmente
a corrente do primário seria
necessário que I1 = I2. Como
isso não ocorre, a corrente que
circula na carga não é
exatamente a corrente do TC,
ocasionando assim um ERRO.
ERROS DOS TRANSFORMADORES DE CORRENTE
I2 + Io FCR =
RTCr
FCR p =
RTCr
100 (%)
FCR =
I2 RTC RTC
RTC – RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DE CORRENTE NOMINAL
RTCr – RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO DE CORRENTE REAL
FCR – FATOR DE CORREÇÃO DE RELAÇÃO RELATIVO
FCRp – FATOR DE CORREÇÃO DE RELAÇÃO PERCENTUAL
ERROS DOS TRANSFORMADORES DE CORRENTE
RTC I 2 − I1
eP = 100(%) = 100 − FCR p (%)
I1
eP – Erro de relação percentual
RTC – Relação de transformação de corrente nominal
I1 – Valor eficaz da corrente primária
I2 – Valor eficaz da corrente secundária
FCRp – FATOR DE CORREÇÃO DE RELAÇÃO PERCENTUAL
ERROS DOS TRANSFORMADORES DE CORRENTE
CLASSE 0,3
FCT possui limite de 0,997 e
1,003
PONTO A:
FCR = 0,998
3,5 minutos
FCT = 0,99665
PONTO B:
FCR = 1,002
7 minutos
FCT = 0,999
CLASSE DE EXATIDÃO
CLASSES ESPECIAIS PARA SERVIÇOS DE
MEDIÇÃO
LIMITES DA CLASSE DE
EXATIDÃO 0,6 EM TC PARA
SERVIÇO DE MEDIÇÃO
CLASSE DE EXATIDÃO
TC DE MEDIÇÃO
LIMITES DA CLASSE DE
EXATIDÃO 1,2 EM TC PARA
SERVIÇO DE MEDIÇÃO
CLASSE DE EXATIDÃO – TC DE MEDIÇÃO
Significa TC com carga secundária de 5VA atendendo uma classe de exatidão de 0,3S.
EQUIPAMENTO:
DTR 8510 - MEDIDOR DIGITAL DE
ESPIRAS DE TRANSFORMADOR
FLUXO DE SATURAÇÃO:
Máximo valor de fluxo concatenado secundário
de um TC que corresponde à saturação magnética
do material do núcleo.
FLUXO REMANESCENTE:
Valor do fluxo que permanecerá no núcleo após 3
minutos da interrupção de uma corrente de
excitação de valor suficiente para induzir o fluxo
de saturação.
FATOR DE REMANÊNCIA:
r
Kr = 100%
s
CLASSE DE EXATIDÃO – TC DE PROTEÇÃO
NOTA: Um crescente número de situações ocorrem, nos quais baixas correntes de componente
contínua fluem continuamente através dos transformadores de corrente. Portanto, de forma a
impedir que o TC avance para a saturação, transformadores de corrente com entreferros, mas
com a mesma especificação da classe PX, são utilizados.
CLASSE DE EXATIDÃO – TC DE PROTEÇÃO CLASSE P E PR
Ex: 25 VA 5P15
Ek = Fle ( Rtc + Rc ) I 2
Fle = Fator-limite de exatidão
Rtc = Resistência da carga nominal
Rc = Resistência do enrolamento secundário
I2 = Corrente secundária nominal
OUTRAS ESPECIFICAÇÕES
REQUISITOS DE ISOLAMENTO
TENSÃO MÁXIMA DO EQUIPAMENTO
Um = É o maior valor eficaz da tensão fase-fase para o qual o transformador é projetado
relativamente ao seu isolamento.
(...)
CONDIÇÕES NORMAIS DE SERVIÇO
TEMPERATURA AMBIENTE
Os transformadores de corrente devem ser projetados para
operar nas condições de temperatura indicadas na Tabela 1.
ALTITUDE
A altitude não pode exceder 1000m acima do nível no mar.
OUTRAS ESPECIFICAÇÕES
MATERIAIS ISOLANTES
Os materiais isolantes
elétricos são classificados,
conforme a NBR IEC 60085,
nas classes de temperatura,
definidas pela temperatura
máxima atribuída a cada
uma conforme tabela ao
lado.
CONDIÇÕES NORMAIS
DE SERVIÇO
LIMITES DE ELEVAÇÃO DE
TEMPERATURA
Th = K 0 Th 0
K0 = Fator de correção de elevação de temperatura
Th = Elevação de temperatura para altitude > 1000m
Th0 = Limite de elevação de temperatura T especificado na Tabela 12.
CONDIÇÕES NORMAIS DE SERVIÇO
• Elevação de temperatura
• Corrente suportável nominal de curta duração e valor de crista da corrente
suportável
• Impulso atmosférico
• Impulso de manobra
• Tensão aplicada sob chuva para transformadores para uso externo
• Tensão de radiointerferência
• Resistência ôhmica dos enrolamentos 12.6
• Estanqueidade
• Exatidão 12.8
• Erro composto para classes P e PR 12.9
• Ensaios de rotina definidos em 11.3
1. ENSAIOS DE TIPO - EXATIDÃO
MEDIÇÃO
O ensaio deve ser realizado nas correntes de 10%, 100% da corrente
nominal e corrente térmica contínua nominal, com cada carga
nominal especificada pelo cliente. Para as classes especiais 0,3S e
0,6S, o ensaio deve ser realizado nas correntes de 5%, 20%, 100% da
corrente nominal e corrente térmica contínua nominal.
1. ENSAIOS DE TIPO - EXATIDÃO
CLASSE PX E PXR
Deve-se verificar o erro de espiras à corrente nominal, com carga
nula. Deve-se também verificar a tensão de joelho. (13.11)
CLASSE PR
Além dos erros de relação e defasagem, deve ser realizado o ensaio
de determinação do erro composto.
1. ENSAIOS DE TIPO
• Exatidão
• Fator de segurança do equipamento
• Erro composto para classes P e PR
• Determinação do fator de remanência para classe PR
• Medição da resistência ôhmica dos enrolamentos secundários para
classes PX, PXR e PR
• Levantamento das características de exatidão para núcleos de proteção
• Resistência ôhmica dos enrolamentos para equipamento com
Um≥72,5kV
• Ensaios no óleo mineral isolante
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
❑ DO TIPO INDUTIVO V1 N1
❑ CAPACITIVO RTP = =
V2 N 2
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL DO TIPO INDUTIVO
São construídos em grande parte para utilização até a tensão de 138 kV, por
apresentarem custo de produção inferior ao do tipo capacitivo.
GRUPO 1
GRUPO 2/GRUPO 3
RTPr RTPr
FCRr = FCR p = 100(%)
RTP RTP
ERRO DE RELAÇÃO:
RTP Vs − V p
eP = 100% = (100 − FCR p )
Vp
Considera-se que o um TP
está dentro de sua classe de
exatidão quando os pontos
determinados pelos fatores
de correção de relação FCR e
pelos ângulos de fase
estiverem dentro do
paralelogramo de exatidão.
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
• Tensão nominal
• 90% da tensão nominal
• 110% da tensão nominal
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
Os transformadores de
potencial devem suportar
tensões de serviço 10% acima
de seu valor nominal, em
regime contínuo, sem nenhum
prejuízo à sua integridade.
NORMAS TÉCNICAS
EQUIPAMENTO:
DTR 8510 - MEDIDOR DIGITAL DE
ESPIRAS DE TRANSFORMADOR
João Mamede Filho. Manual de equipamentos elétricos. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
João Mamede Filho e Daniel Ribeiro Mamede. Proteção de sistemas elétricos de potência. Rio de
Janeiro: LTC, 2016.