Aula 9 - Transformadores de Potencial R3

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
AULA : TRANSFORMADORES DE POTENCIAL
Prof. Dr. Methodio Godoy

ÍNDICE
1. OBJETIVO
2. INTRODUÇÃO
3. NORMAS TÉCNICAS
4. HISTÓRICO E CLASSIFICAÇÃO
5. COMPONENTES
6. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS
2
OBJETIVO
OBJETIVO
 Apresentar os principais aspectos cons-

trutivos, características elétricas e concei-
tos requeridos para a especificação dos
transformadores de potencial.
4
INTRODUÇÃO
TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS
 São transformadores cuja função é reproduzir

os sinais de tensão aplicada ou corrente que
circula pelo enrolamento primário num nível de
tensão compatível com a classe de isolamento
dos equipamentos de medição, proteção, co-
mando e controle.
 Se dividem em:
• Transformadores de Corrente ou TC e
• Transformadores de Potencial ou TP.
6
TRANSFORMADORES DE INSTRUMENTOS
 Eles isolam os equipamentos de MPCC

dos equipamentos principais.
7
TRANSFORMADORES DE POTENCIAL
TRANSFORMADORES
DE POTENCIAL
8
TRANSFORMADOR DE POTENCIAL
N1 > N 2
N2
V2 = .V1
N1
9
LIGAÇÕES DOS TP’S
FASE A
U1 FASE B
N1
TP
N2
U2
Z
CARGA
10
ASPECTOS BÁSICOS DOS TPs
 Não há grandes diferenças construtivas entre

os transformadores de potencial para medição
e proteção, sendo que, muitas vezes, um único
equipamento atende às duas necessidades.
 Nessas situações o transformador de potencial
possui dois enrolamentos secundários, um
destinado ao sistema de medição e outro
destinado ao sistema de proteção.
11
NORMAS TÉCNICAS
NORMAS TÉCNICAS
13
IEC 61869 – 1: REQUISITOS GERAIS
14
ASPECTOS BÁSICOS
 Os transformadores de potencial são equipa-

mentos que permitem aos instrumentos de
medição e proteção funcionarem adequada-
mente sem que seja necessário possuir tensão
de isolamento de acordo com a da rede à qual
estão ligados.
 Os transformadores de potencial possuem um
enrolamento primário de muitas espiras e um
enrolamento secundário na tensão de 115 V,
ou, 115 /√3 V.
16
 Os TPs se classificam:
• INDUTIVOS: São utilizados em tensões de
600V a 69KV. São conectados nas barras
de 69 kV até 138KV quando não se utiliza a
tecnologia de Carrier para comunicação. Po-
dem ser á óleo mineral e a seco.
• CAPACITIVOS: São utilizados em tensões
maiores ou iguais a 230 kV e de 69 kV e 138
kV nas barras quando se utiliza a tecnologia
de Carrier para comunicação.
17
INDUTIVOS
18
INDUTIVOS
19
INDUTIVOS
 Uma das razões para o uso de TPC é a

sua obrigatoriedade de utilização em
linhas com comunicação Carrier.
 Utiliza-se um aparelho transmissor recep-
tor para tratamento de sinal normalmente
na faixa de 10 kHz a 300 kHz.
 O sinal é transmitido no próprio condutor
da linha de transmissão.
20
INDUTIVOS
 O divisor capacitivo dos transformadores de

potencial capacitivos é utilizado como capacitor
de acoplamento por apresentar baixa impedân-
cia à frequência da onda portadora e bloqueia
a corrente à frequência de 60Hz.
 O TPI é usado como parte do circuito de
sintonia, estando ligado diretamente à linha de
transmissão, evitando influências da frequência
da rede de energia nos equipamentos Carrier.
21
CAPACITIVOS
 São mais econômicos que os TPI para

tensões maiores ou iguais a 230 kV.
22
COMPARAÇÃO TPI x TPC
CUSTO (pu)
160
TPI
140
120
100
80
TPC
60
40
20
kV
24 72 145 245 420 550 756
23
CAPACITIVOS
24
CAPACITIVOS
25
GRUPOS DE LIGAÇÃO
 GRUPO 1 – São aqueles projetados para liga-

ção entre fases utilizados nos sistemas de até
34,5 KV.
 GRUPO 2 – São aqueles projetados para liga-
ção entre fases e neutro de sistemas direta-
mente aterrados, isto é: R0/X1≤1.
 GRUPO 3 - São aqueles projetados para liga-
ção entre fases e neutro de sistemas onde não
se garante a eficácia do aterramento.
26
CONEXÕES USADAS NOS TPs
27
CONEXÕES USADAS NOS TPs
28
TPs DO GRUPO 1 Á SECO
29
TPIs GRUPO 2 A OLÉO
30
TPCs GRUPO 2 A OLÉO
31
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
 Os TPs são fabricados em conformidade

com o grupo de ligação requerido, com
as tensões nominais primárias com o tipo
de instalação desejado.
 O enrolamento primário é constituído de
uma bobina de várias camadas de fio de
cobre, submetido a uma esmaltação, em
geral dupla, enrolado em um núcleo de
ferro magnético.
33
 O enrolamento secundário é constituído

de fios de cobre duplamente esmaltados
e isolado do núcleo e do enrolamento
primário por meio de fitas e folhas de
papel especial.
 Se o TP for construído em epóxi, o nú-
cleo com as respectivas bobinas são em-
capsulados de modo a evitar a formação
de bolhas em seu interior.
34
 A formação de bolhas em seu interior, o

que, para tensões elevadas, se constitui
num fator de defeito grave, como
veremos mais adiante.
 Se o TP for a óleo, o núcleo com as res-
pectivas bobinas são secos sob vácuo e
calor. O TP, ao ser montado, é tratado a
vácuo para em seguida ser preenchido
com óleo isolante.
35
TP Á ÓLEO
 Nos TPs a óleo, no tanque é acomodado

o núcleo com os enrolamentos.
 O núcleo é construído com chapas de
aço-silício pintadas ou galvanizadas.
 Alguns TPs possuem tanque de expan-
são de óleo.
 Na parte inferior do TP estão localizados
o tanque com os elementos ativos, e a
caixa dos terminais secundários.
36
TPI Á SECO
37
TPI Á OLÉO
38
CAPACITIVO
 Os transformadores deste tipo são construídos

basicamente com a utilização de dois conjun-
tos de capacitores que servem para fornecer
um divisor de tensão e permitir a comunicação
através do sistema Carrier. São construídos
normalmente para tensões iguais ou superiores
a 138kV.
 O TPC e o divisor capacitivo, cujas células fi-
cam imerso no interior de um invólucro de
porcelana.
39
CAPACITIVO
40
TPC
41
TP ISOLADO Á GÁS
42
ÓPTICO
 Eles apresentam desempenho superior ao dos

transformadores para instrumentos convencio-
nais, em relação à confiabilidade e precisão.
 Eles são baseados nos efeitos dos campos
elétrico e/ou magnético sobre feixes de luz
polarizados.
 A tecnologia óptica utiliza como princípio al-
guns cristais particulares que mostram mudan-
ça nos índices de refração diretamente propor-
cionais ao campo elétrico aplicado.
43
COMPONENTES
COMPONENTES DE UM TPI
45
COMPONENTES DE UM TPI
46
COMPONENTES DE UM TPC
47
COMPONENTES DE UM TPC
48
TPC
49
TPC
50
TPC
51
COMPONENTES DE UM TP OPTICO
52
CARACTERÍSTICAS
ELÉTRICAS
ESPECIFICAÇÃO DE UM TP
 Tensão primária nominal,

 Relação de transformação,
 Frequência nominal,
 Níveis de isolamento,
 Grupo e Fator de Sobretensão
 Classe de Precisão,
 Carga Nominal,
 Potência Térmica,
 Uso interno ou externo.
54
TENSÃO PRIMÁRIA NOMINAL
 Os transformadores de potencial e os de po-

tência são os únicos equipamentos de sistema
de potência em que se especifica a tensão no-
minal do sistema e a tensão máxima do equi-
pamento.
 Nos demais equipamentos, a tensão nominal
do equipamento é a máxima tensão que o
equipamento poderá ser submetido continua-
mente.
55
TENSÃO PRIMÁRIA NOMINAL
56
RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO
57
58
59
60
NÍVEIS DE ISOLAMENTO
61
NÍVEIS DE ISOLAMENTO
62
FATOR DE SOBRETENSÃO
63
CLASSE DE PRECISÃO
 É o erro esperado do transformador de potencial,
levando em conta o erro de relação de transfor-
mação, e o erro de desfasamento angular, entre
as tensões primária e secundária.
64
CLASSE DE PRECISÃO
65
CLASSE DE PRECISÃO
 0,1 – SÃO UTILIZADOS NAS MEDIÇÕES EM

LABORATÓRIO.
 0,3 – SÃO UTILIZADOS NAS MEDIÇÃO DE
COM FINS DE FATURAMENTO.
 0,6 – SÃO UTILIZADOS PARA PROTEÇÃO E
MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SEM A
FINALIDADE DE FATURAMENTO.
 1,2 – SÃO UTILIZADOS NA MEDIÇÃO COM
PONTEIROS.
66
CARGA NOMINAL OU BURDEN
 É a carga nominal padronizada máxima

que o TP pode alimentar atendendo a
sua classe de precisão.
67
CARGA NOMINAL OU BURDEN
68
POTÊNCIA TÉRMICA
 A potência térmica nominal é a maior potência

aparente que um TP pode fornecer em regime
permanente, sob tensão e frequência nominais,
sem exceder os limites de temperatura
especificados.
 A potência térmica nominal pode ser obtida
pelo produto do fator de sobretensão contínuo
ao quadrado pela maior carga especificada ou
carga simultânea.
69
POTÊNCIA TÉRMICA
 VS2 
Pterm = 1,21.K. 
 Z CN 
VS - TENSÃO SECUNDÁRIA NOMINAL, EM V

ZCN - IMPEDÂNCIA CORRESPONDENTE À CARGA NOMINAL, EM Ω
K = 1,33 - PARA TP´S DOS GRUPOS 1 E 2
70
POTÊNCIA TÉRMICA
Calcular a potência térmica de um TP de 75 VA, tensão

secundária de 115V e Grupo de ligação 1.
 VS2   115 2 
Pterm = 1,21.K.  = 1,21.1,33.  = 110,8 ≅ 110 VA
 Z CN   192 
71
DISTÂNCIA DE ESCOAMENTO
 É a distância mais curta ao longo do contorno

da superfície externa do invólucro isolante
entre as partes metálicas entre as quais aplica-
se tensão de funcionamento.
72
FERRORESSONÂNCIA
 É um fenômeno que pode ocorrer por

transitórios gerados em operações de
manobra do circuito primário em que o
TP está conectado.
 Os TPs conectados entre fase e terra
podem ser susceptíveis ao fenômeno de
ferrorressonância quando instalados em
sistemas elétricos com neutro não solida-
mente aterrado.
73
FERRORESSONÂNCIA
 Para as condições operacionais normais

e para as condições temporárias sujeitas
durante transitórios gerados no sistema
elétrico a saturação magnética resulta em
uma variação da reatância que torna-se
não linear indutiva que, combinada com
as capacitâncias do circuito elétrico, pode
resultar em um circuito ressonante não
amortecido.
74
FERRORESSONÂNCIA
 A ocorrência da ferrorressonância gera

pesadas sobretensões e danos severos
ao TP e a instalação.
 A proteção dos TPs contra ferrorresso-
nância ré efetuada com o uso de resistor
de amortecimento que deve ser conecta-
do ao enrolamento secundário de forma
seletiva, por exemplo, não deve ser
conectado em caso de falta prolongada.
75
FERRORESSONÂNCIA
 Diferentemente da ressonância paralela

ou série conhecida, que ocorre para um
valor especifico de C (capacitância), a
ferrorressonância pode ocorrer para uma
ampla faixa de capacitâncias.
 A frequência das formas de onda de
tensão e corrente na ferrorressonância
podem ser diferentes da frequência da
fonte de alimentação.
76
FERRORESSONÂNCIA
 As três condições são necessárias para a

ocorrência da ferrorressonância:
• Presença simultânea de capacitâncias e indutores
não lineares.
• Existência de pelo menos um ponto em que o
potencial de terra não fica fixado (neutro não aterra-
do, abertura de fusível, chaveamento monofásico
etc.).
• Sistema com baixa carga (sistema com baixa carga
ou operando por geradores).
77
ATENUAÇÃO DE FERRORESSONÂNCIA
 A solução para atenuar este fenômeno em

TPs consiste em instalar resistores de
amortecimento no secundário de TPs,
neste caso, devem ter grupo de ligação 3.
 Este procedimento tem por objetivo redu-
zir o valor de trabalho da indução magné-
tica para valores entre 0.4 e 0.7T.
78
ASPECTOS PARA SELEÇÃO DE TPs

 Próximo à bancos de capacitores é im-
portante dimensionar a potência térmica
adequadamente.
79
PROCEDIMENTOS DE REDE – SUBMÓDULO 2.3
 Item 7.7 Transformadores de potencial

conectados à rede básica
 7.7.1 As características dos transforma-
dores de potencial, devem satisfazer às
necessidades de diversos sistemas: de
proteção (Submódulo 2.6), de medição
de faturamento (Módulo 12) e de medi-
ção indicativa para controle da operação
(Submódulo 2.7).
80
PLACA DE IDENTIFICAÇÃO
PLACA DE TPI
82
PLACA DE TPC
83
MANUTENÇÃO
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS
 VAZAMENTO DE ÓLEO,
 PENETRAÇAO DE UMIDADE,
 CORROSÃO
 RETIRADA DE AMOSTRAS DE OLEO,
 SUBSTITUIÇAO DO SISTEMA DE COMPEN-
SAÇAO DA EXPANSAO DO ÓLEO – MEM-
BRANAS, FOLES, CONEXOES,
 EXPLOSÃO.
MANUTENÇÃO
 Inspeção física quanto a vazamentos, corro-

são, ruídos estranhos
 Termovisão
 Análise do óleo : cromatografia e conteúdo de
agua.
Methodio Godoy
e-mail: mgodoy @br.inter.net

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Prof. Dr. Methodio Godoy

 Apresentar os principais aspectos cons-

 São transformadores cuja função é reproduzir

 Eles isolam os equipamentos de MPCC

LIGAÇÕES DOS TP’S

ASPECTOS BÁSICOS DOS TPs

 Não há grandes diferenças construtivas entre

IEC 61869 – 1: REQUISITOS GERAIS

 Os transformadores de potencial são equipa-

 Uma das razões para o uso de TPC é a

 O divisor capacitivo dos transformadores de

 São mais econômicos que os TPI para

COMPARAÇÃO TPI x TPC

 GRUPO 1 – São aqueles projetados para liga-

CONEXÕES USADAS NOS TPs

CONEXÕES USADAS NOS TPs

TPs DO GRUPO 1 Á SECO

TPIs GRUPO 2 A OLÉO

TPCs GRUPO 2 A OLÉO

 Os TPs são fabricados em conformidade

 O enrolamento secundário é constituído

 A formação de bolhas em seu interior, o

 Nos TPs a óleo, no tanque é acomodado

 Os transformadores deste tipo são construídos

 Eles apresentam desempenho superior ao dos

 Tensão primária nominal,

TENSÃO PRIMÁRIA NOMINAL

 Os transformadores de potencial e os de po-

TENSÃO PRIMÁRIA NOMINAL

 0,1 – SÃO UTILIZADOS NAS MEDIÇÕES EM

CARGA NOMINAL OU BURDEN

 É a carga nominal padronizada máxima

CARGA NOMINAL OU BURDEN

 A potência térmica nominal é a maior potência

VS - TENSÃO SECUNDÁRIA NOMINAL, EM V

Calcular a potência térmica de um TP de 75 VA, tensão

 É a distância mais curta ao longo do contorno

 É um fenômeno que pode ocorrer por

 Para as condições operacionais normais

 A ocorrência da ferrorressonância gera

 Diferentemente da ressonância paralela

 As três condições são necessárias para a

 A solução para atenuar este fenômeno em

ASPECTOS PARA SELEÇÃO DE TPs

PROCEDIMENTOS DE REDE – SUBMÓDULO 2.3

 Item 7.7 Transformadores de potencial

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS

 Inspeção física quanto a vazamentos, corro-

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