00 04/05/17 Aprovado FRS LNAG

0B 10/04/17 Correção dos itens 3.2, 4.1.2 e 4.4 DFF LNAG

0A 26/12/16 Emissão Inicial FRS/APT LNAG
Rev. Data Descrição Por Aprov.
Nome da Obra

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE BELO MONTE

XINGU – TERMINAL RIO
Título do Documento
MEMORIAL DESCRITIVO
TRAVESSIA SOBRE RODOVIA ESTADUAL PA-167
VÃO T. 6-2 / T. 7-1
Projetado FRS/APT 26/12/16 Classe.Proj. Elétrica Situação. Projeto Executivo
Aprovado LNAG 26/12/16 Nº.Projetista - Rev. 00 Folha 1/6
Responsável CSF 26/12/16
CREA Nº 200011985-9 Nº XRTE XRTE-LT-T01-MD-0402
 ÍNDICE

1. OBJETIVO ............................................................................................................. 3
2. DESCRIÇÃO DA TRAVESSIA............................................................................... 3
3. LOCALIZAÇÃO DA TRAVESSIA ........................................................................... 3
4. CRITÉRIOS DE PROJETO.................................................................................... 3
4.1. Altura de segurança ......................................................................................... 3

4.2. Faixa de segurança da LT ............................................................................... 3

4.3. Ângulo de cruzamento ..................................................................................... 3

4.4. Temperatura de Locação ................................................................................. 3

5. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO DA LT NA TRAVESSIA................................ 3

5.1. Estruturas ........................................................................................................ 3

5.2. Fundações ....................................................................................................... 4

5.3. Cabo condutor ................................................................................................. 4

5.4. Cabo para-raios ............................................................................................... 4

5.5. Cabo OPGW .................................................................................................... 5

5.6. Cálculos mecânicos dos cabos para o projeto da linha de transmissão ........... 5

5.7. Sinalização aérea ............................................................................................ 6

5.8. Aterramento ..................................................................................................... 6

5.9. Seccionamento e aterramento das cercas ....................................................... 6

6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 6

LT 800 kV CC XINGU- TERMINAL RIO

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MEMORIAL DESCRITIVO – TRAVESSIA SOBRE RODOVIA PA-167 FOLHA 2 de 6 00
1. OBJETIVO
1.1. O presente memorial descritivo tem por objetivo apresentar, para aprovação junto a
SETRAN-PA, o projeto elaborado para a travessia da LT ±800 kV CC Xingu – Terminal Rio,
sobre a Rodovia PA 167, no km 2+142,30 m da Rodovia (km 7 + 040,78 m da LT ±800 kV
CC Xingu – Terminal Rio).
2. DESCRIÇÃO DA TRAVESSIA
2.1. A LT ±800 kV CC Xingu – Terminal Rio, de propriedade da empresa XINGU RIO, tem início
no Pórtico da Subestação Xingu e término no Pórtico da Subestação Terminal Rio, a primeira
situada no Estado do Pará e a segunda no Estado do Rio de Janeiro.
3. LOCALIZAÇÃO DA TRAVESSIA
3.1. A LT ±800 kV CC Xingu – Terminal Rio cruza a Rodovia PA 167, com um ângulo de
55º 36’ 24” em relação ao eixo da LT. O cruzamento ocorre entre as estruturas: 6/2 (km
6+759,11 m) e 7/1 (km 7+428,11 m) e o vão entre as mesmas é de 669,00 m, conforme
mostrado no desenho nº XRTE-LT-T01-TR-0402 – Travessia sobre Rodovia PA 167.
3.2. Coordenada do ponto de cruzamento com a linha de transmissão:

UTM SIRGAS 2000 (Fuso -22)

NORTE ESTE
9.658381,31 429.582,14

4. CRITÉRIOS DE PROJETO
4.1. Altura de segurança
4.1.1. De conformidade com o Projeto Básico, cujos espaçamentos verticais obedecem
a resolução n°616 da ANEEL, o espaçamento mínimo cabo-pista deverá ser de
25,50 m.
4.1.2. No ponto de cruzamento da travessia, a distância mínima do cabo condutor mais
baixo para o cabo para-raios é de 32,31 m, conforme indicado no projeto em anexo,
desenho XRTE-LT-T01-TR-402.
4.2. Faixa de segurança da LT
A diretriz da LT tem uma faixa de servidão com 114 m de largura, sendo 57 m para cada
lado do eixo da mesma.
4.3. Ângulo de cruzamento
O ângulo de cruzamento mínimo recomendado pela NBR-5422 é de 15°. No ponto de
cruzamento com a LT, o ângulo é superior a 55°.
4.4. Temperatura de Locação
A temperatura de locação é de 53ºC, a qual inclui o efeito do aquecimento dos cabos
condutores quando do transporte da corrente elétrica de 2625 A.
A locação foi verificada para operação da LT em curta duração à 53°C°: 3500 A.
5. CARACTERÍSTICAS DO PROJETO DA LT NA TRAVESSIA
5.1. Estruturas
5.1.1. As estruturas utilizadas na travessia são metálicas, treliçadas e autoportante,
construídas com perfis e chapas de aço com ligações aparafusadas, conforme normas
ASTM A-36, ASTM A-572 GR50, com todas as peças zincadas por imersão à quente. O

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 dimensionamento das estruturas foi feito de acordo com o Manual ASCE 52 – “Guide for
Design of Steel Transmission Towers”.
5.1.2. As estruturas 6/2 é do tipo RSM81 (Autoportante Média) e 7/1 é do tipo RSP8
(Autoportante Pesada) com altura de instalação do condutor de 61,00 m e 70,00 m,
respectivamente, e com altura de instalação dos para raios de 74,60 m e 83,60 m,
respectivamente, ambas do tipo em suspensão. Estas estruturas encontram-se a 281,67
m e a 387,33 m, respectivamente, do cruzamento com a LT.
5.1.3. Os cabos condutores de cada fase serão fixados por meio de uma cadeia de suspensão
simples em I, composta por 40 isoladores, do tipo concha-bola, passo de 205 mm,
diâmetro de 360 mm e carga de ruptura de 420 kN.
5.1.4. As fixações dos cabos para-raios nas estruturas serão efetuadas por conjuntos de
suspensão simples.
5.2. Fundações
5.2.1. As fundações das estruturas serão do tipo Tubulão ou Sapata, a serem definidas ao
longo do projeto, e executadas em concreto estrutural com fck= 20 Mpa e aço CA50.
5.2.2. As fundações serão projetadas e executadas segundo as normas brasileiras NBR-6118
e NBR-6122, da ABNT.
5.3. Cabo condutor
O cabo condutor é do tipo CA, constituído por 61 fios de alumínio, com as seguintes
características:

Tipo, bitola e código CA 1590 kcmil, Coreópsis

Diâmetro nominal 36,90 mm
Seção total 805,36 mm2
Peso unitário 2,2204 kgf/m
Carga de ruptura 12.195 kgf
Módulo de elasticidade final 5.625 kgf/mm2
23,0 x 10-6 / ºC
Coeficiente de dilatação final

5.4. Cabo para-raios

Um dos cabos para-raios é do tipo EAR, constituído por 7 fios de aço zincado, com as
seguintes características:

Tipo e bitola EAR Ø = 3/8”

Diâmetro nominal 9,52 mm
Seção total 51,14 mm²
Peso unitário 0,406 kgf/m
Carga de ruptura 6.990 kgf
Módulo de elasticidade final 18.500 kgf/mm²

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5.5. Cabo OPGW
O outro cabo para raios é do tipo OPGW, constituído por 10 fios de alumínio aço, com
as seguintes características:

Tipo e bitola OPGW–SM

Diâmetro nominal 13,4 mm
Seção total 103 mm²
Peso unitário 0,682 kgf/m
Carga de ruptura 9.477 kgf
Módulo de elasticidade final 13.800 kgf/mm²
Coeficiente de dilatação final 13,2 x 10-6 /C°

5.6. Cálculos mecânicos dos cabos para o projeto da linha de transmissão

a) Cabo condutor:
 Temperatura de maior duração igual a 26°C, sem vento: a tração final do cabo não
ultrapassa a 26% da sua carga de ruptura.

 Temperatura mínima igual a 13°C, sem vento: a tração inicial do cabo não ultrapassa
a 33% da sua carga de ruptura.

 Com vento extremo a 20°C (com pressão de 89,6 kgf/m² para um período de retorno
de 250 anos), a tração final do cabo não ultrapassa 70% da sua carga de ruptura.

 Para o cálculo da flecha máxima, foi considerado o cabo na temperatura máxima de

50°C final, com creep de 10 anos.

b) Cabos para raios:

b.1) Ø = 3/8” EAR
 Temperatura de maior duração igual a 26°C, sem vento: a tração final do cabo não
ultrapassa a 9,3% da sua carga de ruptura.

 Temperatura mínima igual a 13°C, sem vento: a tração inicial do cabo não ultrapassa
a 33% da sua carga de ruptura.

 Com vento extremo a 20°C (com pressão de 94,1 kgf/m² para um período de retorno
de 250 anos), a tração final do cabo não ultrapassa 70% da sua carga de ruptura.

b.2) OPGW
 Temperatura de maior duração igual a 26°C, sem vento: a tração final do cabo não
ultrapassa a 11,5% da sua carga de ruptura.

 Temperatura mínima igual a 13°C, sem vento: a tração inicial do cabo não ultrapassa
a 33% da sua carga de ruptura.

 Com vento extremo a 20°C (com pressão de 94,1 kgf/m² para um período de retorno
de 250 anos), a tração final do cabo não ultrapassa 70% da sua carga de ruptura.

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Resumo:

Tração Correspondente em [kgf] (1)

Carregamento
CA 1590 kcmil 3/8” EAR OPGW

89,6 kgf/m², 20 °C, final 8.537 (70%)

94,1 kgf/m², 20 °C, final 4.893 (70%) 6.634 (70%)
s/vento, 13 °C, inicial 4.024 (33%) 2.307 (33%) 3.127 (33%)
s/vento, 26 °C, final 3.171 (26%) 650 (9,3%) 1.090 (11,5%)
Nota:
1. O valor entre parênteses indica o percentual da carga de ruptura do cabo.

5.7. Sinalização aérea

A travessia será sinalizada com três esferas na cor laranja, instaladas nos cabos para-
raios, conforme NBR 6535. Estas esferas são de fibra de vidro com diâmetro de 600 mm
e serão fixadas aos cabos para-raios por meio de mancais de liga de alumínio.
5.8. Aterramento
Os cabos para-raios bem como as peças metálicas das estruturas são adequadamente
conectados a terra através de cabo contrapeso de aço SM Ø = 3/8”, cujo comprimento
foi calculado para cada estrutura em função da resistividade do solo no local.
5.9. Seccionamento e aterramento das cercas
As cercas que limitam a faixa de domínio da LT serão seccionadas e aterradas conforme
padrão e instrução da Especificação Técnica.
6. REFERÊNCIAS
Desenho n° XRTE-LT-T01-TR-0402 – Projeto de Travessia sobre Rodovia PA-167.

Desenho n° XRTE-LT-T01-PP-0102 – Perfil e Planta.

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