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VERIFICAÇÃO DE ITENS DE SEGURANÇA PARA LINHA DE VIDA; 01/09/2023 1/10


LANÇA PARA ANCORAGEM EM TALUDES Nº (SIGLA DA CONTRATADA) REV.

LT-LVAT-001 01/A

LAUDO TÉCNICO PARA:


VERIFICAÇÃO DE ITENS DE SEGURANÇA EM
LINHA DE VIDA – LANÇA PARA ANCORAGEM
EM TALUDES

São Luís
Setembro – 2023
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ÍNDICE
1. OBJETIVO ..................................................................................................................... 3
2. ESPECIFICAÇÕES / COMPOSIÇÕES .......................................................................... 3
3. MEMÓRIAL DE CÁLCULO ............................................................................................ 3
3.1. Variáveis da Resistência ................................................................................................ 3
3.2. Decomposição de forças no Sistema de Proteção contra Quedas (SPQ) ...................... 4
3.3. Cálculo da resistência no olhal/alça de ancoragem........................................................ 5
3.4. Cálculo da resistência na haste ..................................................................................... 5
3.5. Cáculo da resistência da solda ...................................................................................... 6
4. RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................... 7
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 8
6. CONDICIONANTES ...................................................................................................... 8
7. MODELO ESQUEMÁTICO ............................................................................................ 9
8. DETALHE DE FABRICAÇÃO DA HASTE .................................................................... 10
9. REFERENCIAS ........................................................................................................... 10
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1. OBJETIVO

Avaliação e especificação de eficácia do dispositivo de ancoragem, do tipo "Haste com linha


de vida" com uso de cinto de seguranca do tipo "paraquedas" com talabarte, instalado para
acesso de talude e áreas de solo desnivelado, em atendimento aos dispositivos da portaria
3.214 de 1978, hoje veinculado ao Ministerio do Trabalho e Emprego.

2. ESPECIFICAÇÕES / COMPOSIÇÕES

Duas hastes metálicas com cabeças avantajadas sustentadas no corpo da haste e 02


travarnentos por meio de vergalhão na parte inferior com comprimento total de 1,50m,
construida em barra redonda de Ø1"(25,4mm) com duas divisões, sendo aparte inferior com
1,25m e a superior com 0,25m. Possui duas alças soldadas para fixação do talabarte/corda
que serve também como limite para perfuração do dispositivo (Ver Item 8 – Det.de fabricação)

A fixação no solo a 15° contrário da força atuante com profundidade de 1,25m, uma haste
serve como ancoragem do usuário que por sua vez deve estar equipado corn cinto tipo
paraquedista e talabarte, a outra serve como dispositivo sobressalente para ser usado em
situações de emergência. A utilização desse dispositivo deve ser obrigatoriamente
acompanhada e validada pelo setor de segurança do trabalho, sendo necessária também
a realização da ART - Analise de Risco da Tarefa e quando constatada a necessidade, via
ART, estudo de sondagem de estabilidade do maciço.

3. MEMÓRIAL DE CÁLCULO

Neste tópico será apresentada a massa do total do operário por intermedio do somatório das
rnassas de EPI básicos utilizados incluindo uniformes, ferramentas manual conectada em
seu corpo e conjunto de cordas do SPQ.

3.1. Variáveis da Resistência

 Carga de ruptura mínima da corda 24kN ou 2445,6 kgf


 Diametro nominal da corda Ø12 mm
 Densidade linear da corda; 95 g/m
 Massa total do operário com acessórios; 100kgf
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 Haste principal; barra Ø1”(25,4mm) SAE 1020


 Olhal de ancoragem; barra Ø3/8”(9,52mm) SAE 1020
 Tensão de resistência do aço – 320 Mpa (3139,2 kgf/cm2)
 E7018 – Ligações soldadas; f wy  48,5kgf / mm2 (Limite de escoamento)

As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais

Figura - Corda com tecnologia Kernmantle

Cordas de alma e capa de baixo coeficiente de alongamento para Acesso por Corda.
A Norma ABNT NBR 15986 contempla os mesmos requisitos da Norma Europeia
EN1891.
A seleção de corda apropriada para uma tarefa deve considerar os seguintes critérios:
a) Resistência da corda, desgaste, abrasão, reação a produtos químicos, radiação
UV, sujeira e contaminantes;
b) Desempenho da corda em condições de umidade, temperatura, condições
climáticas e sujidades;
c) Resistência à torção e rigidez;
d) Facilidade para a realização de nós;
e) Compatibilidade da corda com todos os dispositivos que precisam interagir com
ela, em especial seu diâmetro.

3.2. Decomposição de forças no Sistema de Proteção contra Quedas (SPQ)

As forças que atuam no SPC LVI/AC na corda estática (Fr), argola peitoral, do cinto de
segurança paraquedista, com aplicação de P=200 kgf são expostas no diagrama a seguir;
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Figura - Diagrama de corpo livre

Calculo das forças atuantes no SPQ da LV/AC para corda ângulo (α) da corda = 30°Fr

– Força resultante na ancoragem do SPQ da LV/AC na corda;

FrCorda = 100 x sen30° →FrCorda = 200 kgf

200kgf<< 2445,6 kgf logo; (Atende!)

Fx – Força perpendicular a ancoragem do SPQ da LV/AC;

Fx = 200 x cos30° → Fx = 173,3 kgf

3.3. Cálculo da resistência no olhal/alça de ancoragem

Verificação da tensão no olhal de içamento:


11
 Diâmetro: ∅ = 3/ 8 = 9,52 mm

 Carga aplicada = 200 kgf


F F
a= = 200
=

A rr∙∅2 rr∙(0,952)2
4 4
a = 281 kgf/cm2

281kgf/cm2<< 3139,2 kgf /cm2 logo; (Atende!)

3.4. Cálculo da resistência na haste

Verificação da tensão no olhal de içamento:


 Diâmetro: ∅ = 111 = 25,4 mm
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 Carga aplicada = 173,3 kgf


F F
a= = 173,3
=

A rr∙∅2 rr∙(2,54)2
4 4
a = 34, 2 kgf/cm2

34,2kgf/cm2<< 3139,2 kgf /cm2 logo; (Atende!)

3.5. Cáculo da resistência da solda

A resistência do filete de solda ( N ' ) Ré de 5,0mm no contorno de ligação da estrutura


existente com a calha de rejeito. Sabe-se que pela norma NB-14 para ligações soldadas,
a tensão escoamento é f w 48,5kgf / mm 2, para um eletrodo E7018, tem-se:

Figura – Representação da solda

Assim:
'
 0,318  f  s  x ,
R w
N
Onde:

s=3,5 mm (o filete de solda efetivo);


x  70,0mm (perímetro mínimo no contorno da alça/olhal)

kgf
N R'  0,318 48,5  3,5mm  70,0mm
Então: mm2
N R'  3778,6kgf

Como N '  3778,6kgf  173,3kgf (peso próprio) x FS 4 = 693,4kgf


R

Logo. Ok!
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4. RECOMENDAÇÕES

 Qualificação dos colaboradores que executarão a atividade por pessoal qualificado e


em acordo com a NR-18, NR-35;
 Delimitação da área para prática da atividade (terá acesso a tal local ou área apenas
pessoal autorizado) zona de exclusão;
 Estudar a área onde serão instalados os equipamentos para o acesso por corda,
detectando possíveis riscos de queda de colaboradores ou materiais e outros riscos
existentes na realização da atividade;
 Instalar equipamentos de proteção coletiva (EPC) de forma que os pontos de riscos
sejam neutralizados (linhas de vida);
 Inspeção de todos os EPI's e EPC's no início e no final de cada atividade ou uso dos
mesmos.
 As partes das cordas que tiverem contanto materials que comprometam a segurança
do elernento de tração do TA, como pedras, rochas e outros, DEVE O SOLICITANTE
PROVIDENCIAR PROTETOR DE CORDAS, podendo ser pedaços de mangueiras de
incêndio ou similar, contudo mesmo, o meihor é o fabricado;
 O SOLICITANTE DEVE SEGUIR AS RECOMENDAOES TÉCNICAS E SEGURANÇA
DO FABRICANTE DA CORDA;
 As linhas de cordas devem ser de no minimo duas, uma (LINHA DE TRABALHO) e outra
(LINHA DE SEGURÇA);
 Os nós formam terminações em cabos de ancoragem têxteis e existem os adequados
para o uso de acesso por cordas.
 Os nós podem ser realizados de diversas formas, variando de pessoa para pessoa.
Porém, devem estar idênticos entre si, devido a questões de segurança e padronização.
Portanto, é indicado que eles sejam realizados por um profissional, como um técnico em
acesso por cordas, que pode realizá-los definir quantidade e tipo de acordo com a
necessidade assim como fixá-los de maneira correta.
 Os nós nas cordas reduzimos 40% ou mais de sua capacidade de carga, NÃO DEVE
SER PRATICADO ESTE TIPO DE ARRANJO TECNICO NO SPQ.
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 As ancoragens a um dos principals elementos do SPQ que trata a LVI/AC. Pois nela
que se encontra firmado o empregado no alpinismo industrial. Não basta apenas
seguir as instruções técnicas de segurança, no entanto, define-se antes de tudo, ter
um excelente ponto de retenção de queda, seja, ele fixa ou móvel, que assegure o
TA. Para isto, deve-se projetar corn bases nos princípios de um bom conhecimento
técnico. Salienta-se de modo antecipado, que este elemento estrutural é composto
pelos seguintes constituintes da ancoragem do SPQ da LVI/AC, que são;
a) Olhal haste - estrutura metálica, em formato geométrico de ponteira que é soldado
olhais posicianados próximos a parte superior de sua cabeça boleada, constituido de um
par para cada trabalhador na tarefa de alpinismo industrial;
b) Acessórios de ligação - mosquetão e gancho conector;
c) Amarrações das cordas - nós técnicos seguros e de rápidas operacionalidades, backup
e cintas sintéticas;
d) Protetores de cordas - protetor para eliminar pontos cortantes, atrito corn superfícies
asperas e a corda, dentre outras.

5. CONCLUSÃO

A verificacao de dispositivos individuals e todo o funcionamento do sistema foi realizada e


apresenta resultado satisfatório e suficiente para concluirmos que, conjugados com
o cumprimento de todo o procedimento operacianal para trabalhos em taludes
maciços, treinamento operacional e as inspeções de todos as dispositivos, o sistema é
suficientemente seguro para promover a proteção necessária contra quedas/rolamentos
aos colaboradores desde que utilizado para única finalidade, sendo duas hastes
para cada colaborador de 100kg em área com ângulo de inclinado de 30° a 60°.

6. CONDICIONANTES

Face ao exposto supracitado, faz-se necessario:

Cumprimento sistemático de todo a procedimento operacional para o trabalho em talude


ou área com instabilidade em talude da empresa ou contratante;
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Realização das inspeções periódicas verificando os dispositivos de funcionamento de


segurança de todo o sistema;
Realização dos treinamentas com a participação comprovada dos usuários sabre a
funcionamento do dispositivo e segurança de todo o sistema;

7. MODELO ESQUEMÁTICO

Medidas em milímetro
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8. DETALHE DE FABRICAÇÃO DA HASTE.

9. REFERENCIAS

 Norma NBR ISO 2307/1990 - Avaliação de Carga de Ruptura e Material


 NR 18 Item 18.16 – Cabos de Aço e Cabos de Fibra Sintética
 NR 18 Subitem 18.16.6 – Especificações de Segurança para Cabos de Fibra
Sintética
 ISO 1140/1990 – Ropes – Polyamide - Specification
 NR 35 – Trabalho em Altura

Elaborado por;

José Ribamar Pereira


Eng. Mecânico / Eng.de Segurança do Trabalho - CREA 10595 DMA / REG.NACIONAL: 111359741-0 MA

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