00 20/06/17 Liberado para aprovação no órgão LSA / EOL JCS

0B 02/06/17 Revisão da variante no trecho á RE da torre 1433/1 JCK / EOL JCS

0A 18/01/17 Emissão Inicial JCK / EOL JCS
Rev. Data Descrição Por Aprovado
Nome da Obra

SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE BELO MONTE

XINGU – TERMINAL RIO
Título do Desenho

LINHA DE TRANSMISSÃO 800 kV CC

TRAVESSIA SOBRE RODOVIA GO-112

MEMORIAL DESCRITIVO

Projetado JCK / EOL 18/01/17 Classe Projeto Elétrica Situação: Projeto Executivo
Aprovado JCS 18/01/17 Nº Projetista ENG-BM2-L6-MD-087 Rev. 00 Folha 1/5
Responsável Joel C. Souza 18/01/17
CREA Nº 200158892-5 Nº XRTE XRTE-LT-T06-MD-0009-00
1. OBJETIVO
O presente memorial tem por objetivo apresentar, para aprovação junto ao AGETOP – Agência
Goiana de Transportes e Obras, o projeto de travessia sobre a Rodovia GO-112, trecho Nova
Roma – Iaciara (KM A partir da ponte do Rio Paranã sentido Iaciara - 1,55 km).
2. LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO SUMÁRIA
A travessia sobre a Rodovia GO-112 ocorre no município de Iaciara-GO, nas seguintes
coordenadas UTM Sirgas 2000, MC 45º WGr Fuso 23 S: E= 302629,537 e N= 8445624,929:
A progressiva acumulada da LT 800 kV CC Xingu – Terminal Rio no ponto de cruzamento com a
rodovia é de km 1433+449,15m.
As duas torres da travessia têm os números 1433/1 (progressiva km 1433+020,00m) e 1433/2
(progressiva km 1433+662,00m).
O vão entre as mesmas é de 642,00m.
Planta e Perfil: Nº XRTE-LT-T06-PP-0161.
3. DISTÂNCIA DE SEGURANÇA
3.1 Para as travessias sobre obstáculos sob a concessão ou administração de outro órgão
responsável, adotou-se como critério para a distância mínima de aproximação dos cabos
condutores de cada polo ao solo, o máximo valor de campo elétrico (CE) e de corrente iônica
(CI) com probabilidade de 50% de não serem excedidos, calculados pelo método da saturação
do corona, conforme Gary B. Johnson – Degree of Corona Saturation for HVDC Transmission
Line – IEEE – April 1990, aplicados numa situação mais severa para uma linha HVDC, onde
as condições climáticas de verão, está associada a muita umidade no ar e os cabos na
máxima temperatura de operação. Nestas condições adotou-se o valor máximo de campo
elétrico de 20 kV/m. Assim, para os obstáculos tais como: rodovias, ferrovias e vias
navegáveis, foi utilizada uma maior altura cabo-solo para atender o campo elétrico de
20 kV/m, na tensão máxima operativa de 830 kV CC, ficando a distância mínima dos cabos
condutores de cada polo ao nível da pista, ao leito da linha férrea ou ao nível de cheia máxima
da via navegável igual a 25,50m.
3.2 Além disso deverão ser colocadas placas nos limites da faixa das rodovias ao nível da pista,
ou ao leito da linha férrea, ou ao nível de cheia máxima da via navegável com a indicação:
“PERIGO ALTA TENSÃO – NÃO PARE – NÃO ABASTEÇA O TANQUE DE COMBUSTÍVEL”.
3.3 No ponto de cruzamento da travessia, a distância mínima para a superfície da rodovia é de
26,46m, conforme desenho anexo (vide item 8).
4. FAIXA DE DOMÍNIO
A Linha de Transmissão tem faixa de segurança de 114m de largura, sendo 57,00m para cada lado
do eixo da mesma.
5. ÂNGULO DE CRUZAMENTO
O ângulo de travessia mínimo recomendado pela NBR-5422, item 11.2.1 é de 15º.
O ângulo no ponto de cruzamento com a rodovia é de 77°59’38".
6. MATERIAIS E COMPONENTES
6.1. Torres
As torres metálicas treliçadas utilizadas na travessia são construídas por perfis e chapas de aço
ASTM A-572 GR50, zincados por imersão a quente.
O dimensionamento das torres foi feito de acordo com o Manual ASCE 52–Guide for Design of
Steel Transmission Towers.
N° da XRTE:
LT 800 kVCC XINGÚ – TERMINAL RIO
XRTE-LT-T06-MD-0009-00
TRAVESSIA SOBRE RODOVIA GO-112 REV. 00
MEMORIAL DESCRITIVO FOLHA 2 de 5
A torre 1433/1 e 1433/2 são do tipo REM82 (estaiada suspensão) com altura útil de 62,50m e
altura total de 76,10m.
6.2. Fundações
As fundações das torres poderão ser do tipo tubulão ou sapata, a ser confirmada após recebimento
das sondagens no local. O concreto estrutural deverá ter fck ≥ 20 Mpa e aço CA50. Em caso de
rocha a fundação utilizada será do tipo bloco ancorado.
As fundações serão executadas segundo as Normas Brasileiras NBR-6118 e NBR-6122 da ABNT.
6.3. Cabo Condutor
O cabo condutor é do tipo CA, constituído por 61 fios, com as seguintes características:
Tipo e bitola CA 1590 kcmil
Código Coreopsis
Diâmetro nominal 36,90 mm
Seção total 805,36 mm2
Massa unitária 2,2204 kgf/m
Tração de ruptura 12195 kgf
Módulo de elasticidade final 5625 kgf/mm2
Coeficiente de expansão linear final 0,000023/ºC
Cada polo é composto de um feixe de 6 cabos, espaçados entre si de 600mm. Nenhum
subcondutor do feixe sofrerá emenda no vão da travessia.
6.4. Cabos Para-raios
6.4.1. Cabo 3/8” EAR
Cabo 3/8” EAR de aço galvanizado zincado constituído de 7 fios, com as seguintes características:
Código 3/8” EAR
Diâmetro nominal 9,52 mm
Seção total 51,14 mm2
Massa unitária 0,406 kg/m
Tração de ruptura 6990 kgf
Módulo de elasticidade final 18500kfg/mm2
Coeficiente de expansão linear final 0,00001150/ºC
6.4.2. Cabo OPGW
Cabo tipo aço zincado, com as seguintes características:
Código OPGW SM-13,40
Número de fios metálicos externos 10
Material dos fios da camada externa Aço zincado
Seção total 103,0 mm2
Diâmetro nominal 13,40 mm
Massa unitária 0,682 kgf/m
Tração de ruptura 9477 kgf
Módulo de elasticidade final 13800 kgf/mm2
Coeficiente de expansão linear final 0,00001320/ºC

N° da XRTE:
LT 800 kVCC XINGÚ – TERMINAL RIO
XRTE-LT-T06-MD-0009-00
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MEMORIAL DESCRITIVO FOLHA 3 de 5
6.5. Fixação dos Cabos às Torres
6.5.1. Cabo Condutor
Os feixes dos polos das torres 1433/1 e 1433/2 serão fixados por meio de cadeias de suspensão
simples em I, composta por uma penca de 40 isoladores do tipo concha-bola, passo de 205mm,
diâmetro de 360mm e carga de ruptura de 420 kN.
6.5.2. Cabos Para-raios
Nas torres 1433/1 e 1433/2, os cabos para-raios serão fixados por conjuntos de suspensão
6.6. Esferas de Sinalização
Está prevista a instalação de 3 (três) esferas de sinalização aérea nos cabos para-raios da LT,
como consta no desenho anexo.
Estas esferas são de fibra de vidro (Fiberglass) com diâmetro de 600 mm, na cor laranja. O sistema
de fixação das esferas utilizado deverá incluir coxins de elastômero fixados aos cabos para-raios
convencionais e OPGW por sapatas aparafusadas.
6.7. Aterramento
Os cabos para-raios bem como as peças metálicas das torres, serão adequadamente conectados à
terra, através de cabo contrapeso, cujo comprimento foi calculado para cada torre em função da
resistividade do solo local.
7. CRITÉRIOS DE PROJETO
Para elaboração do projeto eletromecânico da Linha de Transmissão foram adotados os seguintes
critérios:
7.1. Cabo Condutor
- Temperatura de maior duração igual a 23ºC, sem vento: a tração final dos cabos condutores não
ultrapassa a 26% da sua carga de ruptura.
- Temperatura mínima igual a 3ºC, sem vento: a tração nos cabos condutores não ultrapassa 33%
da sua carga de ruptura.
- Com vento máximo e temperatura de 16ºC (período de retorno de 250 anos – 103,5 kgf/m²) a
tração nos cabos condutores não ultrapassa 70% da sua tração de ruptura.
- A temperatura empregada na locação das estruturas é de 50ºC, final (“creep” de 10 anos) sem
vento.
7.2. Cabo Para-raios 3/8” EAR
- Temperatura de maior duração igual a 23ºC, sem vento: a tração final dos cabos para-raios não
ultrapassa a 9,3% da sua carga de ruptura.
- Temperatura mínima igual a 3ºC, sem vento: a tração nos cabos para-raios não ultrapassa 33%
da sua carga de ruptura.
- Com vento máximo e temperatura de 16ºC (período de retorno de 250 anos – 109,8 kgf/m²) a
tração nos cabos para-raios não ultrapassa 70% da sua tração de ruptura.
7.3. Cabo Para-raios OPGW
- Temperatura de maior duração igual a 23ºC, sem vento: a tração final dos cabos para-raios não
ultrapassa a 11,5% da sua carga de ruptura.
- Temperatura mínima igual a 3ºC, sem vento: a tração nos cabos para-raios não ultrapassa 33%

N° da XRTE:
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da sua tração de ruptura.
- Com vento máximo e temperatura de 16ºC (período de retorno de 250 anos – 109,8 kgf/m²) a
tração nos cabos para-raios não ultrapassa 70% da sua tração de ruptura.
8. ANEXO
O desenho nº XRTE-LT-T06-TR-0009, Travessia sobre Rodovia GO-112, elaborado de acordo
com os requisitos da Norma ABNT NBR 5422, apresenta os detalhes do projeto da travessia.

N° da XRTE:
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