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Transmissão e Distribuição

de Energia Elétrica
Aula 4 – Cabos e Características das LTs
Prof. Asley S. Steindorff
Características das Linhas de Transmissão

O desempenho elétrico de uma linha de


transmissão depende quase que exclusivamente
de suas características físicas (cabos, geometria,
altura, estruturas)

A linha de transmissão ideal deve ter:


a. Alta condutibilidade elétrica
b. Baixo Custo
c. Boa resistência mecânica
d. Baixo peso específico
e. Alta resistência à oxidação e corrosão
Características dos Cabos

Características Alumínio Cobre

1. Condutividade a 20ºC 61% IACS 97% IACS

2. Resistividade em microohm/cm a 20ºC 2,828 1,7774

3. Coeficiente Térmico de resistividade 0,0115 0,00681

4. Coeficiente térmico de expansão linear por ºC 0,000023 0,000017

5. Densidade a 20ºC g/cm3 2,703 8,89

6. Carga de Ruptura em kg/mm2 16-21 35-47

7. Módulo de elasticidade, final kg/mm2 7000 12000


Cabos Padronizados
• Regulamentados pela NBR 7270
• Utilização de Cabos obtidos por encordoamento de fios elementares.
• Utiliza-se a padronização AWG (CM ou MCM)
• Quando utiliza-se fios de mesmo diâmetro, os cabos obedecem a
seguinte lei de formação:

𝑁 = 3𝑥 2 + 3𝑥 + 1
Condutores de Alumínio Termorresistente
com Alma de Aço (T-CAA)
O condutor T-CAA é do tipo
concêntrico, tendo as mesmas
características de conformação dos
cabos CAA, com a
vantagem de poder ser utilizado em
regime contínuo de
trabalho com temperatura de até
150°C (máx. 90°C para EC
1350), sem alteração em suas
características mecânicas.
A liga TAL, como também é
conhecido, permite um aumento
na capacidade de transmissão de
energia elétrica de até 50% a
mais em relação aos cabos CAA com
fios de alumínio 1350, da
mesma bitola.
Características dos Cabos CAA
Características dos Cabos CAA
Isoladores e Ferragens

• Os isoladores mantêm isolados os cabos das estruturas de


sustentação e tem a função também de sustentar os cabos.

• Estão sujeitos aos seguintes esforços:


a) Forças verticais devido ao peso dos cabos
b) Forças horizontais axiais devido à tração aos quais os cabos estão
submetidos
c) Forças horizontais transversais devido à ação dos ventos sobre os
cabos e estruturas.
Isoladores e Ferragens

• Eles devem suportar também os esforços de natureza elétrica


que são:
a) Tensão normal de operação e sobretensões em frequência
normal
b) Surtos de sobretensão de manobra
c) Sobretensões de origem atmosférica
Isoladores e Ferragens

Os isoladores podem ser construídos de:


a) Porcelana vitrificada
b) Vidro temperado
c) Plástico (Isolador polimérico)

Os isoladores são basicamente de 3 tipos:


a) Isoladores de pino
b) Isoladores tipo pilar
c) Isoladores de suspensão
Isoladores Tipo Pino

Isolador de Porcelana
Vitrificada

Isolador de Vidro

Isolador de
Polimérico 15kV
Isolador Tipo Pilar
Isoladores de Suspensão

Os isoladores de suspensão podem ser de 2 tipos:


a) Monocorpo ou barra longa – peça única mais utilizado para
isoladores poliméricos
b) De disco – vários discos interligados podendo utilizar-se do
mesmo disco inserindo discos para níveis de tensão maiores.
(normalmente vidro e porcelana)
Isoladores de Suspensão
Anéis de Corona
Dispositivos Anti-vibratórios
Esferas de Sinalização
Tensão Mecânica e Flexa do Condutor

Um condutor apoiado entre dois pontos sem vento tomará a forma de uma
catenária. A aproximação parabólica da catenária é dada por:

𝑝𝑙 2
𝑑=
8𝑇0

O comprimento do condutor
em função do vão e do valor
da flexa será:

8 2
𝑆≈𝑙+ 𝑑
3𝑙
Exemplo

Encontrar a flexa de meio de vão para um condutor ACSR 636MCM


26/7, grossbeak, com diâmetro de 25,15mm, peso de 1,3kg/m e
apoiado nos seus extremos por torres de altura de suspensão igual à
26m. O vão médio é tomado igual à 450m e a tração imposta ao
condutor T0 é de 2.123kg, não se considerando vento e com
temperatura de 30ºC.

𝑝𝑙 2 1,30 ∙ 4502
𝑑= = = 15,50𝑚
8𝑇0 8 ∙ 2123
Obrigado!
Prof. Asley S. Steindorff
prof.asley@gmail.com

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