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CAIC – CENTRO DE APRENDIZAGEM & INTEGRAÇÃO DE CURSOS

Máquinas e Equipamentos Elétricos

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SUMARIO

CAPÍTULO I
Construção de Maquinas Elétricas ----------------------------------------------------03
CAPÍTULO II
Transformadores ----------------------------------------------------09
CAPÍTULO III
Maquina de Indução ----------------------------------------------------13

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Capítulo 01

Construção de máquinas elétricas

Tipos de máquinas:

Máquinas estáticas: São máquinas que não tem movimento. Exemplo:


transformadores de potência, transformadores para instrumentos.

Máquinas rotativas: São máquinas que transformam alguma forma de energia


(térmica, eólica, nuclear ou elétrica) em energia mecânica.

Partes constituintes de uma máquina elétrica.

Tampa defletora: serve de entrada de ar para troca de calor interna do motor.

Ventilador: meio de resfriamento forçado do motor.


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Tampa traseira. Fechar o motor.

Placa de identificação: onde contém todas as informações da máquina.

Caixa de ligação: onde estão disponíveis os terminais do motor. Por onde se faz o
fechamento do motor.

Carcaça do motor: ajuda na dissipação de calor no motor.

Rolamento do motor: diminui o atrito entre a carcaça e o rotor.

Rotor: parte móvel do motor.

Estator: parte fixa

Construção de uma máquina CC

O rotor consiste:

 Eixo da armadura, que imprime rotação ao núcleo da armadura, enrolamentos


e comutador.
 Núcleo da armadura, construído de camadas laminadas de aço, provendo uma
faixa de baixa relutância magnética entre os polos. As laminas servem para
reduzir as correntes parasitas no núcleo, e o aço usado é de qualidade
destinada a produzir uma baixa perda por histerese. O núcleo contem ranhuras
axiais na sua periferia para a colocação dos enrolamentos da armadura.

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 Enrolamento da armadura, constituído de bobinas isoladas entre si e do núcleo


da armadura, colocadas nas ranhuras e eletricamente ligadas ao comutador.
 Comutador, o qual devido a rotação do eixo, providencia o necessário
chaveamento para o processo de comutação. O comutador consiste de
segmentos de cobre individualmente isolados entre si e do eixo, eletricamente
conectados às bobinas do enrolamento da armadura.

Estator consiste:

 Uma carcaça ou estrutura cilíndrica de aço ou ferro fundido ou laminado. Não


apenas a carcaça serve como suporte das partes descritas acima, mas
também providencia uma faixa de retorno do fluxo para o circuito magnético
criado pelos enrolamentos de campo.
 Enrolamentos de campo, consistindo de umas poucas espiras de fio grosso
para o campo série e muitas espiras e fio fino para o campo shunt ou paralelo.
Essencialmente as bobinas de campo são eletromagnetos, cujos ampère-
espiras providenciam uma força magneto motriz adequada à produção, no
entre ferro, do fluxo necessário para gerar uma fem ou uma força mecânica. Os
enrolamentos de campo são suportados pelos polos.
 Polos, constituídos de ferro laminado aparafusados ou soldados na carcaça
após a inserção dos enrolamentos de campo no mesmo. A sapata polar é
curvada e mais larga que o núcleo polar, para espalhar o fluxo mais
uniformemente.
 Interpolos e seu enrolamento também são montados na carcaça da máquina.
Eles estão localizados na região interpolar, entre os polos principais, e são
geralmente de tamanhos menores que os polos. O enrolamento de interpolos é
composto de algumas poucas espiras de fio grosso, pois é ligado em série com
o circuito da armadura, de modo que a força magneto motriz é proporciona a
corrente de armadura.
 Enrolamentos de compensação; eles são ligados da mesma maneira que os
enrolamentos do interpolo, mas estão colocados em ranhuras axiais na sapata
polar.
 Escovas e anéis de suporte de escovas como interpolos e enrolamentos de
compensação são parte do circuito da armadura. As escovas são de carvão e
grafite, suportadas na estrutura do estator por um suporte tipo anel, e mantidas
no suporte por molas, de forma que as escovas manterão um contato firme
com segmentos do comutador. As escovas estão sempre instantaneamente
conectadas a um segmento do comutador. Com uma bobina localizada na
região interpolar.
 Detalhes mecânicos: Mecanicamente conectados à carcaça estão o suporte
contendo os mancais nos quais o eixo da armadura se apoia, bem como os
anéis suportes de escovas em algumas máquinas.

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A figura acima mostra um dínamo simples que é uma máquina de corrente contínua
simples em outra perspectiva.

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Acima está um rotor desacoplado do motor onde podemos ver os condutores


incrustados no rotor, os segmentos do comutador e a armadura em si.

Escovas de grafite e carvão são mostradas na figura acima.

Máquinas síncronas

Precisamente a mesma construção do estator é empregada na máquina síncrona


como na máquina CC, e o enrolamento de campo é excitado por uma fonte CC. O
enrolamento da armadura colocado no rotor é levado a anéis coletores bem como a
um comutador. Esta máquina funcionara como gerador síncrono ou como um motor,
dependendo se a entrada é de energia CC para as escovas ou de correntes
alternadas polifásicas (ou monofásicas) aplicadas aos anéis coletores. Este tipo de
máquina acha sua maior aplicação no conversor síncrono ou rotativo, que é usado
para converter corrente contínua em alternada ou vice-versa. Se a corrente continua é
aplicada nas escovas a máquina funcionará como um motor CC ou um alternador. Se
corrente alternada for aplicada aos anéis coletores o motor síncrono funcionará como
um motor CA e um gerador CC.

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Maquina de indução assíncrona

As máquinas de indução de construção normal são constituídas por duas partes


distintas: o estator e o rotor, figura 1.

O Estator é a parte fixa da máquina. É constituído por uma carcaça que suporta um
núcleo em geral de chapa magnética. Este núcleo é munido de cavas onde é montado
um conjunto de enrolamentos dispostos simetricamente. O número de enrolamentos é
igual ao número de fases da máquina.

O Rotor é a parte móvel da máquina. É colocado no interior do estator, tendo para o


efeito, a forma de um cilindro. Tal como o estator, o rotor é constituído por um
empilhamento de chapas magnéticas que constituem o núcleo magnético e por
enrolamentos colocados em cavas. Este núcleo magnético encontra-se apoiado sob o
veio, normalmente em aço.

O rotor pode ser de dois tipos: Rotor em gaiola de esquilo que pode ser de gaiola
simples, de gaiola dupla ou de gaiola de barras profundas e Rotor bobinado.

Máquinas assíncronas rotor gaiola de esquilo  simples

dupla

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Capitulo 2

Transformadores

O transformador, representado esquematicamente na Figura, é um aparelho estático


que transporta energia elétrica, por indução eletromagnética, do primário (entrada)
para o secundário (saída). Os valores da tensão e da corrente são alterados, porém, a
potência, no caso do transformador ideal, e a frequência se mantêm inalterados.

Um transformado é uma maquina que sua construção se limita em dois fios (primário e
secundário) enrolados em um material ferromagnéticos. Como característica visível
dos enrolamentos é que o enrolamento de baixa tensão tem menor quantidade de
voltas e maior bitola de fio, em quanto que no enrolamento de alta tem maior numero
de voltas e menor bitola de fio.

A relação entre a tensão do primário e a tensão do secundário é dada pela relação de


espiras ou relação de transformação.

Caso a tensão do primário for maior a do secundário então se diz que o transformador
é um transformador abaixador, se a tensão do primário foi menor que a do secundário
o transformador será dito um transformador elevador.

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Como o transformador é uma maquina transmissora de energia a potência do lado


primário é igual a potencia do lado secundário

Lembre-se:

Normalizações em transformadores de potência

Como o estudo dos transformadores envolve as principais grandezas elétricas, a


ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) estabeleceu normas nacionais de
operação, construção, manutenção e uso dos mesmos. Segundo a NBR 5440, as
potências padronizadas para transformadores de distribuição, em kVA, são:
a) Transformador monofásico instalado em poste: 3 ; 5 ; 10 ;
15 ; 25 ; 37,5 ; 50 ; 75 ; 100
b) Transformador trifásico instalado em poste: 15 ; 30 ; 45 ;
75 ; 112,5 ; 150
c) Transformador trifásico instalado em plataforma: 225 ;
300 ; 500 ; 750 ; 1000

Os bornes externos são numerados com a utilização das


letras “H” para a AT e “x” para BT. A ordem cronológica dos
coeficientes é feita da esquerda para a direita, a partir do
posicionamento frontal à BT.

Transformador real

O transformador real pode ser representado como sendo um transformador ideal com
um circuito com impedâncias do lado primário e do lado secundário. Estas
impedâncias se referem as perdas do transformador. Na figura abaixo está o modelo
elétrico do transformador real.

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As resistências r1, e r2 representam a perda resistiva do fio de cobre dos


enrolamentos primário e secundário.

As reatâncias jx1 e jx2 representam as perdas de fluxo disperso (fluxo que não produz
força eletromotriz) nos enrolamentos.

R0 representa a perda no entreferro devido às correntes de Focault (correntes


parasitas no entreferro).

Jxm representa a perda magnética no núcleo devido a histerese.

Para a obtenção dos valores das impedâncias referentes as perdas magnéticas e


ôhmicas faz-se ensaios que serão descritos abaixo.

Ensaio de curto-circuito

Perdas no cobre

Como perdas no cobre, entenda as perdas por ocasião da resistividade do cobre


utilizado para a fabricação do fio esmaltado do enrolamento. Com o ensaio em curto-
circuito determinamos o valor da resistência, a impedância e a reatância indutiva do
enrolamento primário e do secundário com cálculos e auxilio da leitura dos
instrumentos.

As equações utilizadas são:

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Impedância percentual

Outro dado de extrema importância em transformadores e que também pode ser


encontrado com o ensaio em curto-circuito é a impedância percentual ou tensão de
curto percentual. Essa impedância está relacionada com a tensão necessária aplicada
ao primário para fazer circular a corrente nominal secundaria, com o secundário em
curto. Esse valor vem como um dado de placa do transformador, pois é extremamente
importante e deve ser considerado na associação em paralelo de transformadores. O
valor fica entre 3% e 9%.

Ucc – tensão do ensaio de curto-circuito

Up – tensão nominal do primário

Podemos utilizar a impedância percentual para determinar a corrente de curto-circuito


do transformador:

Ensaio de circuito aberto

Perdas no núcleo

No ensaio de circuito aberto é realizado para verificar as perdas no núcleo. As


equações utilizadas são:

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Placa de identificação

Construída em alumínio ou aço inoxidável, onde constam todas


as informações construtivas resumidas e normatizadas do
aparelho, conforme exemplo da Figura 8.8 Entre as informações
fornecidas pela placa encontram-se:

 nome e dados do fabricante;


 numeração da placa;
 indicação das NBR;
 potência (kVA);
 impedância equivalente (%);
 tensões nominais (AT e BT);
 tipo de óleo isolante;
 diagramas de ligações;
 diagrama fasorial;
 massa total (kg);
 volume total do líquido (l).

Capitulo 3

Máquinas de indução

Geradores e motores só se diferenciam quanto ao sentido de transformação da


energia, possuindo ambos a mesma estrutura básica: um elemento fixo, chamado
estator, e outro móvel, capaz de girar (o rotor). Nesses elementos são fixados
enrolamentos onde a corrente circula: um desses enrolamentos é capaz de gerar os
campos magnéticos necessários ao funcionamento da máquina e é chamado
enrolamento de campo; o outro é chamado enrolamento de armadura (ou induzido, no
caso de geradores).
Em algumas máquinas, a armadura está no estator e o enrolamento de campo no
rotor; em outras ocorre o inverso. O tipo de corrente (CC ou CA) que circula nesses
enrolamentos estabelece qual o tipo de máquina.

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A figura abaixo mostra a variedade de tipos de maquinas rotativas existente.

Principio de funcionamento

Ao aplicar uma tensão nos terminais enrolamentos de campo de uma maquina isto faz
gerar um fluxo magnético que induz uma tensão nos enrolamentos da armadura da
máquina a interação entre esses dois campos produz uma força girante chamada de
toque e é expressa magneticamente por:

Onde:

F= a força produzida pela interação entre dois campos.

R= braço de alavanca.

A força produzida por pelos campos é expressa por:

F=Bil

Onde:

B = intensidade de campo magnético dado em teslas

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I a corrente que atravessa o enrolamento.

L comprimento do condutor imerso no campo magnético.

Na figura abaixo mostra a interação dos campos magnéticos das fases que fazem com
que o rotor comece a girar (observe que o campo está localizado no estador) o campo
resultante formado pela soma vetorial dos campos de todas as fases é chamado de
campo girante. O campo girante gira em velocidade constante, esta velocidade é
chamada de velocidade síncrona.

Ns: velocidade síncrona

F: frequência da rede onde o motor está ligado.

P: numero de polos do motor.

A velocidade com que o rotor gira (no caso do motor de indução) é diferente da
velocidade do campo girante. No motor de indução o campo induzido no rotor é
“engatado” no campo girante. Este engate faz com que o rotor gire o pouco mais lento
que o campo girante.

Esta diferença percentual é chamada de escorregamento percentual.

( )

Ns: velocidade síncrona em RPM

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N: velocidade do rotor em RPM

Índice de proteção

O indicie de proteção representa a resistência física do transformador, e é dado pelas


letras IP seguidas de dois algarismos. O primeiro indica a proteção contra a
penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental; o segundo refere-se à
proteção contra a penetração de água.

Classe de um motor:

Classe de isolamento, que diz respeito à máxima temperatura de trabalho de seus


enrolamentos. As classes são A (105oC), E (120oC), B (130oC), F (155oC) e H
(180oC). A ultrapassagem desses valores produz a degradação do isolamento dos
enrolamentos, reduzindo a vida útil do motor e podendo provocar curtos-circuitos, caso
em que a máquina precisará ser rebobinada.

Características nominais

Rendimento: é a parte da potência consumida que


é utilizada para movimenta o rotor. O rendimento é
dado por:

Potencia nominal: A potência nominal de um motor


é a máxima potência que a máquina é capaz de
disponibilizar continuamente em seu eixo quando
alimentada com tensão e freqüência nominais. É a
potência na saída do motor e, sendo do tipo
mecânico, é normalmente expressa em cv ou hp.

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Os motores de indução abrangem uma ampla faixa de potência, tipicamente de 1/8 até
500 cv;

Fator de serviço: valor que, multiplicado pela potência nominal, indica a carga
permissível que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições
especificadas.

Velocidade nominal: é a velocidade que o motor desempenha quando está em


frequência e tensão nominal. É dada em RPM.

Tensão nominal: é a tensão da rede que deve ser aplicada ao motor para o seu
funcionamento.

A tensão nominal vai depender do tipo do motor e do seu fechamento.

Motor de 6 pontas:]

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Motor de 9 pontas

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Motor de 12 pontas

Ob: para reverter o sentido da rotação do motor devemos inverter duas fases dele.

Corrente nominal é a corrente que o motor solicita a tensão nominal, corrente nominal,
frequência nominal e a plena carga. A corrente nominal é dada por:

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