Você está na página 1de 8

MOTOR ELÉTRICO

O QUANTO É FUNDAMENTAL NO NOSSO


COTIDIANO

Leidimar Rosa1
Tutor Externo: Rafael Alcantara2

Resumo: O presente trabalho desenvolve uma pesquisa bibliográfica sobre o motor


elétrico de corrente contínua, visando mostrar sua história, seu princípio de
funcionamento, sua aplicação e identificação, bem como as vantagens e desvantagens
quanto a sua utilização.
Seu funcionamento está baseado no eletromagnetismo, onde temos condutores
localizados num capo magnético, que irão sofrer ação de uma força mecânica, que é
conhecida como torque. Existem vários tipos de motores elétricos dentre eles os de
corrente contínua e corrente alternada. Nosso foco é no motor de corrente contínua,
mais caros, pois necessita de um equipamento que faça concessão da corrente
alternada para corrente contínua. Este trabalho também desenvolve a construção
de um motor elétrico de corrente contínua, evidenciando-a através de registro
fotográfico e posteriormente mostrando um teste pratico filmado
As máquinas de corrente contínua são conversores de energia. No caso do motor,
recebe energia elétrica e transforma em energia mecânica, ou seja, recebe energia
elétrica de uma fonte CC e converte em movimento, rotação, torque disponível no eixo.
Por fim, consiste no levantamento das curvas dos principais parâmetros encontrados
anteriormente com o objetivo de comparar com a teoria estudada. Pode-se perceber
que os resultados obtidos foram satisfatórios, pois se mostrou compatível com a teoria.
O comportamento das curvas características do motor estudado obteve formas
semelhantes ao da teoria, validando assim os ensaios realizados.

Palavras Chave: Motor elétrico, corrente contínua, eletricidade

1. INTRODUÇÃO

Desde o início dos tempos, o homem vem exercitando sua engenhosidade como forma
de criar mecanismos que facilitem a execução de suas tarefas. Dentre estas e tantas
inversões, podemos citar a criação do motor elétrico.
Com base nesse importante mecanismo, o presente trabalho visa aliar teoria á prática, ao
propor à construção de um motor elétrico, a fim de demonstrar a singularidade de uma
invenção que alia simplicidade e eficiência, tornando-o um dos mais utilizados hoje na
transformação de energia elétrica em energia mecânica.
Para tal, o presente projeto busca atingir os seguintes objetivos:
1 Leidimar Rosa da Silva da Conceição
2 Tutor externo: Douglas Fialho dos Santos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Ciências Contábil (FLC28308ADG) –
Prática do Módulo III -24/11/2023
Entender o funcionamento do motor elétrico e seus conceitos básicos
Construir um motor de corrente contínua movido a pilha
Realizar o teste de funcionamento do Motor Elétrico de forma documentada, filmada
e/ou fotografada.
A metodologia a ser utilizada, consiste no estudo bibliográfico, seguido da utilização de
princípios mecânicos na construção do motor elétrico
Dentro dos aparelhos ou totalmente exposto, os motores elétricos são os responsáveis
por dar a vida a muitos dos equipamentos eletrônicos existentes em nosso dia a dia.

Os motores elétricos podem ser usados quando precisamos que um aparelho elétrico
execute alguma tarefa mecânica, como no caso das furadeiras, esteiras transportadoras,
agitadores, misturadores, elevadores, geladeiras, máquinas de lavar, liquidificadores,
multiprocessadores etc.

As partes de um motor elétrico de corrente contínua podem ser observadas na imagem


abaixo.

https://feltrinengenharia.files.wordpress.com/2018/03/teoria22_04.gif

Os ímãs ao fundo, com seus polos N (norte) e S (sul), fazem parte do conjunto chamado
de ESTATOR. No caso da imagem nós temos um motor com estator de ímãs
permanentes. Porém, no caso de motores industriais, é mais comum o uso de estatores
com eletroímãs.
A parte nomeada como Bobina, também ao fundo da imagem, é chamada de ROTOR. E
como seu nome sugere, ela rotaciona em um eixo junto com o comutador.
O comutador é a parte cilíndrica entre as escovas na imagem. Essa parte cilíndrica é
dividida em seções de acordo com a quantidade de bobinas, sendo um par de contatos
por bobina no caso do motor tradicional. O comutador é responsável pelo contato
elétrico entre a fonte de energia elétrica (uma bateria por exemplo) e o rotor. Como
podemos ver na imagem, as escovas deslizam sobre o comutador, e mesmo que ele
rotacione, o sentido da corrente é sempre entrando pela escova do lado esquerdo. Essa é
uma das características fundamentais para o funcionamento do motor elétrico de
corrente contínua.
https://www.abecom.com.br/wp-content/uploads/2022/01/motor-eletrico-de-corrente-
continua-cc.jpg

A construção desses motores foi pensada para receber energia de uma fonte polarizada,
ou seja, de um sistema onde a energia fornecida percorre um caminho entre entrada e
saída.
Essa corrente elétrica externa alimenta o rotor do motor pelo polo de entrada que conduz
a eletricidade da fonte a um componente que chamamos de comutador, que por sua vez
está conectado a uma armadura.
A armadura é o componente do rotor que percorre a área do campo magnético gerado
pelo estator e se conecta a outro comutador que está ligado ao polo de saída.
Como sabemos, um condutor elétrico energizado gera um campo magnético. Esse
campo vai interagir com o fluxo magnético criado pelo estator, criando o torque e
movimentando o rotor a partir dessa interação entre as energias de atração e repulsão dos
polos magnéticos.

Em nossas casas, por exemplo eles estão presentes nas geladeiras, máquinas de lavar
roupa, secadoras, liquidificadores, entre outros. Já na indústria, podemos notar a
presença desse importante componente em compressores, elevadores, transportadores,
bombas, e todo tipo de maquinário. Até mesmo no transporte é possível encontrar os
motores elétricos fazendo a parte da nossa rotina como em bicicletas elétricas, veículos
automotivos, barcos, entre outros.
No mundo em que vivemos, repletos de tecnologias, é muito difícil imaginar a vida
longe dos motores elétricos e todas as facilidades que eles trouxeram para o nosso
cotidiano.
Mas esse processo de transformação e evolução não ocorreu da noite para o dia. Para
usufruirmos de todos os avanços tecnológicos existentes atualmente, tivermos que
passar por um processo lento e gradativo de evolução.
Entre os primeiros estudos, pesquisas e inversões até o surgimento dos motores elétricos
em 1886, foram quase três séculos.
Os motores elétricos são dispositivos fundamentais em nossa sociedade Modena. Eles
são responsáveis por converter energia elétrica em energia mecânica e são
amplamente utilizados em diversas aplicações industriais, comerciais e domésticos.
A inversão do motor elétrico é atribuída a vários cientistas e inventores ao longo da
história. Em 1821, o físico e químico Britânico Michael Faraday demonstrou a
concessão da energia elétrica em energia mecânica através da rotação de um fio
condutor ao redor de um imã.
Em 1869, o engenheiro eletricista e inventor belga Zenoide Theeophile e Grammer
construiu um motor que também se comportava como gerador, que quando ligado a uma
corrente elétrica, produza energia motora e quando movido por por uma força motora
produzia energia elétrica. O inventor foi apresentado em Viena em 1873 e foi chamado
de dinâmico Grammer.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Já imaginou a nossa vida, no dia a dia sem os equipamentos elétricos. Seria muito difícil
ainda mais nessa era da correria. Principalmente para as mulheres nos lares, o quanto a
máquina de lavar, os eletrodomésticos como as panelas elétricas e tantos outros nos
ajudou com os serviços domésticos.
A história do motor elétrico se inicia em 1663 quando um alemão Otto Guerick
construiu a primeira máquina eletrostática, que mais tarde, em 1774 seria aperfeiçoada
pelo suiço Martin Planta. Em 1786, Aloiso Galvani tocou com um bisturi em coxas de
rãs penduradas numa grade de ferro e percebeu que as mesmas apresentaram uma
contração que ele chamou de eletricidade.

Os motores de CC são ativados a partir de uma fonte de corrente contínua. É uma


máquina que é construída por uma armadura, estator, comutador, escovas, eixo e
enrolamentos. Uma das vantagens dos motores CC é a possibilidade de alterar a sua
velocidade de maneira relativamente simples, variando só a sua tensão (CASTRO,
2016).

Um campo indutor é gerado através da passagem de corrente elétrica nas bobinas do


estator. Nos motores de ímã permanente, essas bobinas são substituídas pelos ímãs. A
intensidade do campo magnético depende do valor de corrente que percorre as espiras
do rotor, que é feito através de bobinas. O movimento de rotação é criado a partir da
interação entre o campo magnético do estator e do rotor (MATOS, 2012).

A invenção de um princípio ideal de funcionamento para o motor elétrico, tornou


possível voltar as atenções para o aprimoramento de questões como aumento de
potência, melhor rendimento do aparelho, maior durabilidade e economia do
equipamento.

A melhoria em pontos vitais onde se concentram a maioria das perdas é a principal


característica desses motores. Por exemplo (VIANA et al., 2012):

f) O aumento da quantidade de cobre nos enrolamentos do estator,


incluindo o projeto otimizado das ranhuras e o superdimensionamento
das barras do rotor para diminuir as perdas por efeito Joule; g) A
diminuição da intensidade de campo magnético e utilização de chapas
magnéticas de boa qualidade para reduzir as perdas no ferro e a
corrente de magnetização; h) O emprego de rolamentos adequados e
otimização do projeto dos ventiladores para diminuir as perdas por
atrito e ventilação; i) A regularidade do entreferro, melhoria no
isolamento e tratamento térmico das chapas do estator e do rotor para
reduzir as perdas adicionais (VIANA et al., 2012, p. 2012).
Segundo FRANCHI (2008) “Um motor elétrico pode ser conceituado como uma
máquina designada a realizar uma transformação de energia elétrica em mecânica. É
utilizado em diversos tipos de motores, tendo em vista que combinam as vantagens da
energia elétrica com base em uma construção simples, de grande versatilidade e
adaptação de cargas e rendimentos.”
Ele baseia-se no princípio de reação de um condutor, quando este é colocado num
campo magnético fixo, quando percorrido por uma corrente elétrica. Essa interação
entre o campo magnético fixo e o campo magnético que circula no condutor gera uma
força. E essa força expulsa o condutor para fora do campo magnético fixo, produzindo
assim o movimento, ou seja, a força mecânica.

De acordo com BRASILO FILHO (2010) “Nos motores de corrente contínua, a parte
fixa é formada por imãs, e a parte móvel por um conjunto de bobinas. Quando a
corrente elétrica atravessa a bobina, o campo magnético gerado nos fios se opõe ou é
atraído, dependendo da posição da bobina, ao campo magnético do imã, movimentando
o rotor.”

O motor se move a partir do torque elétrico produzido pelo rotor e seus enrolamentos de
armadura. O estator, com os enrolamentos de campo ou ímãs permanentes, gera um
fluxo magnético que atravessa essa armadura.
Então, é criado um campo de excitação, com polos nortes e sul.
Um comutador faz a corrente circular constantemente na mesma direção da armadura. O
contato deste enrolamento é feito, normalmente, por escovas de carvão, que introduzem
energia elétrica nele.
Assim, quando um condutor de energia elétrica está em um campo magnético, ele
concebe uma força mecânica que resulta em torque e giro do eixo do motor. Na
automação industrial, um PLC pode ser utilizado para controlar o funcionamento do
motor, monitorar seus parâmetros, receber informações de sensores (como sensores de
temperatura, pressão, velocidade, etc.)
Os dados são transmitidos em forma de frames pela rede PROFIBUS e podem conter
informações de controle, medições, diagnósticos e outros dados relevantes para o
processo.
A característica principal desse motor é o baixo torque e alto RPM. Seu uso se dá
principalmente para fins residenciais, como:
 Ventiladores, liquidificadores, furadeiras, frigoríficos, etc.
Motores com sistema Split phase
Como nos motores monofásicos é essencial o uso de capacitores de partida, nesse
modelo o sistema de fase dividida elimina a necessidade desse componente, ajudando o
motor a iniciar seu movimento.
Basicamente se trata de um enrolamento auxiliar que melhora o ângulo de defasagem da
corrente resultando em um campo giratório elíptico.
 Bombas comerciais e residenciais, bombas centrifugas, bombas hidráulicas, etc.
Motores com sistema de polo sombreado
Esse motor também nasce com a característica de ligação automática, vencendo o estado
de inércia sem o auxílio de componentes externos.
Nada mais é do que uma bobina de curto-circuito, feita de cobre, que fica entorno do
polo do motor e tem a função de gerar um desvio no campo magnético que resulta no
torque de partida.
3. RESULTADOS E DISCURÇÃO

A facilidade em controlar a velocidade é o ponto de destaque dos motores CC. Além


disso, sua versatilidade permite que atenda a pequenas aplicações domésticas ou
grandes projetos da indústria.

Suas aplicações são definidas de acordo com a finalidade do processo que o


equipamento deverá desempenhar, mas em todos os casos analisados, sempre há espaço
para perda da energia elétrica convertida em energia mecânica, sejam essas perdas por
atrito, correntes Foucault, ventilação, ambiente de trabalho ou qualquer outro fator que
impacte direta ou indiretamente no desempenho da máquina elétrica. Com a finalidade
de evidenciar o impacto gerado ao não utilizar motores com desempenho acima do que
é empregado atualmente, este texto expôs os pontos mais interessantes a respeito dos
motores de alto rendimento. Esta categoria específica de equipamento surgiu a partir de
um projeto mais elaborado da tecnologia já existente, trazendo melhorias construtivas
que trataram dos maiores ofensores de desempenho dos motores elétricos, as perdas. Por
ser um equipamento mais preciso do que os mais comumente utilizados, possuem um
custo mais elevado de fabricação, mas em retorno garante um aumento de rendimento e
eficiência. Os de pequeno porte, por cobrirem uma grande parcela das máquinas
elétricas empregadas na indústria, apresentam uma perspectiva promissora para
aplicação de motores de alto rendimento na indústria, com um impacto direto na
produtividade das fábricas, podendo se refletir no produto final, e consequentemente
nos lucros das indústrias

Os motores de corrente contínua com ímã permanente e comutador são utilizados para
diversas finalidades como já citados no primeiro capítulo desse trabalho. O motor
cedido para estudo é especificamente usado na indústria automobilística e foi utilizado
para realizar a caracterização através de ensaios de bancada. Um dos objetivos iniciais
do trabalho foi de elaborar um estudo teórico sobre esse tipo de motor se aprofundando
no estudo do funcionamento e materiais utilizados na construção do ímã permanente.
Entende-se que esses objetivos foram cumpridos tendo em vista que foram apresentados
num primeiro momento e essenciais para o entendimento do funcionamento na parte
prática desse trabalho. Consideram-se os experimentos realizados de forma satisfatória
apesar das pequenas diferenças de forma de curvas levantadas em comparação com a
teoria estudada anteriormente. Os cálculos necessários também foram realizados
utilizando os valores medidos nos experimentos sem o arredondamento para se ter uma
melhor veracidade com a teoria. Através dos ensaios e cálculos realizados nesse
trabalho é possível utilizar o motor de corrente contínua de forma mais eficaz, fazendo
com que possa utilizar a máquina na máxima produtividade já que foi possível verificar
seu desempenho para diversos cenários. Como sugestão de trabalhos futuros, pode-se
considerar trabalhar com programação em softwares de simulação como, por exemplo,
Simulink do Matlab para confirmar a veracidade dos parâmetros elétricos e mecânicos
encontrados no experimento prático.

A facilidade em controlar a velocidade é o ponto de destaque dos motores CC. Além


disso, sua versatilidade permite que atenda a pequenas aplicações domésticas ou
grandes projetos da indústria.
Para fazer o experimento na prática usei 2pilha de 1.5 V cada, imã, base para
montagem, dois fio de cobre de 0,50cm, de espessura de diferentes, fita isolante, alicate
e fio.

Para fazer a bobina utilzei o cobre de espessura ambas o tamanho uma de 5 voltas de
2,5cm e outra de 4 voltas de 3,5cm. Utilizei 2 arames resistente para fixar a bobina.
Como ao testar, percebi que a bobina de tamanho maior teve maior velocidade do que a
menor mesmo tendo 1 volta a mais.

4. REFERÊNCIAS

ABCOM:https://www.abecom.com.br/tipos-de-motor-eletrico/

ALCIATORE, D. G.; HISTAND, M. B. Introdução à mecatrônica e aos sistemas de


medições.4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

AUGUSTO, N. Motores de alto rendimento: dimensionamento e viabilidade


econômica. 157 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica, Universidade de São
Paulo, São Paulo. 2001.

CASTRO, F. P. de. SERVO MOTORES: visão geral, controle e aplicação. 38f.


Monografia de especialização. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.
2016.

CHAPMAN, S. J. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 5 ed. São Paulo: McGraw-Hill,


2013.
CLETO, A. C. C. Motores elétricos de alto rendimento. 93 f. Dissertação (Mestrado) -
Engenharia Eletrotécnica e de Computadores Major Energia, Faculdade de Engenharia
da Universidade do Porto. 2012.

ENGENHARIAFELTRIN;https://feltrinengenharia.wordpress.com/2018/03/02/
fabricacao-de-um-motor-eletrico-de-corrente-continua/

FORTES, M. Z.; SOUSA, L. B.; BORBA, B. S. M. C. Análise do impacto econômico


no setor industrial com a utilização de motores de alto rendimento. Revista Brasileira de
Energia, v. 25, n. 3, 16 dez. 2020.

FRANCHI, C. M. Acionamentos Elétricos. 4. ed. São Paulo: Érica Ltda., 2008. IEA.
International Energy Agency. Energy efficiency. França, 2016. Disponível em: . Acesso
em: 25 mar. 2022.

STRNAT, Karl J. Modern Permanent Magnets for Applications in ElectroTechnology.


Proceedings of the IEEE, Vol. 78, N6, June, 1990.

Você também pode gostar