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Energia Renovável Híbrida

Hybrid Renewable Energy

CARLITO, Anderson
Unifaj

GEROLOMO, Fabricio
Unifaj

BALESTRA, Kauê
Unifaj

ROCHA, Fabricio
Unifaj

Resumo: Os motores são conhecidos por serem dispositivos que convertem energia
em movimento mecânico, sendo amplamente utilizados em todo o mundo para
impulsionar veículos, gerar eletricidade e operar máquinas industriais. Foi projetado
um gerador de energia renovável híbrido, com o objetivo de unir algumas formas de
alimentação, como um sistema fotovoltaico e um motor de repulsão magnética. Caso
haja uma insuficiência de geração de energia, é acionado um sistema de alimentação
secundário, garantindo assim a carga do circuito.
Palavras-chave: Energia; Renovável; Híbrido;

Abstract: Engines are known to be devices that convert energy into mechanical
motion, being widely used around the world to propel vehicles, generate electricity and
operate industrial machinery. A hybrid renewable energy generator was designed, with
the aim of joining some forms of power, such as a photovoltaic system and a magnetic
traction motor. If there is insufficient energy generation, a secondary power supply
system is activated, thus guaranteeing the load of the circuit.
Key-words: Energy; Renewable; Hybrid;
INTRODUÇÃO

Segundo (SILVA, Domiciano Correa Marques da), citado em "Energia e Trabalho de


uma força”; Energia é a capacidade de realizar trabalho e está presente em todas as
formas de vida e atividades humanas. No contexto mundial, a energia é essencial para
o desenvolvimento econômico e social de um país, além de ter um papel importante
na mitigação das mudanças climáticas. Existem diversas formas de energia, como a
energia térmica, elétrica, mecânica, nuclear, solar, eólica, hidráulica, entre outras.
Cada forma de energia possui vantagens e desvantagens, e é importante considerar
as necessidades específicas de cada país ao escolher a forma mais adequada.

Abbasi SA, Tabassum-Abbasi AT (2016) em seu artigo “Impact of wind-energy


generation on climate: A rising spectre”; A produção de energia e o consumo de
combustíveis fósseis são responsáveis por grande parte das emissões de gases de
efeito estufa, que contribuem para as mudanças climáticas. Por isso, é cada vez mais
importante buscar formas de produzir energia de forma mais limpa e eficiente, através
de fontes renováveis e tecnologias mais sustentáveis.

Além disso, é fundamental promover a eficiência energética e o uso racional da


energia, através de políticas públicas, incentivos fiscais e conscientização da
população. (CASTRO, 2015). O uso mais eficiente da energia pode trazer benefícios
econômicos e ambientais significativos, reduzindo os custos de energia para as
empresas e os consumidores, além de contribuir para a redução das emissões de
gases de efeito estufa e a preservação do meio ambiente (Sivakumar, B, 2018).
1. MOTORES ELÉTRICOS
Os motores elétricos funcionam com base na lei de Faraday, que afirma que um
campo magnético variável pode gerar uma corrente elétrica em um condutor. O motor
elétrico consiste em uma parte fixa, chamada de estator, e uma parte rotativa,
chamada de rotor. O estator é composto de bobinas de fio de cobre, enquanto o rotor
é composto de ímãs. Quando a corrente elétrica é aplicada ao estator, um campo
magnético é criado, que faz com que o rotor gire, o rotor é então acoplado a uma
carga, como uma roda em um carro ou uma lâmina em uma máquina industrial, e
assim gerando movimento.
Os motores elétricos têm várias vantagens em relação aos motores a combustão
interna. Eles são mais eficientes, pois não há perda de energia através de processos
de combustão. Eles também são mais silenciosos e têm menos vibração, o que
significa que eles produzem menos ruído e são mais confortáveis de usar. Os motores
elétricos também têm menos peças móveis do que os motores a combustão interna,
o que significa que eles exigem menos manutenção e têm uma vida útil mais longa.
Motores elétricos e o eletromagnetismo estão intimamente ligados, pois os motores
elétricos utilizam o princípio do eletromagnetismo para gerar o movimento. O
eletromagnetismo é a relação entre a eletricidade e o magnetismo, onde uma corrente
elétrica em um condutor cria um campo magnético ao seu redor.
Além disso, os motores elétricos também podem utilizar o eletromagnetismo para
controlar a velocidade e o torque. Isso é feito através do controle da corrente elétrica
que flui para as bobinas do estator. Ao aumentar ou diminuir a corrente elétrica, é
possível controlar a intensidade do campo magnético gerado pelo estator e,
consequentemente, a velocidade e o torque do motor.
2. ELETROMAGNETISMO
(RESNICK, R. e HALLIDAY, D.) O eletromagnetismo é uma das quatro forças
fundamentais da natureza, juntamente com a gravidade, a força fraca e a força forte.
Ele é responsável por diversas propriedades e fenômenos, como a eletricidade, o
magnetismo e a luz.
A interação entre cargas elétricas e campos magnéticos é a base do
eletromagnetismo. Cargas elétricas geram campos elétricos e em movimento geram
campos magnéticos. Por sua vez, campos magnéticos podem gerar correntes
elétricas em materiais condutores, como fios de cobre, por meio do fenômeno da
indução eletromagnética.
Uma das aplicações mais comuns do eletromagnetismo é na geração, distribuição e
uso de energia elétrica. Usinas hidrelétricas, termelétricas e nucleares geram energia
elétrica por meio de geradores e turbinas, que utilizam o movimento de um campo
magnético para gerar corrente elétrica. Essa energia é distribuída por linhas de
transmissão até chegar às residências, indústrias e comércios, onde é utilizada para
iluminação, aquecimento, refrigeração e muitas outras finalidades.
Outra aplicação importante do eletromagnetismo é na tecnologia, como na construção
de motores elétricos, transformadores, aparelhos eletrônicos, sistemas de
comunicação, entre outros. O eletromagnetismo também é essencial para a
compreensão da natureza da luz, que é uma onda eletromagnética.
Em resumo, o eletromagnetismo é uma área muito ampla e complexa da física, com
diversas aplicações práticas e teóricas. Sua compreensão é essencial para a
engenharia elétrica, a tecnologia, a medicina e muitas outras áreas da ciência e da
tecnologia.
DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento deste projeto refere-se à um protótipo de um motor de repulsão


magnética um dispositivo de acionamento magnético que pode ser usado para gerar
eletricidade.
O princípio fundamental do motor de repulsão magnética (James Clerk Maxwell, 1873)
é que ele utiliza ímãs para criar um campo magnético entre estator e rotor, de forma
que os imãs do rotor se repelem em relação aos imãs no estator, resultando em um
movimento rotativo que pode ser convertido em energia elétrica por meio de um
gerador acoplado ao eixo do motor.
As fontes de energia convencionais utilizam combustíveis fósseis ou fontes de energia
secundárias, como energia nuclear ou eletricidade obtida de outras fontes, para gerar
energia mecânica. No entanto, essas fontes de energia apresentam diversas
desvantagens, como poluição, transporte ou transmissão a longas distâncias e alto
custo de aquisição. Por isso, é necessário encontrar uma fonte de energia que seja
limpa, que não dependa de energia externa significativa e seja fácil de manter.
Conforme a figura 8 podemos observar que a mecânica do projeto é toda baseada
na mesma estrutura mecânica de um motor de indução, porém neste modelo de
motor não será necessário a utilização de energia elétrica para o acionamento de
bobinas, pois neste modelo será aplicado uma combinação de imãs de neodímio de
forma a se repulsarem causando o movimento mecânico rotativo.
Seguindo a mesma semelhança de um motor de indução, observamos na figura 6 o
rotor, na figura 7 o estator e na figura 8 a montagem de ambos os componentes,
formando assim o motor de repulsão magnética.
Figura 6 - Rotor Figura 7 - Estator Figura 8 - Rotor e Estator

Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria


ROTOR

O rotor será o dispositivo responsável por gerar a rotação mecânica influenciada pelo
campo magnético dos imãs dispostos no estator, que irão interagir com o campo
magnético dos imãs dispostos no rotor, de forma a se repulsarem.

Conforme a figura 9 para que o campo magnético no rotor seja continuo será necessário
o desenvolvimento de 3 discos circulares compostos cada um deles por um conjunto de
18 imãs em torno de um eixo, distribuídos com defasagem de 20° entre um imã e outro,
formando ao todo 360°.
Além de estarem dispostos em 20° entre um e outro o alojamento do imã também deverá
ser em ângulo, para que seu campo magnético seja direcional, preferencialmente um ângulo
de 30° para a furação do alojamento do ímã.
Na figura 10 podemos verificar a montagem dos 3 discos, que devem ter uma defasagem
de 6.66º entre um disco e outro. Isso se deve ao fato de que o campo magnético de retração
do estator deve estar o tempo todo em interação com o campo magnético do rotor, pois em
todos os discos existem lacunas entre um imã e outro, que deixam de repelir em
determinado ponto quando estão em rotação.
A defasagem entre os discos tem o objetivo de preencher essa lacuna, portanto quando
disco 1 estiver próximo de atingir a sua lacuna, entrará então o campo magnético do disco
2, pois o mesmo estará defasado em 6.66° e em seguida acontecerá o mesmo com o disco
3. Ao término do disco 3 o sistema retornará para o disco 1 e ficará em acionamento
continuo.
Após a montagem dos 3 discos, teremos um montante de 54 imãs, que juntos formam o
rotor conforme a figura 10.
ESTATOR
Assim como em um motor de indução o estator tem o mesmo objetivo no motor de
repulsão magnética, onde o mesmo desempenha o papel fundamental de gerar um
campo magnético que interaja com o campo magnético do rotor, resultando no
movimento de rotação do motor.
Em um motor de indução o estator é projetado de forma a criar um campo magnético
através de bobinas que são eletricamente energizadas, que geram campos
magnéticos capazes de interagir com o campo magnético das bobinas no rotor,
gerando o movimento rotativo.
Conforme a figura 13, no motor de repulsão magnética as bobinas do estator são
substituídas por ímãs de neodímio, esses ímãs serão posicionados ao redor do
estator, espaçados a cada 20°, resultando em um total de 9 ímãs por arco conforme
na figura 11 e 12, ao todo um estator completo é seguido da montagem de 6 arcos,
sendo eles distribuídos em pares, onde um par forma uma circunferência de 360°
formando 18 imãs e 54 imãs um estator completo.
Para que o fluxo magnético do estator interaja com o fluxo magnético do rotor de forma
a gerar o movimento rotativo constante, os imãs além de serem posicionado em 20°
entre eles também devem ter seus alojamentos perfurados em 30° de forma a
direcionar seu campo magnético assim como os imãs do rotor, obtendo-se um campo
magnético direcional.
MONTAGEM

Em um motor de indução quando uma corrente elétrica alternada é fornecida aos


enrolamentos do estator, ocorre a formação de um campo magnético que gira ao redor
desses enrolamentos. Esse campo magnético rotativo é fundamental para o correto
funcionamento do motor.
Conforme a figura 14 podemos ver que o motor de repulsão magnética segue esse
mesmo princípio de funcionamento, onde após combinados rotor e estator
automaticamente se iniciara o processo de retração dos imãs, que por sua vez
configurados com um total de 108 imãs de neodímio conforme os dados deste
relatório, iniciarão um movimento rotativo que se acoplado a um eixo poderá se
conectar a dispositivos de geração de energia.

FOTOVOLTAICO
Convém destacar que o projeto prevê a instalação de um sistema fotovoltaico para
alimentar o circuito completo. O sistema híbrido visa unir diferentes tipos de fontes de
alimentação. Para isso, será utilizada a energia renovável proveniente da fonte
fotovoltaica que, por meio de um inversor de tensão, produzirá 220V para o circuito.
Esse sistema contará com um inversor OFF-GRID para receber e manter a energia
no circuito. Para garantir a alimentação do circuito em caso de contratempos, como a
falta de raios UV, serão utilizadas baterias estacionárias.
O motor de repulsão magnética será responsável por manter a carga das baterias em
alta, produzindo no motor monofásico uma tensão de 220V, transformando a tensão
em corrente contínua de 24V para realimentar o circuito e manter a carga das baterias.
Além disso, o circuito contará com um controlador de carga/excitatriz, que acionará
automaticamente o motor caso a tensão da bateria baixe para 20V, a fim de manter a
carga da bateria. (PINHO & GALDINO, 2014)

DESENVOLVIMENTO PRÁTICO
1.1. ROTOR
Ao longo do processo de
desenvolvimento do projeto,
emergiram diversas concepções
relativas às configurações, cuja
otimização se mostraria mais
propícia e adaptável aos objetivos.
Nesse contexto, empreendemos novas investigações e elaborações de layouts,
concentrando nossos esforços, sobretudo, na estrutura do Rotor. A premissa
fundamental que norteou nossas ações consistiu em maximizar a eficiência
operacional, considerando tanto a viabilidade material quanto a interação no campo
magnético, com o intuito de aprimorar a praticidade do dispositivo, a baixo vemos
como ficou a última modificação de layout final e escolhida como a principal.
A principal finalidade subjacente a esse reconfigurado layout é a minimização do
consumo de material, concomitantemente à significativa redução do peso do rotor.
Adicionalmente, foram conduzidos testes com distintas configurações de
posicionamento de ímãs, visando aprimorar ainda mais o campo magnético. Este
refinamento é crucial para harmonizar de maneira eficaz com o campo magnético
gerado pelo estator.
DESENVOLVIMENTO PRÁTICO E ESTRUTURA MECÂNICA

Com base nas representações visuais apresentadas nas figuras 19, 20 e 21,
observamos a representação conjunta do rotor e do estator, ambos acoplados e
firmemente fixados à base na qual irão operar. Essa base possui ajuste total de
tamanho, adaptando-se conforme as necessidades específicas do projeto.
Para garantir a estabilidade dos imãs durante a entrada no campo magnético do
estator, aplicamos fita isolante ao longo de seu percurso, prevenindo qualquer
deslocamento indesejado.
É relevante notar que, para realizar o alinhamento preciso entre o estator e o rotor,
contribuindo para a manutenção da centralização e alinhamento do campo magnético,
desenvolvemos suportes em formato de "X" por meio de uma impressora 3D. Esses
suportes, confeccionados juntos com vergalhões de tamanho M6, têm a finalidade de
servir como trilhos, permitindo o movimento controlado do estator de ida e volta,
facilitando o estabelecimento do ponto de criação do campo magnético.
Dessa forma, a estratégia adotada combina a tecnologia de impressão 3D com
materiais específicos, evidenciando um cuidadoso planejamento para otimizar o
desempenho e a precisão do dispositivo em estudo.
CONCLUSÃO
Em resumo, a pesquisa dedicada ao desenvolvimento do motor de repulsão
magnética apresentou desafios significativos, culminando na constatação de que não
foi possível efetivar o pleno funcionamento do dispositivo. Foram conduzidos testes
em quatro configurações distintas no estado do rotor, visando atingir o propósito
desejado. Contudo, em virtude de restrições temporais, não foi viável realizar uma
exploração aprofundada de outras configurações que poderiam potencialmente
conduzir ao êxito do projeto. Dessa forma, mesmo que o componente central do motor
de repulsão magnética não tenha alcançado a plena funcionalidade desejada, o
projeto como um todo ainda obtém êxito por meio da implementação bem-sucedida
do sistema fotovoltaico, que contribui positivamente para a realização de seus
objetivos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://pdfcoffee.com/perendev-magnet-motor-patent-wo2006045333a1-abstract-pdf-
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SERWAY, Raymond A. JEWETT, John W. Princípios de física: vol.3.


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MAMEDE, JOÃO, Instalações elétricas industriais 7.ª Edição. Acesso em 2023.

DIESNTMANN, G. Energia Solar uma comparação de tecnologias, Porto Alegre, 2009.

Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (2013). "Fundamentos de Física." Volume 2, 9ª
edição. LTC Editora.

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