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MOTOR ELÉTRICO

Yslon Coelho Silva¹


Daniel V²

RESUMO

Este trabalho tem como propósito a construção de um protótipo de motor de corrente


continua. O objetivo geral deste trabalho é construir um protótipo, feito com matérias simples e de
fácil acesso, realizar o experimento prático através da construção que terá como base as pesquisas
feitas em bibliografias confiáveis e o seguinte gerar trabalho, ou seja, irá girar. Mostrando
elementos importantes para o estudo de conteúdos como física, matemática e eletricidade.

Palavras-chave: Corrente Continua, Motor, Protótipo.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho vem trata sobre o em baseamento técnico, teórico e ilustrativo sobre a
construção de um motor elétrico. Estes aparelhos têm inúmeras finalidades, como por exemplo:
máquinas industriais, automotiva, portões elétricos, dispositivos mecatrônicos e robôs. Sabe-se que
existem vários tipos de motores, que se difere também em suas formas e tamanhos. Os motores são
responsáveis por transformar a energia elétrica em energia mecânica. Para um motor CC funcionar
é necessária a produção do fluxo magnético, que é obtido quando é aplicado em corrente contínua
nas bobinas do estator. Desta maneira aparecem os polos magnéticos em volta das peças que se
tornam eletroímãs. A corrente contínua circular através das escovas, comutador e bobinas do rotor,
gerando polos magnéticos no rotor. Esses polos são atraídos pelos polos do estator, produzindo uma
força magnética. Alguns motores funcionam com corrente contínua (CC/DC) nesses podem ser
utilizados as pilhas e baterias como fontes de alimentação. A corrente alternada (CA/AC) podem ser
alimentados diretamente pela rede elétrica. Num segundo momento vamos falar sobre a historia do
motor elétrico e o desenvolvimento do protótipo.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A história do motor elétrico se inicia em 1663 quando o alemão Otto Guerick construiu a
primeira máquina eletrostática, que mais tarde, em 1774 seria aperfeiçoada pelo suíço Martin
Planta. Em 1786, Aloisio Galvani tocou com um bisturi em coxas de rãs penduradas numa grade de
ferro e percebeu que as mesmas apresentaram uma contração que ele chamou de eletricidade
animal. Já Alessandro Volta, por sua vez, descobriu que entre dois metais diferentes, imersos em
liquido condutor, surgia uma tensão elétrica. Em 1799, ele criou uma fonte de energia que
chamou“coluna de Volta”, capaz de fornecer energia elétrica.
Em 1820, ao verificar por acaso que a agulha magnética de uma bússola era desviada de sua
posição norte-sul quando passava perto de um condutor de energia elétrica, fez dessa descoberta o
primeiro grande passo para o desenvolvimento do motor elétrico.
Com base nesses e outros estudos, o físico e matemático André-Marie Ampére construiu o
primeiro eletroímã. Em 1831, o inglês Michael Faraday desenvolveu a indução eletromagnética.
Foi, porém, só em 1832 que o Alemão Moritz Hermann Von Jacobi criou um motor elétrico, com o
uso de baterias, aplicando-o a um bote, comprovando assim que o motor era capaz de transformar a
energia elétrica em energia mecânica. Posteriormente, em 1888, Nikola Tesla desenvolveu o
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Engenharia Civil (FLC14295ECE) – Seminário
Interdisciplinar: Motor Elétrico – 15/10/23
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primeiro motor de corrente alternada Dali em diante houve mais avanços até chegarmos ao motor
elétrico que conhecemos hoje.
Podemos dizer que o motor é um equipamento elétrico que proporciona força mecânica
através de sua fonte de alimentação. Eles têm inúmeras finalidades, como por exemplo: máquinas
industriais, automotiva, portões elétricos, dispositivos mecatrônicos e robôs, movimentação de
turbinas e outros. Sabe-se que existem vários tipos de motores, que se difere também em suas
formas e tamanhos. “O motor elétrico é um dispositivo cuja finalidade é transformar a energia
elétrica a ele aplicada em energia mecânica através de interações eletromagnéticas entre partes que
o constituem. (FRAN CISCO, Antônio; 2009. p. 10)”.

Um motor corrente contínuo nada mais é do que um motor alimentado por corrente
contínua (CC), sendo esta alimentação proveniente de uma bateria ou qualquer outra de
alimentação CC. A sua comutação (troca de energia entre rotor e estator) pode ser
através de escovas (escovado) ou sem escovas (brushless) e com relação a velocidade, o
motor cc pode ser controlado apenas variando a sua tensão, diferentemente de um motor
elétrico de corrente alternada (CA) cuja a velocidade é variada pela frequência. Segundo
(SILVEIRA, 2017)

Braga (2013) define os motores de corrente continua (CC) como sendo, dispositivos que
operam aproveitando as forças de atração e de repulsão geradas por eletroímãs e imãs permanentes,
ou seja, um motor elétrico usa imãs para criar movimento de rotação. Para melhor entender o
funcionamento de um motor é necessário montar uma bobina entre os polos de um imã permanente.
Temos força de repulsão (os polos da bobina e do imã permanentes são iguais) essa força de
repulsão faz o conjunto móvel mudar de posição.

Percebe-se que motor elétrico necessita de energia mecânica, uma bateria, e ate mesmo
eletroímãs para funcionar, assim como forno elétrico rotativo que ar circula pela turbina
ocasionando um movimento de rotação do produto dentro da maquina. Ele cria movimento
repetitivo para o funcionamento e melhor utilização da sua força para o desenvolvimento do
maquinário em utilidade do momento.

Os motores de CC dispõem de comutador. Na verdade, um gerador de CC simples também


pode funcionar como motor de CC. Quando uma corrente continua atravessa a bobina, é criado um
campo magnético. O polo norte da bobina é atraído pelo polo sul do campo magnético externo e o
polo sul da bobina pelo polo norte do campo externo. Com isso, a bobina gira, segundo Biasi,
Ronaldo ( 1968, p.32)

Para Chapman quase todas as máquinas giram em torno de um eixo, ou seja, o motor
elétrico dessa forma pode ser definido como "tudo que dá movimento a um mecanismo”, sendo
fundamentado em si seu campo magnético introduzido por carga elétrica. (CHAPMAN, p. 03)

Ou seja, a corrente elétrica estabeleceu um campo magnético no espaço em torno dela, e esse
campo foi o agente responsável pelo desvio da agulha magnética. Pode-se concluir, então, que as
cargas elétricas em movimento criam numa região do espaço a ela, um campo magnético.
(FERREIRA, Y. P. U. M.;MACHADO A., SILVA, C., SILVA, L.P.C. p. 148 2017)

Segundo Silva, ele também pode ser definido como tudo que dá movimento a um
mecanismo, ou seja, a funcionalidade dos motores elétricos é baseada nos princípios do
eletromagnetismo, mediante os quais, condutores mapeados em um campo magnético e são
introduzidos por carga elétrica, fazendo com que os mesmos correspondam a uma energia
mecânica, conhecida como o torque. (Silva, p. 58, 2018)
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Portanto, segundo o Braga (2013), pode-se concluir que o magnetismo é a base de todo
processo de um motor elétrico, tendo como ideia básica de um motor é montar uma bobina entre os
polos de um imã permanente ou então de uma bobina fixa que funcione como o tal. ( BRAGA
2013)

3. MATERIAIS E MÉTODOS

Para desenvolvermos nosso protótipo do motor com a pilha e imã, utilizamos materiais
reaproveitados, não gerando custo algum.

 01 imã de neodímio
 01 bobina de transformador
 02 pilhas C
 01 tabua
 01 rolo de fita isolante
 Fio rígido 2,5mm
 Fio flexível 0,50 mm
 04 parafuso

FIGURA 1 – IMÃ NEODIMIO FIGURA 2 – TRANSFORMADOR FIGURA 3 - PILHA

FIGURA 4 – TABUA FIGURA 5 - FITA ISOLANTE FIGURA 6 – FIO RIGIDO


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FIGURA 7- FIO FLEXIVEL FIGURA 8 - PARAFUSO FIGURA 9 – FIO DE COBRE DOBRADO

3.1. MONTAGEM

O protótipo foi construído sobre uma base de madeira seguindo os seguintes passos:

1. Utilizando-se uma serra cortou-se a tábua de pinus na forma retangular, com 10 cm


de largura, por 15 cm de comprimento, que serviu de base para o experimento
(Figura 4).

2. Foram cortados e dobrados dois fios de cobre rígido de 2,5 mm de diâmetro por 150
mm de comprimento cada, para a sustentação do rotor. (Figura 9).

3. Com o auxílio de um recipiente plástico cilíndrico, foi feito o enrolamento do fio de


cobre 0,1 mm de diâmetro e 100 mm de comprimento (rotor), foram um total de 5
voltas.

FIGURA 10- ROTOR

4. Usando uma parafusadeira fixasse as duas barras de fio de cobre rígido, os dois
pedaços de fios flexíveis (Figura7), e o imã na base de madeira, concluindo assim a
montagem do experimento (Figura 11).
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5. Ligou- se as pontas dos fios que estão conectados nas extremidades dos fios de cobre
no sindal onde se conectou o mesmo nos fios que vem da pilha e observou-se a
rotação da bobina.

3.2. TABELA COM DADOS

Peso g Tensão Diâmetro Num. de espiras


bobina
Grupo1 605 g 3,0v 4cm 5

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pilha fornece energia elétrica quando as partes raspadas das espiras estão em contato com as
hastes, temos assim, um circuito elétrico por onde passa uma corrente que percorrer a bobina, graças ao
campo magnético associado a essa corrente, transforma-a num pequeno ímã, O ímã fixo na base (ímã
natural) tem um de seus polos voltados para as espiras (bobina) e quando ela se torna um ímã, passa a
existir uma interação entre eles. Esse movimento depende, muitas vezes, de um empurrão inicial. Para
resolver esse problema e evitar que o motor pare, usamos uma extremidade da espira totalmente raspada,
por onde a corrente sempre pode passar, e a outra semi-raspada, de forma que a corrente só passará nessa
extremidade quando a parte raspada estiver em contato com a haste. Dessa maneira, quando as faces de
mesmo polo estiverem voltadas uma para a outra, a espira se movimentará por causa da força magnética
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de repulsão entre os ímãs, ou seja, no momento que a parte raspada da espira entra em contato com a
haste, o processo se reinicia, possibilitando assim movimento constante da bobina.

5. CONCLUSÃO

A descoberta de Michael Faraday frente aos estudos sobre o eletromagnetismo fora de extrema
importância para o auxílio no desenvolvimento da industrialização mundial e transformou o modo de vida
das pessoas. Com a descoberta foi possível desenvolver não somente motores, mas o embasamento de
grande parte da tecnologia atual, onde os campos magnéticos e sua relação permite usufruir desde um
simples micro-ondas até os complexos sistemas de telecomunicações, gigantes transformadores, geradores
elétricos e também peque nos componentes presentes em circuitos eletrônicos. Estudos referentes a
motores elétricos vêm sendo desenvolvidos constantemente e tem muito a se desenvolver, como exemplo
os carros elétricos cada vez mais evidenciados nos noticiários e que tem uma proposta de menor consumo
e zero emissão de CO2.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

BIASI, Ronaldo. Motores Geradores . 6.ed, Editora Record, 1968. 32p

BRAGA, N.C. Conceitos Básicos de Eletrônica . São Paulo: INCB, 2013.

BRAGA. Como funciona o motor de corrente continua. 2013. Disponível em:


http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/3414-art476a. Acesso em 08
outubro 2021.

CHAPMAN, S. Fundamentos de máquinas elétricas. 2013, p. 03, 671 f. Nova Iorque, EUA,
editora Mc Graw Hill, 2013.

FERREIRA, Y. P. U. M.; MACHADO A., SILVA, C., SILVA, L.P.C. O Uso do Software
Educacional. Revista Interagir: pensando a extensão – UERJ (2017) p. 130.

FRACISCO, antonio. Motores electricos. 2.ed Sao Paulo: Editora Etep, 2009.180p.

GILIO, Aluísio Simone. Máquinas de Indução Trifásicas. 9.ed. Rio de Janeiro: Editora
Érica, 2003.256p

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