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Escola Superior de Ciências Náuticas

Departamento de Rádio
4R 8º Semestre

Electronica de Potência II

Engenharia Eletronica e de Telecomunicações

Tema:
Motores eléctricos

Discente:
Eduardo Filimone Guambe Júnior

Docente:
PhD. Hélio Gove

Maputo, Setembro de 2023


Índice
Objetivos...........................................................................................................................................

Objectivo geral..............................................................................................................................

Objetivos Específicos....................................................................................................................

Metodologia..................................................................................................................................

1.1. Constituição do motor eléctrico............................................................................................

Motores de Corrente Contínua CC..................................................................................................

2.1. Constituição do motor CC.................................................................................................

2.2. Princípio de funcionamento dos motores CC...................................................................

2.3. Tipos de Motores (CC).........................................................................................................

2.4. Motores de Corrente Alternada (CA)...................................................................................

2.4.1. Motores trifásicos..........................................................................................................

2.4.2. Motores de indução.......................................................................................................

3.1. Tipos de ligação dos motores CC.........................................................................................

3.1.1. Motor paralelo (shunt)...................................................................................................

3.1.2. Motor série..................................................................................................................10

3.1.3. Motor série / paralelo (compound)..............................................................................11

4.1. Manutenção preventiva de motores eléctricos....................................................................12


Índice de figuras
Figura 1:esquema de um motor eléctrico.........................................................................................
Figura 2: Detalhes internos de um motor CC.................................................................................
Figura 3: circuito equivalente..........................................................................................................
Figura 4: Princípio de funcionamento.............................................................................................
Figura 5: Motor de indução trifásico...............................................................................................
Figura 6: Esquema de numeração dos terminais do motor CC......................................................
Figura 7: Representação do circuito equivalente do motor CC alimentado em paralelo..............10
Figura 8: Esquema de ligação de um motor CC série...................................................................11
Figura 9: Esquema do circuito equivalente à excitação compound aditiva (ou cumulativa)........12
INTRODUÇÃO
Os motores eléctricos desempenham um papel fundamental em nossa sociedade moderna,
impulsionando uma vasta gama de aplicações em indústrias, transporte e até mesmo em nossas
casas. Este trabalho tem como objetivo explorar a tecnologia dos motores eléctricos,
compreendendo sua estrutura, princípio de funcionamento, tipos e aplicações. Além disso,
abordaremos as práticas de manutenção preventiva e preditiva, que são essenciais para garantir a
confiabilidade e a eficiência desses motores ao longo de sua vida útil.

Objetivos

Objectivo geral

Estudar o motor eléctrico.

Objetivos Específicos

 Explicar o princípio fundamentais de funcionamento dos motores elétricos;


 Analisar as diversas aplicações dos motores elétricos;
 Discutir os diferentes tipos de motores elétricos, como motores de corrente contínua (CC)
e motores de corrente alternada (CA), e suas características distintivas.
 Investigar as configurações de ligação de motores CC;
 Abordar a manutenção preventiva e preditiva de motores elétricos.

Metodologia

A pesquisa para este trabalho envolverá uma revisão abrangente da literatura relacionada aos
motores elétricos, incluindo fontes acadêmicas, técnicas e industriais. Além disso, serão
utilizados exemplos práticos e estudos de caso para ilustrar a aplicação dos conceitos discutidos.
A metodologia também incluirá a análise de manuais de fabricantes e diretrizes de manutenção
para motores elétricos.

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RESUMO
Este trabalho abordou detalhadamente o mundo dos motores elétricos, desde sua estrutura básica
até suas amplas aplicações em diversos setores da sociedade moderna. Exploramos os princípios
fundamentais de funcionamento, tipos de motores elétricos, configurações de ligação e práticas
de manutenção preventiva e preditiva. Os motores elétricos desempenham um papel crítico em
nosso dia a dia e na indústria, e compreender seu funcionamento e manutenção é essencial para
garantir sua confiabilidade e eficiência.

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1. MOTOR ELÉCTRICO
Um motor elétrico é uma máquina que converte energia elétrica em energia mecânica, criando
movimento rotativo. Ele funciona com base nos princípios da interação entre campos magnéticos
e corrente elétrica, gerando um campo magnético que exerce uma força sobre os condutores de
corrente, fazendo com que o motor gire. Os motores elétricos são amplamente utilizados em
diversas aplicações devido à sua eficiência, controle preciso de velocidade e capacidade de
produzir diferentes níveis de torque.

As aplicações dos motores elétricos são vastas e incluem:

Indústria Manufatureira: Motores elétricos são essenciais em máquinas industriais,


transportadores, robôs e sistemas de automação.

Transporte: São usados em veículos elétricos, trens, metrôs e elevadores.

Eletrodomésticos: Encontramos motores elétricos em geladeiras, máquinas de lavar,


ventiladores e muitos outros aparelhos domésticos.

Sector de Energia: São usados em usinas elétricas, turbinas eólicas e hidrelétricas para gerar
eletricidade.

Electrônica de Consumo: Em dispositivos como smartphones, discos rígidos e impressoras.

Aeroespacial: São usados em aeronaves para controle de superfícies e em sistemas de propulsão.

Medicina: Em equipamentos médicos como ventiladores mecânicos e dispositivos de


ressonância magnética.

Figura 1:esquema de um motor eléctrico

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1.1. Constituição do motor eléctrico
O motor elétrico pode ser entendido pelo seguinte esquema:

De acordo com o esquema da figura anterior um imã promove o campo magnético inicial para o
motor;

Uma espira é colocada na região entre os polos do imã e percorrida por uma determinada
corrente elétrica;

A interação entre o campo magnético criado pelo imã e o campo magnético criado pela corrente
elétrica que circula pela espira ocorre a rotação;

A rotação provocada pela interação eletromagnética é resultado da transformação da energia


elétrica implantada ao motor em energia cinética de rotação;

O aproveitamento desta energia final pode ser usada para diversas aplicações tais como:
bombeamento de água, elevação de corpos pesados, sucção de fluidos entre outras aplicações;

A parte girante é denominada rotor e a parte estática do motor é denominada estator;

Os motores eléctricos são divididos em dois grandes grupos, tomando o valor da tensão como
base: corrente contínua e alternada.

2. TIPOS DE MOTORES ELÉCTRICOS


As principais características dos motores elétricos, em geral, são:

Motores de Corrente Contínua CC


São aqueles acionados a partir de uma fonte de corrente contínua. São muito utilizados nas
indústrias quando se faz necessário manter o controle fino da velocidade em um processo
qualquer de fabricação. Como exemplo, pode-se citar a indústria de papel. São fabricados em
três diferentes características.

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2.1. Constituição do motor CC

Figura 2: Detalhes internos de um motor CC.

Ele é formado por estator e rotor.

No estator, encontram-se os seguintes componentes:

 Carcaça – Serve como suporte dos demais componentes e também fecha o circuito
magnético, pois fornece o retorno do fluxo magnético.
 Enrolamento de campo – Gera a força magnetomotriz (f.m.m.) necessária à produção do
fluxo magnético para gerar o movimento.
 Polos – São as ranhuras soldadas na carcaça, que recebem os enrolamentos de campo.
 Escovas – Consistem em dois pedaços de grafite que ficam em contato com o comutador,
fornecendo a corrente elétrica ao circuito da armadura.

No rotor, encontram-se os seguintes componentes:

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 Eixo da armadura – Produz a rotação para o núcleo da armadura, que, por sua vez, é
utilizado para reduzir as perdas magnéticas no enrolamento da armadura.
 Enrolamento da armadura – Compõe-se de fios enrolados em formato de bobina, por
onde a corrente elétrica circula.
 Comutador – É responsável pela inversão da corrente elétrica no enrolamento da
armadura.

Pode-se representar um motor elétrico CC por meio de um circuito elétrico, conforme ilustra a
figura a seguir, em que:

 V ta é a tensão da armadura (V);

 I a é a corrente da armadura (A);

 r a é a resistência da armadura (Ω);

 V g é a força contra eletromotriz (V);

 r s é a resistência do campo série (Ω);

 r f é a resistência do campo em derivação (Ω);

 I f é a corrente do campo em derivação (A);

 V t é a tensão nos terminais do motor (V);

 I l é a corrente na linha do motor (A).

Figura 3: circuito equivalente

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2.2. Princípio de funcionamento dos motores CC

O motor de corrente contínua funciona segundo o princípio da força magnética: quando dois
campos magnéticos interagem, manifesta-se uma força de natureza magnética.

Figura 4: Princípio de funcionamento

Ao fornecer corrente elétrica à espira – que representa o rotor –, seu campo magnético interage
com o campo magnético do ímã permanente – que representa o estator –,estabelecendo um
binário de forças que põe a espira em movimento.

Graças ao comutador, a corrente inverte de sentido na espira, fazendo com que ela continue
girando. A velocidade do giro é determinada pelo número de rotações do eixo em relação ao
tempo (rpm). O torque produzido é proporcional à intensidade do campo magnético e ao valor da
corrente elétrica no rotor, também conhecido como armadura.

2.3. Tipos de Motores (CC)


a) Motores série

São aqueles em que a corrente de carga é utilizada também como corrente de excitação, isto é, as
bobinas de campo são ligadas em série com as bobinas do induzido. Estes motores não podem
operar em vazio, pois sua velocidade tenderia a aumentar indefinidamente, danificando a
máquina.

b) Motores em derivação

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São aqueles em que o campo está diretamente ligado à fonte de alimentação e em paralelo com o
induzido. Sob tensão constante, estes motores desenvolvem uma velocidade constante e um
conjugado variável de acordo com a carga.

c) Motores compostos

São aqueles em que o campo é constituído de duas bobinas, sendo uma ligada em série e a outra
em paralelo com o induzido. Estes motores acumulam as vantagens do motor série e do de
derivação, isto é, possuem um elevado conjugado de partida e velocidade aproximadamente
constante no acionamento de cargas variáveis.

2.4. Motores de Corrente Alternada (CA)


São aqueles acionados a partir de uma fonte de corrente alternada. São utilizados na maioria das
aplicações industriais.

Existem vários tipos de motores elétricos empregados em instalações industriais. No entanto, por
sua maior aplicação nesta área, devido à simplicidade de construção, vida útil longa, custo
reduzido de compra e manutenção.

2.4.1. Motores trifásicos

São aqueles alimentados por um sistema trifásico a três fios, em que as tensões estão defasadas
de 120º elétricos. Representam a grande maioria dos motores empregados nas instalações
industriais. A Figura a seguir mostra seus principais componentes.

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Figura 5: Motor de indução trifásico
Os motores trifásicos, podem ser do tipo indução ou síncrono.

2.4.2. Motores de indução

São constituídos de duas partes básicas: estator e rotor.

Estator

Formado por três elementos:

 Carcaça: constituída de uma estrutura de construção robusta, fabricada em ferro fundido,


aço ou alumínio injetado resistente à corrosão e com superfície aletada e que tem como
principal função suportar todas as partes fixas e móveis do motor.
 Núcleo de chapas: constituído de chapas magnéticas adequadamente fixadas ao estator.
 Enrolamentos: dimensionados em material condutor isolado, dispostos sobre o núcleo e
ligados à rede de energia elétrica de alimentação.

Rotor

É constituído de quatro elementos básicos.

 Eixo: responsável pela transmissão da potência mecânica gerada pelo motor.


 Núcleo de chapas: constituído de chapas magnéticas adequadamente fixadas sobre o
eixo.

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 Barras e anéis de curto-circuito (motor de gaiola): constituído de alumínio injetado
sobre pressão.

Enrolamentos (motor com rotor bobinado): constituídos de material condutor e dispostos


sobre o núcleo.

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3. TIPOS DE LIGAÇÃO DOS MOTORES ELÉCTRICOS

3.1. Tipos de ligação dos motores CC


A ligação de um motor CC depende do conhecimento sobre a carga e da estrutura interna do
motor. Na Figura abaixo, a bobina da armadura é numerada como (1) e (2) e identificada como A
e B. As bobinas do estator são numeradas como (5) e (6) e identificadas como C e D para o tipo
shunt e como (3) e (4) identificadas como E e F para o tipo série. Isso é essencial para configurar
a conexão elétrica adequada do motor CC, levando em consideração o tipo de carga e as
características do mo tor.

Figura 6: Esquema de numeração dos terminais do motor CC

Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/5

Existem três tipos de conexões CC para os motores electricos: Paralelo (Shunt), Série e
Série/Paralelo (Compound).

3.1.1. Motor paralelo (shunt)

Na configuração de motor paralelo (shunt), a alimentação da bobina do estator (excitação) ocorre


em paralelo com a bobina da armadura, ambas utilizando a mesma fonte de tensão. A armadura
geralmente possui fios de maior seção e menos espiras do que a bobina do estator, resultando em
um consumo de corrente maior. Essa corrente é responsável pelo torque gerado pelo motor.

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Quando os enrolamentos da armadura e do shunt são alimentados pela mesma fonte, mantendo a
tensão constante, a velocidade do motor permanece constante em condições de ausência de
carga. No entanto, ao aplicar carga ao motor, ocorre uma ligeira diminuição na velocidade
devido à resistência da armadura e ao aumento do aquecimento.

O aumento de temperatura resulta do esforço mecânico na ponta do eixo do motor e da redução


da força contrael etromotriz devido à diminuição da velocidade da bobina. Isso faz com que a
corrente no enrolamento da armadura aumente para compensar o torque.

Para aumentar a velocidade, é necessário reduzir o fluxo magnético na excitação. Isso pode ser
alcançado inserindo um reóstato em série com o enrolamento shunt para reduzir a corrente que
passa por ele. Reduzindo o fluxo magnético, o motor aumenta sua velocidade. No entanto, deve-
se ter cuidado para não interromper completamente o circuito do shunt, pois isso faria com que o
motor perdesse o fluxo magnético e a força contra eletromotriz, levando-o a atingir velocidades
perigosamente altas para a máquina.

Os reóstatos são resistências variáveis, ou seja, são barreiras variáveis que dificultam a passagem
da corrente elétrica em seu condutor. Com essa variação é possível aumentar ou diminuir a
intensidade da corrente elétrica nesse circuito, o qual é responsável por conduzir eletricidade.

A representação do motor através de um circuito equivalente alimentado de forma paralela pode


ser vista na Figura abaixo:

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Figura 7: Representação do circuito equivalente do motor CC alimentado em paralelo.

Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6
3.1.2. Motor série

No motor série, o enrolamento de excitação está em série com a armadura e ambos são
alimentados pela mesma fonte de tensão. Isso resulta em dois enrolamentos com diferentes
seções e números de espiras conectados em série. O campo magnético na excitação depende da
corrente da armadura.

Sem carga, a corrente da armadura é baixa, criando um campo magnético na excitação e uma alta
força contra eletromotriz (fcem) na armadura, resultando em alta velocidade.

Com carga, a corrente da armadura e o campo na excitação aumentam, reduzindo


consideravelmente a velocidade.

O motor série possui excelente torque de partida, mas regula mal a velocidade, pois qualquer
aumento na carga aumenta a corrente e reduz a velocidade.

A velocidade do motor série está diretamente ligada à corrente da armadura, e ligá-lo sem carga
pode causar aumento excessivo da velocidade, potencialmente danificando a máquina. Portanto,
é importante evitar operar o motor série em vazio.

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Figura 8: Esquema de ligação de um motor CC série

Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6
3.1.3. Motor série / paralelo (compound)

O motor compound é projetado para combinar os benefícios da ligação shunt, que controla a
velocidade, com o alto torque de partida da ligação série. Isso é útil quando é necessário manter
uma velocidade constante, mesmo com variações extremas na carga.

Existem dois modos de operação para o motor compound: cumulativo e subtrativo, que
dependem da conexão do enrolamento shunt. No modo cumulativo, o enrolamento shunt é
conectado em paralelo com o enrolamento série, proporcionando torque elevado na partida e
baixa variação de velocidade com variações de carga.

No modo subtrativo, o enrolamento shunt é conectado de forma que produza um campo


magnético contrário ao do enrolamento série. Isso resulta em uma queda significativa na
velocidade com o aumento da carga, mas pode levar à instabilidade na velocidade do motor.

O motor compound é usado em situações em que é necessário um alto torque de partida e uma
velocidade controlada, como elevadores de carga, onde pode ser alternado entre os modos de
operação dependendo das necessidades específicas da aplicação.

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Figura 9: Esquema do circuito equivalente à excitação compound aditiva (ou cumulativa)

Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6

4. MANUTENÇÃO DOS MOTORES ELÉCTRICOS

4.1. Manutenção preventiva de motores eléctricos


A manutenção preventiva de motores eléctricos é uma abordagem sistemática destinada a
prevenir falhas não programadas em motores elétricos, com o objectivo de manter sua
confiabilidade e disponibilidade operacional ao longo de sua vida útil planejada. Ela envolve a
realização regular de tarefas de manutenção para identificar e corrigir problemas potenciais antes
que se tornem críticos.

A principal vantagem da manutenção preventiva é sua eficácia na redução de custos operacionais


ao longo do tempo, quando comparada à manutenção corretiva, que lida com falhas após sua
ocorrência. Isso é crucial para o planejamento financeiro de uma organização.

Algumas atividades de manutenção preventiva específicas para motores elétricos são listadas
abaixo:

Lubrificação: A lubrificação regular é crucial para garantir que os rolamentos e outras partes
móveis do motor funcionem de maneira eficaz. É importante seguir as orientações do fabricante
quanto ao tipo e à quantidade de lubrificante a ser utilizado e respeitar os intervalos
recomendados para a reaplicação.

Calibração: A calibração envolve a verificação e o ajuste periódico de componentes do motor


elétrico. Ela é particularmente importante para garantir o desempenho preciso e consistente do

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motor. A frequência da calibração depende do tipo de motor, sua aplicação e o ambiente em que
opera.

Inspeção: A inspeção regular é baseada em diversos fatores, incluindo o tipo de motor, seu uso
específico e as condições ambientais em que está instalado. Durante a inspeção, são avaliados
diversos aspectos, como o estado da vedação, a presença de ruídos ou vibrações anormais e o
alinhamento das peças.

4.2. Manutenção Preditiva de Motores Eléctricos

A manutenção preditiva tem como objectivo antecipar falhas em motores elétricos por meio da
monitorização contínua e análise de dados. Ela se baseia na coleta de informações sobre o estado
do motor e a identificação de tendências que possam indicar problemas iminentes. Isso permite
agir antes que uma falha crítica ocorra.

Os principais objetivos da manutenção preditiva são:

 Eliminar a necessidade de desmontagem frequente do motor para inspeção;


 Aumentar a disponibilidade do equipamento;
 Reduzir a manutenção de emergência;
 Prevenir agravamento de falhas;
 Aumentar a confiabilidade da operação;
 Planejar pausas de produção de forma eficiente.
 Plano de Manutenção de Motores Elétricos

Para implementar com sucesso a manutenção preventiva e preditiva, é essencial ter um plano de
manutenção bem estruturado. Este plano deve incluir:

 Identificação dos Motores: Cada motor deve ser devidamente catalogado, com
informações detalhadas, como marca, série, modelo e histórico de inspeções e reparos.
 Procedimentos de Manutenção: Com base nas especificações técnicas dos motores,
devem ser definidos procedimentos detalhados de inspeção, calibração, lubrificação e
outras atividades preventivas.
 Agenda de Manutenção: A periodicidade das tarefas de manutenção deve ser definida
com base na importância do motor, sua idade e as condições ambientais em que opera. O

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cronograma deve ser flexível e incluir atividades diárias, semanais, mensais, semestrais
ou anuais.
 Registro de Dados: Todas as atividades de manutenção devem ser registradas, incluindo
resultados de inspeções, análises de vibração, dados de temperatura e outros indicadores
relevantes.
 Análise de Riscos: Deve ser realizada uma análise de riscos para identificar quais
motores são críticos para a operação e merecem atenção prioritária.

Ter um plano de manutenção eficaz é fundamental para garantir a confiabilidade e a longevidade


dos motores elétricos, além de contribuir para a eficiência operacional e a redução de custos a
longo prazo.

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CONCLUSÃO
Os motores elétricos são uma parte indispensável da nossa vida cotidiana, impulsionando uma
variedade de dispositivos e máquinas que tornam a nossa sociedade moderna possível. Este
trabalho destacou sua importância, princípios de funcionamento e diversos tipos, desde motores
de corrente contínua até motores de corrente alternada. Além disso, ressaltou a necessidade
crítica de manutenção preventiva e preditiva para garantir que esses motores operem de maneira
confiável e eficiente ao longo do tempo. Portanto, a compreensão dos motores elétricos é
essencial para o funcionamento eficaz de muitas indústrias e para o nosso cotidiano.

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BIBLIOGRAFIA
Mamede Filho, J. (2023). Instalações Elétricas Industriais (7ª edição). LTC Editora.

Máquinas Elétricas: Máquinas de Corrente Contínua. Disponivel em:


https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/1. Acesso a 10 de Setembro 2023.

Gozzi, Giuseppe G. M.

Giuseppe Giovanni

Gozzi, Massimo, et al. Eletrônica: máquinas e instalações elétricas. São Paulo: Fundação Padre
Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica, v. 3)

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