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Departamento de Rádio
4R 8º Semestre
Electronica de Potência II
Tema:
Motores eléctricos
Discente:
Eduardo Filimone Guambe Júnior
Docente:
PhD. Hélio Gove
Objectivo geral..............................................................................................................................
Objetivos Específicos....................................................................................................................
Metodologia..................................................................................................................................
Objetivos
Objectivo geral
Objetivos Específicos
Metodologia
A pesquisa para este trabalho envolverá uma revisão abrangente da literatura relacionada aos
motores elétricos, incluindo fontes acadêmicas, técnicas e industriais. Além disso, serão
utilizados exemplos práticos e estudos de caso para ilustrar a aplicação dos conceitos discutidos.
A metodologia também incluirá a análise de manuais de fabricantes e diretrizes de manutenção
para motores elétricos.
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RESUMO
Este trabalho abordou detalhadamente o mundo dos motores elétricos, desde sua estrutura básica
até suas amplas aplicações em diversos setores da sociedade moderna. Exploramos os princípios
fundamentais de funcionamento, tipos de motores elétricos, configurações de ligação e práticas
de manutenção preventiva e preditiva. Os motores elétricos desempenham um papel crítico em
nosso dia a dia e na indústria, e compreender seu funcionamento e manutenção é essencial para
garantir sua confiabilidade e eficiência.
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1. MOTOR ELÉCTRICO
Um motor elétrico é uma máquina que converte energia elétrica em energia mecânica, criando
movimento rotativo. Ele funciona com base nos princípios da interação entre campos magnéticos
e corrente elétrica, gerando um campo magnético que exerce uma força sobre os condutores de
corrente, fazendo com que o motor gire. Os motores elétricos são amplamente utilizados em
diversas aplicações devido à sua eficiência, controle preciso de velocidade e capacidade de
produzir diferentes níveis de torque.
Sector de Energia: São usados em usinas elétricas, turbinas eólicas e hidrelétricas para gerar
eletricidade.
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1.1. Constituição do motor eléctrico
O motor elétrico pode ser entendido pelo seguinte esquema:
De acordo com o esquema da figura anterior um imã promove o campo magnético inicial para o
motor;
Uma espira é colocada na região entre os polos do imã e percorrida por uma determinada
corrente elétrica;
A interação entre o campo magnético criado pelo imã e o campo magnético criado pela corrente
elétrica que circula pela espira ocorre a rotação;
O aproveitamento desta energia final pode ser usada para diversas aplicações tais como:
bombeamento de água, elevação de corpos pesados, sucção de fluidos entre outras aplicações;
Os motores eléctricos são divididos em dois grandes grupos, tomando o valor da tensão como
base: corrente contínua e alternada.
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2.1. Constituição do motor CC
Carcaça – Serve como suporte dos demais componentes e também fecha o circuito
magnético, pois fornece o retorno do fluxo magnético.
Enrolamento de campo – Gera a força magnetomotriz (f.m.m.) necessária à produção do
fluxo magnético para gerar o movimento.
Polos – São as ranhuras soldadas na carcaça, que recebem os enrolamentos de campo.
Escovas – Consistem em dois pedaços de grafite que ficam em contato com o comutador,
fornecendo a corrente elétrica ao circuito da armadura.
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Eixo da armadura – Produz a rotação para o núcleo da armadura, que, por sua vez, é
utilizado para reduzir as perdas magnéticas no enrolamento da armadura.
Enrolamento da armadura – Compõe-se de fios enrolados em formato de bobina, por
onde a corrente elétrica circula.
Comutador – É responsável pela inversão da corrente elétrica no enrolamento da
armadura.
Pode-se representar um motor elétrico CC por meio de um circuito elétrico, conforme ilustra a
figura a seguir, em que:
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2.2. Princípio de funcionamento dos motores CC
O motor de corrente contínua funciona segundo o princípio da força magnética: quando dois
campos magnéticos interagem, manifesta-se uma força de natureza magnética.
Ao fornecer corrente elétrica à espira – que representa o rotor –, seu campo magnético interage
com o campo magnético do ímã permanente – que representa o estator –,estabelecendo um
binário de forças que põe a espira em movimento.
Graças ao comutador, a corrente inverte de sentido na espira, fazendo com que ela continue
girando. A velocidade do giro é determinada pelo número de rotações do eixo em relação ao
tempo (rpm). O torque produzido é proporcional à intensidade do campo magnético e ao valor da
corrente elétrica no rotor, também conhecido como armadura.
São aqueles em que a corrente de carga é utilizada também como corrente de excitação, isto é, as
bobinas de campo são ligadas em série com as bobinas do induzido. Estes motores não podem
operar em vazio, pois sua velocidade tenderia a aumentar indefinidamente, danificando a
máquina.
b) Motores em derivação
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São aqueles em que o campo está diretamente ligado à fonte de alimentação e em paralelo com o
induzido. Sob tensão constante, estes motores desenvolvem uma velocidade constante e um
conjugado variável de acordo com a carga.
c) Motores compostos
São aqueles em que o campo é constituído de duas bobinas, sendo uma ligada em série e a outra
em paralelo com o induzido. Estes motores acumulam as vantagens do motor série e do de
derivação, isto é, possuem um elevado conjugado de partida e velocidade aproximadamente
constante no acionamento de cargas variáveis.
Existem vários tipos de motores elétricos empregados em instalações industriais. No entanto, por
sua maior aplicação nesta área, devido à simplicidade de construção, vida útil longa, custo
reduzido de compra e manutenção.
São aqueles alimentados por um sistema trifásico a três fios, em que as tensões estão defasadas
de 120º elétricos. Representam a grande maioria dos motores empregados nas instalações
industriais. A Figura a seguir mostra seus principais componentes.
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Figura 5: Motor de indução trifásico
Os motores trifásicos, podem ser do tipo indução ou síncrono.
Estator
Rotor
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Barras e anéis de curto-circuito (motor de gaiola): constituído de alumínio injetado
sobre pressão.
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3. TIPOS DE LIGAÇÃO DOS MOTORES ELÉCTRICOS
Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/5
Existem três tipos de conexões CC para os motores electricos: Paralelo (Shunt), Série e
Série/Paralelo (Compound).
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Quando os enrolamentos da armadura e do shunt são alimentados pela mesma fonte, mantendo a
tensão constante, a velocidade do motor permanece constante em condições de ausência de
carga. No entanto, ao aplicar carga ao motor, ocorre uma ligeira diminuição na velocidade
devido à resistência da armadura e ao aumento do aquecimento.
Para aumentar a velocidade, é necessário reduzir o fluxo magnético na excitação. Isso pode ser
alcançado inserindo um reóstato em série com o enrolamento shunt para reduzir a corrente que
passa por ele. Reduzindo o fluxo magnético, o motor aumenta sua velocidade. No entanto, deve-
se ter cuidado para não interromper completamente o circuito do shunt, pois isso faria com que o
motor perdesse o fluxo magnético e a força contra eletromotriz, levando-o a atingir velocidades
perigosamente altas para a máquina.
Os reóstatos são resistências variáveis, ou seja, são barreiras variáveis que dificultam a passagem
da corrente elétrica em seu condutor. Com essa variação é possível aumentar ou diminuir a
intensidade da corrente elétrica nesse circuito, o qual é responsável por conduzir eletricidade.
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Figura 7: Representação do circuito equivalente do motor CC alimentado em paralelo.
Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6
3.1.2. Motor série
No motor série, o enrolamento de excitação está em série com a armadura e ambos são
alimentados pela mesma fonte de tensão. Isso resulta em dois enrolamentos com diferentes
seções e números de espiras conectados em série. O campo magnético na excitação depende da
corrente da armadura.
Sem carga, a corrente da armadura é baixa, criando um campo magnético na excitação e uma alta
força contra eletromotriz (fcem) na armadura, resultando em alta velocidade.
O motor série possui excelente torque de partida, mas regula mal a velocidade, pois qualquer
aumento na carga aumenta a corrente e reduz a velocidade.
A velocidade do motor série está diretamente ligada à corrente da armadura, e ligá-lo sem carga
pode causar aumento excessivo da velocidade, potencialmente danificando a máquina. Portanto,
é importante evitar operar o motor série em vazio.
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Figura 8: Esquema de ligação de um motor CC série
Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6
3.1.3. Motor série / paralelo (compound)
O motor compound é projetado para combinar os benefícios da ligação shunt, que controla a
velocidade, com o alto torque de partida da ligação série. Isso é útil quando é necessário manter
uma velocidade constante, mesmo com variações extremas na carga.
Existem dois modos de operação para o motor compound: cumulativo e subtrativo, que
dependem da conexão do enrolamento shunt. No modo cumulativo, o enrolamento shunt é
conectado em paralelo com o enrolamento série, proporcionando torque elevado na partida e
baixa variação de velocidade com variações de carga.
O motor compound é usado em situações em que é necessário um alto torque de partida e uma
velocidade controlada, como elevadores de carga, onde pode ser alternado entre os modos de
operação dependendo das necessidades específicas da aplicação.
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Figura 9: Esquema do circuito equivalente à excitação compound aditiva (ou cumulativa)
Fonte: https://materialpublic.imd.ufrn.br/curso/disciplina/1/58/2/6
Algumas atividades de manutenção preventiva específicas para motores elétricos são listadas
abaixo:
Lubrificação: A lubrificação regular é crucial para garantir que os rolamentos e outras partes
móveis do motor funcionem de maneira eficaz. É importante seguir as orientações do fabricante
quanto ao tipo e à quantidade de lubrificante a ser utilizado e respeitar os intervalos
recomendados para a reaplicação.
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motor. A frequência da calibração depende do tipo de motor, sua aplicação e o ambiente em que
opera.
Inspeção: A inspeção regular é baseada em diversos fatores, incluindo o tipo de motor, seu uso
específico e as condições ambientais em que está instalado. Durante a inspeção, são avaliados
diversos aspectos, como o estado da vedação, a presença de ruídos ou vibrações anormais e o
alinhamento das peças.
A manutenção preditiva tem como objectivo antecipar falhas em motores elétricos por meio da
monitorização contínua e análise de dados. Ela se baseia na coleta de informações sobre o estado
do motor e a identificação de tendências que possam indicar problemas iminentes. Isso permite
agir antes que uma falha crítica ocorra.
Para implementar com sucesso a manutenção preventiva e preditiva, é essencial ter um plano de
manutenção bem estruturado. Este plano deve incluir:
Identificação dos Motores: Cada motor deve ser devidamente catalogado, com
informações detalhadas, como marca, série, modelo e histórico de inspeções e reparos.
Procedimentos de Manutenção: Com base nas especificações técnicas dos motores,
devem ser definidos procedimentos detalhados de inspeção, calibração, lubrificação e
outras atividades preventivas.
Agenda de Manutenção: A periodicidade das tarefas de manutenção deve ser definida
com base na importância do motor, sua idade e as condições ambientais em que opera. O
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cronograma deve ser flexível e incluir atividades diárias, semanais, mensais, semestrais
ou anuais.
Registro de Dados: Todas as atividades de manutenção devem ser registradas, incluindo
resultados de inspeções, análises de vibração, dados de temperatura e outros indicadores
relevantes.
Análise de Riscos: Deve ser realizada uma análise de riscos para identificar quais
motores são críticos para a operação e merecem atenção prioritária.
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CONCLUSÃO
Os motores elétricos são uma parte indispensável da nossa vida cotidiana, impulsionando uma
variedade de dispositivos e máquinas que tornam a nossa sociedade moderna possível. Este
trabalho destacou sua importância, princípios de funcionamento e diversos tipos, desde motores
de corrente contínua até motores de corrente alternada. Além disso, ressaltou a necessidade
crítica de manutenção preventiva e preditiva para garantir que esses motores operem de maneira
confiável e eficiente ao longo do tempo. Portanto, a compreensão dos motores elétricos é
essencial para o funcionamento eficaz de muitas indústrias e para o nosso cotidiano.
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BIBLIOGRAFIA
Mamede Filho, J. (2023). Instalações Elétricas Industriais (7ª edição). LTC Editora.
Gozzi, Giuseppe G. M.
Giuseppe Giovanni
Gozzi, Massimo, et al. Eletrônica: máquinas e instalações elétricas. São Paulo: Fundação Padre
Anchieta, 2011 (Coleção Técnica Interativa. Série Eletrônica, v. 3)
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