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u u p 2u 2u
u +v = − + 2 + 2 (1.2)
x y x x y
v v p 2v 2v
u + v = − g − + 2 + 2 (1.3)
x y y x y
Como visto, as Eqs. (1.1), (1.2) e (1.3) formam formidável sistema de EDP´s não lineares e
acopladas. Para tornar as equações adimensionais, dividi-se todos os comprimentos pelo
comprimento de referência, L, e todas as velocidades pela velocidade de referência, V, que
usualmente é a velocidade da corrente livre do escoamento.
Denotando as quantidades adimensionais com asteriscos
u * u * p * 2u * 2u *
u* + v* =− + + (1.9)
x * y * x * V L x *2 y *2
v * v * gL p * 2v * 2v *
u* + v* = − 2 − + + 2 (1.10)
x * y * V y * V L x * y *
2
As Eqs. (1.8), (1.9) e (1.10) são as formas adimensionais das equações originais, Eqs. (1.1),
(1.2) e (1.3). Nas próximas seções será mostrado que o número de Reynolds é: Re = V L / , e o
Embora seja possível ter ignorado parâmetros dos quais a força de arrasto depende, como a
rugosidade superficial da esfera, ou tenha-se incluído parâmetros dos quais ela não depende,
formula-se o problema na determinação da força de arrasto para a esfera estacionária em termos de
quantidades que são tanto controláveis quanto mensuráveis em laboratório.
Para obter a curva F versus V para valores fixos de , e D , precisa-se de testes para
F V D
= f1
V D
2 2
A forma da função f1 , chamada de relação funcional, ainda deve ser determinada
experimentalmente. Entretanto, ao invés de precisar conduzir 104 experiências, pode-se estabelecer
a natureza da função com a mesma precisão com apenas 10 experiências. E mais importante é a
maior conveniência experimental.
O teorema dos Pi de Buckigham é o enunciado da relação entre a função expressa em termos
de parâmetros dimensionais e a função correlata expressa em termos de parâmetros adimensonais.
A Fig. 1.1 mostra alguns dados clássicos para escoamento sobre esfera lisa (os fatores 1/2 e
/4 foram incluídos no denominador do parâmetro à esquerda na equação apenas para colocá-lo na
forma de grupo adimensional muito usado, o coeficiente de arrasto, CD.)
G ( 1 , 2 ,..., n − m ) = 0
ou
1 = G1 ( 2 , 3 ...., n − m )
g ( F , D, , , V ) = 0 ou F = F ( D, , , V )
Resultando em
F F
G , =0 ou = G1
V D VD V D VD
2 2 2 2
parâmetro não é independente se pode ser formado a partir de qualquer combinação de outros
parâmetros do problema. Por exemplo, se
2 1 13 4
5 = ou 6 =
2 3 32
du
A= A
dy viscosa VL
Força viscosa ~ assim =
V 2 inércia V L
2 2
VL
L = VL
L
pL2 p
Força de pressão ~ ( p ) A ( p ) L2 assim
pressão
=
inércia V 2 L2 V 2
gravidade g L3 gL
Força de gravidade ~ mg g L3 assim =
inércia V 2 L2 V 2
tensão superficial L
Força de tensão superficial ~ L assim =
inércia V 2 L2 V 2 L
compressibilidade Ev L2 E
Força de compressibilidade ~ Ev A Ev L2 assim = v
inércia V 2 L2 V 2
Observação: → sinal de “proporcionalidade”
Número de Reynolds (Re) - Estabelece o critério para determinar o regime de escoamento: laminar
ou turbulento.
VD V D
Re = =
v
Experiências posteriores mostraram que o número de Reynolds é o parâmetro chave para
outros casos de escoamento. Em geral
V L V L forças de inércia
Re = = = (1.11)
v forças viscosas
sendo L o comprimento característico, descritivo da geometria do campo de escoamento. O número
de Reynolds é então a razão entre as forças de inércia e as forças viscosas.
pressão da corrente livre e pv a pressão de vapor do líquido na temperatura de teste. Quanto menor
Número de Froude (Fr) - Esse parâmetro é significativo para escoamentos com efeitos de superfície
livre.
V
Fr = (1.14)
gL
Elevando o número de Froude ao quadrado
V2 V 2 L2 forças de inércia
Fr 2 = = =
gL g L forças de gravidade
3
que pode ser interpretado com razão entre as forças de inércia e as forças de gravidade.
Número de Weber (We) - O número de Weber é a razão entre as forças de inércia e as forças de
tensão superficial. Pode ser escrito
V 2 L forças de inércia
We = = (1.15)
forças de tensão superficial
Número de Mach (M) - Análises e experiências mostraram que o número de Mach é o parâmetro
chave que caracteriza os efeitos de compressibilidade no escoamento.
V
M= (1.16)
c
V V V V 2 L2 forças de inércia
M= = = ou M2 = 2
=
c dp Ev Ev L forças de compressibilidade
d
que pode ser interpretado como a razão entre as forças de inércia e de compressibilidade. Ev é
módulo de compressibilidade do fluido.
F F
2 2
= 2 2
V D modelo V D protótipo
e os resultados obtidos do estudo do modelo podem ser utilizados na predição do arrasto no protótipo
em tamanho real.
Observe que a força real sobre modelo e protótipo são diferentes, mas a magnitude dos
grupos adimensionais é análoga.
Semelhança Incompleta
Enfatizou-se que, para obter semelhança dinâmica completa entre escoamentos
geometricamente semelhantes é necessário duplicar os valores dos grupos adimensionais
independentes, ou seja, igualar os adimensionais de modelo e protótipo.
Em muitos estudos com modelos, para conseguir semelhança dinâmica, é preciso duplicar
diversos grupos adimensionais. Em certos casos não é possível obter semelhança dinâmica
completa entre modelo e protótipo. A determinação da força de arrasto (resistência) sobre o casco
de navio é exemplo. A resistência sobre o navio surge do atrito de contato da água com o casco
(forças viscosas) e da resistência das ondas (forças de gravidade). A semelhança dinâmica completa
requer que os números de Froude e de Reynolds sejam ambos reproduzidos entre modelo e
protótipo.
Como em geral não se pode prever a resistência de ondas analiticamente, é necessário
modelá-la.
Vm Vp
Frm = Frp → Frm = 1/2
= Frp =
( gLm ) ( gLp )1/2
Vm Lm Vp Lp m Vm Lm
Rem = = Re p = → =
m p p Vp Lp
Substituindo a razão entre velocidades obtida da reprodução dos números de Froude, a razão
requerida entre as viscosidades cinemáticas para o experimento é
1/ 2 3/ 2
m Lm Lm Lm
= =
p L p L p L p
Considerando a escala geométrica típica para testes com navios, Lm / Lp = 1/100 , então a
razão entre viscosidades deve ser igual a 1/1000. A Fig. A.3 mostra que mercúrio é único líquido com
viscosidade menor que a da água. Nesse caso, é impossível satisfazer ambos os critérios dos
números de Re e de Fr. Mesmo nestas situações os estudos com modelos ainda fornecem
informações extremamente úteis para o projeto.
h Q D 2
= f1 , (1.17)
2 D2 D
3
e
P Q D 2
= f1 , (1.18)
3 D5 D
3
segue
h1 h
= 22 2 (1.20)
D1 2 D2
2
1
2
e
P1 P2
= (1.21)
1 D1 23 D25
3 5
As Eqs. (1.19) a (1.21) são denominadas de “leis das bombas” e, considerando os efeitos
viscosos desprezíveis sob condições similares de escoamento, pode-se utilizá-las para transportar
por escalas as características de desempenho de máquinas para diferentes condições de operação,
quando se varia o diâmetro ou a velocidade. Se as condições de operação de uma máquina forem
conhecidas, as condições de operação de qualquer outra máquina geometricamente semelhante
pode ser determinada, variando-se D e ω.
Fig. 1.5 Curvas características típicas para bomba centrífuga testada a velocidade constante.
Q1/2
NS = (1.22a)
h3/4
Q1/2
N Scu = 3/4 (1.22b)
H
que deixa de ser parâmetro sem unidades e seu módulo depende das unidades usadas para calculá-
lo. Unidades para bombas no SI são rpm para ω, m3/h para Q e metros (energia por unidade de peso)
para H. Nessas unidades, velocidade específica “baixa” significa 580 < NScu < 4645 e “alta” significa
11.615 < NScu < 17.420.
Equações Úteis