Você está na página 1de 44

Eletricidade

Análise Nodal e de Malha

Prof. Dyson Pereira Jr.


dyson@utfpr.edu.br

http://paginapessoal.utfpr.edu.br/dyson
Introdução
• A partir das leis fundamentais da teoria
de circuitos (Ohm, LKC, LKT) podemos
derivar duas técnicas para análise de
circuitos:
– Análise nodal (aplicação da LKC) – Aula de
Hoje;
– Análise de Laço ou Malha (aplicação da LKT)
– Próxima Aula.
Análise Nodal
• Utiliza tensões nos nós como variáveis de circuito
(tensões são as incógnitas);
• Dado um circuito com n nós, sem fontes de
tensão, a análise nodal envolve três passos:
– Selecione um nó como referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós remanescentes em relação ao
nó de referência.
– Aplique a LKC em cada um dos n-1 nós. Use a Lei de
Ohm para expressar correntes de ramos em termos
das tensões nos nós.
– Resolva as equações simultâneas resultantes para
obter as tensões nos nós.
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
2. Aplique a LKC em cada um dos
n-1 nós. Use a Lei de Ohm para
expressar correntes de ramos
em termos das tensões nos nós.

iA  i1  i2  0
i2  iB  i3  0
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
2. Aplique a LKC em cada um dos
n-1 nós. Use a Lei de Ohm para
expressar correntes de ramos
em termos das tensões nos nós.

 v1  0   v1  v2 
iA    0
iA  i1  i2  0  R1   R2 
i2  iB  i3  0  v v  v 0
  1 2   iB   2 0
 R2   R3 
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
2. Aplique a LKC em cada um dos
n-1 nós. Use a Lei de Ohm para
expressar correntes de ramos
em termos das tensões nos nós.

 v1  0   v1  v2 
iA    0
iA  i1  i2  0  R1   R2 
i2  iB  i3  0  v v  v 0
  1 2   iB   2 0
 R2   R3  iA  G1v1  G2  v1  v2   0
G2  v1  v2   iB  G3v2  0
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
2. Aplique a LKC em cada um dos
n-1 nós. Use a Lei de Ohm para
expressar correntes de ramos
em termos das tensões nos nós.

iA  G1v1  G2  v1  v2   0  G1  G2  v1  G2v2  iA


G2  v1  v2   iB  G3v2  0 G2 v1   G2  G3  v2  iB
Exemplo
1. Selecione um nó como
referência. Atribua tensões v1,
v2, …, vn-1 aos n-1 nós
remanescentes em relação ao
nó de referência.
2. Aplique a LKC em cada um dos
n-1 nós. Use a Lei de Ohm para
expressar correntes de ramos
em termos das tensões nos nós.
3. Resolva as equações simultâ-
neas resultantes para obter as
tensões nos nós.
Métodos de solução:
Solução do Sistema Linear  G1  G2  v1  G2v2  iA
Regra de Cramer
Inversão de matrizes G2v1   G2  G3  v2  iB
Computacional: HP ou MATLAB
Métodos de Solução
Método de Cramer
Lembrando que...
Alternativamente...
Método da Inversão de Matrizes
Método da Inversão de Matrizes
No Matlab

X = linsolve(A,B);
ou
X = inv(A)*B;
Na HP
1. Shift direita + NUM.SLV
2. "Solve lin sys.."
3. EDIT
4. Digite os coeficientes da matriz A
5. ENTER
6. Repita o processo para a matriz B
7. SOLVE
Incluindo Fonte de Corrente
Dependente

Aplique a LKC em cada um dos n-1 nós.


Use a Lei de Ohm para expressar
correntes de ramos em termos das
tensões nos nós.
Incluindo Fonte de Corrente
Dependente

Expresse quaisquer incógnitas


adicionais (isto é, correntes ou
tensões que não sejam nodais)
em termos de tensões nodais
apropriadas – fontes
dependentes;
Incluindo Fonte de Corrente
Dependente
Exemplo 1
Análise Nodal com Fontes de Tensão
• Caso 1: Se a fonte de tensão está conectada entre
o nó de referência e um nó que não seja de
referência:
– Atribuímos a tensão da fonte a este nó que não seja
de referência.
• Caso 2: Se a fonte de tensão está conectada entre
dois nós que não sejam de referência:
– Estes dois nós formam um supernó e devemos aplicar
tanto a LKC quanto a LKT para determinar as tensões
no nós.
Análise Nodal com Fontes de Tensão
• Um supernó pode ser considerado um
conjunto fechado contendo uma fonte de
tensão e seus dois nós.
• Um supernó contém uma fonte de tensão
(dependente ou independente) conectada
entre dois nós que não são nós de referência e
elementos quaisquer conectados em paralelo
a ela.
Resumo - Análise Nodal
1. Identifique as tensões nodais e determine um nó de
referência;
2. No caso de fontes de tensão presentes no circuito:
– Caso 1: Se a fonte de tensão estiver conectada entre o nó de
referência e um nó qualquer (que não seja de referência):
atribuímos o seu valor de tensão a esse nó.
– Caso 2: Se a fonte de tensão estiver conectada entre dois nós
que não sejam de referência: os dois nós formam um supernó.
3. Aplique a LKC para cada nó (exceto a referência) e para
cada supernó que não contenha o nó de referência;
4. No caso dos supernós, aplique a LKT;
5. Expresse quaisquer incógnitas adicionais (isto é, correntes
ou tensões que não sejam nodais) em termos de tensões
nodais apropriadas – fontes dependentes;
6. Organize e resolva as equações (preferencialmente
pelo método de Cramer).
Exemplo 2
Exemplo 3
Análise de Malhas
• Utiliza correntes de malha como variáveis de
circuito: correntes são as incógnitas a serem
determinadas.
• Lembrete:
– Laço: é um caminho fechado onde cada nó é
visitado uma única vez.
– Malha: é um laço que não contém qualquer outro
laço em seu interior.
Análise de Malhas
• Aplique a LKT para encontrar as correntes
desconhecidas no circuito:

• É aplicável somente a circuitos planares.


• Circuito planar: aquele que pode ser desenhado
em um plano sem cruzamento de ramos (ligação
entre dois nós).
Circuito Planar x Não-Planar
Análise de Malhas sem Fonte de
Corrente
• Dado um circuito planar com n malhas, sem
fontes de corrente, a análise de malhas
envolve três passos:
– Atribuir correntes de malha i1, i2, …, in para as n
malhas.
– Aplicar a LKT em cada uma das n malhas. Usar a
Lei de Ohm para as tensões em termos das
correntes de malha.
– Resolver as n equações simultâneas resultantes
para obter as correntes de malha.
Exemplo

Determinar as correntes I1, I2 e I3


Exemplo

Atribuir correntes de malha i1,


i2, …, in para as n malhas.
Exemplo
Aplicar a LKT em cada
uma das n malhas.
Usar a Lei de Ohm
para as tensões em
termos das correntes
de malha.
Exemplo
Aplicar a LKT em cada
uma das n malhas.
Usar a Lei de Ohm
para as tensões em
termos das correntes
de malha.
Exemplo
Exemplo 4

Determinar as correntes I1, I2 e I3


Análise de Malha com Fontes de Corrente
(Dependentes ou Independentes)
Caso 1: Se a fonte de corrente pertence somente a uma
malha: atribuímos a corrente da fonte a esta malha.
Análise de Malha com Fontes de Corrente
(Dependentes ou Independentes)
Caso 2: Se a fonte de corrente pertence a duas malhas: criamos
uma supermalha excluindo a fonte de corrente e quaisquer
elementos conectados em série com ela.
Características da Supermalha
• Uma supermalha resulta quando duas malhas
tem uma fonte de corrente (dependente ou
independente) em comum.
• Propriedades de uma supermalha:
– A fonte de corrente em uma supermalha fornece a
equação restrita necessária para resolver as correntes
de malha
– Uma supermalha não tem uma corrente própria
– Uma supermalha necessita da aplicação tanto da LKT
quanto da LKC.
Procedimento Geral
1. Determine se o circuito é planar. Caso não seja, utilize
análise nodal;
2. Identifique cada uma das M correntes de malha;
3. No caso de fontes de corrente no circuito:
– Se a fonte de corrente pertence somente a uma malha,
atribuímos a corrente da fonte a esta malha
– Se a fonte de corrente pertence às duas malhas, criamos uma
supermalha excluindo a fonte de corrente e quaisquer
elementos conectados em série com ela
4. Escreva a LKT para cada malha/supermalha;
5. No caso das supermalhas, aplique a LKC no local da fonte
de corrente compartilhada entre as malhas;
6. Expresse quaisquer incógnitas adicionais (tensões ou
correntes que não sejam de malha) em termos de
corrente de malha – fontes dependentes;
7. Organize e resolva as M equações.
Exemplo 5

Determinar as correntes de malha


Exemplo 6

Determinar as correntes de malha.


Análise Nodal x Análise de Malha
• Dado um circuito, qual método utilizar?
• Natureza do circuito:
– Análise Nodal → Número de equações nodais menor
que o número de equações de malha
– Análise de Malha → Número de equações de malha
menor que o número de equações nodais
• Informação necessária:
– Correntes nos ramos ou laços → Análise de Malhas
– Tensões no nós → Análise Nodal
Referências

• Charles K. Alexander; Matthew N. O. Sadiku;


Fundamentos de Circuitos Elétricos; 5ª Edição
• J. David Irwin; Análise Básica de Circuitos Para
Engenharia; 10ª Ed.
• Jack E. Kemmerly, Steven M. Durbin, William H.
Hayt; Análise de Circuitos de Engenharia; 8ª Ed
• Robert Boylestad; Introdução À Análise de
Circuitos; 12ª edição

Você também pode gostar