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CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS EM

ELETROTÉCNICA – CPCE

ELETRICIDADE

AULA 2

Prof.: Jean
Tel.: 86212857

WWW.escoladoeletrotecnico.com.br

CURSO-CPCE: curso.cpce@yahoo.com.br

1
CAPÍTULO 2: CIRCUITOS ELÉTRICOS

2.1 – Elementos passivos e ativos de um circuito elétrico

a) Elementos passivos:

Símbolos

R R

 RESISTOR: Unidade:  - Ohm

C C

 CAPACITOR:
+ Unidade: F - Farad

 INDUTOR: Unidade: H - Henry

b) Elementos ativos:

 FONTE DE TENSÃO PARA CORRENTE CONTÍNUA (CC):

Bateria
+
+
-

 FONTE DE TENSÃO PARA CORRENTE ALTERNADA (CA):

2
 FONTE DE CORRENTE:

2.2 – Associação dos elementos passivos de um circuito elétrico:

2.2.1- Associação série:

Dois ou mais elementos (ativos ou passivos) estão em série quando flui por eles
a MESMA CORRENTE I

 Determinação dos elementos equivalentes ou totais na associação série:

Resistores em série:

Req= RT = R1 + R2 + R3 = 5 + 2 + 4 =11

Req = Soma de todos os resistores em série

Req: Resistência equivalente; RT: Resistência total

3
Indutores em série:

Leq = LT = L1 + L2 + L3 = 1 + 4 + 6 = 11 H

Leq = Soma de todos os indutores em série

Leq: Indutância equivalente, LT: Indutância Total

Capacitores em série:

1 1 1 1 1 1 2*2 C1 * C2
       1F Ceq  CT 
C eq CT C1 C 2 2 2 22 C1  C2

4
 Ceq, NÃO é a soma de todos os capacitores em série, use a fórmula acima.
Ceq: Capacitância Equivalente; CT: Capacitância Total

OBS:
C
 Quando os capacitores têm valores iguais (C ), neste caso, C eq 
n
Onde, C é o valor da capacitância de um dos capacitores e n o número de
capacitores iguais em série.

 A Ceq de três ou mais capacitores de valores diferentes, ligados em série, pode


ser calculada resolvendo-os dois a dois.

2.2.2- Associação paralela:

Dois ou mais elementos (ativos ou passivos) estão em paralelo quando estão


sob a MESMA TENSÃO V

Resistores em paralelo:

R1 * R2
1

1 1
 
1 1 1 10 *10
    5 Req  RT 
Req RT R1 R2 10 10 10  10 R2  R2

Req, NÃO é a soma de todos os resistores em paralelo, use a fórmula acima.


Req: Resistência equivalente; RT: Resistência total

OBS:
R
 Quando os resistores têm valores iguais (R), neste caso, Req 
n
Onde, R é o valor da resistência de um dos resistores e n o número de
resistores iguais em paralelo.

 A Req de três ou mais resistores de valores diferentes, ligados em paralelo,


pode ser calculada resolvendo-os dois a dois.

5
Indutores em paralelo:

L1 * L2
L *L Leq 
L1  L2
1 1 1 1 *1 1
   1 2    0,5H
Leq L1 L2 L1  L2 1  1 2
L

Leq, NÃO é a soma das indutâncias de todos os indutores em paralelo. Use a


fórmula acima.
Leq: Indutância equivalente, LT: Indutância Total

OBS:
L
 Quando os indutores têm valores iguais (L), neste caso, Leq 
n
Onde, L é o valor da indutância de um dos indutores e n o número de indutores
iguais em paralelo.
 A Leq de três ou mais indutores de valores diferentes, ligados em paralelo,
pode ser calculada resolvendo-os dois a dois.

Capacitores em paralelo:

Ceq = CT = C1 + C2 = 2 + 5 = 7F Ceq = CT = C1 + C2

Ceq = Soma de todas as capacitâncias dos Capacitores em paralelo


Ceq: Capacitância Equivalente; CT: Capacitância Total

6
Exercícios:
Calcule os Req, Leq e Ceq dos circuitos a seguir:

1)

Resp.: F
2)

Resp.: F

3)

Resp.: Leq = H; Ceq = F e Req = Ω

Redesenhe o circuito com os valores de Leq, Ceq e Req

2.3 – Associação dos elementos ativos de um circuito elétrico:


7
2.3.1 – Associação PARALELA das fontes ativas:

a) FONTE DE TENSÃO EM PARALELO:

As fontes de tensão podem ser consideradas como IDEAIS , quando sua


resistência interna é desprezada, ou REAIS, quando sua resistência interna
não é desprezível.

Fonte Ideal Fonte Real


Rint

+
+

Onde, Rint é a resistência interna da bateria, neste caso.

Obs.: Nas figuras logo acima, a fonte considerada é uma bateria, mas poderia ser
qualquer uma das fontes do item 2.1.b.

 Associação de duas fontes de tensão IDEAIS em paralelo:

Duas ou mais fontes ideais só podem ser colocadas em paralelo se tiverem a MESMA
TENSÃO.

Obs.: Se tivessem mais fontes ideais iguais a 10V em paralelo, a tensão aplicada na
carga continuará 10V e a corrente que irá fluir pela carga será a soma de todas as
contribuições de cada fonte (I1 + I2 + I3 + I4 + ........).

o Se duas ou mais fontes de tensão ideais e de valores diferentes forem ligados em


paralelo, ocorrerá um curto-circuito entre elas no sentido da maior fonte para a menor,
portanto, EVITE.

8
 Associação de duas fontes de tensão REAIS em paralelo:

Nos terminais da 1ª fonte temos a tensão Vx e nos terminais da 2ª temos temos Vy .

V1 e V2, podem até ter valores diferentes, mas Vx e Vy devem ser ,


OBRIGATÓRIAMENTE, iguais, caso contrário, haverá uma corrente que irá circular entre as
duas fontes e dependendo da sua magnitude poderá causar danos a elas.

b) FONTE DE CORRENTE EM PARALELO:

 Associação de duas fontes de corrente IDEAIS em paralelo

I1 pode ter valor diferente de I2

9
 Associação de duas fontes de corrente REAIS em paralelo

2.3.2 – Associação SÉRIE das fontes ativas:

 Associação de fontes de tensão IDEAIS em série:

Neste caso, as fontes não precisam ter o mesmo valor; no entanto, na hora de aplicar a Lei
de Kirchhoff para tensão (a soma das tensões em uma malha fechada é nula), deve-se
atentar para o sinal de cada fonte.

Escolhe um dos dois casos mostrados a seguir para gerar as equações de Kirchhoff

10
Exemplo: Calcule a tensão na carga.

Solução:

Vamos adotar o 1º caso

(1) V1 + V2 –V3 + V4 – Vcarga = 0 => Vcarga = V1 + V2 –V3 + V4 = 6V

(2) V2 - V3 + V4 – Vcarga + V1 = 0 => Vcarga = V2 – V3 + V4 + V1 = 6V

(3) - V3 + V4 - Vcarga + V1 + V2 = 0 => Vcarga = V2 – V3 + V4 + V1 = 6V

(4) V4 – Vcarga + V1 + V2 - V3 = 0 => Vcarga = V2 – V3 + V4 + V1 = 6V

(5) - Vcarga + V1 + V2 – V3 + V4 = 0 => Vcarga = V2 – V3 + V4 + V1 = 6V

11
Exercício:

Adote o 2º caso e gere as cinco equações de Kirchhoff.

 Associação de fontes de tensão REAIS em série:

Os valores de V1, V2, V3 e V4 podem ser iguais ou não. Para calcular Vcarga, seguir o
mesmo raciocínio anterior.

r1, r2, r3 e r4 são as resistência internas das fontes de tensão reais.


Vr1, Vr2, Vr3 e Vr4 são as quedas de tensão nas resistências internas da fontes.

Exercício:

Calcule o valor da tensão Vcarga na figura abaixo. Considere, r1 = 2, r2 = 1, r3 = 2 e r4 =


2. I = 0,5A

Lembrete: Vr1 = R1.I; Vr2 = R2.I; Vr3 = R3.I ... Resposta: 2,5V

12
 Associação de fontes de corrente IDEAIS em série:

Só podem ser ligados em série fontes de corrente de MESMOS VALORES de corrente,


caso contrário, as fontes poderão ser danificadas.

 Associação de fontes de corrente REAIS em série:

13
2.4- Cálculo de impedância (Z):

Z = R + jX

Onde,

R é a resistência ,
X a reatância e
j, o imaginário

A impedância é uma grandeza complexa onde a resistência R é a sua parte Real e a


reatância X sua parte imaginária. A reatância X pode ser um

 XL, REATÂNCIA INDUTIVA quando o elemento é um indutor.

 XC , REATÂNCIA CAPACITIVA (módulo) quando o elemento é um capacitor.

X L   .L , Unidade: Ohm ()

1
XC 
.C , Unidade: Ohm ()

  2. . f   377 rad


s , para f = 60 Hz
Onde,

 : freqüência angular, em radianos/segundos (rad/s)


f : freqüência, em Hertz (Hz)
L : Indutância, em Henry (H)
C: Capacitância, em Farad (F)
XC: Módulo da reatância capacitiva, em ohm
XL: Reatância indutiva, em ohm
: Número pi que é igual a 3,14

14
2.4.1- Cálculo das reatâncias XL e XC:

 XL = ω .L , para f  0 Hz, (para CORRENTE ALTERNADA)

1
 XC = , para f  0 Hz (para CORRENTE ALTERNADA)
.C

 XL = 0 , pois f = 0 Hz => ω = 0 rad/s , (para CORRENTE CONTÍNUA)

 XC =  (infinito), f = 0 Hz, (para CORRENTE CONTÍNUA)

 Para a corrente ALTERNADA, XL  0 , pois a freqüência f  0 Hz

 Para a corrente CONTÍNUA, XL = 0 , pois a freqüência f = 0 Hz (chave fechada)

XL = 0   (chave fechada)

No circuito onde a fonte de tensão é contínua, substituir todos os indutores por uma chave
fechada como mostram os exemplos abaixo.

 Para a corrente ALTERNADA, XC   , pois a freqüência f  0 Hz

 Para a corrente CONTÍNUA, XC =  , pois a freqüência f = 0 Hz (chave aberta)

XC =    (chave aberta);

No circuito onde a fonte de tensão é contínua, substituir todos os capacitores por uma chave
aberta como mostram os exemplos abaixo

Exemplo 1:

a) circuito RLC série.

XL = 0  e XC =  
15
Exemplo 2:

b) circuito RLC paralelo.

XL = 0  e XC =  

Icurto = corrente de curto-circuito

:
 O indutor IDEAL ligado em paralelo com uma fonte de TENSÃO CONTÍNUA
provoca um CURTO-CIRCUITO.

Exemplo 3:

Calcule a corrente I fornecida pela fonte

Solução:
Como a fonte é de corrente contínua, então, f = 0 Hz e

 XL = 0  X C    , logo Zeq =   e I = V/Zeq = 0A

Qualquer valor diferente de zero dividida por infinito é igual a zero.

16
2.4.2 – Cálculo das impedâncias dos elementos passivos:

a) Impedância de um circuito puramente resistivo (ZR):

ZR = R

b) Impedância de um circuito puramente indutivo(ZL):

ZL = j XL,  ZL= XL = ω.L

Onde, ZLé o módulo da impedância do indutor

c) Impedância de um circuito puramente capacitivo(ZC):

1
ZC = -jXC  ZC= XC =
.C

Onde, ZCé o módulo da impedância do capacitor

17
2.4.3 – Cálculo da impedância de um circuito elétrico:

Tipo de fonte: ALTERNADA

Regime: PERMANENTE

NÃO CONFUNDA

18
a) Impedância de um circuito RLC série.

Z = R + j(XL- XC)  Z  R  ( X L  X C )
2 2

Obs: Se o circuito for um


 RL série, então XC = 0 
 RC série, então XL = 0 
 LC série, então R = 0 

Exemplo 1:

No circuito acima, se R = 3, XL = 6 e XC = 2, Calcule Z e IZI.

Solução:

Z = 3 +j(6 – 2) = 3 + j4  => IZI = 3 2  4 2  9  16  25  5

Exemplo 2:

Encontre a expressão da impedância equivalente do circuito abaixo.

Z1 = R1 + jX1; Z2 = R2 + jX2

Zeq = Z1 + Z2 = R1 + jX1 + R2 + jX2

= R1+R2 + j(X1+X2)

= Req + jXeq

Onde, R1+R2 = Req X1+X2 = Xeq

19
 Triângulo da impedância

X
R = IZI. Cos() X = IZI.sen() tg 
R
R Z X2 X  Z  R2 Z  R2  X 2
2 2

b) Impedância de um circuito RL Paralelo.

R. X L R. X L
Z eq  
Z eq ( R 2  X L2 )

20
c) Impedância de um circuito RC Paralelo.

R. X C R. X C
Z eq  
Z eq ( R 2  X C2 )

21
d) Impedância de um circuito RLC Paralelo.

Como calcular IZeqI neste circuito?

 Calcular Xeq
 X C .X L
X eq 
XL  XC

 Se Xeq for positiva então, ela é indutiva e logo o circuito acima pode ser
reduzido para um circuito RL paralelo e daí aplica-se a formula do calculo de
IZeqI vista anteriormente.

R. X L R. X L
Z eq  
Z eq ( R 2  X L2 )
Neste caso, XL = Xeq

22
 Se Xeq for negativa então, ela é capacitiva e logo o circuito acima pode ser
reduzido para um circuito RC paralelo e daí aplica-se a formula do calculo de
IZeqI vista anteriormente.

R. X C R. X C
Z eq  
Z eq ( R 2  X C2 )

Neste caso, XC = Xeq

Outra forma de calcular IZeqI para os circuito RL, RC e RLC paralelo é calcular I T em cada
V
um desses três casos e depois calcular Z eq 
IT

Prefixos métricos:

 1 pico, (1p) = 1 x 10 -12


 1 nano, (1n) = 1 x 10 -9
 1 micro, (1) = 1 x 10 -6
 1 mili, (1m) = 1 x 10 -3
 1 mega, (1M) = 1 x 106
 1 giga, (1G) = 1 x 109

Exemplo:

 5 pF = 5 x 10 -12 F = 0,000000000005 F

 2 F = 2 x 10 -6 F = 0,000002 F

 2,5 nF = 2,5 x 10 -9F = 0,0000000025 F

 0,3 mH = 0,3 x 10 -3 H = 0,0003 H

 12345,6 mH = 12345,6 x 10-3 H = 12,3456 H

 50 MW = 50 x 106 = 50000000 W

 12,89 GW = 12,89 x 109 = 12890000000 W

23
Lista de Exercícios

Calcule, sem auxílio de calculadora, as correntes (seus módulos) em cada um dos


circuitos a seguir.

1)

2)

3)

4)

24
5)

6)

7)

8) Indique, também, o sentido de fluxo de corrente no circuito

9)

25
10)

11)

12)

13)

14)

26
15)

16)

O triângulo acima representa o triângulo de impedância de uma carga cuja a tensão


nominal é 110V. A corrente nominal desta carga é:

17)

O triângulo acima representa o triângulo de impedância de uma carga. Calcule o valor


da resistência R dessa carga.

18)

27
2.5 – Revisão de número complexo

Z = R + jX R: Parte real de Z X: Parte imaginária de Z

j= 1 j2 = -1 j3 = -j j4 = 1

a) Diferentes Notações do número complexo:

 Z = R + jX: Notação retangular


 Z = Z : Notação Fasorial

28
b) Relação entre as duas notações:

R + jX = Z
a. Triângulo de Pitágoras:

Todo número complexo forma um triângulo de Pitágoras, sendo assim, podemos aplicar o
teorema de Pitágoras para encontrar todos os catetos desse triângulo e o ângulo 

 Z = R2  X 2

 Z  X 2  Z . cos 
2
R=

 Z  R 2  Z .sen
2
X=

X X X
  = arctg( ) = tg-1( ) ; tg() =
R R R

c) Conjugado de um número complexo:

S e Z = R + jX, seu conjugado é dado como Z* = R - jX

Exemplo: Z = 3 –j5 => Z* = 3 – (-j5) = 3 + j5

De modo geral podemos escrever:

Z  R  jX  Z  Z   Z  Z . cos  j Z .sen


 *  *  *
Z  R  jX  Z  Z     Z  Z . cos   j Z .sen

Exemplo:

Z  4  j 4 Z  4 245º Z  4 2. cos 45º  j 4 2 .sen45º


 *  *  *
Z  4  j 4 Z  4 2  45 Z  4 2 . cos 45º  j 4 2 .sen45º
29
2.5.1 Operações com números complexos:

a) Adição e Subtração: Ela é melhor efetuada na forma retangular, portanto, se Z estiver na


forma polar, deve ser, primeiramente, transformada para a forma retangular antes de efetuar a
soma ou a subtração.

 Se Z1 = 5 - j4 e Z2 = -3 – j7

Z1 + Z2 = (5-3) + j(- 4 – 7) = 2 – j11 Z1 – Z2 = [5 – (-3)] + j[ (- 4) – (-7)] = 8 + j3

 Se Z1 = 1045º e Z2 = 2090º

2 2
Z1 = 10.cos45º + j10.sen45º = 10. + j 10. =5 2 +j5 2
2 2

Z2 = 20.cos90º + j 20.sen90º = 20 x 0 + j 20 x 1 = j20

Z1 + Z2 = (5 2 + j 5 2 ) + j20 = 5 2 + j(20 + 5 2 )

Z1 - Z2 = (5 2 + j 5 2 ) - j20 = 5 2 + j(5 2 - 20)

b) Multiplicação: Ela pode ser efetuada nas duas formas de notação no entanto, a notação polar é
menos trabalhosa.

 Se Z1 = 5 – j5 e Z2 = 3 + j3: Notação retangular

Z1 x Z2 = (5 – j5) x (3 + j3) = (5x3 + j5x3 – j5x3 – j5xj3) = 15 + j15 – j15 + 15 = 30

 Se Z1 = 5 2  45º e Z2 = 3 245º : Notação polar

Lembrete: Z1= Z1 e Z2= Z2 => Z1 x Z2 = Z1xZ2 (   )

Processando a operação: Z1 x Z2 = 5 2 x 3 2 (-45º + 45º) = 5x3x20º = 30

c) Divisão: Assim como a multiplicação, ela pode ser efetuada nas duas formas de notação no
entanto, a notação polar é menos trabalhosa.

 Se Z1 = 5 – j5 e Z2 = 3 + j3: Notação retangular

R1  jX 1
Lembrete: Se Z1 = R1 + jX1 e Z2 = R2 + jX2 então, Z1/Z2 =
R2  jX 2

30
Vamos tornar o denominador real e para isso, deve-se multiplicar o numerador e
denominador pelo conjugado do denominador que é R2 – jX2.
Lembre-se também, que (R2 – jX2) x (R2 – jX2) = R22  X 22

Z 1 ( R1  jX 1 ) x( R2  jX 2 ) R1 R2  R1 jX 2  jX 1 R2  jX 1 jX 2 R1 R2  X 1 X 2 X R  X1X 2
    j 1 22
Z 2 ( R2  jX 2 ) x( R2  jX 2 ) R2  X 2
2 2
R2  X 2
2 2
R2  X 22

Obs.: A equação acima mostra como é trabalhoso efetuar a divisão de dois números complexos na
forma retangular, portanto evite passar por este caminho. A notação polar oferece menos trabalho.

Processando a operação:

Z 1 5  j 5 (5  j 5) x(3  j 3) 15  j15  j15  15  j 30 30


    j   j1,7
Z 2 3  j 3 (3  j 3) x(3  j 3) 99 18 18

 Se Z1 = 5 2  45º e Z2 = 3 245º : Notação polar (oferece menos trabalho)

Z1 Z 1  Z1
Lembrete: Z1= Z1 e Z2= Z2 =>   (   )
Z2 Z 2  Z 2

Processando a operação:

Z 1 5 2  45º 5 2 5
  (45º 45º )    90º  1,7  90º   j1,7
Z2 3 245º 3 2 3

Obs: j = 190º -j = 1- 90º

2.6 - Admitância (Y)

A admitância é a inversa da impedância e da mesma forma, a impedância é a inversa da admitância


como mostrado a seguir, logo conhecendo a admitância (Y) de um circuito, é possível encontra sua
impedância (Z). Para circuitos onde os elementos passivos estão em paralelo é melhor usar o conceito
de admitância para calcular a impedância equivalente Zeq.

1 1 1
Y= = = G  jB = Y  Z=
Z R  jX Y

R X
G= : Condutância B= : Susceptância
R X2
2
R X2
2

A unidade de Y, G e B é MHO ou ou -1 = S (Siemens)

Corrente = Admitância x Tensão

I =Y.V
31
Para o circuito abaixo,

1 1 1
Y1  Y2  Y3 
Z1 Z2 Z3

1 1 1 1
Yeq      Y1  Y2  Y3
Z eq Z1 Z 2 Z 3

I1  Y1.V I 2  Y2 .V I 3  Y3 .V

1
IT  Yeq .V Z eq 
Yeq

32
Exemplo:

Calcule Zeq e IT.

Resolução:

1 1. j j j j
Y1    2     j 0,2 S (j não pode ficar no denominador)
j 5 j 5. j j 5  5 5

1 1x(5  j8,66) 5  j8,66 5  j8,66


Y2    2   0,05  j 0,0866 S
5  j8,66 (5  j8,66) x(5  j8,66) 5  8,66 2 100

Lembrete: (R2 – jX2) x (R2 – jX2) = R22  X 22

1 1 1xj j1
Y3   0,067 S Y4    j 0,1 S
15  j10  j10 xj 10

Yeq = Y1 + Y2 + Y3 + Y4 = 0,117 – j0,1866 = 0,22(-58°)

 0,1866  0,1866
Lembrete: Yeq  0,117 2  0,1866 2  0,22 S   arctg ( )  tg 1 ( )  58 o
0,117 0,117

IT = V.Yeq =(15045°)x0,22(-58°)=33(-13°) A

1 1
Zeq    4,5558º 
Yeq 0,22  58º

33
Lembrete:

Racionalizar um número complexo = eliminar o imaginário "j" do


denominador

Para racionalizar fração do tipo:

A

jB
basta multiplicar O numerador por j, (jxA)e o denominador,
também, por j, (jBxj).

lembre que j x j = j2 = -1, logo o denominador será jBxj = jxjB = j2B = - B


O numerador será jA. Por fim, racionalizando a fração temos:

A jA  jA A
  j
jB  B B B

A

B  jC
neste caso não basta multiplicar o numerador e denominador
por j como foi no caso anterior. Para racionalizar esta
fração, será necessário multiplicar o numerador e o
denominador pelo conjugado do denominador (B-jC).

Para obter o conjugado de um número complexo basta mudar seu


sinal de "-" para "+" ou de "+" para "-", neste caso, a
mudança será de "+" para "-"

lembre que (A + jB) x (A - jB) = A2 + B2. Por fim, racionalizando a


fração temos:

A A( B  jC ) AB  jAC AB AC
  2  2 j 2
B  jC ( B  jC ).( B  jC ) B C 2
B C 2
B C2

34
Lista de Exercícios (continuação)

Nos circuitos abaixo calcule IT usando o conceito


de admitância. Considere, Z1= 2; Z2=4; Z3=1;
V = 20V.

19)

20)

Considere, Z1= 3; Z2=j6; Z3=-j2; V = 20V.

35
21)
Considere, Z1= 3; Z2=j4; V = 20V.

22)

Considere, Z1= 4; Z2=-j4; V = 20V.

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