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Introdução ao estudo em eletricidade aplicada para análise de circuitos elétricos em corrente contínua
(CC) com base na Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) e Lei de Kirchhoff das tensões (LKT).
PROPÓSITO
Compreender os conceitos fundamentais de grandezas elétricas em CC e das leis básicas de Kirchhoff,
assim como a aplicação dessas leis na solução de problemas com circuitos elétricos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos papel, caneta para anotações e, se possível, uma
calculadora científica para facilitar seus cálculos na solução das equações de circuitos elétricos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões
de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o
número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
PRIMEIRAS PALAVRAS
Os conceitos básicos envolvidos na teoria de circuitos elétricos são essenciais em cursos de
Engenharia. Dificilmente alguma área técnica não abordará grandezas e leis que regem os princípios da
eletricidade básica, já que os circuitos elétricos também são de utilidade para a modelagem de sistemas
diversos de energia em virtude das técnicas matemáticas aplicadas e de suas configurações físicas
envolvidas.
A partir da modelagem dos componentes, como resistores, indutores e capacitores, bem como do
conhecimento das principais grandezas envolvidas em circuitos elétricos (tensão, corrente e potência
elétrica), é possível analisar o comportamento desses elementos tendo como suporte as leis básicas
que regem o funcionamento dos circuitos elétricos.
A primeira lei estudada em eletricidade básica é a de Ohm, que permite relacionar a tensão e a corrente
elétrica em um elemento do circuito; ainda por meio dessa lei, é possível derivar outras relações
essenciais, como as de potência elétrica dissipada pelos elementos.
No entanto, nem sempre a Lei de Ohm é suficiente para solucionar completamente as grandezas de um
circuito elétrico – principalmente no caso de circuitos que contêm diversos componentes interligados.
O comportamento dos elementos de um circuito elétrico é regido por duas relações algébricas muito
importantes entre as grandezas tensão e corrente (conhecidas na teoria de circuitos como Leis de
Kirchhoff).
RAMO
Representação de um elemento único conectado entre dois nós. Um exemplo de ramo pode ser um
resistor, um indutor ou uma fonte de tensão a ser conectada entre dois nós.
NÓ
É o ponto de conexão entre ramos, ou seja, a junção de dois ou mais ramos (elementos) do circuito. Se
um fio (condutor) ideal conecta dois nós, esses nós constituem um único nó (curto-circuito).
LAÇO
É o caminho fechado em um circuito (circuito fechado). Um laço inicia-se em um nó, percorre uma série
de outros nós e retorna ao nó de partida sem passar por qualquer outro mais de uma vez. O laço
também é conhecido por malha de um circuito.
A quantidade de nós e laços (malhas) de um circuito depende de sua topologia, de modo que é possível
estabelecer uma relação entre tais quantidades e o número de ramos presentes. Essa relação é o
teorema fundamental da topologia de rede descrito pela equação 1:
b = l + n − 1
(1)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A equação 1 relaciona a quantidade de b ramos, n nós e l laços independentes que devem satisfazer
ao teorema da topologia de rede.
Dois ou mais componentes da rede são ligados em série se eles compartilham exclusivamente um
único nó e, portanto, estão submetidos à mesma corrente elétrica.
Dois ou mais componentes da rede são ligados em paralelo se eles estão conectados aos mesmos dois
nós e, desse modo, estão submetidos à mesma tensão elétrica entre eles.
EXEMPLO 1
O circuito da figura 1 demonstra visualmente a presença de três laços (malhas). Com base na equação
do teorema fundamental da topologia de rede, encontre o número de laços a partir da identificação dos
ramos e dos nós presentes nesse circuito.
Pela topologia do circuito, é possível observar que estão presentes 6 ramos (5 resistores e 1 fonte de
tensão) e 4 nós. A partir da equação 1, tem-se o seguinte:
l = 6 – 4 + 1
l = 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
N
∑ in = 0 → ∑ ientrada = ∑ isaída
n=1
(2)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que N é o número de ramos conectados ao nó e I n é a enésima corrente que entra (ou sai) desse
nó. Na figura 2, a corrente I1 está entrando no nó (sinal positivo), enquanto as correntes I2 e I3 estão
saindo dele (sinal negativo).
Portanto:
I1 – I2 – I3 = 0
(3)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É importante destacar que a Lei de Kirchhoff das correntes também pode ser aplicada a um segmento
fechado de circuito, conforme ilustra a figura 3, pois um nó genericamente é uma superfície fechada
reduzida a um ponto. Dessa forma, de acordo com a equação 2, a corrente total que entra pela
superfície fechada é igual à total que sai dessa superfície.
RESUMINDO
Pode-se dizer, portanto, que a razão entre os valores das correntes em dois ramos será inversamente
proporcional àquela entre suas resistências.
Considere o circuito ilustrado na figura 4 composto por uma fonte de tensão e dois resistores ligados em
paralelo: R1 e R2 . Por estarem ligados em paralelo, os resistores estão submetidos à mesma tensão.
v = i 1 R1 = i 2 R2
v v
i1 = i2 =
R1 R2
(4)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
i = i1 + i2
(5)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Substituindo a equação 4 na 5, tem-se:
i =
v
R1
+
v
R2
= v ( 1
R1
+
1
R2
)= v
Req
(6)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que Req é denominada resistência equivalente dos resistores ligados em paralelo.
1 1 1 1 R1 +R2
= + → =
Req R1 R2 Req R1 R2
(7)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A resistência equivalente de dois resistores ligados em paralelo é dada pelo produto dessas
resistências dividido pela sua soma.
R1 R2
Req =
R1 +R2
(8)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Geralmente, é mais conveniente utilizar a condutância do elemento em vez da resistência para se lidar
com componentes ligados em paralelo a fim de evitar operações matemáticas com frações. A partir da
equação 7, a condutância equivalente para um circuito com N resistores ligados em paralelo é dada por:
Geq = G1 + G1 + G2 + … + GN
G3 = 1/ G N = 1 / RN .
R1
(9)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Uma forma genérica de encontrar a condutância equivalente é dada pela equação 10:
1 1 1 1 1
= + + + … +
Geq G1 G2 G31 GN
(10)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
iR1 R2
v = iReq =
R1 +R2
(11)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
R2 i R1 i
i1 = , i2 =
R1 +R2 R1 +R2
(12)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Percebe-se, portanto, que a corrente total é compartilhada pelos resistores de forma inversamente
proporcional às resistências. Esse comportamento ilustra o princípio denominado divisão de corrente. O
circuito da figura 4 é conhecido por circuito divisor de corrente.
EXEMPLO 2
Considere o circuito ilustrado na figura 5 composto por uma fonte de corrente e dois resistores ligados
em paralelo. Determine o valor da corrente elétrica que circula pelos resistores R1 e R2.
Inicialmente, esse problema pode ser entendido sem a necessidade das equações do princípio de
divisão de corrente. Basta lembrar que a corrente será dividida entre os resistores do circuito de forma
inversamente proporcional à sua respectiva resistência ao longo de todo o circuito paralelo.
Como o valor da resistência de R2 é duas vezes maior que a de R1, sabe-se que a corrente que circula
por R2 é duas vezes menor (metade) do que a que circula por R1.
I2 = 0,5I1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o resistor R1
4
I1 = 6 = 2 A
8+4
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o resistor R2
8
I2 = 6 = 4 A
8+4
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A soma das duas correntes deve ser igual à corrente da fonte para estar de acordo com a Lei de
Kirchhoff das correntes:
IT = 6 = I1 + I2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É importante destacar que são duas as Leis de Kirchhoff: de correntes (LKC) e tensões (LKT). No
entanto, o objetivo deste módulo concentra-se nos estudos da primeira lei, a LKC, de modo que as
análises referentes à segunda lei (LKT) serão feitas no módulo 2 deste material.
A aplicação do Método dos Nós permite a solução de qualquer circuito linear a partir da resolução
simultânea de um conjunto de equações lineares. Tendo em vista o princípio de conservação de energia
regido pela Lei de Kirchhoff das correntes e das relações da Lei de Ohm, esse método utiliza as tensões
nodais como variáveis do problema e determina as equações para a solução dos circuitos.
DICA
A utilização de tensões nodais é conveniente, pois reduz o número de equações que devem ser
resolvidas.
Para iniciar o Método dos Nós, é necessário adotar um nó de referência no circuito. Apesar de não ser
uma regra, normalmente adota-se o nó de terra (GND) como referência, que é designado com potencial
zero.
Dessa forma, em um circuito contendo N nós, ao definir um como referência, tem-se N -1 nós cujas
tensões são variáveis do problema a serem determinadas, ou seja, N -1 equações devem ser escritas
para a solução do circuito.
Aplicar a Lei de Kirchhoff das correntes em cada um dos N -1 nós, exceto o de referência. Utilize a Lei
de Ohm para expressar as correntes nos ramos em termos de tensões nodais.
Resolver as equações simultâneas para obter as tensões nodais.
EXEMPLO 3
Considere o circuito da figura 7. Utilizando o Método dos Nós, encontre as equações necessárias para
determinar as tensões nodais no circuito.
Após a definição do nó de referência (nó 0, em que v = 0), é necessário atribuir as tensões nodais nos N
-1 nós restantes. O circuito possui outros dois nós, de modo que são atribuídas respectivamente as
tensões v1 e v2
A partir da aplicação da LKC nos nós 1 e 2, é possível expressar a relação entre as correntes das
fontes (I1 e I2 ) e as que circulam pelos resistores R1 , R2 e R3 . Essas correntes são facilmente
encontradas na figura 8.
LKC do nó 1:
I1 = I2 + i1 + i2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
LKC do nó 2:
I2 + i 2 = i 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim, basta aplicar a Lei de Ohm para representar essas correntes em termos de tensões nodais. É
importante lembrar que, em elementos passivos como resistores, a corrente flui do maior para o menor
potencial, o que pode ser feito por:
v+ −v−
i =
R
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
v1 −v2
i2 =
R2
v2 −0
i3 =
R3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
v1 v1 −v2
I1 = I2 +
R1
+
R2
v1 −v2 v2
I2 + =
R2 R3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para finalizar a análise do circuito, basta resolver as equações lineares encontradas simultaneamente
por meio da utilização de qualquer método matemático padrão de solução de sistemas lineares. Um
método muito utilizado é o de Cramer, que utiliza uma formulação matricial para representar as
equações.
A solução para esse circuito também pode ser encontrada em termos das condutâncias dos elementos.
Dessa maneira, as expressões são representadas por:
I1 = I2 + G1 v1 + G2 (v1 − v2 )
I2 + G2 (v1 − v2 )= G3 v2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
São elas:
POSSIBILIDADE 1
Circuitos em que a fonte de tensão está conectada entre o nó de referência e outro nó qualquer (que
não seja de referência).
v1 = 10 V (13)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Percebe-se, portanto, que, nesse caso, a tensão do nó 1 já é automaticamente conhecida. Isso facilita a
análise e reduz o número de equações a serem solucionadas.
POSSIBILIDADE 2
Circuitos em que a fonte de tensão está conectada entre dois nós que não são de referência. Nesses
casos, em que se denomina a existência de um supernó, também é necessária a aplicação da Lei de
Kirchhoff das tensões (LKT), a qual, como frisamos, será detalhada no módulo 2. É importante
retornar a esta seção ao final dos estudos das duas Leis de Kirchhoff para um melhor
entendimento.
Na figura 9, os nós 2 e 3 formam um supernó. Com base nos mesmos passos demonstrados para o
Método dos Nós para circuitos com fontes de corrente, é possível solucionar o circuito.
Deve-se observar que, para aplicar a Lei de Kirchhoff das correntes, é necessário conhecer as
correntes em cada elemento do circuito; no entanto não é possível, a princípio, conhecer a corrente que
circula por uma tensão nodal.
Assim, a partir do conceito de supernó, tem-se o seguinte:
i1 + i4 = i2 + i3
v1 −v2 v1 −v3 v2 −0 v3 −0
+ = +
2 4 8 6
(14)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Com auxílio da Lei de Kirchhoff das tensões para o supernó, o circuito da Figura 9 pode ser
redesenhado conforme a Figura 10.
−v2 + 5 + v3 = 0 → v2 − v3 = 5
(15)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, a partir das equações 13, 14 e 15, é possível obter as tensões nodais.
ATENÇÃO
Em um supernó, a fonte de tensão fornece uma equação de restrição necessária para encontrar as
tensões nodais.
Na análise de circuitos com supernó, deve-se aplicar tanto a LKC como a LKT.
MÃO NA MASSA
B) 6A e 2A
C) 7A e 8A
D) 5A e 7A
E) 4A e 8A
A) 27kΩ
B) 28kΩ
C) 26kΩ
D) 24kΩ
E) 25kΩ
A) 3,48mA
B) 5,24mA
C) 6,38mA
D) 4,84mA
E) 7,36mA
A) 1,84 watts
B) 2,56 watts
C) 3,45 watts
D) 2,35 watts
E) 3,86 watts
A) 1,5V e 4,0V
B) 2,0V e 3,5V
C) 3,0V e 4,0V
D) 3,5V e 4,5V
E) 2,5V e 5,0V
A) -4,5V e -5,0V
B) 4,5V e -5,0V
C) -4,5V e 5,0V
D) 7,3V e 5,3V
E) -7,3V e -5,3V
GABARITO
1. A Figura 11 ilustra parte de um circuito elétrico em que diversas correntes circulam pelos
ramos. Considerando os conceitos relacionados à primeira Lei de Kirchhoff (LKC), as correntes
I3 e I4 valem respectivamente:
O segmento de circuito ilustrado possui duas junções representadas pelos nós a e b. É possível
encontrar as correntes incógnitas com apenas uma equação por nó aplicando a Lei de Kirchhoff das
correntes:
Para o nó a:
∑ Ientrada = ∑ Isaída
I1 + I2 = I3
I3 = 7 A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o nó b:
∑ Ientrada = ∑ Isaída
I3 + I5 = I4
I3 = 8 A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. Para o circuito da Figura 12, que contém uma fonte de tensão e três elementos resistivos
ligados em paralelo, é possível encontrar as correntes nos ramos a partir da Lei de Kirchhoff das
correntes. Com base nos conceitos dessa lei e nos valores de corrente apresentados na figura, a
resistência de R3 é de:
3. A partir da primeira Lei de Kirchhoff e do circuito divisor de corrente, o valor da corrente que
circula pelo resistor R1 , ilustrado na figura 13, é de:
Req = 1
1
1 1
+ +
R R R
1 2 3
1
Req = 1 1 1
= 967,7 Ω
+ +
2kΩ 3kΩ 5kΩ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Req 967,7 Ω
I1 = IT = 10 mA = 0,484 × 10 mA = 4,84 mA
R1 2 kΩ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
4. Com base nas regras do circuito divisor de corrente, o valor da potência elétrica dissipada
pelo resistor de 2Ω da Figura 14 é de:
3×2
3Ω∣ ∣
∣∣2Ω = = 1,2Ω
3+2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
10
i = = 1,6A
5+1,2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Então
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
5. Utilizando a Análise Nodal e a Lei de Kirchhoff das correntes, as tensões nos nós 1 e 2
ilustrados na Figura 15 valem respectivamente:
v1 −v2 v1 −0
i1 = i2 + i3 → 3 = +
2 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou:
3v1 − v2 = 6
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o nó 2, a aplicação da Lei de Kirchhoff das correntes e da Lei de Ohm, sabe-se que:
v1 −v2 v2 −0
i2 + i4 = i1 + i5 → + 5 = 3 +
2 3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Aplicando uma técnica matemática para a solução de sistemas lineares (exemplo: eliminação, regra de
Cramer), as tensões v1 e v2 são respectivamente:
v1 = 3,5 V v2 = 4,5 V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
6. O circuito da Figura 16 apresenta um supernó. Com base na Lei de Kirchhoff das correntes e
utilizando o Método dos Nós, as tensões v1 e v2 valem respectivamente:
O supernó contém a fonte de tensão de 2V e o resistor de 10Ω. Aplicando a Lei de Kirchhoff das
correntes no supernó, tem-se:
2 = i1 + i2 + 7
v1 −0 v2 −0
2 =
2
+
4
+ 7 → 8 = 2v1 + v2 + 28
v2 = −2v1 − 20
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Utilizemos a Lei de Kirchhoff das tensões, que é necessária para estabelecer a relação entre v1 e v2 :
−v1 − 2 + v2 = 0 → v2 = v1 + 2
v2 = v1 + 2 = −2v1 − 20
v1 = −7,3 V v2 = −5,3 V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Considere o circuito da Figura 17, que contém três fontes de corrente ligadas em direções distintas
entre si. Com base na Lei de Kirchhoff das correntes, a expressão que melhor representa o valor da
corrente elétrica resultante total a circular pelos nós ab será de:
RESOLUÇÃO
Uma interessante aplicação da Lei de Kirchhoff das correntes em circuitos práticos é a possibilidade
de associação de diversas fontes de corrente em paralelo, de modo que a corrente resultante na
carga será dada pela soma algébrica das correntes individuais fornecidas pelas respectivas fontes.
IT + I2 + I3 = I1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
IT = I1 − I2 − I3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É importante observar que, em um circuito série, jamais haverá duas correntes diferentes, a menos
que ambas sejam iguais (I 1 = I 2 ). Correntes diferentes em um circuito série violam o princípio
fundamental da primeira Lei de Kirchhoff, a LKC.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) 5V
B) 25V
C) 20V
D) 15V
E) 10V
GABARITO
1. A Figura 18 ilustra um circuito integrado (CI) com oito terminais e suas respectivas correntes
elétricas. Com base na Lei de Kirchhoff das correntes, é possível afirmar que a corrente I1 tem
módulo:
∑ Ientrada = ∑ Isaída
I1 + 27 mA = 12 mA
I1 = −15 mA
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O circuito possui apenas dois nós: o nó v1 e o referência. Pela Lei de Ohm, sabe-se que:
V1 V1 −24
I2 = , I1 =
R2 R1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V1 −24 V1
I = +
6 12
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V1 = 20V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÓDULO 2
PRIMEIRAS PALAVRAS
Conforme destacamos no módulo 1, as Leis de Kirchhoff são essenciais para representar o
comportamento de circuitos elétricos e estabelecer relações entre correntes e tensões nos diversos
elementos de rede, como, por exemplo, resistores, capacitores, indutores e até mesmo fontes de
alimentação, como as fontes de tensão e as de corrente.
Inicialmente, apresentamos a primeira Lei de Kirchhoff conhecida como Lei de Kirchhoff das correntes
(LKC). Neste módulo, falaremos sobre a segunda lei: a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT).
ATENÇÃO
Por exemplo, na Figura 20, um caminho fechado será observado se a corrente elétrica deixar o ponto d
até o ponto a percorrendo a fonte de tensão e, em seguida, seguindo de b até c através do resistor até
retornar ao ponto d. Percebe-se que a soma resultante de elevações e quedas de tensão será igual a
zero.
Considerando que as elevações de tensão sejam representadas por um sinal positivo e as quedas de
tensão, por um negativo, a sequência da Figura 20 resulta matematicamente na equação 16:
+E − v1 − v2 = 0
(16)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A equação 16 deixa evidente que a tensão aplicada em um circuito de CC em série é igual à soma das
quedas de tensão nos elementos conectados ao longo do circuito. A Lei de Kirchhoff das tensões (LKT)
expressa que a soma algébrica das tensões ao longo de um caminho fechado, ou malha, é zero.
M
∑ Velevaçõ es = ∑ Vquedas → ∑
n=1
Vm = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO 1
Considere o circuito da figura 21. Os sinais nas tensões de cada elemento dizem respeito à polaridade
do terminal encontrado quando a corrente elétrica percorre a malha independentemente de tal
circulação se dar no sentido horário ou no anti-horário.
No sentido anti-horário, as tensões seriam, na ordem, − v1 , + v2 , + v3 , − v4 e + v5 . Dessa
forma, a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) para esse circuito é representada por:
−v1 + v2 + v3 − v4 + v5 = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Este exemplo ilustra de forma clara que a soma das quedas de tensão é igual, conforme descrevemos
anteriormente, à soma das elevações de tensão.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Quando um circuito contiver fontes de tensão conectadas em série, a Lei de Kirchhoff das tensões
poderá ser utilizada para encontrar a tensão total equivalente mediante a soma algébrica de cada
tensão individual. No circuito da Figura 22, por exemplo, as três fontes V1 , V2 e V3 podem ser
substituídas por uma fonte equivalente Vab após a aplicação da LKT no trecho ab.
DIVISOR DE TENSÃO
A Lei de Kirchhoff das tensões demonstra que a soma das tensões por meio dos elementos do circuito
será sempre igual à das tensões aplicadas, ou seja, das fontes de alimentação. Além disso, essa
tensão será dividida entre os resistores do circuito de forma proporcional à sua respectiva resistência ao
longo de todo o circuito em série. Desse modo, quanto maior for a resistência do elemento, maior será a
tensão à qual estará submetido.
O circuito ilustrado na Figura 24 representa um circuito com uma fonte de tensão e dois resistores
ligados em série, de modo que apenas a corrente i circula por ambos (uma única corrente de malha).
(18)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões à malha e arbitrando que a corrente circule no sentido horário,
vê-se que:
−v + v1 + v2 = 0
(19)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Relacionando as equações 18 e 19:
v = v1 + v2 = i(R1 + R2 )
v
i =
R1 +R2
(20)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A equação 20 pode ser modificada, pois os dois resistores podem ser substituídos por um resistor
equivalente:
v = iReq
(21)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
Req = R1 + R2
(21)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A resistência equivalente em um circuito com N resistores ligados em série é a soma algébrica
das resistências individuais desses elementos.
Para N resistores:
N
Req = R1 + R2 + … + RN = ∑ Rn
n=1
(22)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
As tensões individuais em cada resistor podem ser encontradas substituindo a equação 18 na 20:
R1 R2
v1 = v , v2 = v
R1 +R2 R1 +R2
(23)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É importante observar que a tensão da fonte v foi dividida entre as resistências de forma proporcional à
sua resistência conforme demonstramos anteriormente. Esse equacionamento é conhecido como
divisão de tensão, de modo que o circuito da figura 24 é conhecido como circuito divisor de tensão.
Se o circuito tiver N resistores ligados em série, a tensão sob o n-ésimo resistor será dada
genericamente por:
Rn
vn = v
R1 +R2 +…+RN
(24)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO 2
Considere o circuito ilustrado na Figura 25 composto por uma fonte de tensão e dois resistores ligados
em série. Determine o valor da queda de tensão nos resistores R1 e R2 .
Como o valor da resistência de R2 é três vezes maior que a resistência de R1 , verifica-se que a tensão
em R2 será três vezes maior que a encontrada em R1 :
v2 = 3v1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o resistor R1
20
v1 = 64 V = 16 V
20+60
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Para o resistor R2
60
v2 = 64 V = 48 V
20+60
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A soma das duas tensões deve ser igual à tensão da fonte para se estar de acordo com a Lei de
Kirchhoff das tensões:
E = v1 + v2 = 16 + 48 = 64 V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
MÉTODO DAS MALHAS PARA CIRCUITOS COM
FONTES DE TENSÃO
De modo semelhante ao Método dos Nós demonstrado no módulo 1, o Método das Malhas é outra
maneira de solucionar circuitos elétricos a partir da segunda Lei de Kirchhoff. No Método das Malhas,
utilizam-se as correntes circulantes como variáveis do problema.
Como as variáveis são as correntes de malha, e não as correntes dos elementos, o número de
equações a ser resolvido torna-se substancialmente menor, facilitando a análise do circuito elétrico.
Utiliza-se a Lei de Kirchhoff das correntes para encontrar as varáveis de tensão nodal.
Emprega-se a Lei de Kirchhoff das tensões para determinar as variáveis de correntes de malha.
É importante destacar que, para que o método agora apresentado possa ser efetivamente aplicado, o
circuito elétrico não deverá ter cruzamento de ramos entre si, configurando-se como um circuito
denominado planar. A Figura 26 ilustra dois circuitos, sendo que o primeiro é caracterizado como
planar e o segundo, por sua vez, como não planar.
No segundo circuito, percebe-se que não existe uma maneira de redesenhá-lo sem que haja um
cruzamento de ramos, o que faz com que ele seja configurado como não planar. Apesar de não ser
possível utilizar o Método de Malhas, os circuitos não planares podem ser solucionados normalmente
mediante o emprego do Método dos Nós.
No Método das Malhas, o interesse está em aplicar a Lei de Kirchhoff das tensões em circuitos planares
sem a presença de fontes de corrente. Casos especiais em que o circuito pode conter essas fontes
serão tratados mais adiante.
Atribuir as correntes de malha i1 , i2 , i3 ,....in para todas as n malhas do circuito.
Aplicar a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) para cada malha n.
Utilizar a Lei de Ohm para expressar as tensões nos elementos em termos da corrente de malha.
Resolver as n equações simultâneas para obter as correntes de malha.
Para entender o método das malhas, considere o exemplo a seguir:
EXEMPLO 3
O circuito da figura 27 contém duas fontes de tensão (V1 e V2 e R3 ) e três resistores (R1 , R2 ) alocados
em duas malhas. Aplique o método das malhas para encontrar as correntes de malha i1 e i2 .
Seguindo os passos a serem aplicados no Método das Malhas, primeiramente deve-se atribuir as
correntes elétricas às duas malhas do circuito: i1 e i2 . De forma arbitrária, essas correntes circulam no
sentido horário (importante: pode-se arbitrar que as correntes circulem no sentido anti-horário desde
que todas as correntes do circuito sejam invertidas na análise).
No segundo passo, aplica-se a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) em cada malha:
Malha 1
−V1 + R1 i1 + R3 (i1 − i2 )= 0
(R1 + R3 )i1 − R3 i2 = V1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Malha 2
R2 i2 + V2 + R3 (i2 − i1 )= 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Rearranjando os termos nas expressões descritas para reduzir as equações de malha, é possível
escrevê-las na forma matricial:
R1 + R3 −R3 i1 V1
[ ][ ]=[ ]
−R3 R2 + R3 i2 −V2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O último passo é a solução das equações simultâneas utilizando qualquer método matemático padrão
de solução de sistemas lineares. Um método muito usado é o de Cramer, que emprega uma formulação
matricial para representar as equações.
l = b − n + 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Dessa forma, são necessárias l equações simultâneas para solucionar o circuito a partir do Método das
Malhas.
ATENÇÃO
As correntes nos ramos serão diferentes das correntes de malha – exceto se a malha for isolada.
Considerando i como corrente de malha e I como corrente de ramo para a figura 27, verifica-se que:
I1 = i1 , I2 = i2 , I3 = i1 − i2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A análise contendo esse tipo de fonte pode ser feita para duas situações distintas:
SITUAÇÃO 1
Circuitos em que existe fonte de corrente em apenas uma malha.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
SITUAÇÃO 2
Circuitos em que a fonte de corrente está presente em duas malhas. Nesse caso, tem-se a chamada
supermalha.
Uma supermalha ocorre quando duas malhas possuem uma fonte de corrente em comum.
A supermalha ocorre a partir do compartilhamento do ramo que contém a fonte de corrente das malhas
1 e 2. A análise de malhas requer o conhecimento da tensão em cada ramo; no entanto, não é possível,
a princípio, conhecer a tensão em uma fonte de corrente.
Desse modo, aplicando a Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) na supermalha, sabe-se que:
6i1 + 14i2 = 20
(26)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Com o auxílio da Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) aplicada ao nó de interseção das malhas, tem-se:
i2 = i1 + 6
(27)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
i1 = −3, 2 A , i2 = 2, 8 A
(28)
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Em uma supermalha, a fonte de corrente fornece uma equação de restrição necessária para encontrar
as correntes de malha.
Na análise de circuitos com supermalha, deve-se aplicar tanto a LKT como a LKC.
MÃO NA MASSA
B) 8V e 12V
C) -8V e 12V
D) -12V e 8V
E) 8V e -12V
A) 8V
B) 10V
C) 12V
D) 15V
E) 6V
A) 5V e 12V
B) 8V e 16V
C) 10V e 6V
D) 4V e 8V
E) 15V e 9V
A) 4 volts
B) 6 volts
C) 8 volts
D) 5 volts
E) 3 volts
A) 4A e 1A
B) 3A e 2A
C) 1A e 2A
D) 2A e 3A
E) 3A e 1A
A) 3A, 2A e 1A.
B) 2A, 1A e 1A.
C) 0A, 1A e 2A.
D) 1A, 1A e 0A.
E) 2A, 0A e 3A.
GABARITO
1. Considere o circuito da Figura 30. Com base na Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), os valores
das quedas de tensão nos resistores R1 e R2 são respectivamente de:
Figura 30. Mão na massa - exercício 1.
Para encontrar as tensões em R1 e R2 , basta aplicar a Lei de Ohm nos resistores e a LKT na malha do
circuito. Considerando que a corrente I flua pela malha no sentido horário, tem-se:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pela LKT
−20 + V1 − V2 = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. Para o circuito da Figura 31, a tensão à qual o resistor R2 está submetido é de:
O circuito contém uma fonte de tensão em série com os resistores R1 , R2 e R3 . Dessa forma, trata-se
de um circuito com apenas uma malha, o que permite encontrar a tensão em R2 apenas aplicando a Lei
de Kirchhoff das tensões:
Vs + V1 + V2 + V3 = 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Isolando a tensão V2 :
V2 = Vs − V1 − V3 = 30 − 8 − 10
V2 = 12 V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Perceba que o valor da resistência de R2 não foi importante no cálculo da tensão pela LKT, já que as
outras tensões eram conhecidas.
3. Com base na Lei de Kirchhoff das tensões e no princípio de divisão de tensão, as tensões nos
resistores R1 e R3 da figura 32 são respectivamente de:
RT = R1 + R2 + R3
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2 kΩ
V1 = Vs = 36 V = 8 V
RT 9 kΩ
R3 4 kΩ
V3 = Vs = 36 V = 16 V
RT 9 kΩ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
4. A Figura 33 ilustra simplificadamente um circuito com uma fonte de tensão de 12 volts e dois
resistores (de 2Ω e 1Ω) ligados em série. A partir da regra de divisão de tensão, o valor da tensão
Vx em relação à referência é de:
Caso seja necessário, a figura 33 pode ser redesenhada no formato de uma malha fechada utilizando o
símbolo de uma fonte de tensão. Ao aplicar o princípio de divisão de tensão, vê-se que a tensão Vx é a
tensão sob o resistor R2 :
R2 1
Vx = Vs = 12 → Vx = 4 V
R1 +R2 2+1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
5. O Método das Malhas, que é um dos métodos mais utilizados para a solução de variáveis em
circuitos elétricos, dispõe que o somatório das tensões em um caminho fechado deve ser nulo.
Com base nos conceitos do método descrito, as correntes I1 e I2 a circular nas malhas 1 e 2 do
circuito da Figura 34 são respectivamente de:
6. A partir da aplicação do Método das Malhas e da Lei de Kirchhoff das tensões para a solução
de circuitos, as correntes I1 , I2 e I3 do circuito ilustrado na Figura 35 valem respectivamente:
3i1 − 2i2 = 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
i1 = 2i2 − 1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Aplicando, por fim, o método da substituição para a solução de sistemas lineares, tem-se que:
i2 = 1 A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Consequentemente:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
GABARITO
TEORIA NA PRÁTICA
Considere o circuito da Figura 35. Com o auxílio da Lei de Kirchhoff das tensões, o valor da tensão no
resistor R1 é de:
RESOLUÇÃO
A Lei de Kirchhoff das tensões é um conceito muito importante na solução de problemas com circuitos
elétricos. Com base no princípio de conservação de energia e conhecimento das tensões ao longo de
uma malha, é possível encontrar grandezas nos elementos do circuito.
Para o circuito da Figura 23, a tensão desconhecida referente ao resistor R1 pode ser obtida
simplesmente aplicando o conceito elementar da Lei de Kirchhoff das tensões em torno de um
caminho fechado, o que inclui as duas fontes de tensão:
M
∑ Velevaçõ es = ∑ Vquedas → ∑ Vm = 0
n=1
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É possível observar que, utilizando a LKT, não é necessário conhecer o valor dos resistores ou da
corrente que circula para determinar uma tensão se os valores das outras quedas de tensão estão
disponíveis.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE O CIRCUITO DA FIGURA 37. COM BASE NA LEI DE KIRCHHOFF
DAS TENSÕES (LKT), O VALOR DA TENSÃO VX É DE:
A) 20V
B) 15V
C) 12V
D) 18V
E) 24V
A) 2,25A e 0,41A
B) 3,33A e -0,67A
C) -3,45A e 1,28A
D) 1,85A e -0,67A
E) -3,33A e 2,45A
GABARITO
1. Considere o circuito da Figura 37. Com base na Lei de Kirchhoff das tensões (LKT), o valor da
tensão Vx é de:
A tensão Vx no circuito não é de apenas um elemento resistivo, e sim entre dois pontos distintos. Basta
aplicar a Lei de Kirchhoff das tensões na malha:
Vs − V1 − Vx = 0
Vx = Vs − V1 = 32 − 12 = 20 V
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. O circuito da Figura 38 pode ser solucionado por meio do Método das Malhas. As correntes I1
e I2 , referentes às correntes de malha, são:
Inicialmente, deve-se arbitrar o sentido das correntes de malha, como, por exemplo, o sentido horário. É
possível perceber que a fonte de corrente no meio do circuito fornece uma supermalha.
10I1 + 2I2 = 32
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
I1 = Is + I2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim, aplicando o método da substituição para resolver o sistema com as duas equações
encontradas, obtém-se isto:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A solução de circuitos elétricos é essencial para o entendimento de diversas disciplinas de Engenharia.
A aplicação da eletricidade básica em circuitos parte essencialmente das leis básicas de circuito, como
a Lei de Ohm e as Leis de Kirchhoff.
Tendo isso em vista, apresentamos neste conteúdo os conceitos básicos relacionados à Lei de Kirchhoff
das correntes (LKC) e à de Kirchhoff das tensões (LKT). A partir do conhecimento dessas leis
elementares, salientamos que é possível equacionar os circuitos elétricos para o cálculo de grandezas
de interesse, como tensão, corrente elétrica e potência elétrica nos elementos.
Demonstramos ainda a aplicação das Leis de Kirchhoff na solução de circuitos por meio dos métodos
de análise que se baseiam nas correntes dos nós e tensões de malhas. A análise nodal tem como
princípio básico a Lei de Kirchhoff das correntes e dispõe que o somatório das correntes em um nó de
circuito deve ser zero. De forma semelhante, a de malhas tem como princípio a Lei de Kirchhoff das
tensões e estabelece que o somatório das tensões em uma malha precisa ser zero.
Por fim, observamos que, com base no princípio de conservação de energia e desses métodos de
análise, formulam-se as equações lineares dos circuitos que podem ser matematicamente solucionadas
para a obtenção das variáveis do circuito.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. Fundamentos de circuitos elétricos. AMGH Editora, 2013.
EXPLORE+
Para se aprofundar no assunto aqui abordado, leia a obra Eletricidade básica – circuitos em
corrente contínua (2014), de Eduardo C. A. Cruz.
CONTEUDISTA
Isabela Oliveira Guimarães