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Física

Introdução ao Estudo da Eletrodinâmica


Introdução
Nas aulas anteriores, os condutores estavam em equilíbrio
eletrostático, ou seja, os elétrons livres possuíam um
movimento desordenado decorrente da agitação térmica.

Considere um fio condutor de tal maneira que não haja


diferença de potencial nos seus extremos.

A B

UAB = 0

Os elétrons livres deste fio movem-se em todas as


direções com movimento desordenado.
Introdução
Quando se estabelece uma diferença de potencial nos extremos do fio
condutor, os elétrons livres do fio passam a se deslocar ordenadamente da
extremidade B para a extremidade A.

A B
E
UAB  0

VA > V B

Agora as cargas elétricas possuem um movimento ordenado e os fenômenos


elétricos decorrentes deste movimento preferencial das cargas serão analisados
pela eletrodinâmica.
Corrente Elétrica
É um movimento orientado de cargas elétricas.
A corrente elétrica só se estabelece em um condutor quando as
extremidades deste condutor são submetidas a uma diferença de
potencial.

A B
E
UAB 0
VA > VB

Nos estudos iniciais da corrente elétrica, não se sabia exatamente quais as


cargas que se moviam no condutor, se as positivas ou as negativas. Diante
disso, estabeleceu-se o seguinte:
Corrente Elétrica
O sentido da corrente elétrica convencionalmente adotado é aquele no
qual se deslocariam espontaneamente as cargas positivas no interior
do condutor.

A E B
UAB  0
VA > VB
Sentido i
convencional

Observe que as cargas elétricas que se movimentam no interior do condutor são


os elétrons e o fazem no sentido de B para A (sentido real da corrente). No
entanto, o sentido convencional se conserva até hoje. Assim, sempre que se fala
em sentido da corrente, trata-se do sentido convencional.
Intensidade de Corrente Elétrica
Seja o fio condutor submetido a uma diferença de potencial.

A i B

Numa determinada secção reta (A) desse condutor, passa uma


determinada quantidade de carga, num certo intervalo de tempo (t).

A intensidade da corrente elétrica (i) nesse condutor é a


q
razão entre a carga que atravessa uma secção do condutor e i=
o intervalo de tempo gasto para isto. t
Unidades
M.K.S. coulomb/segundo (ampére) (A)

Para cada degrau


GA
descido, multiplique
por 10-3 MA
kA
A
mA
Para cada degrau
A subido, multiplique
por 103
nA
Tipos de corrente elétrica
Corrente Contínua (C.C) - É aquela em que o sentido e a
intensidade permanecem constantes com o tempo.

O que representa a área hachurada?


i
N N
A = i x (t2 – t1)  A = i x t  i

N
 A = q A

0 t
t1 t2

A corrente contínua pode ser obtida quando se usa uma pilha, ou uma
bateria.
Tipos de corrente elétrica
Corrente Alternada (C.A) - É aquela em que a intensidade e o
sentido mudam periodicamente com o tempo.

Nas tomadas de sua casa, encontra-se uma corrente alternada.

t
0
Tipos de corrente elétrica
Nos metais e no grafite a corrente elétrica tem como portadores de cargas
livres os elétrons, e o sentido convencional é igual ao sentido do vetor
campo elétrico que se estabelece no interior do condutor.

Corrente elétrica convencional


i


E

+ _
A B
Tipos de corrente elétrica
Nas soluções eletrolíticas (uma solução de NaCl em água, por
exemplo) os portadores de cargas livres são os íons positivos de
Na+ e os íons negativos de C–.

A intensidade de corrente na solução, num certo intervalo de tempo,


será calculada pela expressão:

|Q| , onde |Q| = |Q | + |Q |


i= p n
t

Qp: total de cargas dos íons positivos e


placas metálicas
Qn: total de cargas dos íons negativos.
Tipos de corrente elétrica
Nos gases rarefeitos a corrente elétrica tem como
portadores de carga os íons positivos e negativos
como também a movimentação de elétrons livres.

A corrente elétrica que se estabelece nos condutores


eletrolíticos e nos condutores gasosos (como a que
surge em uma lâmpada fluorescente) é denominada
corrente iônica.
Corrente Elétrica
Tipos de condutores:
a) Primeira classe: Condutores Metálicos
Corrente Elétrica
b) Segunda classe: Condutores Eletrolíticos

placas metálicas
Corrente Elétrica
c) Terceira classe: Condutores Gasosos
Corrente Elétrica
Isolante elétrico é todo meio que oferece boa resistência a
movimentação de portadores de cargas elétricas no seu
interior
Efeitos da Corrente Elétrica
Efeito térmico
 Os elétrons , acelerados pelas forças elétricas, colidem com os átomos da rede
atômica, transferindo-lhes energia, que faz com que haja um aumento da
energia de vibração desses átomos, o que implica macros-copicamente num
aumento de temperatura. Este fenômeno, também chamado efeito Joule.
Alguns exemplos clássicos:
•Lâmpada incandescente
•Chuveiro elétrico
•Ferro elétrico
•Fusíveis
Efeito químico
Fazendo-se passar uma corrente elétrica por uma solução de ácido
sulfúrico em água, por exemplo, observa-se que da solução se
desprende hidrogênio e oxigênio. A corrente elétrica produz, então, uma
ação química nos elementos que constituem a solução.
Efeitos fisiológicos
A corrente elétrica tem ação, de modo geral, sobre todos os tecidos vivos,
porque os tecidos são formados de substâncias coloidais e os colóides
sofrem ação da eletricidade. Mas é particularmente importante a ação da
corrente elétrica sobre os nervos e os músculos.
Na ação sobre os nervos devemos distinguir a ação sobre os nervos
sensitivos e sobre os nervos motores. A ação sobre os nervos sensitivos
dá sensação de dor. A ação sobre os nervos motores dá uma comoção
(choque). A corrente elétrica passando pelo músculo produz nele uma
contração.
Efeito magnético
Em 1820, o dinamarquês Oersted descobriu que quando a corrente elétrica
passa em um fio metálico desviava a agulha de uma bússola.

Curiosidade: O primeiro modelo de um motor elétrico nasceu dessas


pesquisas.Um fio condutor, que ao ser percorrido pela corrente elétrica, girava
quando colocado próximo ao ímã.O mesmo estava convertendo diretamente
energia elétrica em energia mecânica. Uma outra grande aplicação ocorreu
quando da invenção dos galvanômetros.
CURIOSIDADE:
Parada respiratória
A máxima corrente que uma pessoa pode tolerar ao segurar um eletrodo,
podendo ainda largá-lo usando os músculos diretamente estimulados pela
corrente, segundo determinações experimentais em corrente alternada de
50/60 Hz, são  valores de 6 a 14 mA, em mulheres (10 mA de média) e 9
a 23 mA em homens (16 mA de média);  portanto uma corrente elétrica
inferior à necessária ao funcionamento de uma lâmpada incandescente
normalmente usada em nossas residências. Correntes superiores a estas
podem causar uma parada respiratória, contração de músculos ligados à
respiração e/ou à paralisia dos centros nervosos que comandam a função
respiratória.  Se a corrente permanece, o indivíduo perde a consciência e
morre sufocado.  A rapidez da aplicação  da respiração artificial (boca a
boca), e do tempo pelo qual ela é realizada,  principalmente intervir
imediatamente após o acidente (em 3 ou 4 minutos no máximo) para
evitar asfixia da vítima ou mesmo lesões irreversíveis nos tecidos
cerebrais é muito importante nestas situações.
Efeito luminoso
 

A corrente elétrica num gás apresenta movimentos de íons e elétrons. As


constantes colisões dessas partículas com os átomos do gás faz com que haja
transferência de energia ; parte dessa energia faz com que elétrons dos átomos
sejam transferidos para níveis de energia mais elevados. Quando retornam aos
níveis anteriores, a energia absorvida é então liberada sob forma de radiação.
Alguns exemplos clássicos são:
• Lâmpadas de vapor de mercúrio
• Lâmpada de vapor de sódio
• Letreiros luminosos de neon
• Luminosidade dos raios que ocorrem numa tempestade

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