Você está na página 1de 41

Aula

CORRENTE ALTERNADA

PROF. JOSÉ CARLOS NUNES DE MELLO


SINAL CONTÍNUO E ALTERNADO
SINAL CONTÍNUO E ALTERNADO
SINAIS ALTERNADOS
Indução eletromagnética - Lei de Faraday
Fenômeno que origina a produção de uma força eletromotriz (f.e.m.
ou voltagem) num meio ou corpo exposto a um campo magnético
variável ou estático. É assim que, quando o dito corpo é um
condutor, produz-se uma corrente induzida.
LEI DE LENZ
“ O sentido da corrente elétrica induzida é tal que o campo
magnético criado por ela opõe-se à variação do campo magnético
que a produziu” . Quando o polo sul de um ímã se aproxima do
enrolamento, ele produz corrente no sentido horário; quando o polo
norte se aproxima, a corrente gerada é no sentido anti-horário.
Quando o ímã está se afastando o sentido da corrente se inverte.
GERAÇÃO DE SINAIS
GERADOR CC: Em cada meio período, um semianel está em contato com um
pedaço de carvão. No instante em que a corrente muda de sentido no quadro,
há troca de contato entre os carvões e os semianéis. Desse modo, fora do
quadro, a corrente caminha sempre no mesmo sentido (contínua).
GERAÇÃO DE SINAIS
GERADOR CA: Uma espira de fio girando mecanicamente em um campo
magnético forma um gerador elementar, que é ligado ao circuito externo por
meio dos anéis coletores. A força eletromotriz e a corrente de um gerador
elementar mudam de direção cada vez que a espira gira 180°. A tensão de
saída deste gerador é alternada.
A espira condutora ao movimentar-se dentro de um campo magnético
uniforme cortará as linhas magnéticas e devido ao seu movimento
criará uma variação de fluxo magnético, originando uma Força
Eletromotriz (FEM) na espira que produzirá corrente elétrica. A
realizar uma volta completa de 360 graus, o sinal obtido será senoidal.
A bobina realiza o movimento numa velocidade constante
denominada de velocidade angular (ω) expressa em radianos por
segundo (rds/seg.)
GERAÇÃO HIDROELÉTRICA
FASOR
Pode ser definido como um vetor girante que representa uma
grandeza variável em relação ao tempo. O comprimento de um fasor
representa sua posição angular relativa ao eixo horizontal tomado
como referência. Os ângulos positivos são medidos no sentido anti-
horário a partir de 0° e os ângulos negativos são medidos no horário a
partir da referência.
TERMOS APLICADOS AOS SINAIS ALTERNADOS

Período (T): Tempo necessário em segundos para o sinal alternado


realizar um ciclo completo.
Frequência(f): Número de ciclos completos em um determinado
tempo (1 segundo). Sua unidade é o HERTZ (Hz). A rede elétrica do
Brasil é em 60 Hz.
Relação matemática entre Período e Frequência: T = 1/f e f = 1/T.
TERMOS APLICADOS AOS SINAIS ALTERNADOS

Amplitude ou Valor de Pico (Vp) ou Vmáx: Valor máximo que o sinal


atinge no sentido positivo ou negativo, a partir do eixo horizontal.
Valor de Pico a Pico (Vpp): Somatório dos módulos de amplitude
positiva e negativa. Expressa a distância entre um pico positivo e outro
negativo ou vice-versa.
Vpp = 2. Vp ou Ipp = 2.Ip
FASE E DEFASAGEM

É a relação de tempo entre tensões/correntes alternadas. Quando


coincidentes estão em fase, quando divergentes estão defasadas.
EQUAÇÃO CARACTERÍSTICA DO SINAL ALTERNADO

Permite o cálculo do valor instantâneo que pode ser obtido por meio
das expressões:
v (t) = Vmáx . sen.(ω.t + α) (V) ou i(t) = Imáx . sen.(ω.t + α) (A),
onde:
ω = velocidade angular (2πf) em rd/s ou graus/s.
α = ângulo formado pelo eixo horizontal e vertical, expresso em
graus ou radiano;
t = tempo em segundos.
VALOR MÉDIO (Vm)
O valor médio pode ser entendido como a componente CC que
compõe o sinal, ou seja, o equivalente a um sinal continuo,
matematicamente:
Vmédio = 0,637 x Vp ou Imédio= 0,637 x Ip
Convertendo Vmédio em Vp ou Imédio em Ip → Vp = 1,57 x Vmédio ou
Ip = 1,57 x Imédio
EXEMPLOS:
Qual o valor médio de uma tensão de pico de 100 Vac?
R: Vmédio = 0,637 x Vp → 0,637 x 100 = 63,7 V
Qual o valor de pico de uma corrente média de 50 A?
R: Ip = 1,57 x 50 = 78,5 A
VALOR MÉDIO (Vm) ou VEficaz
VALOR EFICAZ ou RMS (Veficaz)
É o valor da corrente alternada equivalente ao valor de corrente
contínua que aplicada a uma resistência, produz a mesma
quantidade de trabalho. Pode ser também definida como a raiz
quadrada do valor médio dos quadrados de todos os valores
instantâneos da corrente ou tensão durante meio ciclo,
matematicamente:
Veficaz = 0,707 x Vp ou Ieficaz = 0,707 x Ip
Convertendo Veficaz em Vp ou Ieficaz em Ip → Vp = √2 x VEficaz ou
IP = √2 x Ieficaz . Alguns textos apresentam também:
Vp ou Ip = Valor eficaz/0,707, já que 1/ √2 = 0,707
VALOR MÉDIO (Vm) ou VEficaz
VALOR EFICAZ ou RMS (Veficaz)

110 V 155,1 Vac

Uma corrente alternada possui um valor eficaz (RMS) quando produz a mesma
quantidade de calor por efeito Joule em um resistor como a que é produzida
por uma corrente contínua de intensidade I no mesmo resistor, em um
intervalo de tempo de um período.
EXEMPLOS:
Qual o valor eficaz de uma tensão de pico de 155,1 Vac?
R: Veficaz = 0,707 x Vp → 0,707 x 155,1 = 110 V (OBS.: 1/ √2 = 0,707)
Qual o valor de pico de uma corrente eficaz de 90 A?
R: Ip = 1,41 x 90 = 126,9 A (OBS.: √2 = 1,41)
VALOR EFICAZ ou RMS (Veficaz)
Os multímetros medem o valor eficaz, retificando o sinal e depois
aplicando um fator de correção fixo. Outros utilizam um
microprocessador para realizar a medida real do Valor Eficaz (TRUE
RMS).
ALICATE MULTIMETRO
Quando um cabo elétrico está energizado, passa por ele um fluxo de
corrente elétrica e esse fluxo gera um campo magnético. Quando um cabo
energizado está entre as pinças do alicate amperímetro, o campo
magnético do cabo entra em contato com uma bobina que está nas pinças e
induz uma tensão elétrica. Essa tensão que é induzida pelo campo
magnético acaba gerando uma corrente elétrica no interior do dispositivo e
essa corrente é lida pelo aparelho.
TRANSFORMADOR (TRAFO)
É um dispositivo destinado a transmitir, elevar ou abaixar tensão
elétrica ou modificar valores de impedâncias (oposição). É
constituído por um enrolamento primário e outro chamado
secundário, ambos envolvidos em um material ferromagnético,
denominado de núcleo.

Usa-se ferro laminado em sua construção para evitar correntes parasitas.


TRANSFORMADOR

O NÚCLEO pode é feito de um material ferromagnético, geralmente


de aço silício ou ferrite (material cerâmico feito a partir de uma
base de óxido de ferro em conjunto à determinadas misturas
que levam diversos óxidos complexos).
SIMBOLOGIAS DE TRANSFORMADORES

AUTOTRANSFORMADOR
RELAÇÃO DE ESPIRAS
A corrente elétrica em cada enrolamento com a tensão e o número de espiras de cada
enrolamento estão relacionadas em uma fórmula. Nela podemos verificar que a corrente
elétrica é inversamente proporcional ao número de espiras e a tensão nos enrolamentos.

O ponto que aparece no símbolo do


transformador indica o sentido do
enrolamento. Uma bobina enrolada com
sentido contrário a entrada defasa o sinal
em 180 graus.
Ip = Corrente no primário
Np = No. espiras no primário
Is = Corrente no secundário
Ns = No. espiras no secundário
Vp = Tensão no primário
Vs = Tensão no secundário
RELAÇÃO DE ESPIRAS
OUTROS COMPONENTES ELETROMAGNÉTICOS
RELÉ
Gera um campo eletromagnético para acionar contatos condutores.
OUTROS COMPONENTES ELETROMAGNÉTICOS
RELÉ
SOLENÓIDES
Dispositivo eletromagnético usado para funções como comutação,
atuação, ou movimento de mecanismos. Consiste de uma bobina, e
um êmbolo com mola de metal. Quando a bobina é alimentada com
uma corrente elétrica, esta gera um campo magnético em torno de si
mesmo. Este campo atrai o êmbolo, puxando-o no sentido da bobina,
fornecendo o movimento de acionamento durante o processo.
SENSORES
O sensor gera um campo eletromagnético oscilante sobre o espaço,
quando um metal entra nesse campo, ele absorve parte do campo
tornando-o mais fraco. Essa “perda de força” do campo é detectada
pelo circuito eletrônico do sensor que o transforma em um sinal de
saída.
REED SWITCH
O reed switch ou interruptor de lâminas, como o nome sugere é um
interruptor ou chave que pode ser acionado pelo campo magnético de
uma bobina ou de um imã.
MOTORES
O campo magnético criado pelas espiras das bobinas eletromagnéticas
(alimentadas por CC ou CA) entram em atração e repulsão com os imãs fixos
presentes no motor. O movimento das espiras gira um eixo metálico que pode ser
usado para movimentar outros elementos. MOTOR HOMOPOLAR

TERMINOLOGIA APLICADA AOS MOTORES:


Polo: Número de polos magnéticos permanentes, norte e
sul, no rotor.
Rotor: Parte do motor que gira.
Estator: Fornece o fluxo magnético que vai interagir com o
rotor.
Escovas: Feito de carvão. Transmite corrente elétrica aos
condutores do motor.
Torque: Força que produz a rotação de um corpo.
MOTOR DE PASSO
O motor de passo é se caracteriza pelo controle preciso da posição do seu
eixo. Dessa forma é possível também obter um controle extremamente
preciso da velocidade e torque aplicados pelo motor.
ALTO FALANTE
Quando aplicamos uma corrente elétrica variável na bobina, esta é
repelida ou atraída pelo campo magnético do ímã permanente. Desta
forma, o conjunto bobina-cone é movido para frente e para trás,
empurrando o ar em sua volta, criando uma onda de compressão e
rarefação no ar, ou seja, uma onda sonora.
MICROFONE DINÂMICO
Em torno de um imã permanente é enrolada uma bobina formada
por muitas voltas de fio esmaltado muito fino. Quando uma onda
sonora incide no diafragma de metal ferroso, um material que pode
concentrar as linhas de força do campo magnético do imã ocorre
uma modificação dessas linhas de força, com o que é induzida uma
tensão na bobina cuja forma de onda corresponde ao som incidente.
EFEITO HALL
Quando aplicarmos a um material semicondutor uma diferença
de potencial de modo que flua uma corrente, e ao mesmo
tempo o submetermos a um campo magnético, no
deslocamento através deles as cargas tendem a se desviar de
sua trajetória normal, acumulando-se numa das faces laterais, e
com isso uma tensão será detectada.

.
EFEITO HALL

SISTEMA PARA MEDIR A


ROTAÇÃO DE UM MOTOR
(ACIONANDO VELAS)
EFEITO HALL

Você também pode gostar