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MANAUS, MARÇO
2022
FLORENE NAZARIO CORREA
MANAUS, MARÇO
2022
DEDICATÓRIA
Agradeço aos meus pais Janice Nazario e Luiz Correa por todo sacrifício
que fizeram para que eu pudesse seguir nos estudos e por todo apoio mesmo
estando distante durante esses anos, sou imensamente grata por me
proporcionarem a oportunidade que não tiveram e mesmo assim, desde cedo,
me ensinaram o valor e a importância da educação.
INTRODUÇÃO
𝑑𝑛 𝑦 𝑑𝑛−1 𝑑𝑦 (1)
𝑎𝑛 (𝑥) 𝑛
+ 𝑎 𝑛−1 (𝑥) 𝑛−1
+ ⋯ + 𝑎1 (𝑥) + 𝑎0 (𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
• Campos de Direção
Métodos gráficos que permitem grafar soluções de equações diferenciais
de primeira ordem da forma y = f ( x, y ) onde a derivada aparece apenas no
membro esquerdo da equação.
𝑑𝑦 (1.1)
= 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑥
𝑑𝑦 (1.2)
𝑎1 (𝑥) + 𝑎0 (𝑥)𝑦 = 𝑏(𝑥)
𝑑𝑥
onde 𝑎1 (𝑥), 𝑎0 (𝑥) e 𝑏(𝑥) dependem apenas da variável independente x.
𝑑𝑦
Por exemplo, a equação 𝑥 2 sen 𝑥 − (cos 𝑥)𝑦 = (sen 𝑥) 𝑑𝑥 é linear, pois
𝑑𝑦
pode ser escrita na forma (sen 𝑥) 𝑑𝑥 + (cos 𝑥)𝑦 = 𝑥 2 sen 𝑥. No entanto, a equação
𝑑𝑦
𝑦 𝑑𝑥 + (sen 𝑥)𝑦 3 = 𝑒 𝑥 + 1 não é linear; não pode ser escrita na forma da equação
𝑑𝑦 (1.3)
+ 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑄(𝑥)
𝑑𝑥
14
𝑑𝑦 (1.4)
𝐼(𝑥) + 𝐼(𝑥)𝑃(𝑥)𝑦 = 𝐼(𝑥)𝑄(𝑥)
𝑑𝑥
𝜕𝑀 𝜕𝑁
=
𝜕𝑦 𝜕𝑥
1
𝐼(𝑥)𝑃(𝑥) = 𝐼 ′ (𝑥) → 𝑑𝐼(𝑥) = 𝑃(𝑥)𝑑𝑥.
𝐼(𝑥)
𝐼(𝑥)𝑃(𝑥) = 𝐼 ′ (𝑥)
𝑑𝑦 𝑑𝐼(𝑥)
𝐼(𝑥) + 𝑦 = 𝐼(𝑥)𝑄(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑[𝐼(𝑥)𝑦]
= 𝐼(𝑥)𝑄(𝑥).
𝑑𝑥
1 (1.6)
𝑦(𝑥) = [∫ 𝐼(𝑥)𝑄(𝑥)𝑑𝑥 + 𝐶]
𝐼(𝑥)
𝑑𝑦
Escreva a equação na forma canônica: 𝑑𝑥 + 𝑃(𝑥)𝑦 = 𝑄(𝑥)
𝑑𝑦 𝑦 (1.7)
= 𝑓( )
𝑑𝑥 𝑥
dy x2 + y2
Exemplo 1: = 2 é uma equação homogênea porque 𝑓(𝑥, 𝑦) é uma
dx 2 x − 3 y 2
função homogênea de grau zero. De fato:
x2 + y2 k 2 x2 + k 2 y2 k 2 x2 + y2
f ( x, y ) = f ( kx, ky) = = = f ( x, y )
2x 2 − 3 y 2 2k 2 x 2 − 3k 2 y 2 k 2 2 x 2 − 3 y 2
𝑑𝑦 𝑥 − 2𝑦 + 1 1 − 2(𝑦/𝑥) + (1/𝑥)
= =
𝑑𝑥 𝑦−𝑥 (𝑦/𝑥) − 1
O lado direito não pode ser expresso como uma função que depende apenas de
y/x, devido ao termo 1/x no numerador. Portanto, a equação não é homogênea.
𝑦 = 𝑥𝑡
𝑑𝑦 𝑑𝑡
=𝑡+𝑥
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑡+𝑥 = 𝑓(𝑡) → 𝑥 = 𝑓(𝑡) − 𝑡
𝑑𝑥 𝑑𝑥
17
𝑑𝑡 𝑑𝑥
=
𝑓(𝑡) − 𝑡 𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 (1.8)
= 𝑓 (𝑥, 𝑦, )
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 (1.9)
𝑎2 (𝑥) 2 + 𝑎1 (𝑥) + 𝑎0 (𝑥)𝑦 = 𝑔(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 (1.10)
2
+ 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)𝑦 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
Exemplo: A equação 3 𝑑𝑥 2 + 7 𝑑𝑥 − 5𝑦 = 0 é uma EDO de segunda ordem linear
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
homogênea. A equação 𝑥 𝑑𝑥 2 − 5𝑥 𝑑𝑥 + 6𝑦 = 𝑒 𝑥 é uma EDO de segunda ordem
linear não-homogênea.
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
2
+ 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)𝑦 = 0
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 (1.11)
+ 𝑝 + 𝑞𝑦 = 0
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
𝑟 2 + 𝑝𝑟 + 𝑞 = 0
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 (1.12)
2
+𝑝 + 𝑞𝑦 = 𝑓(𝑥)
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Para calcular uma solução particular por esse método, têm-se três casos
a considerar:
A lei das correntes de Kirchhoff implica que a mesma corrente passa por
cada elemento do circuito da Figura 2. Aplicando a lei das tensões de Kirchhof a
este circuito, a qual estabelece para um circuito RL que a soma das quedas de
tensão no resistor R e no indutor L devem ser iguais à tensão fornecida E. Então,
fornece:
𝐸𝐿 + 𝐸𝑅 = 𝐸(𝑡) (1.18)
Substituindo em (1.18) as expressões EL (1.16) e ER (1.15), obtemos a
equação que modela o circuito elétrico RL:
𝑑𝑖 (1.19)
𝐿 + 𝑅𝑖 = 𝐸(𝑡)
𝑑𝑡
Observe que esta equação é uma EDO linear de primeira ordem (ver
tópico 1.1.4), cuja solução determina a intensidade da corrente i(t) no circuito.
Primeiramente, escrevemos esta equação na forma canônica (1.3) para
obtermos o fator de integração. Assim, dividindo a equação (1.19) por L, temos
que
𝑑𝑖 𝑅 𝐸(𝑡) (1.20)
+ 𝑖=
𝑑𝑡 𝐿 𝐿
que agora está na forma canônica. Utilizando (1.5), obtemos o fator de
integração para o circuito RL
𝐼(𝑡) = 𝑒 ∫(𝑅/𝐿)𝑑𝑡 = 𝑒 (𝑅/𝐿)𝑡 (1.21)
𝐸(𝑡) (1.22)
𝑖(𝑡) = 𝑒 −(𝑅/𝐿)𝑡 [∫ 𝑒 (𝑅/𝐿)𝑡 𝑑𝑡 + 𝐶]
𝐿
Note que as equações (1.19) e (1.20) que modelam o Circuito RL são
Equações Diferenciais Ordinárias de primeira ordem. Com a equação (1.22)
podemos determinar a corrente desse tipo de circuito.
𝑑𝑞
Substituindo a expressão = 𝑖 em (1.25), obtém-se a EDO que modela
𝑑𝑡
a corrente:
𝑑2 𝑖 𝑑𝑖 𝑖 𝑑𝐸 (1.26)
𝐿 + 𝑅 + =
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡 𝐶 𝑑𝑡
Note que essas equações que modelam o circuito RLC são Equações
Diferenciais Ordinárias de segunda ordem. Em qualquer uma dessas duas
equações diferenciais, podemos analisar o que acontece com a corrente e com
a carga em um circuito RLC. Sugere-se, no entanto, primeiro determinar a carga
no capacitor usando a equação (1.24) e então derivar em relação ao tempo para
obter a corrente no circuito.
3
9𝑉 𝐻
4
Resolvendo a integral,
40 9 40𝑡
𝑖(𝑡) = 𝑒 − 3 𝑡 [ 𝑒 3 + 𝐶]
10
9 40
𝑖(𝑡) = + 𝐶𝑒 − 3 𝑡
10
esta solução geral representa o modelo geral para o caso dado; agora vamos
determinar a constante C, que é obtida aplicando a condição 𝑖(0) = 0.
40
9
Assim, aplicando esta condição à equação, obtemos: 𝑖(0) = 0 = 10 + 𝐶𝑒 − 3 𝑡 . De
9
onde, temos que que 𝐶 = − . Logo, o modelo é determinado pela equação:
10
9 9 40
𝑖(𝑡) = − 𝑒− 3 𝑡
10 10
que representa o modelo matemático para a variação da intensidade da corrente
do circuito em qualquer instante t. Como dados adicionais, vamos analisar qual
será a intensidade da corrente i(t) depois de muito tempo. A resposta a este
questionamento é fornecida pelo seguinte limite
9 9 40 9
lim 𝑖(𝑡) = − lim 𝑒 − 3 𝑡 =
𝑡→∞ 10 10 𝑡→∞ 10
40
9 9
A quantidade é conhecida como a parte estável e o termo − 10 𝑒 − 3 𝑡 é
10
conhecido como a parte transitória da corrente; esta tende a zero quando t tende
ao infinito. A Figura 5 mostra o gráfico correspondente ao modelo matemático
que mede a intensidade da corrente i(t) desse circuito.
31
𝑑𝑖
𝑒 400𝑡 ∙ + 𝑒 400𝑡 ∙ 400𝑖 = 1100 ∙ 𝑒 400𝑡
𝑑𝑡
𝑑𝑖
(𝑖𝑒 400𝑡 ) = 1100𝑒 400𝑡
𝑑𝑡
32
Assim,
400𝑡
𝑒 400𝑡
𝑖𝑒 = 1100 +𝐶
400
Logo, a solução geral é
11
𝑖(𝑡) = + 𝐶𝑒 −400𝑡
4
Considerando que no instante t=0 s a corrente é zero amperes, obtemos 0 =
11 11
𝑖(0) = + 𝐶, então 𝐶 = − 4 . Portanto,
4
11
𝑖(𝑡) = (1 − 𝑒 −400𝑡 ) 𝐴
4
Percebe-se que à medida que o tempo aumenta, a corrente se aproxima
do seu valor limite i = 11/4=2.75. Na Figura 6, temos a função i(t) representada
graficamente.
𝑑2𝑞 𝑑𝑞 𝑞
0,25 2 + 40 + = 5 sen 100𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡 4 × 10−4
𝑑2 𝑞 𝑑𝑞
+ 160 + 10000𝑞 = 20 sen 100𝑡
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
1
𝑞𝑝 (𝑡) = − cos 100𝑡.
800
1
𝑞(𝑡) = 𝑒 −80𝑡 (𝐶1 cos 60𝑡 + 𝐶2 sen 60𝑡) − cos 100𝑡.
800
1
𝐶1 − =0
800
−80𝐶1 + 60𝐶2 = 0
1 1
𝐶1 = 𝑒 𝐶2 =
800 600
1 1 1
𝑞(𝑡) = 𝑒 −80𝑡 ( cos 60𝑡 + sen 60𝑡) − cos 100𝑡,
800 600 800
5 −80𝑡 1
𝑖(𝑡) = − 𝑒 sen 60𝑡 + sen 100𝑡.
24 8
Essa corrente pode ser expressa graficamente como podemos ver na Figura 9.
37
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho, apresentou-se um breve estudo de Equações Diferenciais
Ordinárias de primeira e segunda ordem e seus respectivos uso na modelagem
e aplicações de circuitos elétricos RL e RLC. Abordando contexto histórico,
38
REFERÊNCIAS