Você está na página 1de 10

Eletricidade

Parte 2 - Eletrodinâmica
Eletrodinâmica

A eletrodinâmica estuda as cargas elétricas em movimento, a


corrente elétrica, os circuitos elétricos, o funcionamento dos
aparelhos elétricos e as usinas elétricas.

Os aparelhos eletroeletrônicos que se encontram nas residências


precisam de energia elétrica para o seu funcionamento. Tal energia
é obtida quando eles são ligados em alguma fonte de energia,
como uma pilha, bateria, ou uma tomada.

Quando isso é feito, os elétrons livres, que se encontram nos meios


condutores desses aparelhos, passam a se movimentar de maneira
ordenada, transportando a energia elétrica necessária para o seu
funcionamento.

Esse movimento ordenado dos elétrons é conhecido como


corrente elétrica e ela pode ocorrer nos condutores sólidos, como
os metais, e em gases e líquidos ionizados.
Corrente elétrica

Quando um fio condutor se encontra fora da tomada (fonte de


energia), os seus elétrons livres estarão se movimentando de
maneira aleatória, conforme a figura ao lado.

Uma vez ligado na tomada, os elétrons passam a se movimentar


ordenadamente e no mesmo sentido; assim será formada a
corrente elétrica, e esse movimento ordenado de elétrons
fornecerá a energia necessária para o aparelho funcionar.

Conclusão:

A corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas


em um condutor.
Intensidade da corrente elétrica (i)

Para calcular a intensidade da corrente elétrica (i) que atravessa a


secção transversal de um fio condutor, devemos dividir a
quantidade de carga que atravessa o condutor (∆Q, cuja unidade no
S.I. é o Coulomb, representado pela letra C), pelo intervalo de
tempo (∆t, cuja unidade no S.I. é o segundo, representado pela letra
s) considerado.

∆Q
i=
∆t

𝐶𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏
unidade: = Ampère (A)
𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜
Intensidade da corrente elétrica (i)

Por exemplo, se 30 C de carga atravessam uma secção de um fio


condutor (metálico) a cada minuto, temos:

∆Q 30 C
i = ∆t = 60 s = 0,5 A

Como ocorre com diversas unidades, o ampère possui submúltiplos,


conforme a tabela a seguir:

Corrente elétrica em um metal


Diferença de potencial e sentido da corrente elétrica

A corrente elétrica só ocorre quando há uma diferença


de potencial (d.d.p.), também chamada tensão ou
voltagem, no circuito elétrico. A d.d.p. é medida em
volts (V).

Neste momento vamos entender a d.d.p como uma


diferença de energia entre os terminais. É o que ocorre
na tomada, por exemplo. A voltagem convencional das
tomadas de nossas casas, na região sudeste, é de 110
V, embora em outras regiões do Brasil, como por
exemplo Santa Catarina, o padrão seja de 220 V. Claro,
é possível modificar a instalação elétrica das tomadas
de uma residência, caso seja necessário.

Um gerador de energia elétrica de um circuito (pilha,


bateria, etc.) possui dois polos: um positivo e um
negativo. Quanto ao sentido da corrente elétrica em
fios metálicos, o sentido real dos elétrons em
movimento é do polo negativo para o polo positivo.
Mas, nos estudos em eletricidade, adota-se como
sentido convencional para a corrente elétrica o sentido
do polo positivo para o polo negativo.
Efeito Joule e resistência elétrica

Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma


corrente elétrica, ocorre uma transformação de energia elétrica
em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito
Joule, em homenagem ao físico britânico James Prescott Joule
(1818-1889).

Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da


corrente elétrica com as partículas do condutor. Os elétrons
sofrem colisões com átomos do condutor (devido à resistência
elétrica natural dos materiais), parte da energia cinética
(energia de movimento) do elétron é transferida para o átomo
aumentando seu estado de agitação, consequentemente sua
temperatura.

Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica


(calor), e o dispositivo onde ocorre esta transformação nós
chamamos de resistor.
Resistores

A resistência elétrica, portanto, mede a dificuldade com que os


elétrons fluem por um condutor, e é medida em Ohms (Ω).

Os resistores são elementos de circuito que fazem a conversão


de energia elétrica em energia térmica.

Pode parecer desperdício de energia a princípio, mas essa


transformação de energia é muito útil em nossas vidas.
Aparelhos como o ferro de passar, o secador de cabelo e o
chuveiro elétrico, por exemplo, possuem resistores e
funcionam baseados no efeito Joule. E quem não gosta de
andar com roupas passadas e de tomar um banho morno ou
quente, não é mesmo?

Ao lado temos a representação de um resistor em um circuito


elétrico.
Lei de Ohm

Podemos relacionar a intensidade da corrente elétrica (i) com a diferença de potencial (U) e a resistência elétrica
(R) através da relação conhecida como Lei de Ohm:

U=R.i

Vejamos um exemplo de aplicação dessa lei:

No circuito abaixo, temos uma lâmpada ligada aos terminais de uma bateria de 9 V. Sabendo que a corrente
elétrica que percorre o circuito tem intensidade 2 A, qual a resistência elétrica do filamento da lâmpada?

U = 9 V; i = 2 A; R = ?

U=R.i

9=R.2

9
R= = 4,5 Ω
2
Instrumentos de medida

Os diversos tipos de instrumento de medidas elétricas


podem ser de campo ou de bancada, analógicos ou digitais
e com diferentes graus de precisão. Podemos medir a
intensidade de corrente (i), a resistência elétrica (R) e a
voltagem (V) em um circuito (ou em seus componentes)
com facilidade.

Para medir a intensidade da corrente elétrica, utilizamos


um amperímetro. Para medir a voltagem, utilizamos o
voltímetro e, para medir a resistência elétrica, o
ohmímetro.

Mas para um profissional não é necessário andar com três


instrumentos de medida: o multímetro digital possui as
três funções!

Você também pode gostar