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Ciências da Natureza e suas

Tecnologias - Física
Ensino Médio, 2º Ano
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot
FÍSICA, 2° Ano do Ensino Médio
Transformações cíclicas e o ciclo de Carnot

RECORDANDO...

Variáveis de estado de um gás perfeito

O estado de um gás é determinado pelos valores das grandezas PRESSÃO, VOLUME E


TEMPERATURA num determinado instante. Essas grandezas são chamadas de
VARIÁVEIS DE ESTADO, pois a qualquer momento podem sofrer mudanças.

TEMPERATURA: é importante notar que, em um gás, a temperatura está relacionada com a


velocidade das partículas. Podemos perceber que quanto maior a temperatura do gás, maior
será a velocidade média de suas partículas. Portanto, existe uma relação entre a temperatura
do gás e a energia cinética média das partículas.

PRESSÃO: ocorre devido ao movimento caótico da partículas que a todo instante estão
colidindo com as paredes internas do recipiente.

VOLUME: os gases não possuem forma nem volume definidos. Sabemos que o volume de um
gás é igual ao volume do recipiente que o contém.
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TRANSFORMAÇÕES GASOSAS

Imagens: SEE-PE
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TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA ou FECHADA

Uma transformação gasosa será chamada de CÍCLICA OU FECHADA, quando


o estado final dessa transformação coincide com o seu estado inicial.

É fácil notar que um gás, quando


realiza uma transformação cíclica,
também recebe trabalho do meio,
sendo o trabalho total a soma desses
trabalhos parciais. Cada vez que o
gás retornar ao seu estado inicial
dizemos que a transformação
completou UM CICLO.

Observe nesse caso que o gás ocupa um vi, tem


uma Ti e exerce uma pi. Assim após receber um
trabalho o gás volta às condições iniciais.
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CÁLCULO DO TRABALHO NUMA TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA

p p p
A A A

B B B

TAB TAB TAB

O V O V O V
Imagem: A curva fechada do gráfico acima representa uma transformação cíclica
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/transformacoes-ciclicas.htm

No diagrama de pressão x volume, a transformação cíclica é representada por


uma curva fechada. Nesse caso, o trabalho do ciclo é dado numericamente pela
ÁREA INTERNA DA CURVA que representa o ciclo.
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IMPORTANTE

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO P


HORÁRIO, isto indica que o trabalho realizado

Fonte: http://www.geocities.ws/adrianodovalle/termodinamica.pdf
pelo gás é maior que o recebido. Dessa forma A B
T
ciclo no sentido horário indica   0.

Quando o ciclo estiver orientado no SENTIDO


ANTI-HORÁRIO, isto indica que o trabalho V
realizado pelo gás é menor que o recebido.

Imagem: sentido da transformação


Dessa forma ciclo no sentido anti-horário indica P
  0.
A B
T
Como na transformação cíclica U=0, pela 1ª lei da
Termodinâmica Q = . Por exemplo, se o gás recebe
50 J de calor do ambiente durante o ciclo, ele realiza
sobre o ambiente um trabalho de 50 J. V
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EXEMPLOS P(Nqm²)
30
A B

1. (PUC-SP) Uma amostra de gás ideal sofre o 10


processo termodinâmico cíclico representado no C D
gráfico a seguir. Ao completar um ciclo, o trabalho, TAB
em joules, realizado pela força que o gás exerce nas
paredes do recipiente é:
0 0,1 0,3
a) + 6 b) + 4 c) + 2 d) - 4 e) - 6
V(m³)
2. Um gás sofre uma transformação cíclica ABCDA, P(Nqm²)
conforme indicado no diagrama p x V.  6.105 A B
a) Sendo TA = 300 K a temperatura no estado
representado pelo ponto A, determine as 2.105
temperaturas em B, C e D.  C D
b) Calcule o trabalho que o gás troca com o meio TAB
exterior ao percorrer o ciclo. Neste ciclo o gás
realiza ou recebe trabalho do meio exterior?
0 0,1 0,3

V(m³)
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3. A figura representa uma transformação cíclica p(atm)


4,0
C
ABCA sofrida por um gás perfeito. Determine:
a) o trabalho realizado em cada transformação;
1,0
b) o trabalho do ciclo;
c) a quantidade de calor correspondente ao ciclo.
B A

4. Um gás perfeito descreve o ciclo ABCDA como 0 10 40 V(l)


indica a figura ao lado. Calcule, para o ciclo:
a) o trabalho realizado;
b) a quantidade de calor; p(atm)
3 A B
c) a variação de energia interna.

Fonte: http://www.lasalle.edu.br/upload/segundoano.pdf

1
D C
0 1 3 V(l)
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AS MÁQUINAS TÉRMICAS E A 2ª LEI DA TERMODINÂMICA

Imagem: Luis Rizo / Domínio Público.


Imagem: Nicolás Pérez / GNU Free
Documentation License.

MÁQUINAS TÉRMICAS são máquinas


capazes de realizar um trabalho através
Imagem: Panther / GNU Free

da transferência de calor entre duas


Documentation License.

fontes: uma quente e outra fria. Através


de ciclos, parte do calor retirado da fonte
quente é transformado em trabalho e
outra parte é transferido para a fonte fria.
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A importância da Revolução Industrial para o desenvolvimento da


Termodinâmica
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL teve início no século XVIII, na
Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção.
Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir
mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia
industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e
produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a
produção de mercadorias. Também podemos apontar o
crescimento populacional, que trouxe maior demanda de
produtos e mercadorias.
Com a Revolução Industrial, as máquinas substituíram várias Imagem: Autor desconhecido / Domínio Público.

ferramentas e eliminaram algumas funções antes exercidas


pelos operários. Nessa época, as máquinas térmicas mais
utilizadas foram trens, navios e os primeiros automóveis.
Somente no século XVIII vieram a ser construídas as primeiras
máquinas térmicas capazes de realizar trabalho em escala
industrial.

Fonte: http://gptsunami2m2.wordpress.com/maquinas-termicas-e-a-revolucao-industrial/
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Imagem: F. A. Brockhaus / Domínio Público.

NICOLAS COGNUT pode ser considerado o


pai do moderno automóvel ao ter
iniciado por volta de 1770 - durante o
reinado do Rei Luís XV - o
desenvolvimento dos veículos
propulsionados a vapor, através da
invenção de um carro assente em 3
rodas.

Imagem: Autor desconhecido / Domínio Público.


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A máquina a vapor de Newcomen

Imagem:Meyers Konversationslexikon / Domínio Público.


Imagem: Emoscopes / GNU Free Documentation License.

Em 1712, THOMAS NEWCOMEN constrói uma máquina a vapor


que será a primeira a ser amplamente usada. Sua função era
drenar as minas de carvão da Inglaterra.
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A BUSCA PELA EFICIÊNCIA


Até 1824, os cientistas acreditavam que as máquinas térmicas poderiam atingir o
rendimento de 100%, ou seja, transformar todo o calor recebido em trabalho. As
primeiras máquinas térmicas, inventadas no século XVIII, consumiam grande
quantidade de combustível para produzir um trabalho relativamente pequeno.

Por volta de 1770, o inventor escocês JAMES


WATT apresentou um novo modelo de máquina
térmica que veio substituir com enormes
vantagens as máquinas já existentes, pois sua
potência era maior convertendo assim uma
maior fração do calor em trabalho. Porém a
eficiência de 100% jamais seria atingida. A
máquina a vapor de Watt passou a ser
amplamente usada nas fábricas, sendo
considerada um dos fatores que provocaram a
famosa Revolução Industrial. Imagem:Eclipse.sx / GNU Free Documentation License.
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SADI CARNOT

Imagem: Sadi Carnot / Domínio Público.


Imagem: Materialscientist / Domínio Público.

Imagem: SEE-PE
Nesse livro, Carnot concluiu que a perda de calor pelas
máquinas térmicas era uma consequência natural por se usar o
calor como fonte obtenção do trabalho. Essa conclusão que
Nicolas Léonard Sadi Carnot  passou a ser considerada a PRIMEIRA VERSÃO da 2ª Lei da
(1796 — 1832) Termodinâmica. Ela ocorreu antes do estabelecimento da 1º
Lei, já que naquela época ainda se discutia o conceito de
energia. Um conceito que ainda não estava claro, pois ainda
existia o debate sobre as teorias do FLOGÍSTICO e o CALÓRICO.
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Posteriormente, RUDOLPH CLAUSIUS retomou os


estudos de CARNOT para processos irreversíveis e
ampliou para processos reversíveis combinando
com a espontaneidade do FLUXO DE CALOR.
Desse trabalho enunciamos:

2ª LEI DA TERMODINÂMICA (Clausius)

“O calor sempre flui espontaneamente da fonte


quente para a fonte fria; para ocorrer o contrário
Imagem: SEE-PE

existe a necessidade de se realizar um trabalho


externo”.

Também descobriu que, nos processos reversíveis, a relação entre o calor


trocado pelo sistema e sua temperatura absoluta não variava, enquanto que
nos processos irreversíveis ela aumentava. A esse aumento CLAUSIUS deu o
nome de ENTROPIA(S).
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ENTROPIA é a medida de quanto um sistema se


desorganiza. Para processos reversíveis ela permanece
constante enquanto que nos irreversíveis ela aumenta.
Imagem: Mysid / Domínio Público.

Dessa forma os sistemas tendem a degradar energia


naturalmente. Nas transformações irreversíveis a
ENTROPIA é a medida da parte da energia que não é
convertida em trabalho.

Q( J )
S ( J / K ) 
T (K )

TRANSFORMAÇÕES REVERSÍVEIS E IRREVERSÍVEIS

Chamamos de TRANSFORMAÇÕES REVERSÍVEIS aquela que após o seu final o


sistema retorna às suas condições iniciais pelo mesmo caminho, passando
pelos mesmos estágios na sequência inversa sem a interferência de fatores
externos. Já nas TRANSFORMAÇÕES IRREVERSÍVEIS isso não ocorre.
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RENDIMENTO DE UMA MÁQUINA TÉRMICA ()

O Rendimento de qualquer sistema é sempre representado pela relação entre a


quantidade útil da grandeza e a quantidade total. Assim também acontece com as
máquinas térmicas. Dessa forma, a quantidade útil se refere ao trabalho realizado e a
quantidade total refere-se à quantidade de calor retirada da fonte quente.

 Qq  Q f Qf
    1
Qq Qq Qq

Observe que a máquina ideal deveria ter rendimento de 100% (=1). Para que isso
acontecesse seria necessário que a quantidade de calor rejeitado para a fonte fria
fosse zero. Como mostrou Carnot, isso é impossível. Na prática, os valores do
rendimento são baixos, por exemplo, em motores a gasolina (entre 21% e 25%).

Fonte: FUKUI, Ana. Física: Ensino Médio. 2ª série. 1ª ed. Edições SM, 2009.
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CICLO DE CARNOT

Foi Sadi Carnot o idealizador de um ciclo termodinâmico que não seria levado em
consideração as dificuldades técnicas que um ciclo de uma máquina térmica real
possui. Logicamente esse ciclo passou a ser considerado um ciclo teórico que operaria
com um rendimento máximo, independente de qual substância gasosa fosse utilizada.
Esse ciclo foi composto numa sequência de quatro transformações reversíveis, sendo
duas adiabáticas e duas isotérmicas.

Princípio de Carnot
Imagem: Keta / GNU Free Documentation

"Nenhuma máquina térmica real,


expansão isotérmica (T1)
operando entre 2 reservatórios
térmicos T1 e T2, pode ser mais
compr adiabática

eficiente que a "máquina de Carnot"


expansão adiabática
operando entre os mesmos
reservatórios."
compr isotérmica (T2)
License.
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No ciclo de Carnot, as quantidades de calor trocadas e as temperaturas absolutas


das fontes são proporcionais, valendo a relação:

Qq Tq Tf
   1
Qf Tf Tq

Observe que para uma máquina ter o rendimento de 100%( =1) seria necessário
que a fonte fria tivesse temperatura de 0 k. Entretanto, como a 2ª Lei da
Termodinâmica garante que não existe tal rendimento, então é impossível que um
sistema físico se encontre no ZERO ABSOLUTO.

LEITURAS INTERESSANTES:
• O CAOS E A ORDEM;
•OS EXPERIMENTOS DE JOULE E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA;
•ENTREVISTA COM O CONDE RUMFORD: DA TEORIA DO CALÓRICO AO CALOR COM
O UMA FORMA DE MOVIMENTO
.
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EXEMPLOS

1. (FGV) Pode-se afirmar que máquina térmica é toda máquina capaz de


transformar calor em trabalho. Qual dos dispositivos pode ser considerado uma
máquina térmica?
a) Motor a gasolina
b) Motor elétrico
c) Chuveiro elétrico
d) Alavanca
e) Sarilho

2. (UF-PA) A importância do Ciclo de Carnot reside no fato de:


a) ser o ciclo do refrigerador.
b) ser o ciclo do motor de explosão.
c) ter rendimento de 100% ou próximo.
d) determinar o máximo rendimento de uma máquina térmica, entre duas
temperaturas dadas.
e) ser o ciclo dos motores diesel.
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3. (UNISA) Certa máquina ideal funciona realizando o ciclo de Carnot. Em cada ciclo
o trabalho útil fornecido pela máquina é 1 500 joules. Sendo as temperaturas das
fontes térmicas 227°C e 127°C, o rendimento da referida máquina é de:
a)44% b) 56% c) 80% d) 10% e) 20%

4. (CESESP-PE) Calcule aproximadamente o rendimento máximo teórico de uma


máquina a vapor, cujo fluido entra a 400°C e abandona o cilindro a 105°C.

5. (PUC-RJ) Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas


temperaturas são, respectivamente, 100°C e 0°C. Admitindo-se que a máquina
receba da fonte quente uma quantidade de calor igual a 1000 cal por ciclo, pede-
se:
1 cal = 4,2 J
a) o rendimento térmico da máquina;
b) o trabalho realizado pela máquina em cada ciclo (expresso em J);
c) a quantidade de calor rejeitada para a fonte fria.
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APLICAÇÕES DAS
MÁQUINAS
TÉRMICAS
AO
COTIDIANO
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O funcionamento dos refrigeradores é baseado no princípio da


REFRIGERADORES transferência de calor de uma fonte fria para uma fonte quente.
Esse processo não ocorre espontaneamente. É necessária uma
fonte de energia externa para realizar um trabalho(compressor),
para que essa transferência possa ocorrer.

As partes principais de uma geladeira doméstica são: compressor,


condensador, válvula descompressora e evaporador. Ele tem a
função de aumentar a pressão e a temperatura do gás
refrigerante, fazendo-o circular pela tubulação interna do
aparelho. Quando o gás passa pelo condensador, perde calor para
o meio externo, liquefazendo-se, ou seja, tornando-se líquido. Ao
sair do condensador, um estreitamento da tubulação (tubo
capilar) provoca uma diminuição da pressão. Assim, o elemento
Imagem: SEE-PE
refrigerante, agora líquido e sob baixa pressão, chega à
serpentina do evaporador (que tem diâmetro maior que o tubo
Eficiência das máquinas capilar), se vaporiza e, assim, retira calor da região interna da
frigoríficas geladeira. É importante notar que o evaporador está instalado na
Qf parte superior (congelador) da geladeira. A partir desse ponto, o
e ciclo se reinicia e o gás refrigerante é puxado outra vez para o
 compressor.
Fonte: http://trabalhof.blogspot.com.br/
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Imagens: SEE-PE
TURBINA A VAPOR

Reatores de água pressurizada (PWR): são os


mais frequentes, com 226 em serviço no
mundo. Utilizam água a elevada pressão como
meio permutador de calor, o moderador
também é constituído por água a elevada
pressão. O combustível é urânio ligeiramente
enriquecido, podendo eventualmente ser
usado misturado com plutônio (MOX).

Reatores de água fervente (BWR): existem


atualmente 93 reatores desse tipo em serviço,
sobretudo na Alemanha, Japão e E.U.A. O meio
permutador de calor é água que atua também
como moderador, esta entra em ebulição e o
seu vapor aciona diretamente a turbina. O
combustível usado é urânio ligeiramente
enriquecido.
Fonte: http://nuclear.com.sapo.pt/index_ficheiros/Page832.htm
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MOTOR DE COMBUSTÃO INTERNA

Imagem: UtzOnBike / GNU Free Documentation License.


Imagem: SEE-PE
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Nos motores de quatro tempos (CICLO OTTO) o pistão, animado de movimento


alternativo, recebe energia durante o tempo de combustão, executando as funções
necessárias à realização da mesma nos outros três tempos. Um
sistema biela/manivela transforma o movimento alternativo em movimento de rotação.

O primeiro tempo é o O segundo tempo é o


de admissão. Nele o de compressão.
pistão, deslocando-se no Atingindo o fim do curso
sentido de admissão, na posição
de aumentar o volume, chamada de “Ponto
aspira ar ou mistura Morto Inferior” (PMI),
combustível através fecha-se a válvula de
da válvula de admissão, admissão e inicia-se
aberta por a compressão dos gases
um mecanismo aspirados, a fim de
 apropriado. torná-los mais densos.

Imagem: SEE-PE
Imagem: SEE-PE
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O terceiro tempo é o de combustão/expansão. Na outra extremidade de seu


curso alternativo, chamado “Ponto Morto Superior” (PMS), ocorre o início da
combustão, que pode iniciar-se espontaneamente (CICLO DIESEL) ou pode
ser provocada pelo disparo de uma faísca (motores a gasolina, álcool e gás).
A combustão ocorre de maneira diversa, dependendo do tipo de motor; é
acompanhada ou seguida pela expansão dos gases queimados,
que impulsionam o pistão transmitindo-lhe energia.

O quarto tempo é o de escapamento. Atingido


novamente o PMI, a abertura da válvula de escape,
comandada no instante adequado, permite o
escoamento dos gases queimados, igualando
a pressão no cilindro com a pressão ambiente. Em
seguida, o pistão empurra  a maior parte dos gases
Imagem: SEE-PE
que permanecem no cilindro em direção
à tubulação de escape, repetindo-se a seguir o
tempo de admissão. A cada duas voltas do eixo de
manivelas, ocorre apenas um tempo motor. No caso
de tratar-se de apenas um cilindro, um volante é
indispensável, a fim de que o pistão continue em
movimento durante os três tempos auxiliares. 
Imagem: SEE-PE
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CICLO DIESEL
Imagem: Tosaka / Creative Commons Attribution 3.0 Unported.

Imagem: SEE-PE
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CICLO OTTO VA

VB
1
  1
  1
eficiência - ciclo Otto
Imagem: UtzOnBike / GNU Free Documentation License.

Imagem: gonfer / GNU Free Documentation License.


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BIBLIOGRAFIA

• NUSSENZWEIG, Moisés. Curso de Física Básica. vol. 2. 4ª ed.. Edgard Blücher


Editora.
• TIPLER, Paul A. Física. v.2. 4ª ed.Livros Técnicos e Científicos Editora.
• Halliday, Resnick, Walker, Fundamentos de Física.v.2. 7ª ed. Livros Técnicos
e Científicos Editora.
• Feynman, Lectures on Physics, v.2 Addison Wesley.
• GUIMARÃES, Luiz A. Mendes, Física para o 2° grau. Termologia. Ed. Harbra,
1997.
• FUKUI, Ana. Física: Ensino Médio. 2ª série. 1ª ed. Edições SM, 2009.
• DOCA, Ricardo Helou. Física. Vol 2. mecânica. Ed. Saraiva, 1ª ed. 2010.
• FERRARO, Nicolau Gilberto. Física Básica. Vol. único. 3ª ed. Atual, 2009.
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http://alunosdaquimica.blogspot.com.br/2011_04_10_archive.html
http://www.mundoeducacao.com.br/fisica/transformacoes-ciclicas.htm
http://www.geocities.ws/adrianodovalle/termodinamica.pdf
http://www.lasalle.edu.br/upload/segundoano.pdf
http://www.e-escola.pt/topico.asp?id=576&ordem=2
http://gptsunami2m2.wordpress.com/maquinas-termicas-e-a-revolucao-industrial/
http://192.197.62.35/staff/mcsele/newcomen.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Newcomen
http://pt.wikipedia.org/wiki/James_Watt
http://www.grupoescolar.com/pesquisa/james-watt--1736--1819.html
http://www.klick.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-415,00.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolas_L%C3%A9onard_Sadi_Carnot
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rudolf_Clausius
http://www.geocities.ws/saladefisica7/funciona/barcovapor.html
http://amarelinhodausina.webnode.com.br/curiosidades/curiosidades/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Cugnot
http://pt.wikipedia.org/wiki/Entropia
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http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo2B/Refrigeracao/geladeira.htm
http://www.culturamix.com/category/transporte/carros
https://sites.google.com/site/comofuncionaocarro/motor/motor-a-gasolina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_de_Otto
http://www.streetcustoms.com.br/revistas-carros/carros/motor-de-quatro-tempos-o-que-e-
isso.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_diesel
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbasees/thermo/diesel.html
http://www.mspc.eng.br/termo/termod0510.shtml

•TODOS OS ACESSOS FORAM FEITOS EM 24.05.2012


Tabela de Imagens
n° do direito da imagem como está ao lado da foto link do site onde se conseguiu a informação Data do
slide Acesso
       
3 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

9a Nicolás Pérez / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Maquina_ 24/08/2012


License. vapor_Watt_ETSIIM.jpg
9b Panther / GNU Free Documentation License. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Steam_en 24/08/2012
gine_in_action.gif
9c Luis Rizo / Domínio Público. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:MariaFum 24/08/2012
acaMarianaOuroPreto.jpg
10 Autor desconhecido / Domínio Público. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ring_spinn 29/08/2012
ing_machine_in_the_1920s.jpg
11a F. A. Brockhaus / Domínio Público. http://en.wikipedia.org/wiki/File:Nicholas-Cugnots- 28/08/2012
Dampfwagen.png
11b Autor desconhecido / Domínio Público. http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Bailey_Gatzert_ 28/08/2012
near_Cascade_Locks,_circa_1910.jpg
12a Emoscopes / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Newcome 24/08/2012
License. n_atmospheric_engine_animation.gif?uselang=pt-br

12b Meyers Konversationslexikon / Domínio http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Newcome 29/08/2012


Público. ns_Dampfmaschine_aus_Meyers_1890.png
13 Eclipse.sx / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:20070616 29/08/2012
License. _Dampfmaschine.jpg
Tabela de Imagens
n° do direito da imagem como está ao lado da foto link do site onde se conseguiu a informação Data do
slide Acesso
       
14a Materialscientist / Domínio Público. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sadi_Carn 24/08/2012
ot.jpeg
14b Sadi Carnot / Domínio Público. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carnot_titl 29/08/2012
e_page.png
14c/15 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

16 Mysid / Domínio Público. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Melting_ic 24/08/2012


ecubes.gif
18 Keta / GNU Free Documentation License. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Carnot_cy 24/08/2012
cle_p-V_diagram.svg
23 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

24 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

25a SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

25b UtzOnBike / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:4-Stroke- 29/08/2012


License. Engine-with-airflows.gif
26 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012
Tabela de Imagens
n° do direito da imagem como está ao lado da foto link do site onde se conseguiu a informação Data do
slide Acesso
       
27 SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

28a Tosaka / Creative Commons Attribution 3.0 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diesel_Eng 29/08/2012


Unported. ine_%284_cycle_running%29.gif
28b SEE-PE Acervo SEE-PE 08/11/2012

29a UtzOnBike / GNU Free Documentation http://commons.wikimedia.org/wiki/File:4-Stroke- 29/08/2012


License. Engine-with-airflows.gif
29b gonfer / GNU Free Documentation License. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ciclo- 29/08/2012
otto.png

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