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LUSOLUMBA
AGOSTO
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
Definições de contabilidade
Actualmente a contabilidade tem-se demonstrado uma poderosa ferramenta para a
tomada de decisões, isto porque, constitui-se em um sistema de informações que gera
dados importantíssimos para que os gestores possam decidir os rumos da empresa. E,
desde há séculos, que é considerada como ciência. Vincendo Masi, um dos maiores
estudiosos da Contabilidade definiu-a como:
´´A ciência do património´´
A contabilidade é uma ciência que possibilita, por meio de suas técnicas, o controlo
permanente do património das empresas «Ribeiro, 2000, p.19».
A Contabilidade Geral é um instrumento matemático e estatístico das empresas, que
visa registar, controlar, planificar e avaliar o Património de uma empresa. Por outras
palavras, é um instrumento que permite controlar, tudo o que uma empresa possui
«António Domingos Muhongo».
Este instrumento, controla o património das empresas, através dos registos sistemáticos
de todas informações sobre os elementos patrimoniais. Isto é, a contabilidade geral
regista todas entradas e saídas de todo Património de uma empresa. Visto que tem como
objecto de estudo o Património.
Composição
Para levar a cabo as suas atividades, as entidades necessitam, por um lado, de um certo
conjunto de elementos, como, por exemplo, equipamentos, edifícios, dinheiro e
ferramentas. Mas, por outro lado, as entidades no desenvolvimentos das suas atividades
estabelecem relações que implicam um conjunto de direitos e de obrigações, pelo que
serão criadas dívidas a receber (créditos da entidade) ou criadas dívidas a pagar (débitos
da entidade). Isto é, além dos bens, fazem parte integrante do património de uma
entidade as dívidas a receber e as dívidas a pagar. Assim, pode-se definir o Património
como o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma entidade num
determinado momento.
Suponhamos que acrescentamos na lista acima o seguinte:
2) Direitos → Todas as dívidas que os terceiros têm para com a nossa empresa.
Estes representam dívidas dos clientes, funcionários da empresa, pagamentos
antecipados da empresa, etc
3) Obrigações → Todas as dívidas que a empresa tem para com os terceiros. Estes
representam dívidas da empresa para com os fornecedores, estado, empréstimos
obtidos etc.
Mobília de casa
Hospital Josina Machel
Estádio 11 de Novembro
Dinheiro para gastos domésticos
Roupas, etc.
Com os elementos incluídos nesta nova listagem, pode-se destingir três tipos de
património com diferentes características a saber:
O património pode ser:
Património Individual → Mobília de casa, roupas, dinheiro para gastos
domésticos etc
Património Comercial → Edifícios, Viaturas, Mobílias, equipamento
administrativo, Dinheiro em caixa etc
Património Público → Hospital Josina Machel, Estádio 11 de Novembro etc
Valor
A valorização dos elementos do património é feita na base dos documentos de registos
contabilísticos disponíveis na contabilidade. Como por exemplo: Factura
(reconhecimento da dívida a pagar ou a receber) etc.
Para efeito, podemos recorrer aos documentos contabilísticos para a valorização do
património, e apresentamos a seguinte listagem:
Mercadorias Kz 20.00,00
Instalações Kz 350.500,00
Mobílias Kz 53.000,00
Equação do Património
Podemos determinar o valor do património pela soma dos bens e direitos menos as
obrigações, ou seja:
MASSAS PATRIMONIAIS
Elementos Patrimoniais
O património de uma empresa é composto dos elementos do activo e do passivo. Para
ilustrar isso, vamos agora tentar agrupar os elementos que constituem o património
comercial, conforme o esquema seguinte:
Bens Obrigações
e
Direitos
Observa-se neste esquema de que há dois lados: o lado esquerdo e o lado direito.
Os elementos que vão ser agrupados (ou classificados, listados) no lado esquerdo
(os bens e direitos) valorizam positivamente, o património. Assim, os bens e direitos
correspondem aa um conjunto de valores positivos.
Os elementos que vão ser classificados no lado direito do esquema (obrigações)
valorizam negativamente o património. Assim, as obrigações correspondem a um
conjunto de valores negativos.
Assim observa-se no esquema acima uma repartição nos elementos que constituem o
património da empresa.
Logo, pode-se concluir que:
Substituindo assim os bens e direitos pelo Activo e as obrigações pelo Passivo, o valor
do património agora pode ser obtido pela diferença entre o activo e o passivo, donde à
equação fundamental do património será:
1º Situação
Quando A ˃ P e P = 0 → Teremos: PL˃ 0
A = PL
Isto quer dizer que os valores do activo são iguais aos do património líquido, revelando
a inexistência de dívidas. (Situação liquida inicial).
Ex: Para começar suas actividades uma empresa possui como total de Activo 45.000,00,
distribuídos em imobilizados, existências e disponibilidade.
Activo Capital Próprio e Passivo
imobilizado 10.000,00 Obrigações 00,00
Existências 20.000,00
Disponibilidade 15.000,00
PL 45.000,00
Total 45.000,00 45.000,00
2º Situação
A ˃ P e P ˃ 0 → Teremos: PL˃ 0
A = P + PL
3º Situação
A = P → Teremos: PL = 0
Esta situação diz-se Situação Líquida Nula, visto que esta situação revela a inexistência
de riqueza própria.
Ex: Numa empresa o total do Activo é de 45.0000,00 e o total do passivo é de 45.000,00
Activo Capital Próprio e Passivo
imobilizado 10.000,00 Passivo 45000,00
Existencias 20.000,00
Disponibilidade 15.000,00
PL 00,00
Total 45.000,00 Total 45.000,00 (Sl + Passivo)
4º Situação
A ˂ P → Teremos: PL ˂ 0
P = A + PL
Neste caso, a situação líquida diz-se negativa (ou passiva). Revelando má situação, a
existência de ’’ Passivo a Descoberto’’
Ex: Numa empresa o total do Activo é de 45.0000,00 e o total do passivo é de 50.000,00
Activo Capital Próprio e Passivo
imobilizado 10.000,00 Passivo 50.000,00
Existencias 20.000,00
Disponibilidade 15.000,00
PL 5.000,00
CLASSES CONTAS
11 – Imobilizações corpóreas
12 – Imobilizações incorpóreas
13 – Investimentos financeiros
1 – Meios Fixos e Investimentos 14 – Imobilizações em curso
....
18 – Amortizações acumuladas
19 – Provisões para investimentos financeiros
21 – Compras
22 – Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
23 – Produtos e trabalhos em curso
24 – Produtos acabados e intermédios
2 – Existências 25 – Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
26 – Mercadorias
27 – Matérias-primas, mercadorias e outros materias em
trânsito
28 – Adiantamentos por conta de compras
29 – Provisão para depreciação de existências
31 - Clientes
32 - Fornecedores
33 - Empréstimos
3 – Terceiros 34 - Estado
35 - Entidades participantes e participadas
36 - Pessoal
37 - Outros valores a receber e a pagar
38 - Provisões para cobranças duvidosas
41 - Títulos negociáveis
42 - Depósitos a prazo
43 - Depósitos à ordem
44 - Outros depósitos
4 – Meios monetários 45 - Caixa
.....
48 – Conta transitória
49 - Provisões para aplicações de tesouraria
51 - Capital
52 - Acções/quotas próprias
53 - Prémios de emissão
Estrutura
Na elaboração do plano de conta se deve considerar
- O Título das contas
- Classes de contas;
- Divisão das Contas principais em subcontas, de acordo com as necessidades da
empresa;
- Codificação das contas;
- O conjunto de regras e informações relativas à compreensão e movimentação das
contas;
Codificação Contabilística
Na codificação contabilística utilizam-se os dígitos de 0 – 9 (sistema decimal). Deste
modo as classes são numeradas de 1 a 9.
Assim, o código de conta é composto por 2 ou mais dígitos.
- O primeiro dígito, indica a classe a que pertence a conta;
- O segundo, indica-nos a ordem da conta dentro da classe (toda conta de 1 grau é
formado por 2 dígitos);
- O terceiro dígito, informa-nos que estamos na presença de uma conta divisionária e
indica-nos a ordem dentro da conta do 1 grau.
- O quarto dígito, este indica-nos que se trata de uma conta de 3 grau e assim
sucessivamente.
3.1.1.4
Obs:
3→ Classe
1→ Ordem da conta de 1º grau na classe.
1→ Ordem dentro das subcontas da conta do 1º grau.
4→ Conta do 3º grau ordem da subconta dentro da 1º subconta da 1º conta da classe.
Contas do Balanço
Contas do Activo → Incluem todos elementos patrimoniais activos, isto é, bens
e direitos. E pertencem nas seguintes classes
Classe 1: Meios Fixos e Investimentos
Classe 2: Existências
Classe 3: Terceiros
Classe 4: Meios Monetários
Classe 3: Terceiros
Classes patrimoniais
Sendo:
Passivo não corrente → Dívida que espera-se ser paga num período superior a 1
(um) ano.
Passivo Corrente → Dívida que espera-se ser paga por um período até 1 (um)
ano.
Proveitos
Trataremos as contas que retratam as operações comerciais das empresas que permitem
obtenção de receitas, consideradas nos seus diferentes contextos de classificações, ou
seja, em termos operacionais, financeiros e não operacionais.
Assim nesta classe registam-se, por natureza, os proveitos correntes operacionais, os
proveitos e ganhos financeiros, os proveitos não operacionais e ganhos extraordinários
obtidos pela empresa em determinado exercício.
As principais contas integrantes desta classe são:
a) Vendas
b) Prestações de serviços
c) Outros proveitos operacionais
d) Trabalhos para própria empresa
e) Proveitos e ganhos financeiros gerais
f) Outros proveitos não operacionais
g) Proveitos e ganhos extraordinários
Contas de Gestão
As contas de gestão abrangem as contas de Proveitos e de Custos do exercício corrente,
classificados de acordo com a sua natureza.
Classe 6: Proveitos e Ganhos por Natureza
Classe 7: Custos e Perdas por Natureza
Composição
O inventário geral de cada património compreenderá:
1- Inventário dos meios fixos e investimentos;
2- Inventário das existências;
3- Inventário de terceiros
4- Inventário de meios monetários
Periodicidade
Quanto a periodicidade os inventários, podem ser:
1. Ordinários → Quando elaborados periodicamente (em princípio um vez ao ano)
2. Extraordinário → Elaborados em consequências de condições excepcionais,
como nos casos:
a) Quando da mudança de instalações
EXERCÍCIOS
A empresa OMML, lda que se dedica a comercialização de bens alimentares, com a
sede no Lubango apresentou os seguintes elementos patrimoniais em 01 /01 / 2012:
Constituição do Balanço
É constituído de dois membros que são:
a) O activo (bens e direitos) → que Regista-se do lado esquerdo do balanço.
b) O Passivo (obrigações) → que regista-se do lado direito do balanço
c) O Património líquido → que regista-se do lado direito do balanço, que pode ser
proveniente das seguintes fontes:
Investimentos efectuados pelos proprietários
Lucros acumulados
Do ponto de vista financeiro o Activo representa as aplicações de fundos ou de
investimentos e o Passivo representa as origens ou os financiamentos.
Para manter-se o princípio do equilíbrio em todo o momento o total das aplicações de
fundos deve ser igual ao total das origens de fundos. Os fundos vêem sempre do Passivo
e da SL e são aplicados ou investidos no Activo.
4. Quanto a finalidade
Balanço de Constituição (fundação) → É o balanço que corresponde à criação da
empresa e indica-nos a forma como o capital social foi realizado.
Balanço de funcionamento (Gestão) → Elabora-se uma vez por ano, por força da
lei, com objectivo de efectuar o apuramento dos resultados e com vista a
determinação da situação patrimonial.
Balanço Fiscal → É o balanço real ou de gestão corrigido de acordo com as
regras da legislação tributaria. Destinado à apresentação à administração Fiscal
para determinação da matéria colectável.
Balanço de Cessão → Tem por finalidade a determinação do valor de troca da
empresa quer seja para efectuar o trespasse ou a fusão, quer se destine a
transaccionar uma parte, quer tenha por objecto negociar uma quota do capital
social.
Balanço de Liquidação →Elaborado na empresa que liquide ou se dissolve,
quando por qualquer razão se desfaz o pacto social que deu origem à empresa.
Balanço de Partilha → É o último balanço de liquidação e é constituído por
valores definitivos, considerado como balanço mais exacto que se pode elaborar.
Sub-total----------------------------------------- x Sub-total-------------------------------- X
Contas a receber Empréstimo á curto prazo
- Clientes-correntes---------------------------- X - Empréstimos bancários------------- X
- Clientes-títulos a receber-------------------- X - Empréstimos por obrigações------- X
- Clientes de Cobrança duvidosa------------- X Empréstimo por título de
- Fornecedores-Saldos devedores------------ X participação---------------------------- X
- Estado------------------------------------------ X Outros empréstimos------------------- X
- Participantes e Participadas----------------- X
- Pessoal----------------------------------------- X
- Devedores-venda de Imobilizado---------- X
- Outros devedores----------------------------- X
- Provisões para cobranças duvidosas------- (x)
Sub-total----------------------------------------- X Sub-total-------------------------------- X
Disponibilidade Outros passivos correntes
- Títulos negociáveis--------------------------- X - Encargos a pagar-------------------- X
- Saldos em bancos----------------------------- X - Proveitos a repartir por períodos
-- Caixa------------------------------------------ X Futuros---------------------------------- X
- Provisões-------------------------------------- (x) - Facturação de obras de caracter
Plurienais------------------------------- X
- Diferenças de câmbios favoráveis
Diferentes------------------------------ X
Sub-total Sub-total-------------------------------- X
Outros activos correntes
- Contratos plurienais em curso--------------
- Encargos a repartir por períodos
Futuros------------------------------------------- X
Sub-total---------------------------------------- X
Total do Activo Corrente---------------------- X Total passivo corrente---------------- X
Total do passivo-------------------------- X
TOTAL DO ACTIVO X TOTAL DE CP + PASSIVO X
200X 200X - 1
Factos permutativos;
Factos modificativos
Um facto diz-se permutativo, quando provoca uma alteração na composição do
património, mas não no seu valor.
Será modificativo, quando implica, além da variação na composição, uma alteração no
valor do património.
Os primeiros são os mais frequentes, podendo-se apresentar como exemplos: compra de
mercadorias; pagamento de uma divida; aquisição de um edifício; um saque sobre um
cliente; etc.
Os segundos implicam para além duma alteração na composição, também uma alteração
no valor do património (capital próprio). Estarão neste caso todas as operações que
originem um lucro ou um prejuízo para a empresa. Ex: venda de mercadorias com lucro;
venda de um valor móvel (ou outro) por um preço inferior, ou superior, ao representado
no património, etc…
Para ilustrar a afirmação anterior, considere-se o balanço da sociedade de Artigos
Desportivos do Centro, Lda, em 1 de Janeiro deste ano:
Durante a primeira semana de Janeiro, a Sociedade efectuou três operações que vamos
registar seguidamente:
Operação 1: Comprou mercadorias a pronto pagamento por Kz 100 (Inv. Permanente)
Esta operação originará uma variação em duas contas do activo:
Partes constitutivas
Como toda a classe de valores, as contas têm, necessariamente, de apresentar
características próprias:
Terminologia
Debitar uma conta → Significa inscrever um valor no lado débito.
Exemplo:
D C
500,00
D C
500,00 300,00
D C
300,00 600,00
D C
300,00 300,00
Uma vez determinado o saldo, este adiciona-se ao lado cuja soma for de menor
valor, obtendo-se assim uma igualdade entre os dois lados da conta.
Exemplos:
D C
500,00 300,00
200,00 SD
500,00 500,00
SC 300,00
600,00 600,00
D C
500,00 500,00
500,00 500,00
1250,00 1250,00
D C
360,00 520,00
280,00 440,00
SC 320,00
960,00 960,00
D C
S.I 560,00
D C
320,00 S.I
Contas do Balanço
Contas do Activo → Incluem todos elementos patrimoniais activos, isto é, bens
e direitos. E pertencem nas seguintes classes
Classe 1: Meios Fixos e Investimentos
Classe 2: Existências
Classe 3: Terceiros
Classe 4: Meios Monetários
Classe 3: Terceiros
Contas de Gestão
Contas de Resultados
Classe 8: Resultados
Movimentação:
Débito Crédito
Saldo Inicial Diminuição (-) ↓
As contas do Activo são debitadas pelos saldos iniciais e aumentos, e creditadas pelas
diminuições. O saldo é sempre devedor.
Contas do Passivo: Compreende todos os elementos patrimoniais passivos.
Movimentação:
Débito Crédito
Diminuição (-) ↓ Saldo Inicial
S.C
SD
As contas de custos por natureza → devem ser debitadas pelos Custos (custo
das existências vendidas, fornecimentos e serviços de terceiros, impostos,
despesas com o pessoal, despesas financeiras, outras despesas e encargos e
amortizações e reintegrações do exercício) e creditadas por eventuais anulações
desses custos. O saldo é sempre devedor.
Transferência: Os saldos devedores para os custos e credores para os proveitos são
transferidos a débito para os custos e a crédito para os proveitos da conta ‘’82
Resultados operacionais.
Contas de Resultado
Apuramento de Resultado
D 82 Resultados Operacionais C
Custos e Perdas Proveitos e Ganhos
Operacionais Operacionais
O MÉTODO CONTABILÍSTICO
Para a contabilização dos registos de todos os factos ocorridos no cotidiano da empresa,
utilizaremos o Método das Partidas Dobradas, que foi idealizado e publicado pelo Frei
Luca Pacíoli, em 1494. Esse método determina que para cada débito haverá um ou mais
créditos de igual valor e vice-versa, fazendo sempre o valor debitado ser igual ao valor
creditado.
Exemplo 1
Depósitos no banco de kz 350. As contas afectadas por este facto são:
Caixa e Banco
Resolução: A primeira sofre uma variação diminuitiva e a segunda uma variação
aumentativa, de igual montante. São contas do Activo
D 43 Banco C D 45 Caixa C
350,00 350,00
Exemplo 2
Compra de mercadorias de Kz 280, cujo pagamento é feito dentro de 45 dias.
As contas a movimentar neste facto são:
D 26 Mercadorias C D 32 Fornecedores C
280,00 280,00
Exemplo 3
Compra a crédito de móveis Kz 120.000 e duma viatura Kz 220.000.
Conclusão:
Classificação de Lançamentos
Segundo a natureza dos movimentos, os lançamentos classificam em:
a) Lançamentos de abertura: respeitam aos registos dos valores iniciais das contas
aquando do início da escrita.
b) Lançamentos correntes: respeitam aos registos das operações realizadas e dos
acontecimentos ocorridos durante o exercício económico.
c) Lançamentos de estorno: têm por finalidade rectificar as omissões, duplicações
e erros cometidos nos lançamentos efectuados.
d) Lançamentos de transferência: têm por finalidade transferir os saldos das contas
de custos e proveitos para as contas de resultados, permitindo a posterior
determinação dos resultados da empresa.
e) Lançamentos de regularização
f) Lançamentos de encerramento ou fecho: são efectuados depois do apuramento
dos resultados e da elaboração do balanço e permitem fechar as contas que
apresentam saldos (devedores ou credores).
g) Lançamentos de reabertura: registam-se no início de cada exercício económico,
os valores iniciais das contas (saldos finais das contas no exercício anterior).
DIÁRIO
Diário → É o documento que serve para registar dia apos dia, por ordem de datas, cada
um dos actos praticados pela empresa, que modifiquem ou possam vir a modificar o
património de uma entidade económica.
Estruturas
BALANCETE
Balancetes de verificação
Todas as empresas têm dezenas de transacções mensalmente, todas registadas na
contabilidade pelo método das partidas dobradas, ou seja: para cada um ou mais
lançamentos de débito efectuados deve corresponder um ou mais lançamentos de
Estrutura
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Os utentes e as necessidades de informação
Existem informações sobre as entidades que são úteis para determinados utentes por
permitirem avaliações e tomada de decisões importantes, das quais se destacam a nível
externo:
Desempenho
O desempenho e a variabilidade do desempenho de uma entidade é útil para predizer:
A capacidade da entidade em gerar fluxos de caixa a partir dos recursos básicos
existentes.
As alterações potenciais nos recursos económicos que seja provável que ela controle no
futuro.
Criação de normas.
Aplicação de normas com vista à harmonização da informação contabilística
produzida.
A International Federation of Accountants (IFAC), que tem como objectivo primordial
a harmonização contabilística a nível mundial, tem vindo a desenvolver esforços para a
consecução do seu objectivo, através do International Accounting Standards Committee
(IASC), órgão dependente do IFAC, mediante a emissão de normas de contabilidade
internacionais.
Embora as normas internacionais assumam um carácter de prática geralmente aceite,
resultante de uma escolha colectiva com vista a solucionar problemas de carácter
repetitivo, em Angola as normas contabilísticas têm até agora assumido um carácter
legal que nesta fase, face as inúmeras alterações a introduzir, se optou por mater.
Entretanto, o Plano Geral de Contabilidade agora aprovado estabelece os critérios para
preparação e apresentação das Demonstrações financeiras para os utentes externos tendo
como propósitos fundamentais:
Objectivo da Normalização
Data Decretos-lei
1979 Decreto nº 259/79, de 19 de Outubro
1984 Decreto nº 74/84, de 19 de Outubro
1989 Decreto nº 70/89, de 23 de Dezembro
2001 Decreto nº 82/01, de 16 de Novembro
Actividade em Angola;
Actividade noutros países mas que tenham a respectiva sede em Angola.
Estrutura
Na elaboração do plano de conta se deve considerar
- O Título das contas
- Classes de contas;
- Divisão das Contas principais em subcontas, de acordo com as necessidades da
empresa;
- Codificação das contas;
- O conjunto de regras e informações relativas à compreensão e movimentação das
contas;
- Os critérios e métodos Valorimétricos.
Codificação Contabilística
Na codificação contabilística utilizam-se os dígitos de 0 – 9 (sistema decimal). Deste
modo as classes são numeradas de 1 a 9.
Assim, o código de conta é composto por 2 ou mais dígitos.
- O primeiro dígito, indica a classe a que pertence a conta;
- O segundo, indica-nos a ordem da conta dentro da classe (toda conta de 1 grau é
formado por 2 dígitos);
- O terceiro dígito, informa-nos que estamos na presença de uma conta divisionária e
indica-nos a ordem dentro da conta do 1 grau.
CONSTITUIÇÃO DE EMPRESAS
Campo de aplicação da contabilidade
Empresa
As actividades económicas são exercidas pelas organizações, como por exemplo:
empresas de comércio, transformação, construção, transporte, manutenção, etc, são
chamadas de empresa.
Entretanto, como tudo na vida tem fases, o seu é limitado, o qual pode ser dividido em
três fases a saber: constituição, funcionamento e liquidação.
Definição
Várias definições são propostas, e verificamos que especialistas de diferentes profissões
têm definido a empresa consoante os seus pontos de vista. Nós optamos pela definição
mais geral adoptada pela Contabilidade Nacional Francesa, como sendo empresa: um
organismo financeiramente independente, produzindo para o mercado bens e
serviços.
Nesta definição, podemos verificar três aspectos importantes:
1. Produção → Quer dizer que a empresa cria (ou transforma) bens ou serviços
para a satisfação das necessidades dos indivíduos, ou das outras empresas.
Exemplo de empresa:
a) Criação ou produção de bens → Vidrul, Nova Cimangol, etc
b) Empresa de produção de serviço → Taag, Movicel, etc
Classificação
Pérochon classifica as empresas no seu ponto de vista Jurídico, da sua dimensão e do
seu ramo de actividade.
Sociedades por Quotas → As sociedades por Quotas são constituídas por escritura
pública, com capital social, representado por quotas. Neste caso, a responsabilidade
dos sócios é limitada ao valor da quota. Exemplo: empresa ‘‘ Ofeka- Yetu Lda’’
BIBLIOGRAFIA