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ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA 2

FONTES DE ALIMENTAÇÃO 2

ESTABILIZAÇÃO DE TENSÃO 2
Estabilização com Díodo Zener 2
Circuitos Integrados Reguladores de Tensão 3
Princípio de Funcionamento 6

FONTES COMUTADAS 8

DESVANTAGENS DA FONTE REGULADA “CLÁSSICA” 8


PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA FONTE COMUTADA 9

COMPONENTES DE POTENCIA 11

TIRISTOR OU SCR 11
O TRIAC 12
Introdução 12
Exemplos 13
MOSFET 14
Características Gerais 14
Circuitos tipicos 15
IGBT 17

TRANSFORMAÇÃO DE UMA TENSÃO CONTINUA EM TENSÃO TRIFÁSICA SINUSOIDAL 18

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FONTES DE ALIMENTAÇÃO

ESTABILIZAÇÃO DE TENSÃO

Verificou-se anteriormente que apesar de a tensão obtida à saída do condensador de filtragem de um


circuito rectificador com filtragem, já ser razoavelmente estabilizada, ainda vem afectada de um
pequeno ripple.

Esse ripple pode, em circuitos críticos (Ex: amplificadores) ser fonte de perturbações.

Vamos apresentar as diversas formas de estabilizar essa tensão, recorrendo a circuitos adicionais.

ESTABILIZAÇÃO COM DÍODO ZENER

O Zener, é um diodo que, uma vez polarizado inversamente, mantém aos seus terminais uma tensão
estável.

Circuito
Estabilizador
U UU
1
D1 D2 R R
t t
Rz
R
+

R
2 D3 D4
Dz
_
C

U
R

No circuito típico apresentado, a tensão aos terminais de C é aplicada ao circuito composto por Rz e
Dz.

A tensão do díodo Dz tem que ser necessariamente inferior à tensão em C. Só assim existirá
corrente em Rz.

Assim a corrente flui desde o + de C, através de Rz, Dz até ao – de C (considere-se por enquanto o
circuito sem carga).

As variações da tensão de entrada, são “absorvidas” por Rz. A carga irá buscar a tensão estável
existente aos terminais de Dz.

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Condições de funcionamento

 A tensão no condensador tem que ser maior que a tensão no zener.

 A Corrente no zener (quando sem carga) nunca pode ser tal que destrua o zener por excesso de
potência.

 Quando aplicada a carga, a corrente distribui-se por Dz e R. A corrente em R nunca pode ser tal
que leve a corrente no zener a zero, ( este deixaria de estabilizar ).

Este circuito tem alguns inconvenientes:

 Quando sem carga, o zener “aquece” muito, pois a energia destinada à carga dissipa-se também
sobre o zener.

 A diferença entre a tensão de entrada e de saída é sempre muito grande (comparando com
outras soluções).

 A corrente máxima de saída é apenas da ordem das centenas de mA.

CIRCUITOS INTEGRADOS REGULADORES DE TENSÃO

Actualmente esta é a mais eficiente, mais fiável, mais simples e mais barata maneira de conseguir
uma tensão estável.

O objectivo de um regulador de tensão (em integrado ou não) é obter-se uma tensão estável,
independente das condições de entrada e da corrente de saída.

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No esquema de blocos representado, podem-se encontrar 4 blocos funcionais fundamentais:

Controlador Limitador
de corrente de corrente

Tensão de
referência
comparador
+ R1

R2

Tensão de Referência

Neste bloco,obtém-se, a partir da tensão de alimentação (não estabilizada), uma tensão estabilizada.
Valores típicos são 7.15V (LM723), 2.2V (L200), 1.2V (LM317T). Este bloco não pode fornecer muita
corrente. Esta tensão é independente da tensão de alimentação e da temperatura.

Comparador

Este bloco compara a tensão de referência com a tensão de saída, (ou um extracto dela). O
resultado desta comparação é aplicado ao bloco controlador de corrente.

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Controlador de Corrente

Neste bloco é controlada a corrente que irá passar da entrada para a carga. Normalmente é um
transistor de potência (ou mais). Actualmente também se usam transistores MOSFET de potência
(SIPMOS, VMOSFET...).

Limitador de Corrente

Este bloco tem como missão limitar a corrente de saída a um valor previamente definido, assumindo
assim um papel de protecção da carga contra correntes excessivas.

Para o conseguir, compara-se a queda de tensão que a corrente de saída irá provocar numa
resistência de muito baixo valor (0.1 a 10 Ohms) com uma tensão de referência.

O resultado dessa comparação é aplicado também ao bloco controlador de corrente, dando ou não
indicações a este para limitar a corrente de saída.

Diversos

Existem outros blocos funcionais com funções acessórias;

S.O.A. ( Safe Operating Area ) - Se a potência dissipada no regulador (corrente que o atravessa
vezes a queda de tensão no mesmo) fôr superior a um valor considerado o máximo admissível para
as possibilidades de dissipação de energia, então este bloco dá indicações ao controlador de
corrente para reduzir a corrente de saída.

THERMAL SHUTDOWN – Se a temperatura do integrado regulador fôr superior a um determinado

valor (100 a 150oC) é interrompida totalmente a corrente de saída, até a temperatura readquirir
valores seguros.

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O comparador compara a tensão de referência com (um extracto) da tensão de saída, e aplica o
sinal resultante ao controlador de corrente. Se por acaso a tensão de saída baixar, o sinal de saída
do comparador fica positivo, obrigando o controlador a permitir maior passagem de corrente, levando
assim a tensão de saída a repor o valor inicial. Este é, um fenómeno de compensação.

O bloco limitador de corrente garante que a corrente de saída não exceda determinado valor, de
modo a proteger a carga e o próprio regulador.

Existem também os blocos SOA e Thermal Shutdown, que, em caso de sobrecarga, garantem a
não destruição do circuito integrado.

Actualmente os circuitos integrados reguladores de tensão são de longe os mais usados para a
obtenção de tensões estáveis. São superiores em perfomances a qualquer circuito baseado em
zener + transístor, e para a mesma especificação, são muito mais baratos.

Além disso ocupam muito menos espaço em circuito impresso. Todos os blocos funcionais acima
descritos se encontram colocados dentro do circuito integrado.

A figura ao lado representa um dos tipos de reguladores mais usado.

Ex:7805

+
+ R
-
1
R
2
-
-

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Aparece normalmente com esta caixa (Ref: TO220).

Há várias alternativas:

 REGULADOR FIXO POSITIVO, Ex: 7805 ( 5V );7809 ( 9V ); 7812 ( 12V ); 7815 ( 15V )…

 REGULADOR FIXO NEGATIVO, Ex: 7905 ( -5V );

 7909 ( -9V ); 7912 ( -12V ); 7915 ( -15V )…

 REGULADOR VARIÁVEL POSITIVO, Ex: LM317; L200; L123,723…

 REGULADOR VARIÁVEL NEGATIVO, Ex: LM337…

IMPORTANTE: A configuração dos terminais varia, especialmente dos reguladores positivos para os
negativos.

Apresenta-se seguidamente uma configuração típica com regulador de tensão da série 78**.

(Ex: 7805)

U U
1
D1 D2R
t t
R
In Out +
Common
2 D4 R
D3
_
C

Os condensadores colocados imediatamente antes e depois do regulador, garantem que este é


estável, mesmo quando perturbado com interferências de alta-frequência, ou alimentando cargas
geradoras de perturbações.

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FONTES COMUTADAS

DESVANTAGENS DA FONTE REGULADA “CLÁSSICA”

No regulador tratado anteriormente, consegue-se uma tensão estável na saída, aplicando na entrada
deste uma tensão superior à de saída.

Esta opção usada nas fontes convencionais, leva a que o


controlador de corrente (indicado a mais a escuro) “suporte”
+ os excessos de energia, que não são entregues à carga.
+ -
- Isto significa que nesse componente, normalmente um
- transistor, seja dissipada muita energia sob a forma de calor.

Isto significa desperdício de energia ! !

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PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA FONTE COMUTADA

O caso mais simples de entender é constituido pelo seguinte circuito:

Neste caso a tensão de entrada é rectificada, obtendo-se uma tensão contínua de (220 . 2), 310V.

Essa tensão é por sua vez transformada outra vez em corrente alternada, mas agora a uma
frequência muito mais elevada (30KHz a 5 MHz).

Conversor Conversor Conversor


220V AC/DC DC/AC AC/DC SAÍDA DC
(Rectificador) Oscilador (Rectificador +
AC filtro)
Alta Freq.

DC AC Alta freq. DC
Tensão alta abaixam. de tensão baixa tensão
A) B) C)

A ) Esta parte do circuito recebe energia da rede ~ rectifica-a e


produz energia continua, tipicamente 300V (perigoso !!).
Produzem-se bastantes interferências que é necessário também
filtrar.

B) A energia recebida do Bloco A) é


entregue a um circuito com um Mosfet
que produz uma oscilação a uma
frequência de 30KHz a 5 MHz, que é
entregue a um transformador. Esse
circuito ajusta-se em função das
condições da Saída através de um
fotoacoplador,

C ) No secundário do transformador obtém-se uma


tensão alternada que é rectificada por díodo de alta freq.
(Shottky). A tensão contínua obtida é estabilizada,
enviando para a entrada um sinal de feedback,
normalmente através de um Fotoacoplador de isolamento

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O transformador modificará essa tensão para o valor adequado à tensão de saída.

Por fim essa onda alternada, é de novo transformada em tensão contínua.

A grande vantagem deste tipo de fontes reside no menor tamanho do transformador, e filtro de saída,
pois quanto maior a frequência, menor o tamanho destes. Além disso não existe nenhum
componente que aqueça excessivamente, pois todos os componentes activos apenas trabalham em
comutação (ou conduzem tudo, ou nada).

Pode-se ainda usar transformadores com mais de um secundário, obtendo-se assim múltiplas
tensões de saída. Este é o caso das fontes de alimentação usadas nos aparelhos de televisão, e nos
computadores.

Actualmente, apesar de maior complexidade, estas fontes atingiram já um elevado grau de


fiabilidade.

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COMPONENTES DE POTENCIA

TIRISTOR OU SCR
O tiristor é constituído essencialmente por quatro camadas de semicondutor sucessivas na
sequência pnpn.

Na camada dopada de p encontra-se o ânodo, na camada dopada de n encontra-se o cátodo. Além


disso junta-se um terceiro terminal de gate que serve de eléctrodo de comando e é aplicado na zona
p interior.
P N P N
Ânodo Cátodo
A K

Gate

As camadas entre o ânodo e o cátodo tem no tiristor um elevado valor ohmico, por isso o tiristor está
bloqueado.

Para as camadas se tornarem condutoras, têm de estar duas condições previamente realizadas:

a) O ânodo tem de ser positivo em relação ao cátodo

b) Um impulso de comando tem de estar na gate quando o ânodo for positivo em relação ao
cátodo.

Uma outra possibilidade de disparo do tiristor, mas que não deve ser aplicada, consiste em escolher
a tensão de ânodo positiva em relação ao cátodo tão elevada que o tiristor sem corrente de comando
disparo entra à condução. A esta tensão dá-se o nome de tensão de varredura de zero.

Para disparar o tiristor pelo eléctrodo de comando chega um sinal de corrente de comando de
aproximadamente 100 mA numa tensão de aproximadamente 2,5V.

Não é necessário que a corrente de comando esteja sempre a passar para que o tiristor permaneça
em estado de condução.

Porque se o tiristor entra à condução com um impulso de comando curto (durante só alguns
microsegundos) ele permanece ligado enquanto a tensão suportável (aproximadamente 3V) ou a
corrente de sustentação (aproximadamente 20 … 100 mA) entre o ânodo e o cátodo forem atingidas.

Para o colocar ao corte a tensão suportável ou a corrente de sustentação entre o ânodo e o cátodo
não podem ser atingidas. O tiristor fica ao corte automaticamente com corrente alternada quando, por
causa da perda de tensão, a tensão suportável não for atingida.

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O TRIAC

INTRODUÇÃO

Os triacs são componentes semicondutores, surgidos das mesmas pesquisas que resultaram o SCR.
Triac é um termo criado para definir um comutador de corrente alternada.
O triac na verdade é um SCR bidirecional, o que quer dizer que ele conduz a corrente em ambos os
sentidos. Este componente não possui cátodo, mas sim anodo 1 e anodo 2.
Todos os terminais, inclusive a porta estão conectados em ambos os tipos de cristais (P ou N),
portanto a porta pode ser acionada tanto por pulsos negativos como positivos.
Até receber um pulso, o Triac está em estado de não condução, ou seja bloqueio.
Na figura a seguir é mostrado o Triac com a disposiçãoo do chip de silicio, seu símbolo e sua
equivalência em SCR:

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EXEMPLOS

Tal como o SCR, os triacs tambem são usados para controlar a potência aplicada a uma carga pelo
método do controlo de fase. O triac pode ser disparado de modo a que a carga seja alimentada
durante uma parte de cada semiciclo. Durante cada semiciclo positivo, o triac está no corte durante
um certo intervalo, chamado de angudo de atraso (medido em graus), após o que é disparado e
conduz, alimentando a carga, durante o resto do semiciclo, chamado de ângulo de condução. Acção
semelhante se passa no semiciclo negativo, sendo que nesta alternâcia a corrente circula em sentido
contrário.

Esta figura mostra um circuito possível que controla 230V a partir de um circuito de comando isolado
da rede.

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MOSFET +D10 V -D10 V

(Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transístor)


G G
+ 10V - 10V
0V 0V
S N
Canal Canal
S P
CARACTERÍSTICAS GERAIS

Duma forma equivalente aos transístores existe


MOSFET canal N e canal P.

Exemplo de características:

É um componente controlado em tensão, A gate de controlo tem características puramente


capacitivas, logo apenas existe corrente na Gate de controlo durante a entrada do Mosfet em
Condução, ou ao Corte.

Os Mosfet conseguem controlar valores


corrente típicos de de 0,1A até 500 A

NO MOSFET BUZ20, temos uma corrente entre


Dreno e Source máxima de 13,5 Ampere. .

Igualmente conseguem controlar tensões entre


Dreno e Source típicas de 30V até 1200V.

Neste caso temos uma tensão entre Dreno e


Source máxima de 100V.

Uma tensão VGS superior tipicamente a 3V põe


o MOSFET em condução

Quando em condução, a resistência do canal de


condução é de tipicamente 0,2 Ohm

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CIRCUITOS TIPICOS

Circuito típico de comando:

Uma tensão aplicada entre a Gate (G) e a


Source (S) Cria um canal de condução entre o
Dreno e a Source com uma resistência muito
Baixa, tipicamente Décimos de Ohm.

A gate é um local sensível a electricidade estática


(Exemplo tocar com a mão), pelo que o circuito
anterior deve ser acrescido de protecções:

Este é um exemplo que impede tensões


superiores a 10 volt na Gate. Alem disso em
repouso, R4 garante a Gate a 0 Volts.

Nos Transístores existem versões complementares NPN e PNP,

Aqui nos Mosfets também existe o equivalente

PNP  MOSFET CANAL P

NPN  MOSFET CANAL N e

É possível assim criar saídas complementares que podem colocar a saída ligada ao positivo ou ao
negativo. Ligar os dois mosfet seria neste caso destrutivo pelo que se criam medidas de protecção.

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Presentemente aposta-se em processos com isolamento galvânico, recorrendo a componentes
Optoelectrónicos.

Eis um exemplo, usando um

Photovoltaic Isolator.

Dum lado tem um Led e do outro lado tem

uma célula fotovoltaica, tipo minipainel solar.

Neste caso temos uma


solução completa de
comando em Ponte,

Em X_OUT pode ser ligado


um motor de corrente
contínua.

Activando T1 e T4, roda


num sentido

Activando T3 2 T2, roda no


sentido oposto

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IGBT

Isolated Gate Bipolar Transistor:

São usáveis de uma forma semelhante aos MOSFET, mas com características muito melhoradas.

Tecnologicamente é construído baseado na junção entre


um MOSFET e um transístor, mas os resultados superam
qualquer um dos componentes:

É possível controlar correntes até 3600 A e

Tensões até 6500 Volt

Aparecem muitas vezes em conjuntos de 2 IGBT

ou de 6 IGBT

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TRANSFORMAÇÃO DE UMA TENSÃO CONTINUA EM TENSÃO

TRIFÁSICA SINUSOIDAL

Esquema funcional de um conversor para


motor trifásico

Processo básico para construção de uma


onda sinusoidal, a partir de uma tensão
continua (comutada)

Diagrama a: É indicado aqui o esquema equivalente para


cada fase do motor.

Diagrama b: Podemos substituir uma onda sinusoidal por um


conjunto de 12 impulsos quadrados, com a largura adequada. O
resultado final eficaz, é quase igual!

Diagrama c: Melhoramos a aproximação á onda sinusoidal, se


aumentarmos a quantidade de impulsos por ciclo para 36 impulsos

DIAGRAMA D: MANTENDO A QUANTIDADE DE IMPULSOS, E


POSSÍVEL, MODIFICAR A AMPLITUDE DA ONDA
"SINUSOIDAL" ASSIM GERADA, SE CONTROLARMOS A
DURAÇÃO DA LARGURA DESTES

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CONTROLO DO MOTOR ASSINCRONO ATRAVÉS DE VARIADOR DE FREQUÊNCIA

O variador de frequência é um equipamento electrónico que permite variar a frequência aplicada ao


motor, desde praticamente 0 Hz até valores muito acima da frequência da rede eléctrica.

Até há bem pouco tempo atrás, os accionamentos que requeriam grandes variações de velocidade
em função do processo onde estavam inseridos, utilizavam motores de corrente contínua, pois eram
fáceis de controlar a velocidade.

Assim que começaram a surgir no mercado os variadores de frequência, verificou-se uma alteração
do tipo de equipamento utilizado em sistemas com necessidade de várias velocidades de
funcionamento, ou seja, as máquinas de corrente contínua passaram a ser substituídas pelos
motores assíncronos que eram controlados pelos variadores de frequência.

A vantagem a nível do rendimento e custos de manutenção dos motores C.A. relativamente aos
motores C.C. rapidamente compensa o investimento no variador de velocidade, essencialmente
devido ao facto destes equipamentos começarem a ter preços relativamente baixos
comparativamente a alguns anos atrás.

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A utilização de inversores de frequência permite a eliminação de alguns inconvenientes relativamente
ao sistema tradicional de controlo de motores através de contactores:

• Eliminação ou redução dos picos de corrente durante o arranque


• Redução dos consumos, através de um aumento de eficácia do motor
• Permite adaptar a velocidade às condições de exploração
• Garante uma aceleração/desaceleração progressiva, sem sobressaltos

O variador de frequência é constituído por um bloco de potência e um bloco de controlo.

O bloco de potência é composto por:

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O Circuito Ondulador é composto por seis transístores de potência (IGBT), comandados pelo bloco
de controlo.

A ondulação é obtida através do corte da tensão contínua por meio de pulsos de curta duração, de
modo que a corrente alternada resultante seja o mais sinusoidal possível, através de controlo PWM
(Pulse Width Modulation - Modulação por Largura do Impulso).

O bloco de controlo é composto por um microprocessador, que é responsável por gerir:

• O funcionamento dos componentes de potência, nomeadamente o disparo dos transístores


de potência .
• O ajuste das várias funções que o inversor disponibiliza, tais como rampas de
aceleração/desaceleração, controlo da velocidade, limitação da corrente, etc.
• As ordens de marcha/paragem, comandos, gestão de alarmes, armazenamento de dados,
etc.

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O variador de frequência não é só vantagens. Existem
alguns inconvenientes associados à sua utilização –
Ruídos Electromagnéticos e injecção de Harmónicas na
rede.

Alguns conversores de frequência integram filtros CEM


classe B, que permitem atender às normas EN 55011
classe B grupo 1 e IEC/EN 61800-3 Categoria C1.

Contudo, caso seja necessário efectuar uma correcção


mais profunda a nível de harmónicas é possível adquirir
filtros adicionais.

ESQUEMA DE LIGAÇÕES TÍPICO DO VARIADOR DE FREQUÊNCIA

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