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Em estudos de circuitos eletrônicos é comum representarmos a fonte de alimentação como uma fonte de
tensão constante. De fato são as formas mais comuns, fáceis de assimilar e praticar. Pilhas e baterias
pertencem ao grupo de fontes de tensão: nestas, a tensão tende a permanecer constante e, conforme a
carga é alterada, a corrente é quem varia.
Em fontes de correntes, a corrente é quem permanece constante. Conforme a carga tem seu valor alterado,
a tensão é quem varia de forma a manter a corrente constante. Assim, uma fonte de corrente constante é o
circuito que limita o valor da corrente elétrica mesmo que a fonte de tensão ou carga varie seu valor, dentro
dos limites estabelecidos pela Lei de Ohm.
O circuito seguinte mostra uma fonte de corrente constante, alimentada por uma fonte de tensão, composta
por transistor, diodo zener e resistores.
A carga a ser alimentada é representada pelo potenciômetro RL (Resistor Load). Ajustar RL simula as
variações na carga. Ao mudar RL, a tensão sobre a carga muda, pois a corrente fornecida (coletor de Q1) é
constante. Utilizando o software de simulação Multisim®, construa o circuito indicado a seguir.
XMM1 XMM2
Q1
BC558B
43Ω
D1
1N748A 100Ω 50%
V1 Key=A
12 V
390Ω
Neste circuito, o diodo zener (3v9 para 1N748) e a tensão VEB do transistor (até 0,82V, segundo o datasheet
do BC558) tendem a permanecer constantes. Isto significa que a tensão sobre o resistor RE de 43Ω no
emissor do transistor tende a ser constante, mesmo que a tensão de alimentação V1 flutue (mas mantenha
o diodo zener D1 polarizado). Com isso, a corrente em RE fica fixa, determinando a corrente máxima no
coletor de Q1, que é a corrente máxima entregue à carga.
Ligue a simulação e verifique as leituras nos multímetros. Faça variar o valor do potenciômetro (carga) e
verifique o que muda. Altere o valor da fonte de alimentação V1 para 15V e depois para 18V. Verifique os
efeitos nas leituras dos multímetros e compare com o valor teórico calculado.
Note que a corrente tende a ser tolerante tanto com as alterações na carga como com a fonte de
alimentação. Com os valores sugeridos no circuito, a corrente fornecida permanece constante para qualquer
posição de R3 e para flutuações na alimentação, que poderá estar entre 11V e 20V.
XMM1 XMM2
R3
200Ω
55 %
Key=A
R1
V1 12kΩ
12V carga
Q1
R2
1kΩ BC548B
25 %
Key=A
Ajuste R2 para uma leitura de 4mA no multímetro. Faça variar a resistência na carga (R3) e acompanhe as
alterações pela leitura da corrente e tensão sobre a carga.
As fontes de corrente são representadas por uma seta no interior de um círculo, momo mostra o
símbolo ao lado. Embora não seja um consenso universal, essa é a representação mais utilizada.
Espelho de corrente
Construa o circuito a seguir no Multisim®. XMM1 e XMM2 são multímetros ajustados como amperímetros.
XMM1 XMM2
R2
330Ω
R1 R3
0%
V1 10kΩ 150Ω V2
12V Key=A 24V
Q1 Q2
BC548B BC548B
Execute a simulação. Atue sobre R1 fazendo a corrente de entrada variar. Verifique as alterações na corrente
do circuito da direita. Note que a corrente de saída não é exatamente a mesma da entrada, mas
proporcional.
O circuito seguinte mostra que a corrente de entrada pode ser espelhada em vários circuitos de saída.
5kΩ
Key=Z 10 %
R10
R9 R6 R7 R8
470Ω 100Ω 500Ω 1000Ω
+ + + + +
0 A 0 A 0 A 0 A 0 A
- - - - -
V1 V2
12V Key = A Key = B Key = C 24V
J1 J2 J3
Q1 Q2 Q3 Q4 Q5
Simule o circuito no Multisim®. Atue sobre o valor da corrente e veja a influência na saída. Atue sobre as
chaves J1, J2 e J3 e verifique o espelhamento em mais de uma saída.
Em 1967, os engenheiros George R. Wilson e Barrie Gilbert se desafiaram para encontrar uma forma de
espelho de corrente mais eficiente. George R. Wilson, engenheiro de design de circuitos integrados que
trabalhava para Tektronix, ganhou o desafio e criou o circuito que leva seu nome.
V1
mA mA V2
Adicionando um quarto transistor ao espelho de corrente
Wilson podemos equalizar as tensões de coletor de Q1 e Q2,
RE RL
removendo qualquer incompatibilidade entre Q1 e Q2. A
equalização das tensões de coletor também equaliza a
potência dissipada em Q1 e Q2 e tende a reduzir a
incompatibilidade dos efeitos da temperatura sobre as VBE.
Q4 Q3
+ - 100Ω - +
0 A 0 A
10kΩ
40 %
Key=A
12V 100Ω 24V
Construa o circuito sugerido. Para os transistores, utilize os virtuais disponíveis no Multisim®. Execute a
simulação. Altere a corrente de entrada atuando sobre o potenciômetro. Verifique as modificações na
corrente de saída (parte à direita do circuito).
Modo Diferencial
+ +
0 A 0 A
- -
R5
47Ω R4
Key=A 100Ω
0%
Q2 Q3
V1 BD135 BD135
24V R2
33kΩ
+
0 A
-
Q1
BD135
R1
5kΩ
70 %
Key=A
Ajuste R1 para uma indicação de corrente próxima de 65mA no coletor de Q1. Faça variar o potenciômetro
R5 e veja os efeitos sobre a corrente em R4.
Amplificador Diferencial
Um amplificador diferencial é composto por circuitos de fonte de corrente constante e espelho de corrente.
O circuito tem duas entradas: uma inversora e uma não inversora. Assim, ao aplicarmos sinais nas duas
entradas, a saída será um sinal amplificado correspondente à diferença entre as entradas.
RE
- Vee
+Vcc
RC1 RC2
Terminação Dupla (modo diferencial): é quando dois VC1 VC2
RE
- Vee
+Vcc
RC1 RC2
VC1 VC2
Modo Comum: é quando um mesmo sinal, podendo ser ENTRADA Q1 Q2
também de mesmo potencial e de defasagem nula entre
si, é aplicado nas entradas.
RE
- Vee
iRE
ic = iB = iE iE1 = (+1)iB1 iE2 = (+1)iB2 RE
Para se melhorar o funcionamento do amplificador é preciso que aumente o valor dos resistores nos
coletores (RC) para aumentar o ganho diferencial, e o de RE, para aumentar o ganho em modo comum. Mas
aumentando o valor de RC e RE haverá uma modificação na polarização do transistor e isso afetará o
funcionamento do amplificador.
Para não afetar o desempenho e ao mesmo tempo melhorar o funcionamento do circuito, substituem-se os
resistores por fontes de corrente. No circuito a seguir a saída de sinal é obtida no coletor de Q2.
Estas fontes de corrente devem ter uma alta resistência interna, próxima do infinito. Para se obter uma
fonte de corrente física usa-se o circuito espelho de corrente.
Vcc
XSC1
18kΩ
Ext T rig
+
_
A B
12 V + _ + _
XFG1
15kΩ
Ajuste o gerador de sinais para onda quadrada de 100Hz e amplitude de 850mVp. Ajuste o osciloscópio de
forma a visualizar as formas de ondas na entrada e saída (Timebase = 10ms/Div; canal A = 5V/Div Ypos = 0;
canal B = 5V/Div Ypos = -1).
Execute a simulação. Note que a saída representa o inverso do sinal de entrada, porém amplificado.
O sinal mínimo de saída não é zero volt. Isto se dá por causa das tensões VCE dos transistores no modo
saturado (chave). Da mesma forma, a tensão máxima de saída é próxima à Vcc, mas não idêntica.
A escolha da onda quadrada no gerador de deu porque neste circuito não há controle sobre o ganho de
amplificação. Assim, o sinal de saída tende a se estabelecer no valor mínimo ou no máximo da Vcc.
Experimente outras formas de ondas (senoidal e triangular) e verifique o que acontece.
Coloque o gerador de funções novamente para onda quadrada. Execute a simulação. Reduza
gradativamente o nível do sinal e tente identificar o mínimo sinal de entrada que mantém as características
vistas no sinal de saída. Este mínimo sinal é a sensibilidade do circuito. Justifique este valor.
Comparador de tensão
Como o nome indica, é um circuito capaz de comparar dois níveis de tensão.
A figura é uma cópia do diagrama apresentado no datasheet da Texas Instruments sobre o CI LM 2903. Este
CI é encapsulado em 8 pinos e é composto por dois comparadores de tensão, uma das aplicações do
amplificador diferencial.
COMPARATOR_VIRTUAL
Configuração Inversor
XSC1
G Para esta simulação, o sinal é injetado na entrada inversora. Note
XFG2
T
a inversão de fase da saída em relação ao sinal de entrada.
A B C D
U1
Configuração Comparador
U1
COMPARATOR_VIRTUAL
Altere a frequência gerada por XFG2 para 22Hz e execute a simulação novamente. Analise a forma de onda
do sinal na saída do comparador de tensão e justifique sua forma.
LM339
Quad voltage
Comparator
O diagrama a seguir ilustra o circuito completo de cada comparador de tensão existente no LM 339. As setas
à direita do diagrama indicam os pontos de ligação em comum entre os quatro comparadores deste circuito
integrado.
Exemplo de aplicação
Projeto de um indicador de potência de áudio com barra de Leds (Bargraph) e comparadores de tensão.
Para indicar potências maiores, as alterações no circuito são facilmente implementadas; basta alterar o valor
do diodo zener ou simplesmente incluir um trimpot de 1K na entrada de áudio.
O CI escolhido é o LM 339. Sua escolha se dá por ser comum em nosso mercado (fácil de encontrar), baixo
custo e comporta alimentação simples de até 36V conforme seu datasheet.
Outro fator é a faixa de indicação desejada. A princípio vamos considerar uma potência de áudio máxima de
apenas 10W.
Os CIs comerciais podem conter vários comparadores de tensão. O CI considerado neste exemplo é o
comparador de tensão quádruplo LM339.
Com quatro comparadores de tensão, podemos estabelecer quatro níveis de comparação para indicar
diferentes potências. Para isso, usamos uma tensão de referência estabilizada por um diodo zener e
divisores de tensão.
O sinal de entrada é retificado por um diodo e o resistor de 220 garante que a impedância vista pelo
amplificador seja pouco alterada em relação ao alto falante sozinho (o circuito de entrada opera em paralelo
com o alto falante). O valor desse resistor não é crítico, podendo ser adotado acima de 27Ω.
Aqui cabe ressaltar uma condição importante: o circuito aqui proposto foi pensado em amplificação simples
e não em ponte. Para amplificação em ponte (como nos auto rádios modernos), deve-se desacoplar a CC do
sinal através de um capacitor em série com a entrada de sinais; um capacitor eletrolítico bipolar de valor
entre 47F e 220F com tensão de isolação de pelo menos 25V deve ser usado. Nestas condições, a
indicação de potência será o quádruplo do indicado aqui nas tabelas.
Lista de materiais:
1 CI – LM 339
1 Soquete para CI de 14 pinos
1 resistor de 470 x 1/4W [ 470R ]
1 resistor de 220 x 1/8W [ 220R ]
5 resistores de 1K x 1/8W [ 1K ]
2 resistores de 1,2K x 1/8W [ 1K2 ]
1 resistor de 2,4K x 1/8W [ 2K4 ]
1 resistor de 4,7K x 1/8W [ 4K7 ]
1
1 resistor de 10K x /8W [ 10K ]
1 capacitor eletrolítico de 4,7F x 25V
1 diodo zener 1N748 – 3v9 x 1/2W
1 diodo 1N4148
1 Led vermelho
1 Led amarelo
3 Leds verdes
2 conectores KRE 2 vias
1 PCI de dimensões 5 cm x 6 cm
O capacitor de 4,7F fornece uma velocidade da indicação para melhor conforto de visualização. O tempo de
carga (“tempo de ataque”, na indicação) é dado pela carga do capacitor através do resistor de 220. Os
amplificadores diferenciais apresentam altas impedâncias de entrada (da ordem de centena de K), assim o
tempo de descarga do mesmo capacitor será dado pelo resistor de 10K. Valores diferentes para este
capacitor e para o resistor de descarga podem ser experimentados. A tensão armazenada neste capacitor é
aplicada a todas as entradas inversoras ( - ) dos comparadores de tensão.
Quando não houver sinal na entrada, a carga nesse capacitor será zero. Como as entradas não inversoras
recebem tensões positivas a saída de cada comparador permanecerá positiva. Como os Leds estão com
anodo no positivo do circuito a queda de tensão neles é nula e permanecem apagados.
Conforme o sinal de entrada se eleva, a tensão no capacitor também se eleva. Essa tensão, aplicada às
entradas inversoras, é comparada com as de referências (fornecidas pelo divisor resistivo e estabilizada pelo
diodo zener). Quando a tensão se torna maior que referência existente em cada comparador, sua saída
muda para zero volt ( 0V ). Com isso, o respectivo Led acenderá.
O resistor em série com cada Led limita sua corrente para que não queime. De acordo com seu datasheet, o
LM 339 permite até 16mA em cada saída. Considerando uma queda de tensão de pelo menos 1V em cada
Led, resistores 1K permitirão alimentação de até 17V. Valores maiores como 1K5 ou mesmo 2K2 podem ser
experimentados. Tal mudança permite elevar a tensão de alimentação do circuito para 24V ou mais.
Como cada comparador possui referência diferente (fornecida pelo divisor de tensão resistivo), o resultado é
que os Leds acenderão em sequência conforme a tensão de carga do capacitor aumentar.
Os valores escolhidos para os resistores do divisor de tensão temos uma escala aproximada de 6dB por
indicação (lembrando que a cada 3dB a potência dobra, portanto a cada 6dB ela quadruplica). Como
sabemos, a potência é dada por P = V2 / R e levando em consideração os valores dos resistores, o zener de
3,9V e 0,6V da barreira de potencial do diodo de entrada, a indicação de potência deste circuito é dada por:
Como as correntes envolvidas são pequenas, quase todos os resistores podem ser do tipo miniatura. Apenas
o resistor de polarização do diodo zener deve ser maior, com potência de 1/4W.
Este circuito pode ser ampliado para indicação ccom maior quantidade de Leds. Exemplo:
As imagens apresentam os layouts do circuito expandido para 9 Leds de indicação. Como incremento, há um
trimpot multivoltas para ajustar o medidor caso se deseje indicações de potência maiores que o inicialmente
projetado.
Note que os valores dos componentes não estão representados. Como exercício de projeto, determine o
valor ideal para cada componente segundo o valor comercial (tabela E24 para resistores) para a escala de
indicação determinada pelo professor.
Como complemento deste estudo, pesquise os datasheets dos CIs LM3914, LM3915, LM3916 e BA6154.
Analise a constituição interna de cada um e verifique as aplicações sugeridas pelo fabricante para cada um
deles. Como são componentes com os mesmos princípios de funcionamento e constituição, identifique o
que os torna específicos para cada aplicação.
Amplificadores Operacionais
O amplificador operacional recebeu este nome porque foi projetado inicialmente para realizar operações
matemáticas utilizando a tensão como uma analogia de outra grandeza. Esta é a base dos computadores
analógicos onde os AOs eram utilizados para realizar as operações matemáticas básicas (adição, subtração,
integração, diferenciação e outras). Neste sentido, um verdadeiro amplificador operacional é um elemento
ideal. Os amplificadores reais utilizados, feitos de transistores, válvulas, ou outros componentes
amplificadores, são aproximações deste modelo ideal.
Os AOs foram desenvolvidos na era das válvulas termo iônicas, onde eram usados em computadores
analógicos. Os AOs modernos são normalmente construídos em circuitos integrados (ocasionalmente são
feitos com transistores).
A maioria dos AOs simples, duplos ou quádruplos disponíveis possuem uma pinagem padronizada que
permite que um tipo seja substituído por outro sem mudanças na pinagem. Um AO específico pode ser
escolhido pelo seu ganho em malha aberta, largura de banda, nível de ruído, impedância de entrada,
consumo da potência, ou uma combinação de destes fatores.
Analisando seus circuitos, é na etapa de saída que encontramos as principais diferenças e que levam
justamente aos usos diferentes para estes circuitos e também para seu comportamento diferente em muitas
aplicações. Os comparadores em geral trabalham com saída com coletor aberto, já os AOs não. Assim,
dizemos que os amplificadores operacionais são otimizados para uma operação linear enquanto que os
comparadores de tensão são otimizados para uma operação em regime saturado.
Compare as figuras abaixo, extraídas dos datasheets do LM339 (comparador) e do LM324 (AO).
Como já citado, o Amplificador Operacional (AO) é um amplificador multiestágio com entrada diferencial.
Suas características se aproximam às de um amplificador ideal. As características de um AO ideal são:
Para compreender como atua um amplificador operacional, vejamos a atuação de um amplificador simples:
+ Vcc
RE RC3
Q11
D1
Q1 Q2
IN + OUT
D2
GND
IN -
Q12
CC
GND
Q3
RC1
- Vcc
Uma entrada diferencial é necessária para possibilitar controlar o ganho do amplificador. O termo
"feedback" implica que nós realimentamos parte da saída para a entrada negativa (IN - ) através de um
divisor resistivo, como veremos adiante.
Este é também um estágio de transcondutância: tensão, corrente. Transcondutância é a razão entre o sinal
de saída de corrente de um circuito em relação ao sinal de tensão de entrada.
A transcondutância (gm) de Q1, Q2 determina o ganho deste estágio. A entrada é um nível de tensão
elétrica e a saída é a corrente elétrica resultante no coletor do transistor Q1.
Q1 e Q2 são o seu amplificador diferencial básico. RE define a corrente de polarização do coletor de CC para
os transistores.
IC1 = IC2 = IE / 2 = [(VCC - VBE) / RE] × 1/2
IC1 ajusta o ganho de Q1 (ou transcondutância - tensão de entrada, corrente de saída) para um sinal de CA.
gm = IC1 / VT
Onde:
gm = transcondutância do estágio de entrada diferencial
VT = é a tensão de entrada resultante do par diferencial. Isto dá corrente de coletor de Q1. No caso
da entrada inversora estar conectada à terra (0V), VT representará a sensibilidade do amplificador
para máxima tensão de saída, a partir da qual ocorre o ceifamento do sinal.
O resistor RC1 ajuda a definir IC1 igual a IC2. A princípio, RC1 = VBE3 / IC1. Por exemplo, se desejado Ic1 = 0,5
mA, então RC1 = 0,7 V / 0,5 mA = 1,4 k. Podemos ter que ajustar esse valor para obter Ic1 ~ Ic2. Embora RC1
auxilie no balanceamento de correntes de coletores, ele também nos rouba o ganho de sinal, desviando
parte de IC1 da base do Q3. Para efeitos de cálculos, definimos o fator Ki se referindo à parcela de corrente
que efetivamente chega à Q3.
Este é um estágio de transimpedância: quando o sinal de saída é um nível de tensão dependente de uma
corrente de entrada, o estágio é chamado de amplificador de transimpedância ou transresistência. A maior
parte do ganho de tensão acontece neste estágio. O ganho de tensão geral deve ser elevado (> 1000) para
que o amplificador tenha um ganho de sinal preciso (+10) e baixa distorção quando trabalhando em laço
fechado (feedback), instalando os componentes de realimentação.
O estágio de ganho se parece com o um amplificador emissor comum básico. Sua corrente de coletor DC
pode ser calculada com a tensão de saída Vo = 0V, colocando o coletor de Q3 a 0.7V disso através do VBE de
Q11.
IC3 = (VCC – VBE11) / RC3
A corrente de coletor IC1 de Q1 divide-se entre RC1 e a base de Q3. Ki = IB3 / IC1 = RC1 / (RC1 + RIN3)
Onde RIN3 = IC3 / VT. Então, IB3 é multiplicado pelo ganho de corrente de Q3 e convertido de volta para
tensão por RC3. A tensão torna-se VC3 = IB3 × β3 × RC3.
O capacitor entre coletor e base de Q3 é incluído para evitar que o circuito entre em oscilação.
O estágio de buffer de saída tem um ganho de 1 permitindo alimentar cargas de baixa impedância sem
afetar o ganho. Obter a saída diretamente de RC3 afetaria seu ganho de tensão. O buffer transfere a tensão
de saída para a carga enquanto fornece a quantidade de corrente necessária, isolando a carga do estágio de
ganho.
Os diodos D1 e D2 ajudam a polarizar o estágio de saída Q11 e Q12. Esses diodos compensam a barreira de
potencial de VC3 para Vo quando a saída passa de positiva para negativa ou vice-versa. Essa distorção
cruzada (crossover) é corrigida principalmente pela realimentação (feedback), mas quanto menos
compensar, melhor.
Q11 e Q12 formam o estágio de saída “push-pull”. Eles são seguidores de emissor simples - um para as
variações de saída positiva (NPN) e um para a saída negativa (PNP).
Como o seu nome indica, o emissor segue a base (ganho unitário), exceto por 0,7V até a condução do
emissor. É por isso que D1 e D2 estão incluídos, para compensar uma queda de 0,7V em cada ciclo.
As bases dos seguidores de emissor apresentam uma alta impedância ao RC3, tendo pouco efeito no ganho.
Por outro lado, o emissor apresenta baixa impedância à carga RL, de modo a poder gerar grandes correntes,
se necessário. No entanto, à medida que a carga RL diminui, a impedância de entrada de Q11 e Q12 também
diminui. Esta impedância reduzida está em paralelo com o RC3, reduzindo o ganho do amplificador.
Realimentação e Ganho
Vin+
O ganho interno total do amplificador é da entrada diferencial para a saída.
Vo
Seja o ganho total AOL (Open Loop Gain), teremos:
Vin-
AOL = Vo / (vin + - vin-) = gm1 × Ki × beta3 × RC3 × 1/2
AOL define o ganho de malha aberta do amplificador porque fizemos a análise sem a malha de
realimentação. O ganho em malha aberta (AOL) é tipicamente maior que 1000 V/V.
Vin+
Podemos definir seu ganho de sinal real pelos componentes de Vo
realimentação (feedback) RF2 e RF1.
RF2
ACL (Closed Loop Gain) define o ganho de malha fechada. Sejam RF2 e
RF1 os resistores de feedback (realimentam a saída para a entrada
negativa). RF1
Vamos projetar um amplificador para a faixa de áudio, partindo dos parâmetros desejados:
Parâmetros iniciais:
Ganho de tensão de 10 V/V (20 dB)
Alimentação a partir de uma fonte simétrica de +/- 15V
Corrente de polarização (DC bias) de Q1 e Q2 de 0,5mA
Corrente de polarização (DC bias) de Q3 de 3,5mA
Mínimo sinal na entrada quando operando em malha aberta de 25mV
Inicialmente, para obter IC1 = 0.5 mA, vemos que VBE3 (de Q3) está em paralelo com RC1, limitando-o a 0.7V.
Assim, temos RC1 = 0,7V/ 0.5mA = _______. (determine o valor teórico de RC1 e anote)
IC1 = [ (VCC - VBE) / RE ] × ½ RE=[ (VCC - VBE1) / IC1 ] × ½ RE = [ (15 - 0,7) / 0,5mA ] × ½ RE = ______
IC3 = (VCC - VBE4) / RC3 RC3 = (VCC - VBE4) / IC3 RC3 = (15 - 0,7) / 3,5mA =_____
IC1 = Vin × 1/2 × gm1 IC1 = Vin × 1/2 × 0,02 IC1 = Vin × 0,01 (A / V)
A corrente de coletor ic1 será dividida entre RC1 e rin3, definida por
AOL = VC3 / Vin AOL = gm1 × Ki × beta3 × RC3 × 1/2 AOL = 2705 (V / V)
Finalmente, com o ganho em malha aberta (AOL) tão grande, podemos fechar com segurança o loop com
RF1 e RF2 definindo o ganho de malha fechada. Neste caso, como veremos adiante, o ganho em malha
fechada (ACL) será dado por:
Como escolhemos inicialmente um ganho de 10 vezes (ACL = 10 V / V), adotando o resistor de realimentação
de 100K, teremos:
A resistência RL, próxima ao osciloscópio, simula a carga alimentada pela saída do circuito.
V1 XSC1
XFG1
RE RC3 15 V
14300Ω 4085Ω Ext Trig
+
_
Q11 A B
+ _ + _
D1
RF2
Q1 Q2
10kΩ
RF1 D2
1.1kΩ RL
1kΩ
Q12
CC
470pF Q3
RC1 V2
1400Ω 15 V
Experimente outros valores para a malha de realimentação e verifique seu funcionamento na simulação.
Sugestões: ACL = 50; ACL=100.
Podemos estudar possíveis ajustes para aproximar o projeto para o de um amplificador ideal.
A figura seguinte mostra o mesmo projeto, mas sem os resistores de realimentação e carga e também com
as entradas conectadas a 0V (gnd).
Neste circuito foram incluídos amperímetros e um voltímetro para auxiliar nos ajustes.
V1
+
RC3 15 V
RE 0.000 A
-
14300Ω
XSC1
Ext T rig
+
Q11
_
B
D1 A
_ _
+ +
Q1 Q2 D2
Q12
+
+ +
CC 0.000 A
0.000 A 0.000 A
470pF - +
- -
0.000 A
-
Q3
+ V2
RC1 0.000 V 15 V
-
A tensão VBE de Q3 foi considerada 0,7V para fins de cálculo, mas na realidade este valor é apenas próximo
disto, como podemos ver pelo voltímetro. Isto significa que o valor calculado de RC1 é teórico, podendo ser
melhorado.
Podemos iniciar com a adoção de RE=14300 conforme calculado, e modificar o valor de RC1 para que a
diferença entre as correntes de coletor de Q1 e Q2 seja a menor possível. Anote o valor ajustado encontrado
para RC1.
RC1 = ______________
Para a saída, já que as entradas estão em 0V, a tensão de saída medida pelo osciloscópio deveria apresentar
0V, o que com os valores calculados não ocorre. Para que isso ocorra devemos ajustar o valor de RC3. Altere
o valor de RC3 para que a leitura na saída seja a mais próxima possível de zero volt.
Note que com o valor ideal, as correntes de coletor dos transistores de saída se igualam. Compare os valores
encontrados para os resistores e as correntes medidas ainda estão bem próximas do calculado.
RE RC3 +
14300Ω 0.000 A V1
- 15 V
+
XSC1
0.000 A Q11
-
Ext T rig
+
_
B
D1 A
_ _
+ +
Q1 Q2
D2
+
Q12
0.000 A
-
+
+
0.000 A CC
-
470pF 0.000 A
-
+
Q3
0.000 A
-
Q4 Q5 +
0.000 V V2
- 15 V
Nesta nova configuração, o valor de RC3 deverá ser reajustado para que a saída se apresente a mais
simétrica possível. Na ausência de sinais de entrada, como na figura, a saída deve ficar em 0V. Experimente o
valor de 9k1 para RC3 e verifique o efeito na saída. Isto ocorre em malha aberta, onde o ganho é máximo e
diferenças entre o ideal e o real são amplificadas. Veremos esse efeito mais adiante, em correção de offset.
Com laço fechado em ganho 10, por exemplo, o valor anteriormente calculado pode ser aplicado.
Em um CI comercial, os resistores RE e RC3 são normalmente substituídos por fontes de corrente constante.
A figura a seguir foi obtida de um datasheet do CI LM386. Interprete o diagrama de sua constituição interna.
Os circuitos apresentados contêm os princípios dos amplificadores operacionais e são ótimos para baixas
frequências como a faixa de áudio. Porém, um amplificador operacional deve operar com ampla faixa de
tensão de alimentação e de sinais, ter precisão de funcionamento e ganho controlado com exatidão em uma
faixa de freqüências muito mais ampla que a de áudio, além de trabalhar com qualquer tipo de forma de
onda. Então, um circuito mais elaborado se faz necessário.
O primeiro AO integrado a tornar-se largamente disponível foi o Fairchild UA-709, no final dos anos 60.
Porém foi ultrapassado pelo desempenho superior do 741 (é mais fácil de utilizar, e provavelmente o mais
conhecido da eletrônica – todos os principais fabricantes produzem uma versão deste chip). O 741 possui
transistores bipolares, e segundo os padrões modernos possui uma performance considerada média.
No final dos anos 70 surgiram projetos baseados em transistores FET e as versões com MOSFET no início dos
anos 80. Há ainda os chamados AOs Bi-FET, que combinam transistores bipolares e MOSFETs e que
aproveitam as melhores características de ambos. Bi-FETs típicos são os CA3130 e CA3140 da RCA.
Fontes de corrente
+Vcc
7
Q8 Q9 Q12 Q13
Entrada
Inversora
Q14
2
4K7Ω
3
Q1 Q2 39kΩ Q16 Q17
Entrada não
Inversora 7K5Ω
30pF 24Ω
Saída
Estágio de
Entrada Q3 Q4
6
diferencial Q15
Q7 51Ω
Q19
Estágio de saída
push-pull
Q5 Q6 Q10 Q11 Q22 Q20 (em classe AB)
1 5 -Vcc
Offset Offset
Fonte de Estágio de ganho
corrente (em classe A)
O amplificador diferencial formado por Q1 a Q4 comanda uma fonte de corrente de carga ativa formadas
pelos transistores Q5/Q7. Q7 aumenta a precisão da fonte de corrente pela redução da quantia de corrente
de sinal necessária para Q3 controlar as bases de Q5 e Q6. Esta fonte de corrente provê a conversão de
estágio diferencial para saída única, descrito a seguir:
A corrente de sinal de Q3 é a entrada para a fonte de corrente, enquanto a saída da fonte (o coletor do Q6) é
conectada ao coletor de Q4. Ali, as correntes de sinal de Q3 e Q4 são somadas. Para sinais de entrada
diferencial, os sinais de corrente de Q3 e Q4 são iguais e opostos. Desse modo, a soma é o dobro das
correntes individuais. Isto completa a conversão para uma saída única.
A tensão de sinal para um circuito aberto sobre este ponto é dada pelo produto das correntes de sinal
somadas pelo valor da associação paralela entre as resistências dos coletores de Q4 e Q6. Como os coletores
de Q4 e Q6 aparecem como altas resistências à corrente de sinal, o ganho de tensão de circuito aberto é
muito alto.
Deve se notar que a corrente de base nas entradas não é zero, e que a impedância efetiva das entradas
diferenciais do 741 é de cerca de 2 MΩ. Os pinos de ajuste de offset (offset null) podem ser usados em
conjunto com um potenciômetro para remover qualquer tensão de offset que iria existir na saída do AO
quando o sinal aplicado entre as entradas fosse igual a zero.
As seções em destaque formadas pelos pares Q8/Q9, Q10/Q11 e Q12/Q13 são as fontes de corrente. A
corrente primaria, da qual as outras correntes estáticas são geradas, é determinada pela alimentação do
chip e pelo resistor de 39 kΩ atuando (em conjunto com as duas junções de diodo dos transistores) como
uma fonte de corrente. A corrente gerada é de aproximadamente [ (VS+) – (VS−) – (2Vbe) ] / 39 kΩ.
As condições em CC do estágio de entrada são controladas pelas duas fontes de corrente à esquerda. A fonte
formada por Q8/Q9 permite tensões de modo-comum maiores nas entradas sem exceder a faixa ativa de
nenhum transistor no circuito. A fonte de corrente formada por Q10/Q11 é usada, indiretamente, para
determinar a corrente no estágio de entrada. A corrente é determinada pelo resistor de 5 kΩ.
O controle do estágio de entrada ocorre da seguinte maneira: As saídas das fontes de corrente Q8/Q9 e
Q10/Q11 juntas formam um circuito diferenciador de corrente com alta impedância. Se o estágio de entrada
tende a desviar (como detectado por Q8) do valor definido por Q10, isto é refletido por Q9 e qualquer
mudança do circuito é corrigida alterando a tensão nas bases de Q3 e Q4. Desta maneira, as condições de CC
do estágio de entrada são estabelecidas por um sistema de realimentação negativa de alto ganho.
A fonte de corrente no topo à direita, formada por Q12/Q13 provê uma carga de corrente constante para o
estágio de ganho classe A, através do coletor de Q13, que é largamente independente da tensão de saída.
A área tracejada que contêm os transistores Q15, Q19 e Q22 é o estágio de ganho classe A. Ele consiste de
dois transistores NPN em uma configuração Darlington (Q15/Q19) e utilizam a saída de fonte de corrente
como a sua carga de coletor para obter um alto ganho. O capacitor de 30 pF provê uma realimentação
negativa que varia com a frequência no estágio de ganho classe A para estabilizar o amplificador em
configurações de realimentação. Está técnica é chamada “compensação Miller” e funciona de uma maneira
similar ao circuito integrador com AO. É também conhecida como compensação de pólo dominante, porque
introduz um pólo dominante (que mascara os efeitos dos outros pólos) na resposta de frequência em malha
aberta. Este pólo pode ser baixo como 10 Hz em um amplificador 741 e introduz uma perda de −3dB na
resposta em malha aberta à esta frequência. Isto é feito para conseguir estabilidade incondicional no
amplificado até o ganho unitário de malha fechada e torna este tipo de amplificador mais fácil de utilizar.
A seção tracejada ao redor do transistor Q16 é um chaveador de nível de tensão ou um multiplicador de VBE
(um tipo de fonte de tensão). Q16 provê uma queda de tensão constante entre seu coletor e emissor
independente da corrente que passe pelo circuito. Se a corrente de base no transistor for tida como zero, e a
tensão VBE for de 0.625 V (um valor típico em um transistor bipolar na região ativa), a corrente no resistor de
4.5kΩ será a mesma que a do resistor de 7.5 kΩ, produzindo uma tensão de 0.375V sobre ela. Isto mantém a
tensão no transistor e nos dois resistores em 0.625 + 0.375 = 1 V. Isto serve para polarizar os dois
transistores de saída levemente para prevenir a distorção por crossover. O problema da distorção de
crossover pode ser resolvido utilizando-se dois diodos de silício (2 × 0,6 V) em substituição a este estágio
(Q16 e resistores). Em amplificadores com componentes discretos, para se ter sucesso com esta técnica é
necessário que os diodos e os transistores de saída estejam em contato térmico.
O estágio de saída (tracejado que contém os transistores Q14, Q17 e Q20) é um amplificador seguidor de
emissor Classe AB push-pull (Q14/Q20) com a entrada definida pela fonte de tensão VBE de Q16 e seus
resistores de base. Este estágio é controlado pelos coletores de Q13 e Q19. A faixa de saída do amplificador
é de cerca de 1 volt a menos do que a tensão de alimentação, definido em parte pelo VCE(SAT) dos transistores
de saída.
O resistor de 25 ohms no estágio de saída atua com um sensor de corrente para prover a função de limite de
corrente de saída que limita o fluxo de corrente no seguidor de emissor Q14 para cerca de 25 mA no caso do
741. A limitação de corrente para a saída negativa é feita pela percepção da tensão no resistor do emissor do
Q19 e a utilizando para reduzir a carga na base de Q15. Versões posteriores deste esquema de amplificador
podem mostrar um método levemente diferente de limitar a corrente de saída. A resistência de saída não é
zero como em um AO ideal, porém com a realimentação negativa ela se aproxima de zero.
A figura abaixo é mais um exemplo de amplificador operacional na forma de circuito integrado. Foi obtida do
datasheet do CA3140 do fabricante Intersil.
Como são componentes reais (não ideais), por maior que seja a precisão construtiva dos componentes
sempre haverá algum grau de imperfeição. Isto faz com que os AOs apresentem uma tensão DC em sua
saída mesmo sem nenhum estímulo nas entradas. Essa é a tensão de offset.
O cancelamento de offset é possível porque os terminais citados estão conectados ao estágio diferencial de
entrada do AO, permitindo o balanceamento das correntes de coletor dos transistores.
Quando o AO não possui os terminais para ajuste de offset, isso pode ser feito através de resistores
externos.
Em qualquer caso, a tensão de offset poderá ser reduzida (mas não anulada) colocando-se um resistor de
equalização no terminal não inversor. Esse procedimento é sugerido pelos próprios fabricantes.
A figura seguinte mostra a inclusão do resistor de equalização (RE) para as configurações do AO como
inversor e não inversor.
Muitos AOs têm dois terminais dedicados para correção de offset, aos quais se conecta um trimpot. O cursor
do trimpot é conectado a um dos pinos de alimentação para prover o ajuste ou o cancelamento dessa
tensão. No 741 esses terminais estão presentes nos pinos 1 e 5 do circuito integrado.
Na simulação do componente 741 existente Multisim®, embora os terminais 1 e 5 estejam disponíveis para
uso, essa correção não funciona.
Na prática, esse erro (offset) é corrigido com a inclusão de um potenciômetro com os extremos entre os
pinos 1 e 5 do 741 e com o terminal central em –Vcc.
V1
12 V
Vejamos como isso se comprova. Utilizando o software de
simulação Multisim®, construa o circuito indicado ao lado. XMM1
Execute a simulação e meça a tensão de saída (pino 6). 7 1 5 U1
3
Anote: VS = ___________________ R1
6
2
15kΩ
Veja que as entradas estão ligadas a terra (0V). Com isso, a 5% R2
4 741
saída (pino 6) deveria apresentar tensão nula, o que não
150kΩ
ocorre. Esta é a tensão de offset. 5%
V2
Faça variar os valores dos resistores R1 e R2 conforme a 12 V
tabela abaixo e veja sua influência sobre a tensão de offset
na saída.
10K 470K Por outro lado, se a realimentação for fixa (ganho fixo),
um ajuste pode eliminar o offset, tornando-o preciso
5K 470K (sem erros) para qualquer nível de sinal de entrada.
1kΩ
+Vcc
7
Q8 Q9 Q12 Q13
Entrada
Inversora
Q14 V1
2 12 V
4K7Ω XMM1
3
Q1 Q2 39kΩ Q16 Q17
Entrada não
Inversora 7K5Ω
30pF 24Ω
Saída
Q3 Q4
6
Q15
Q7 51Ω
Q19
V2
12 V
Q5 Q6 Q10 Q11 Q22 Q20
Note que a alimentação é simétrica: +12V / GND / -12V. Construa esse circuito ou pegue o arquivo com o
professor.
Execute a simulação. Um voltímetro mede a tensão na saída. Atue sobre o potenciômetro (R12, na
simulação) de forma a obter a mínima tensão de saída. Esse é o ajuste de offset.
A realimentação faz com que o ganho seja ajustado conforme o projeto de aplicação, de ganho unitário a
centenas de milhares de vezes, multiplicando por esse valor qualquer diferença entre os componentes da
entrada diferencial. Assim, mesmo que sejam injetados 0V (zero Volt) nas entradas, a saída exibirá uma
tensão. O ajuste de offset é para minimizar este erro.
O circuito apresentado possui um resistor de 1K (R15) no elo de realimentação. Como não há resistência de
entrada, o AO atua como seguidor de tensão.
O ganho em malha aberta é definido como a amplificação da entrada para a saída sem nenhuma
realimentação (feedback) aplicada. Para a maioria dos cálculos práticos, o ganho em malha aberta é definido
como infinito; na realidade, entretanto, ele é limitado pela quantidade de tensão aplicada à alimentação do
amplificador operacional, (terminais +Vcc e -Vcc).
Os dispositivos típicos possuem um ganho de malha aberta em Corrente Contínua entre cem mil (100.000) e
um milhão (1.000.000). Isto permite que seu ganho seja ajustado utilizando a realimentação negativa. Os
AOs possuem limites de performance que o projetista deve manter em mente e muitas vezes trabalhar em
torno disto.
O ganho do AO calculado em CC não se aplica a corrente alternada quando operando em frequências altas.
Isto ocorre devido às limitações do componente, tais como sua largura de banda finita, e às características
em CA do circuito ao qual é colocado.
O problema melhor conhecido no desenvolvimento de projetos com AOs é a tendência de estes ressonarem
em altas frequências, em que mudanças na realimentação negativa mudam para realimentação positiva
devido à mudança de fase.
Os AOs típicos, de baixo custo, possuem uma largura de banda de alguns MHz (mega Hertz). AOs específicos
e de alta velocidade podem atingir uma largura de banda de centenas de MHz. Para circuitos de frequência
muito alta, um tipo completamente diferente de AO, chamado amplificador operacional de realimentação
de corrente é frequentemente usado.
O amplificador operacional genérico possui duas entradas e uma saída. Consideremos V+ como o sinal
aplicado à entrada não inversora e V- o sinal aplicado à entrada inversora. A tensão de saída (Vs) é um
múltiplo da diferença entre as duas entradas.
Nas equações a seguir, G é o ganho em malha aberta, isto é, sem circuito de realimentação e A é o ganho de
amplificação em malha fechada.
Onde:
Vs = tensão de saída
G = ganho em malha aberta
V+ = tensão na entrada + (não inversora)
V- = tensão na entrada – (inversora)
Se a saída é conectada à entrada inversora (realimentação), após passar por um divisor de tensão, então:
R1 R2 Vs = G ( V+ – V- );
V+ = V E ;
V R1
S
V V = Vs
E
R1 + R2
Esta configuração, também chamada de amplificador não inversor, é um dos usos mais comuns de um AO.
No entanto, muitas configurações diferentes são possíveis, fazendo dele um dos mais versáteis blocos de
construção em eletrônica.
A configuração vista é denominada amplificador não inversor porque a forma de onda na saída (Vs) procura
corresponder à mesma fase do sinal de entrada (VE).
V1
12 V XMM1
7 1 5 U1
3
6
4 741
V3 R2
1V
150kΩ
R1 V2
15kΩ 12 V
Com base no cálculo do ganho, determine qual o valor teórico que a saída deveria apresentar nesta
simulação.
Vs (teórica) = ____________
Note que para que seja possível que a saída excursione entre valores de tensões positivas e
negativas o amplificador operacional deve receber alimentação simétrica (+V, gnd, -V). No circuito
sugerido temos +V = 12V, gnd (0V) e –V = -12V.
0.2V
0.4V
0.6V
0.8V
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Na simulação, substitua a tensão de entrada por um sinal alternado de 0.5Vrms, como indicado a seguir.
V1 XSC1
12 V
Ext T rig
+
_
A B
7 1 5 U1 + _ + _
3
6
2
R2
4 741
V3
150kΩ
0.5 Vrms
R15%
60 Hz
0° 15kΩ
V2
5% 12 V
Execute a simulação e analise o obtido no osciloscópio. Verifique a não inversão de fase da saída em relação
ao sinal injetado e o ganho de amplificação. Aumente a tensão de entrada para 1,5Vrms. Verifique a forma de
onda resultante e conclua a respeito.
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
O amplificador operacional pode ser usado de forma a apresentar, em sua saída, a amplificação da soma dos
valores presentes em sua entrada. Caso o sinal de saída apresente a mesma polaridade ou fase do maior
sinal de entrada, temos um somador não inversor.
A figura seguinte mostra a configuração de um somador no qual a tensão de saída não sofre inversão.
Vs = 1 + VB
…
VB =
…
V1 V2 V3 Vn
Vs = 1 +
Rx R1 + R2 + R3 + ⋯ + Rn
R 1 1 1 1
R1 + R2 + R3 + ⋯ + Rn
R1 U1
V1 1kΩ
1V
R2
OPAMP_3T_VIRTUAL
V2 1kΩ
2V R4
R3
1kΩ
1kΩ R5
V3
3V 1kΩ
Execute a simulação e verifique o valor indicado no multímetro. Comprove que o valor está correto
demonstrando pela equação vista.
Sugestão do Professor: programe a equação na calculadora ou em planilha (excel, por exemplo), experimente
outros valores na simulação e comprove com o calculado.
XSC1
XFG1 XFG2 XFG3
G
A B C D
R3 R2 R1
1kΩ 1kΩ 1kΩ
U1
OPAMP_3T_VIRTUAL
R4
1kΩ
R5
1kΩ
Ajuste os geradores para 1KHz senoidais com as seguintes amplitudes: XFG1 = 1Vp, XFG2 = 2Vp e XFG3 =
3Vp.
Ajuste os canais do osciloscópio para 5V/Div. Posicione os traços (canais) do osciloscópio para: (A) Y.Pos =
2.7, (B) Y.Pos = 1.8, (C) Y.Pos = 0 e (D) Y.Pos = -2.
Altere os valores dos geradores para: XFG1 = 6Vp e 1KHz; XFG2 = 2Vp e 3KHz; XFG3 = 1.2Vp e 5KHz.
A figura seguinte é a obtida em um circuito semelhante, porém somando seis frequências (uma fundamental
e seus harmônicos 3, 5, 7, 9 e 11, com respectiva atenuação de amplitude em cada).
Percebe-se claramente a forma aproximada a uma onda quadrada. A onda quadrada perfeita é formada pela
soma da frequência fundamental com seus infinitos harmônicos ímpares.
Este circuito apresenta um ganho unitário sem inversão de fase. Portanto, o sinal de saída Vs apresenta
mesma amplitude, polaridade e fase do sinal de entrada VE.
Assim como no comparador de tensão, podemos usar a entrada inversora para a entrada de sinais. Nestas
condições, o sinal de saída apresentará a fase oposta à de entrada.
V
R2
S A=
R1
XMM1
7 1 5 U1
3
6
2
R1 R2
4 741
15kΩ 150kΩ
V3 5% 5%
1V
V2
12 V
Com base na teoria estudada em sala de aula, determine qual o valor teórico que a saída deveria apresentar
nesta simulação.
Vs (teórica) = ____________
0.2V
0.4V
0.6V
0.8V
1.2V
1.4V
1.6V
Responda:
Como você explica a diferença entre as medições calculadas e as medidas?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Conclua a respeito do obtido a partir de 1.2V de entrada (últimas três medições da tabela)
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Na simulação, substitua a tensão de entrada por um sinal alternado de 0.8Vrms, como indicado no próximo
circuito.
V1 XSC1
12 V
Ext Trig
+
_
A B
7 1 5 U1 + _ + _
3
6
R1 R2
4 741
V3
15kΩ 150kΩ
0.8 Vrms
5% 5%
60 Hz
0° V2
12 V
Execute a simulação e analise o obtido no osciloscópio. Verifique a inversão de fase da saída em relação ao
sinal injetado e o ganho de amplificação. Verifique também o que ocorre se aumentarmos a tensão de
entrada. Qual o máximo valor antes que comece a ocorrer o ceifamento na saída?
A figura seguinte ilustra um amplificador operacional operando como inversor, com ajuste de offset.
XSC1
Ext T rig
+
_
A B
+ _ + _
XFG1 100kΩ
R14
1kΩ
Entrada
Inversora
1kΩ
4K5Ω V1
39kΩ 12 V
Entrada não
Inversora 7K5Ω
25Ω
C1
30pF saída
50Ω V2
12 V
R15 R16
Construa essa simulação no Multisim®. Ajuste o gerador de áudio para 1KHz senoidal e 100mVp de
amplitude. Execute a simulação. Verifique e compare as fases das formas de ondas da entrada e da saída.
Verifique também as amplitudes de entrada e da saída.
Responda:
Qual o ganho linear deste circuito? A = _______
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
O circuito a seguir atua como um amplificador inversor de n entradas. Esse circuito fornece um meio de
somar algebricamente n tensões de entradas multiplicadas por fatores de ganho. A tensão de saída Vs pode
ser determinada analisando-se individualmente o ganho x tensão de cada entrada e somando os resultados.
Rx
Vs = − Vi
Ri
Rx Rx Rx Rx
Vs = − V1 + V2 + V3 + ⋯ + Vn
R1 R2 R3 Rn
V1
12 V
No circuito sugerido ao lado, o resistor de XMM1
realimentação e os resistores de entrada
têm valores iguais, o que caracteriza ganho 7 1 5 U1
unitário (x1) para cada entrada. 3
6
2
Dessa forma, a tensão resultante na saída
será a soma direta dos valores de tensão R1 R2
4 741
V3 V4 V5 Vs (teórico) Vs (medido)
1V 1V 1V
3V - 2V 1V
8V - 2V - 4V
- 1V - 1V - 1V
8V - 6V - 6V
3V - 1V 2V
- 4V 8V - 4V
4V - 3V - 3V
Uma aplicação comum deste circuito consiste em escolher adequadamente os resistores de entrada, onde o
seguinte representa o dobro do anterior (1R, 2R, 4R, 8R, ... etc.). Esta composição é denominada como
sendo de resistores ponderados e é especialmente útil na conversão de sinais digitais para analógicos.
1K6Ω
U2 R1 U1
0
Key = 8 1kΩ
U3 R2 OPAMP_3T_VIRTUAL
0
Key = 4 2kΩ
U4 R3
0
Key = 2 4kΩ
U5 R4
0
Key = 1 8kΩ
Para este circuito, é sugerido o uso de um amplificador operacional virtual (ideal). Para que atue em toda a
gama (até 15V), clique sobre ele duas vezes e altere o valor da alimentação para +18V e -18V.
Faça variar as entradas conforme a contagem binária das variáveis de uma tabela da verdade e confira a
tensão de saída no multímetro.
Responda: O que ocorre com as tensões obtidas na saída se os resistores de entrada tiverem seus
valores alterados para R1 = 10K, R2 = 20K, R3 = 40K e R4 = 80K?
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Neste circuito a tensão de saída Vs será determinada pela diferença entre os sinais nas entradas,
multiplicados por um ganho.
Vs (V2 – V1 )
Amplificador Diferenciador:
dVE(t)
Vs = −RC
dt
Amplificador Integrador:
Como o próprio nome sugere, neste circuito a tensão de
saída obedece a operação matemática de integração. Ao
aplicar uma tensão fixa VE em sua entrada, a tensão de saída
Vs cresce por um período de tempo, fornecendo uma tensão
em forma de rampa.
1
Vs = − ʃ VE(t)dt
RC
Na prática, devido à corrente de polarização e tensão de
Rx offset diferente de zero, um resistor que limita o ganho em
C
CC é colocado em paralelo com o capacitor C.
1
R1 = 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑛𝑠 𝐻𝑒𝑟𝑡𝑧 (𝑏𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎)
VE 2𝜋. 𝑅𝑥. 𝐶
Vs
𝑅𝑥
ganho em CC = −
𝑅1
São circuitos capazes de realizar a retificação de um sinal sem as perdas inerentes aos retificadores
convencionais com diodos. Sua principal aplicação é na retificação de sinais CA de pequena amplitude como,
por exemplo, sinais de áudio.
Durante o semiciclo negativo da entrada (VE), a saída do AO polarizará o diodo reversamente, fazendo com
que a tensão de saída Vs seja nula.
Ext T rig
+
_
XFG1 A B
_ _
OPAMP_3T_VIRTUAL + +
Vs
VE
DIODE_VIRTUAL
RL
10kΩ
Configure o osciloscópio para uma base de tempo (Timebase) de 1ms/Div. Ajuste o canal A para 100mV/Div
e Y pos = -2. Ajuste o canal B para 100mV/Div e Y pos = 1.
Execute a simulação. Note que apesar de a amplitude do sinal ser muito inferior a barreira de potencial do
diodo, ele é retificado sem perdas, em meia onda.
Vo
VE Vs
Ro
RL
R1 R2
A retificação em onda completa com precisão é obtida ao somar o sinal retificado em meia onda ao inverso
do sinal de entrada VE.
No circuito, o primeiro AO opera de forma idêntica ao retificador de meia onda. O segundo AO opera como
um amplificador subtrator. Neste circuito, R1 e R2 são de valores iguais.
Durante o semiciclo positivo do sinal de entrada VE, o primeiro AO confere a retificação como visto
anteriormente (retificador de meia onda). Este sinal é aplicado na entrada não inversora do segundo AO e
aparece na saída sem inversão de fase.
Durante o semiciclo negativo do sinal de entrada VE, o primeiro AO não opera (diodo em polarização
reversa) e o segundo AO opera como amplificador inversor de ganho unitário (R2 = R1). Com isso, o
semiciclo negativo de VE aparece como positivo em Vs.
Assim, o sinal de saída Vs sobre a carga RL aparece como retificação em onda completa, sem perdas.
Construa o circuito sugerido para um retificador em onda completa no Multisim®. Adote R1 = R2 = 100KΩ e
R0 = RL = 10KΩ. Utilize AOs virtuais e diodo virtual. Insira um sinal senoidal de 100mV e 1KHz com um
gerador de funções e verifique a forma de onda na saída com o osciloscópio.
Há situações onde se é necessário bloquear a componente contínua (CC) de um sinal e amplificar apenas a
sua componente alternada (CA). Para isso podemos fazer uso das configurações já mencionadas com a
inclusão de capacitores de acoplamento. A figura seguinte mostra um AO na configuração de amplificador
inversor.
Rx
C1 R1
VE C2
Vs (saída)
RL
(carga)
No projeto do circuito deve-se levar em consideração que os capacitores não apresentem reatância muito
elevadas para a frequência desejada. Como regra prática, costuma-se adotar XC1 dez vezes menor que R1 e
XC2 dez vezes maior que o valor da carga (RL) conectada à saída do circuito. Considerando essas
proposições, temos:
Rx
Para a configuração não inversora se usa um resistor R1
(R2, na figura) em paralelo com a entrada não inversora C2
Vs (saída)
para garantir a polarização dessa entrada e garantir o C1
funcionamento do circuito. VE RL
(carga)
R2
A impedância de entrada para essa configuração não é
tão elevada e costuma-se adotar um valor entre 10K
e 100K para esse resistor.
C2
Vs (saída)
Da mesma forma podemos obter um seguidor de C1
tensão (buffer) para CA. A figura ao lado mostra essa VE RL
configuração. (carga)
R
Proteções:
Como qualquer componente eletrônico, os AOs possuem especificações máximas que devem ser respeitadas
para evitar danos e prejuízo de funcionamento.
O estágio de entrada diferencial de um AO pode ser danificado se sua máxima tensão diferencial de entrada
for excedida. Para o 741 essa tensão é de ±30V. Essa tensão é a medida entre a entrada não inversora e a
entrada inversora do AO.
A forma mai comum de proteção das entradas do AO consiste na utilização de dois diodos em antiparalelo
como indica a figura a seguir.
Qualquer que seja a polaridade do sinal de entrada, este fica
VE+ limitado à tensão da barreira de potencial do diodo utilizado:
entre 0,6V e 0,7V.
Vs
A maioria dos AOs possuem proteção interna contra curto circuito na saída. O CI-741, por exemplo, tem essa
proteção sob a forma de limitação da corrente de saída para um valor de 25mA. O fabricante garante que,
desde que a capacidade de dissipação térmica do CI não seja excedida, a duração do curto circuito é
ilimitada. O CI-709 (obsoleto) não possui essa proteção; nesse caso o fabricante recomenda o uso de um
resistor externo para limitar a corrente elétrica.
+Vcc
Proteção nas entradas de alimentação:
Para proteger o AO dessa situação, costuma-se colocar um capacitor de 0,1µF entre o ponto
de terra (GND) e cada um dos terminais de alimentação. Os capacitores permitem a
-Vcc
passagem de correntes parasitas de alta frequência produzidas ao longo dos condutores
entre a fonte de alimentação e o circuito.
Ganho finito – este efeito é mais evidente quando se tenta atingir um ganho próximo ao ganho inerente
do AO (ganho em malha aberta);
Impedância de saída maior que zero – importante para cargas de baixa resistência. Exceto para saídas de
baixa tensão, as considerações com consumo geralmente são mais importantes.
Corrente de entrada – é necessária uma pequena quantia de corrente (tipicamente 10nA) fluindo nos
pinos de entrada para o funcionamento apropriado. Este efeito é agravado pelo fato de a corrente se
levemente diferente entre os pinos de entrada. Este efeito geralmente só é importante para circuito de
potência muito baixa.
Tensão de offset de entrada – o AO irá produzir uma tensão de saída mesmo que os pinos de entrada
estejam com exatamente a mesma tensão. Para circuitos que necessitam de uma operação precisa em
corrente contínua, este efeito deve ser compensado. A maioria dos AOs comerciais dispõe de um pino
de offset para este propósito.
Largura de banda Finita – todos os amplificadores possuem uma largura de banda finita. Entretanto isto
é mais evidente nos AOs, que utilizam compensação de frequência interna para evita a produção não
intencional de realimentação positiva.
Saturação – a tensão de saída é limitada a um valor de pico levemente menor do que o valor da tensão
de alimentação.
Taxa de renovação – a taxa de mudança da tensão de saída é limitada (geralmente pela compensação
interna utilizada).
Potência elétrica limitada – se uma saída com um alto valor de potência é desejada, deve-se utilizar um
AO especificamente projetado para este propósito. A maioria dos AOs são desenvolvidos para operações
de baixa potência e são tipicamente capazes de alimentar cargas de resistência com o valor mínimo de
2K.
Proteção contra curto-circuito – isto caracteriza mais uma capacidade do que uma limitação, apesar de
impor limites nos projetos. A maioria dos AOs comerciais limitam a corrente de saída quando ela excede
um valor específico (cerca de 25 mA para o 741).